Normas e Legislação do 3 Setor. Prof. Mestra Rosimeire Ayres



Documentos relacionados
Incentivos do Poder Público à atuação de entidades civis sem fins lucrativos, na área social. (1) renúncia fiscal

RESOLUÇÃO N 177, DE 10 DE AGOSTO DE 2000 DOU 24/08/2000 SEÇÃO I

CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CEBAS)

ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E REGIME TRIBUTÁRIO PROF. SERGIO MONELLO

1 Requerimento devidamente preenchido, fornecido pelo Conselho Municipal de Assistência Social, assinado pelo representante legal da Entidade;

CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO ÂMBITO DO MDS

Dispõe sobre a concessão ou renovação do registro e certificado de entidades de fins filantrópicos.

LISTA DE CONFERÊNCIA DOS REQUISITOS PARA QUALIFICAÇÃO COMO OSCIP

Lei nº de 27 de novembro de 2009

Nova Lei de Filantropia

OFICINA DE CONHECIMENTO GESTÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O TERCEIRO SETOR

Apresenta-se como importante ferramenta para fortalecer a gestão do SUS, promover a adequação, a expansão e a potencialização dos serviços de saúde ¹

INTERPRETAÇÃO DA RESOLUÇÃO CFC No /12 ITG 2002

Marcelo Monello Conselheiro

QUALIFICAÇÕES, TÍTULOS E CERTIFICADOS. PAULA MELLO Assessoria Jurídica no Terceiro Setor

Conveniada com o Poder Público

FUNDAÇÃO LAR HARMONIA CNPJ: / NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ENCERRADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

ITG 2002: Os principais desafios na implementação das novas práticas na visão da Auditoria Independente.

RESOLUÇÃO CONJUNTA CGM/SMAS/SMA Nº 019 DE 29 ABRIL DE 2005

Introdução... 3 Certificações da FFM... 4

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL. Contabilidade para o Terceiro Setor

O que é associação sem fins lucrativos? Como constituir e como é tributada?

Lei n /2009 Decreto n /2010

Cartilha de Incentivo Fiscal via Lei da Oscip

INOVAÇÕES LEGISLATIVAS: área de atuação das fundações e remuneração de dirigentes

ENTIDADES DE UTILIDADE PÚBLICA. Como criar ou adequar a sua

CARTA TÉCNICA CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CEBAS ÁREA: ASSISTÊNCIA SOCIAL

6º Congresso Brasileiro de Contabilidade e Direito do Terceiro Setor

PROCEDIMENTOS PARA OBTER O TÍTULO DE UTILIDADE PÚBLICA

CARTA TÉCNICA CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CEBAS ÁREA: EDUCAÇÃO

INCENTIVOS FISCAIS, UMA VISÃO GERAL

Marcia Maria Biondi Pinheiro Presidente do CNAS

ASPECTOS JURÍDICOS DO INVESTIMENTO SOCIAL ESTRANGEIRO NO BRASIL. w w w. m m s o. c o m. b r

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TE ENTIDADE SEM FINALIDADE DE LUCROS

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

VEJA AQUI, DE QUE FORMA: DEDUTIBILIDADE DE IMPOSTO DE RENDA DAS SOCIEDADES DOADORAS PARA OSCIPS:

Cartilha Contábil de apoio

Estatuto é utilizado em casos de sociedades por ações ou entidades sem fins lucrativos.

FUNDAÇÃO DE AÇÃO SOCIAL - FAS

Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.

