DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO DE MÚLTIPLO USO EM MATO GROSSO DO SUL

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Transcrição:

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO DE MÚLTIPLO USO EM MATO GROSSO DO SUL Rafael Silveira da Luz (PIBIC/CNPq-UNIDERP), e-mail: rafaelsilveira@hotmail.com.br. Denise Renata Pedrinho (Orientadora), e-mail: denise.pedrinho@uniderp.edu.br Universidade Anhanguera Uniderp / Agronomia Área do conhecimento: Ciências Agrárias / Subárea: Agronomia Introdução No que diz respeito ao a cadeia produtiva da madeira, o setor brasileiro de base florestal associado às florestas plantadas se caracteriza pela grande diversidade de produtos, compreendendo a produção, a colheita e o transporte de madeira, além da obtenção dos produtos finais nos segmentos industriais de Papel e Celulose, Painéis de Madeira Industrializada, Madeira Processada Mecanicamente, Siderurgia a Carvão Vegetal e Biomassa, entre outros (ABRAF, 2013). Mato Grosso do Sul vem ganhando destaque no agronegócio nacional, no que diz respeito ao aumento da área destinada ao cultivo de eucalipto, a área plantada aumentou de 119.319 mil ha em 2006 para 587.310 mil ha em 2012, só entre os anos de 2011 e 2012 houve um aumento de 18% na área destinada a cultura (ABRAF, 2013). A utilização do eucalipto nos reflorestamentos ocorre devido a sua diversidade de espécies, adaptabilidade em várias regiões e climas e seu potencial de produção para vários fins, principalmente, para a produção de chapas, lâminas, compensados, aglomerados, carvão vegetal, madeira serrada, celulose e móveis (QUEIROZ, 2007). Material e Métodos O experimento foi instalado em dezembro de 2012, em um solo classificado como Neossolo Quartizarênico Órtico (Areia Quartzosa), no município de Campo Grande, MS, entre as coordenadas geográficas: (latitude 20 26 21 S e longitude 54 32 27 W) e 660m de altitude. O padrão climático da região é descrito, segundo Köppen, como pertencente à faixa de transição entre Cfa e Aw tropical úmido. A precipitação média anual é de 1.560 mm, com verão chuvoso e inverno seco. A acidez do solo na área experimental foi corrigida com aplicação superficial de 2,0 t ha-1 calcário dolomítico (PRNT de 75%, 25% de óxido de cálcio e 11% de óxido de magnésio), sendo incorporado por meio de grade com 18 discos e 32 polegadas de diâmetro. O plantio foi realizado em dezembro de 2012, após o preparo do sulco de plantio realizado com sulcador, foram aplicados 200 gramas por metro linear o formulado NPK 06-30-06 com 0,5% de zinco e 0,5% de boro. A adubação de cobertura foi realizada em duas parcelas (três meses e nove meses após o plantio), com aplicação do formulado NPK 20-00-