Congresso Ministério Público e Terceiro Setor Atuação Institucional na Proteção dos Direitos Sociais. Painel: Formas de Fomento ao Terceiro Setor

PRINCIPAIS REFLEXOS CONTÁBEIS DA NOVA LEI DA FILANTROPIA ENTIDADES BENEFICENTES (Lei Federal nº /09) Autores: Ivan Pinto Ricardo Monello

CAPÍTULO I - Da qualificação como organização da sociedade civil de interesse público

Seminário de Mantenedoras: ANEC 2015 Plano de ação e Relatório de atividades para entidades de Assistência Social. Prof.ª Cristiane Michette

Estado do Pará MINISTÉRIO PÚBLICO PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CORREGEDORIA-GERAL PROVIMENTO CONJUNTO Nº 010/2015-MP/PGJ/CGMP

PROGRAMA COMUNITÁRIO DE BOLSA DE ESTUDO: BOLSA EMPRESA O QUE FAZER PARA SER UM ESTUDANTE BOLSISTA:

TKL SERVIÇOS CONTÁBEIS LTDA. Contabilidade. Auditoria. Consultoria. Perícia Contábil

Futuros ABRIR FILIAIS PARA ATENDER MAIS PESSOAS CARENTES Gestão de pessoas Funcionários Voluntários: Sim - X Funcionários. Não Quantos?

VI OFICINA DE CONHECIMENTO GESTÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O 3 SETOR. Forma de Constituição de uma Associação sem fins econômicos

Edital de Convocação nº 01/2015. Convocação para Inscrição de Entidades e Organizações Não-Governamentais

TRIBUTAÇÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO E DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Martelene Carvalhaes

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA CADASTRO NA CENTRAL PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

INSTITUTO COMUNITÁRIO GRANDE FLORIANÓPOLIS - ICOM

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO Nº 23, DE 30 DE ABRIL DE 2009

Contmatic - Escrita Fiscal

a.1.4) Em caso de Associação Civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;

LEI , DE 29 DE DEZEMBRO DE

ESTATUTO DO INSTITUTO MENINOS DO LAGO

PROJETO DE LEI N.º 866, DE 2015 (Do Sr. Izalci)

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2003 e de 2002 e parecer dos auditores independentes

No Brasil as entidades de interesse social só podem se constituir juridicamente na forma de associação ou fundação.

ESTATUTO SOCIAL CAPÍTULO I. DOS OBJETIVOS

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE CEMAm. RESOLUÇÃO Nº 019/2013 CEMAm

COMUNICADO. Assunto: Bolsas de Estudos 2015

GOVERNO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DE GESTÃO E RECURSOS HUMANOS SEGER PORTARIA Nº. 39-R, DE 29 DE AGOSTO DE 2013.

V - balanço patrimonial; VI - demonstração das mutações do patrimônio líquido; VII - demonstração dos fluxos de caixa; e VIII - demonstração do

Aspectos Legais em Fusões e Aquisições

Auditoria Externa do Terceiro Setor

Gestão Financeira e Contábil para o Terceiro Setor. Transparência, Prestação de Contas e Orçamento

TERCEIRO SETOR. Financiamento com recursos do orçamento público e ou do setor privado

Maratona Fiscal ISS Direito tributário

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL RESOLUÇÃO N.º 191, DE 10 DE NOVEMBRO 2005 DOU 17/11/2005

Estado de Goiás PREFEITURA MUNICIPAL DE ANICUNS Adm / 2016 EDITAL CHAMAMENTO PÚBLICO QUALIFICAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

NOVA NORMA CONTÁBIL PARA TERCEIRO SETOR

2/5 Art. 16 XI Art.55 - Parágrafo único Art III VII VIII

*,)(*UXSRGH,QVWLWXWRV )XQGDo}HVH(PSUHVDV. 'HPRQVWUDo}HVILQDQFHLUDVHP GHGH]HPEURGHHGH HSDUHFHUGRVDXGLWRUHVLQGHSHQGHQWHV

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O TERCEIRO SETOR NO BRASIL. Conceitos, atuações, avanços e desafios

CARTILHA DE INCENTIVOS FISCAIS* Nesta Cartilha, preparada a pedido da AMARRIBO, abordamos os seguintes incentivos fiscais:

Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO N.º 7, DE 24 DE ABRIL DE 2007

CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CMAS RESOLUÇÃO CMAS Nº 16, DE 26 DE SETEMBRO DE 2011

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2006 e de 2005 e parecer dos auditores independentes

Escola de Formação Política Miguel Arraes

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2002 e de 2001 e parecer dos auditores independentes

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL - REGIÃO DO RIO DE JANEIRO. Demonstrações Contábeis. Em 31 de Dezembro de 2014 e Conteúdo

Mobilização de Recursos e Legislação. Benefícios fiscais e segurança jurídica necessária à atividade de mobilização de recursos

Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014.

ESCLARECIMENTO SOBRE INCENTIVO FISCAL VIA LEI DA OSCIP

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

PROJETO DE LEI N. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SERVIÇOS DO VALE DO RIO PARDO - CISVALE

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA - DECRETO Nº

file://c:\documents and Settings\Ronald\Meus documentos\scanner\fw_ Desobrigaçã...

Como utilizar Leis de Incentivo

CARTILHA DE INCENTIVOS FISCAIS* Nesta Cartilha, preparada a pedido da AMARRIBO, abordamos os seguintes incentivos fiscais:

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

Transcrição:

Normas e Legislação do 3 Setor Prof. Mestra Rosimeire Ayres

A Emergência ESTADO Democratização Estado de Direito Privatização Descentralização Parcerias Responsabilidade Social Corporativa 3º SETOR Expansão Profissionalização e Fortalecimento Ampliação da atuação Alianças Intersetoriais Conscientização: Globalização Econômica Visão Estratégica Imagem Entrada em mercados restritos Alianças Intersetoriais

Dimensões da Responsabilidade Social Resp. Discricionária Responsabilidade Ética Responsabilidade Legal Ações voluntárias de extensão à comunidade Comportamento segundo princípios éticos e morais Obediência e cumprimento das leis Responsabilidade Econômica Sobrevivência, crescimento Carroll, 1977

Cofins e Pis/Pasep- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social medida provisória 2158-35 de 24/08/2001. Artigo 12 Lei 9532 de 1977. IRPJ - Decreto 3000 26/03/99, art 190; art 12 Lei 9532/97. Contribuição Social sobre o Lucro CSSL. Lei 7689 15/12/88. Contribuição Previdenciária INSS CPMF Importo sobre tramitação de bens imóveis por Ato Causa Mortis e Doação (ITCMD) Imposto sobre transmissão de Bens Imóveis Ato Inter Vivos ITBI Importo Predial IPTU Imposto sobre Serviços ISS Obrigações trabalhistas: Trabalho remunerado; Trabalho Não remunerado.

O Novo Códico Civil Lei 10406 10/01/2003 art 53 As Novas regras para o financiamento Internacional de projetos sociais após 11 setembro Imunidade das Organizações de Educação e Assistência Social

Utilidades Públicas e outros Títulos Registro no Conselho Nacional de Assistência Social CNAS Certificado de entidade Beneficente de Assistente Social Qualificação como organização da sociedade civil de interesse público OCISP- Lei 9790/99.

Recursos e Orçamento Público Auxílios e contribuições Lei 4320/64; Lei 10524/02(LDO); Decreto 93872/86. Bubvenções Sociais Convênios, acordos e ajustes Contratos Contratos de gestão Termos de Parceria Recursos Sociais e Educacionais Doações de pessoas Físicas Doações de Pessoas Jurídicas Sorteios

Constituição, Estatutos e Dirigentes conf.eduardo Szazi GIFE Grupo de Institutos, Fundações e empresas Criação de uma padaria para geração de renda a uma entidade que atende adolescentes. Se a produção dos pães é feita por padeiros contratados no mercado, a atividade seria tributada como qquer padaria. Se os pães são feitos por adolescentes, no âmbito de um programa de formação profissional com sucessivas turmas de estudantes, as receitas oriundas de sua comercialização não seriam tributadas.