20 com 0,5% de boro e 0,5% de zinco, sendo aplicados 120 gramas/planta em cada cobertura, conforme Gonçalves (1995). Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados e quatro repetições. Foram utilizadas oito espécies de eucalipto classificados como de uso múltiplo: Toreliodora (Eucalyptus toreliana x Corymbia citriodora), 1277 (E. grandis x E. camaldulensis), I-144 (E. grandis x E. urophyla), I-224 (E. grandis x E. urophyla), 1528 (E. grandis x E. urophyla), VM (E. urophyla x E. camaldulensis), VM1 (E. urophyla x E. camaldulensis) e Corymbia citriodora. Utilizou-se o espaçamento 3 m x 2 m, sendo cada parcela experimental constituída por 48 plantas. Variáveis analisadas: Altura (ALT) a altura total das árvores foi obtida com o auxílio de um clinômetro realizada aos 24 meses de idade; Diâmetro a altura do peito (DAP) obtido a 1,3 metros acima do nível do solo com o auxílio de uma suta mecânica, fornecendo o valor direto da característica, realizado aos 24 meses de idade; Volume de madeira por árvore (VMAR) a partir dos valores de altura e DAP, foi obtido o volume de madeira de cada árvore por meio da fórmula: V=H x (DAP)² x 0,7854 x f. Onde: V = volume de madeira da árvore (m³); H = altura total da planta (m); DAP = diâmetro a altura do peito (m); f = fator de forma (0,50); Volume de madeira por hectare (VMHA) foi calculado por meio da multiplicação do volume de madeira da árvore pelo número de árvores por hectare específico de cada arranjo espacial avaliado; Massa Seca dos Ramos (MSR) e Massa Seca das Folhas (MSF) - Aos 18 meses de idade, foi realizada a desrama até a altura de dois metros de fuste livre. Na ocasião, os materiais provenientes da desrama (10 árvores/parcela), foram separados em folhas e ramos e pesados em balança digital. Uma amostra de 500g (folhas e ramos), do total da parcela, foi colocada em estufa de circulação forçada a 60ºC até peso constante para determinação de um coeficiente de massa seca e convertida em ton/ha. Análise estatística: Os dados foram submetidos à análise de variância e posteriormente, em caso de diferenças significativas entre variâncias até 5% de significância, as médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott até 5% de probabilidade, utilizando-se o software SISVAR (FERREIRA, 2008). Resultados e Discussão Na Tabela 1, são apresentadas as médias de desenvolvimento inicial de diferentes materiais de eucaliptos, como, os valores médios de altura total (ALT), diâmetro a altura do peito (DAP), volume de madeira por árvore (VMAR) e volume de madeira por hectare (VMHA) referente aos oito materiais genéticos estudados. Nota-se diferença estatística em todas as características avaliadas aos 24 meses de idade, sendo que, o desempenho diferenciado desses materiais ocorreu desde o início do período experimental, pois são provenientes de cruzamentos distintos.

Tabela 1. Médias de altura (ALT), diâmetro na altura do peito (DAP), volume de madeira por árvore (VMAR) e volume de madeira por hectare (VMHA) dos genótipos de eucalipto aos 24 meses de idade. Campo Grande, MS. 2015. Tratamentos ALT (m) DAP (cm) VMAR (m³) VMHA (m³) Corymbia Citriodora 6,58 d 5,00 c 0,01 c 16,56 c Eucalyptus Toreliodora 11,66 c 8,25 b 0,03 b 47,57 b Eucalyptus Grancam 1277 15,83 a 11,25 a 0,07 a 122,29 a Eucalyptus Urograndis I 224 15,10 a 11,75 a 0,08 a 136,56 a Eucalyptus Urograndis I 144 15,48 a 11,00 a 0,07 a 117,31 a Eucalyptus Urograndis 1528 14,50 b 10,50 a 0,06 a 101,34 a Eucalyptus Urocam VM 13,75 b 11,25 a 0,07 a 109,63 a Eucalyptus Urocam VM1 14,17 b 11,50 a 0,07 a 112,73 a CV (%) 5,68 6,8 16,08 15,60 *Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Em relação à altura verifica-se a formação de quatro diferentes grupos sendo o grupo superior formado pelos clones 1277, I-224 e I-144. O C. citriodora apresentou a menor altura entre os materiais genéticos estudados. Os demais clones formaram dois grupos intermediários. A altura dominante de uma espécie ou clone, segundo Campos e Leite (2006) indica a capacidade produtiva da mesma, em um determinado local. Com base nessa informação, neste trabalho, merecem destaque os híbridos E. Grancam 1277, Eucalyptus Urograndis I 224 e Eucalyptus Urograndis I 144. Para a característica diâmetro à altura do peito (DAP), volume de madeira por árvore (VMAR) e volume de madeira por hectare (VMHA), observa-se a formação de três grupos distintos entre si, tendo o C. citriodora permanecido no grupo inferior, o híbrido E. Toreliodora no grupo intermediário e os demais clones no grupo superior. No município de Marilia, SP, Vilas Boas et al. (2009) analisando o crescimento de espécies de eucaliptos, encontraram médias de DAP maiores para o E. saligna, E. urophylla, E. robusta e E. grandis, e menores para C. citriodora, sendo este desempenho semelhante ao obtido neste estudo, para C. citriodora quando comparado a outros materiais. As características volume de madeira por árvore e por hectare são diretamente relacionadas às características de altura e DAP. Neste sentido, verifica-se semelhança na formação dos grupos de clones em função do teste de médias. Na Tabela 2 encontram-se os valores médios de matéria seca de ramos (MSR) e folhas (MSF) aos 18 meses de idade dos genótipos de eucaliptos.