Definição Orçamento Funcional A) Receita ano Contribuições Individuais Empresarial (frequente) Empresarial (ligada causa) Fundações Outras sem Fins Lucrativos Governos Total Arrecadado Taxas Vendas Total Geral

Definição Orçamento Funcional B) Despesas do Ano... C) Análise do Custo /Benefício Nome programa C1) Benefício (income) C2) Custo (expense) C3) Benefício Líquido (c1-c2) C4) Benefício/custo (c1/c2)

Primeiro marco legal: Engloba todas as entidades do 3º Setor que apresentem em seus estatutos atividades em áreas consideradas de interesse público: - assistência social; -cultura; - educação; - saúde; - voluntariado; - desenvolvimento econômico e social; - ética; - paz; - cidadania; - direitos humanos; - democracia; - outros valores fundamentais; - defesa e preservação do meio ambiente. Prevê a possibilidade de relacionamento destas entidades com o Poder Público através um vínculo de cooperação - termo de parceria.

Pessoas que podem se qualificar como OSCIP: Art. 1º Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei. 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social. 2º A outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento dos requisitos instituídos por esta Lei. Disposição aberta: - pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos: associações, sociedades civis sem fins lucrativos, fundações (art. 16 do CC); Definição na própria lei do que se considera pessoa jurídica sem fins lucrativos.

essoas que não podem qualificar-se como OSCIP: Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de nteresse Público; ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no artigo º desta Lei: - as sociedades comerciais; I - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; II - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e isões devocionais e confessionais; V - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo estrito de associados ou sócios; I - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; II - as instituições hospitalares privadas não-gratuitas e suas mantenedoras; III - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não-gratuitas e suas mantenedoras; X - as organizações sociais; - as cooperativas; I - as fundações públicas; II - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão úblico ou por fundações públicas; III - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema inanceiro nacional a que se refere o artigo 192 da Constituição Federal.

Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social CEBAS (Lei nº 8742/93 - LOAS e Resolução CNAS 177/00) - Atesta que determinada entidade presta serviços sem fins lucrativos nas áreas de assistência social (art. 2º/LOAS) - ISENÇÃO tributária em relação ao não pagamento de cota patronal e CSSL (Lei nº 8.212/91 - LOSS) Registro no CNAS

Certificado de OS (Lei nº 9.637/98) - Qualificação de entidadades como organizações sociais - Celebração do contrato de gestão com o Poder Público para administração de bens e serviços públicos

Certificado de OSCIP (Lei nº 9790/99) - Qualificação às entidades sem fins lucrativos que atuem em áreas de relevância social (art. 3º/Lei 9790) - Celebração de termo de parceria com o Poder Público para realização de projetos na área social com recursos do Poder Público

CEBAS - CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Entidades beneficentes aquelas que buscam os interesses de outros ou atuam em benefícios de outros que não a própria entidade ou aqueles que a integram. Entidades de beneficentes de assistência social: Conceito estrito entidades que realizam, sem fins lucrativos, atividades típicas de assistência social: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família (art. 203, Constituição federal e art. 2º, Lei 8742/93 LOAS).

Certificado de Entidade Beneficente da Assistência Social Condições para fazer jus ao CEBAS (Dec. 2536/98, alterado pelo Dec. 3540/00, regulamentando o art. 18, IV, da Lei 8742/93 - LOAS): - Promover ações de assistência social (art. 203 CF/ art. 2º LOAS); - Demonstrar nos 3 anos anteriores ao pedido, cumulativamente, o cumprimento dos seguintes requisitos: - Estar legalmente constituída no país e em regular funcionamento; - Estar previamente inscrita no CMAS. CEAS ou CASDF; - Estar previamente registrada no CNAS; - Aplicar rendas, recursos e eventual resultado operacional integralmente no território nacional e na manutenção de seus objetivos; - Aplicar rendas e doações recebidas nas finalidades a que estejam vinculadas;

Título de Utilidade Pública Federal (Lei Federal nº 91/35) - Chancela, reconhecimento oficial do Poder Público de que certas entidades cumprem funções típicas daquele poder - Gozo de isenções fiscais, recebimento de subvenção social, auxílios ou doações; - recebimento de doações dedutíveis do IR; - participação em receitas de loterias - Pré-requisito para obtenção do Certificado de Entidade Filantrópica Remuneração de dirigentes Título de Utilidade Pública Estadual Título de Utilidade Pública Municipal

- permitem o gozo de vantagens fiscais ou financeiras; Título de Utilidade Pública Federal Lei nº 91/35 Decreto nº 50517/61 Reconhecimento de que determinadas entidades cumprem função que deveria ser exercida pelo Estado. Existente nas 3 esferas de governo. Inicialmente: - título honorífico e cívico; - não era requisito ou condição prévia para qualquer vantagem; - podia ser cassada caso a entidade não apresentasse anualmente relação dos serviços prestados à coletividade. Atualmente:

Título de Utilidade Pública Federal (continuação) Benefícios: - recebimento de subvenções, doações e auxílios da União; - recebimento de receitas de loterias Federais; - realização de sorteios; - recebimento de doações de pessoas jurídicas de direito privado com abatimento em seu IR; - isenção da cota patronal (condicionado ao CEBAS). Requisitos: - entidade regularmente constituída; - funcionamento regular nos últimos 3 anos; - não remunerar diretoria nem distribuir lucros ou excedentes e aplicar integralmente suas receitas nas atividades sociais.

Obtenção do título: Título de Utilidade Pública Federal (continuação) Requerimento ao Ministério da Justiça com apresentação de: - cópia autenticada do estatuto; - certidão de registro do estatuto com alterações ocorridas; - existência de cláusula no estatuto vedando expressamente a remuneração, por qualquer forma, dos dirigentes e membros de seus conselhos e a distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto; - cópia autenticada do CNPJ; - atestado de autoridade local informando funcionamento regular nos últimos 3 anos; - relatórios quantitativos e individualizados das atividades prestadas nos últimos 3 anos; - cópia autenticada e registrada da ata de eleição da última diretoria; - qualificação completa dos membros da diretoria e atestado de idoneidade moral; - demonstrativos de receitas e despesas dos últimos 3 anos, assinado por profissional habilitado junto ao CRC; -DIPJ; - Declaração de que a entidade se obriga a publicar anualmente do demonstrativo de receitas e despesas, em caso de recebimento de subvenção social.

Título de Utilidade Pública Federal (continuação) Não há renovação periódica. Apresentação anual de relatório circunstanciado de atividades (30/04) motivo de força maior. Denegação do pedido: do - pedido de reconsideração em 120 dias, ao Ministro da Justiça; - somente pode ser renovado após dois anos da data de publicação despacho que denegou. Cassação do certificado: - não apresentação dos relatórios circunstanciados por 3 anos consecutivos; - negativa de prestar serviço compreendido em seu objetivo estatutário; - remunerar dirigentes direta ou indiretamente.

Conceito amplo inclui entidades que realizam, sem fins lucrativos, atividades beneficentes de saúde e educação (STF ADIn, RMS, etc.) Requisitos: Art. 55. Fica isenta das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 desta lei a entidade beneficente de assistência social que atenda aos seguintes requisitos cumulativamente: I - seja reconhecida como de utilidade pública federal e estadual ou do Distrito Federal ou municipal; II - seja portadora do Certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, fornecido pelo Conselho Nacional de Serviço Social, renovado a cada três anos; III - promova a assistência social beneficente, inclusive educacional ou de saúde, a menores, idosos, excepcionais ou pessoas carentes; IV - não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores remuneração e não usufruam vantagens ou benefícios a qualquer título; V - aplique integralmente o eventual resultado operacional na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais, apresentando anualmente ao Conselho Nacional da Seguridade Social relatório circunstanciado de suas atividades. (Lei nº 8212/91).