Tabela 2. Valores médios de matéria seca de ramos (MSR) e matéria seca de folhas (MSF) provenientes da primeira desrama dos genótipos de eucalipto realizada aos 18 meses de idade. Campo Grande, MS. 2015. Tratamentos MSR (Ton ha -1 ) MSF (Ton ha -1 ) Corymbia Citriodora 1,12 b 0,50 a Eucalyptus Toreliodora 1,66 a 0,19 d Eucalyptus Grancam 1277 1,02 b 0,17 d Eucalyptus Urograndis 224 1,06 b 0,26 c Eucalyptus Urograndis I 144 0,73 c 0,16 d Eucalyptus Urograndis 1528 0,86 c 0,41 b Eucalyptus Urocam VM 0,91 c 0,073 e Eucalyptus Urocam VM1 0,79 c 0,068 e CV (%) 12,25 10,84 *Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Para a variável (MSR) três grupos distintos se formaram, sendo o grupo superior com destaque para o E. Toreliodora, um grupo intermediário formado pelos materiais C. Citriodora, E. Grancam 1277 e E. Urograndis 224, os demais clones no grupo inferior. Observou-se neste estudo, para os clones E. Urograndis I 144, E. Urograndis 1528, E. Urocam VM, E. Urocam VM1, que houve uma desrama natural mais acentuada, essa característica pode ser positiva em uso múltiplo, facilitando o manejo quanto a pratica da desrama, considerando que essa pratica é onerosa e exigente em mão de obra. Para a variável MSF, o C. Citriodora foi o que apresentou maiores valores, seguido pelo clone E. Urograndis 1528, com desempenho intermediário. Os outros clones apresentaram desempenho inferior. Para Gomes e Paiva (2004) a massa seca da parte aérea indica a rusticidade e correlaciona-se diretamente com a sobrevivência e desempenho inicial das plantas após o plantio em campo. Conclusão Até o presente momento, com este estudo, na região de Campo Grande, pode-se concluir que: Em relação à Altura verifica-se a formação de quatro grupos, sendo o grupo superior formado pelos clones 1277, I-224 e I-144. O C. citriodora apresentou a menor altura e os demais clones formaram dois grupos intermediários; Para as variáveis DAP, volume de madeira por árvore e por hectare, as espécies C. citriodora e E. Toreliodora apresentaram resultados inferiores, sendo que as demais variedades não se diferenciaram estatisticamente; Em contrapartida, quando avaliadas a matéria seca dos ramos e das folhas, o C. citriodora e E. Toreliodora obtiveram resultados mais acentuados que as demais espécies. Agradecimentos Ao CNPQ.

Referências ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas. Anuário estatístico da ABRAF 2013 ano base 2012. Brasília: ABRAF, 2013. CAMPOS, J.C.C.; LEITE, H.G. Mensuração florestal: perguntas e respostas. Viçosa: UFV, 2006. FERREIRA, D.F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Rev. Symposium, v.6, p.36-41, 2008. GOMES, J.M.; PAIVA, H.N. Viveiros florestais: propagação sexuada. Viçosa: UFV, 2004. GONÇALVES, J.L.M. Recomendações de adubação para Eucalyptus, Pinus e espécies típicas da Mata Atlântica. Documentos Florestais, Piracicaba, 1995. VILAS BÔAS; O. et al. Crescimento comparativo de espécies de Eucalyptus e Corymbia no município de Marília, SP. Rev. Inst. Flor., v.21, n.1, p.63-72, 2009.