Certificado de Entidade Beneficente da Assistência Social (continuação) - Aplicar anualmente em gratuidade pelo menos 20% da receita bruta proveniente da venda de serviços, acrescida da renda proveniente de aplicações financeiras, de locação de bens, de venda de bens não integrantes do ativo imobilizado e de doações particulares, cujo montante nunca será inferior à isenção de contribuições sociais usufruída. Entidades de saúde devem demonstrar anualmente percentual de atendimentos decorrentes de convênio com o SUS igual ou superior a 60% do total de sua capacidade instalada (Lei 9738/92); - Não distribuir anualmente bonificações, dividendos, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto; Não perceberem os diretores, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores ou equivalentes, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos; - Destinar parcela remanescente de seu patrimônio a entidades congêneres registradas no CNAS ou a entidade pública; - Não constituir patrimônio de sociedade sem caráter beneficente; - Ser declarada de utilidade pública federal.

Dec. 3504/00 Afixação de placa indicativa Esta entidade tem Certificado de Fins Filantrópicos concedido pelo CNAS, para prestar atendimento a pessoas carentes ; Auditoria externa das demonstrações contábeis de acordo com com o faturamento bruto anual: menor que R$ 1.200.000,00 dispensadas; entre 1.200.000,00 e 2.400.000,00 auditor independente registrado no CRC; maior que 2.400.000,00 auditor independente registrado na CVM.

Resolução nº 177/00 CNAS Documentos que devem instruir o pedido: - Requerimento preenchido pelo representante legal da entidade, assinado e com rubrica em todas as folhas; - Cópia autenticada do estatuto, com comprovação de registro; - Cópia da ata de eleição dos membros da atual diretoria, devidamente registrada no CRPJ; - Declaração de que a entidade mantenedora está em pleno e regular funcionamento, cumprindo suas finalidades e constando relação nominal dos membros da atual diretoria, com qualificação e endereço dos mesmos, assinado pelo presidente da entidade; - Relatório de atividades dos 3 exercícios anteriores ao pedido, assinado pelo presidente da entidade e contabilista registrado no CRC;

Resolução nº 177/00 CNAS Documentos que devem instruir o pedido: - Balanços patrimoniais dos 3 exercícios anteriores, assinado pelo presidente da entidade e contabilista registrado no CRC; - Demonstração de mutação do patrimônio, das origens e aplicação dos recursos DOAR, dos 3 exercícios anteriores, assinado pelo representante legal e por contabilista registrado no CRC; - Notas explicativas evidenciando o resumo das principais práticas contábeis e os critérios de apuração do total das receitas, das despesas, das gratuidades, público alvo beneficiado com atendimento gratuito, doações, aplicações de recursos, bem como da mensuração dos gastos e despesas relacionadas com projetos assistenciais; - Comprovante de inscrição do CMAS, ou CEAS ou CASDF (da mantida e mantenedora); - Cópia autenticada e atualizada do CNPJ (mantida e mantenedora); - Cópia da declaração de Utilidade Pública Federal e certidão atualizada.

Cassação, cancelamento e indeferimento do CEBAS: Cassação - quando o CNAS, em grau de revisão ou reexame, verifica que o certificado foi concedido com base em documentos ou informações não verdadeiras. Nesse caso, descoberta a incorreção o Conselho torna sem efeito o certificado, desde a sua primeira concessão e adota as providências punitivas cabíveis em cada caso. Cancelamento - quando o CNAS, em grau de revisão ou reexame, verifica que a instituição, em determinado período, deixou de cumprir as formalidades previstas pela legislação. Nesse caso, o CNAS cancela os efeitos do certificado a partir da data em que se verificou o descumprimento desses requisitos essenciais. Indeferimento - Quando, no exame regular do pedido, o CNAS conclui que a entidade não atendeu, no período sob exame, os requisitos para a concessão ou renovação do Certificado.

CEBAS renovável a cada três anos; Registro no CNAS não necessita renovação; Requisitos: - Requerimento preenchido pelo representante legal da entidade, assinado e com rubrica em todas as folhas; - Cópia autenticada do estatuto, com comprovação de registro; - Cópia da ata de eleição dos membros da atual diretoria, devidamente registrada no CRPJ; - Declaração de que a entidade está em pleno e regular funcionamento, cumprindo suas finalidades e constando relação nominal dos membros da atual diretoria, com qualificação e endereço dos mesmos, assinado pelo presidente da entidade; - Relatório de atividades, assinado pelo presidente da entidade com descrição e quantificação das atividades; - Comprovante de inscrição do CMAS, ou CEAS ou CASDF (da mantida e mantenedora); - Cópia autenticada e atualizada do CNPJ (mantida e mantenedora). Manutenção comprovação de alterações do estatuto e diretoria e manutenção de dados cadastrais atualizados.

Cofins e Pis/Pasep- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social medida provisória 2158-35 de 24/08/2001. Artigo 12 Lei 9532 de 1977. IRPJ - Decreto 3000 26/03/99, art 190; art 12 Lei 9532/97. Contribuição Social sobre o Lucro CSSL. Lei 7689 15/12/88. Contribuição Previdenciária INSS CPMF Importo sobre tramitação de bens imóveis por Ato Causa Mortis e Doação (ITCMD) Imposto sobre transmissão de Bens Imóveis Ato Inter Vivos ITBI Importo Predial IPTU Imposto sobre Serviços ISS Obrigações trabalhistas: Trabalho remunerado; Trabalho Não remunerado.

CERTIFICADO DE ORGANIZAÇÃO DAS SOCIEDADES CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO Lei nº 9790/99 Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências. Decreto nº 3100/99 Portaria MJ nº 362/99 Primeira lei que disciplina juridicamente as pessoas jurídicas de direito privado componentes do 3º Setor. Confere às entidades a possibilidade de serem qualificadas pelo Poder Público como OSCIP. Fruto de debates entre representantes da das organizações do 3º Setor e do Poder Executivo, na sede do Conselho da Comunidade Solidária.

Cofins e Pis/Pasep- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social medida provisória 2158-35 de 24/08/2001. Artigo 12 Lei 9532 de 1977. IRPJ - Decreto 3000 26/03/99, art 190; art 12 Lei 9532/97. Contribuição Social sobre o Lucro CSSL. Lei 7689 15/12/88. Contribuição Previdenciária INSS CPMF Importo sobre tramitação de bens imóveis por Ato Causa Mortis e Doação (ITCMD) Imposto sobre transmissão de Bens Imóveis Ato Inter Vivos ITBI Importo Predial IPTU Imposto sobre Serviços ISS Obrigações trabalhistas: Trabalho remunerado; Trabalho Não remunerado.

O Novo Códico Civil Lei 10406 10/01/2003 art 53 As Novas regras para o financiamento Internacional de projetos sociais após 11 setembro Imunidade das Organizações de Educação e Assistência Social

Utilidades Públicas e outros Títulos Registro no Conselho Nacional de Assistência Social CNAS Certificado de entidade Beneficente de Assistente Social Qualificação como organização da sociedade civil de interesse público OCISP- Lei 9790/99.

Recursos e Orçamento Público Auxílios e contribuições Lei 4320/64; Lei 10524/02(LDO); Decreto 93872/86. Bubvenções Sociais Convênios, acordos e ajustes Contratos Contratos de gestão Termos de Parceria Recursos Sociais e Educacionais Doações de pessoas Físicas Doações de Pessoas Jurídicas Sorteios

Constituição, Estatutos e Dirigentes conf.eduardo Szazi GIFE Grupo de Institutos, Fundações e empresas Criação de uma padaria para geração de renda a uma entidade que atende adolescentes. Se a produção dos pães é feita por padeiros contratados no mercado, a atividade seria tributada como qquer padaria. Se os pães são feitos por adolescentes, no âmbito de um programa de formação profissional com sucessivas turmas de estudantes, as receitas oriundas de sua comercialização não seriam tributadas.