Bolsa de Valores Para Iniciantes



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Transcrição:

Bolsa de Valores Para Iniciantes

Autor(a): Antonio Carlos Lemos. 1ª Edição 2011 Bolsa de Valores Para Iniciantes Todos os direitos desta edição são reservados à Cresça Brasil Editora S/A. É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da Editora. ISBN: 978-85-8153-095-6 Cresça Brasil Editora S/A Rua Jaime Santos, 530 Jardim Aeroporto - Alfenas/MG CEP 37130.000 Atendimento: 0800 722 0226 www.crescabrasil.com.br sac@crescabrasil.com.br

Sumário Capítulo 1- Conhecendo a Bolsa de Valores 1.1 O que é uma Bolsa de Valores? 1.2 O que é uma ação? 1.3 As debêntures e os Commercial Papers 1.4 Quais os tipos de ações? 1.5 Como surgem as ações no mercado? 1.6 Prospectos 1.7 Índice de ações 1.8 Formas de Negociação Capítulo 2 - Funcionamento da Bolsa de Valores 2.1 Como adquirir ações? 2.2 Corretoras de valores 2.3 Fundo de investimentos em ações 2.4 Clube de investimentos 2.5 O que são pregões viva voz e eletrônico Capítulo 3 - Regulamentação 3.1 Papel da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 3.2 Código de autorregulação 3.3 Lei das S.A s 3.4 Governança corporativa 3.5 Novo mercado, Nível 1, Nível 2 3.6 Selo ANBID 3.7 Qual o papel da CBLC? Capítulo 4 Investindo em Ações. 4.1 Por que investir em ações? 4.2 O que significa Bolsa em alta, Bolsa em baixa e Bolsa estável? 4.3 Quais os riscos? 4.4 Como administrar estes riscos? 4.5 Como escolher as empresas em que vai investir? 4.6 Perfis de investidores 4.7 Custos envolvidos nas operações

Capítulo 5 As Recompensas 5.1 Os dividendos 5.2 Juros sobre o capital próprio 5.3 Bonificação em ações 5.4 Os direitos de subscrição

Apresentação Este Livro irá ajudá-lo a desvendar os segredos desta forma de investimento que vem se popularizando a cada dia, vamos aprender sobre tipos de ações, funcionamento de uma Bolsa de Valores, riscos que você precisa conhecer e outras questões relacionadas ao tema. Que este seja o primeiro passo para que você se torne um grande investidor da Bolsa de Valores e junte-se a milhares de brasileiros que já aprenderam a trabalhar com esta forma de investimento, e quem sabe, atingir a sua tão sonhada independência financeira.

Introdução Quem não se lembra da época, em que investir no Brasil significava aplicar o dinheiro numa caderneta de poupança, aplicar em imóveis para garantir a aposentadoria com a renda do aluguel, ou comprar alguns dólares para guardar em casa? Há pouco mais de 15 anos, o país lutava para superar uma crise econômica e social que já o assolava por muitas décadas. A figura do investidor era restrita a poucos empresários que podiam correr riscos, muitas vezes estrangeiros, uma vez que o investimento em mercado de capitais já era muito difundido fora do país nessa época. No entanto, hoje, com uma economia estável e com a fusão da BM&F com a Bovespa, o país consolidou o maior mercado de ações da América Latina e o terceiro maior do mundo, com uma bolsa de valores dinâmica em que há oportunidades para investidores de todas as classes sociais, idades e formações. Com isso, pequenos investidores que antes nem sonhavam em fazer parte deste mundo, descobriram que não era nenhum bicho de sete cabeças e que aplicar na bolsa de valores era uma forma de investimento acessível a todos. Capas de revistas que noticiam como ganhar seu primeiro milhão e histórias de jovens investidores que alcançaram o sucesso e sua independência financeira, investindo menos de R$ 100,00 por mês, fizeram com que, cada vez mais, brasileiros aprendessem a investir. É por isso, que hoje estamos aqui, para oferecer a possibilidade de você ser mais um brasileiro a trilhar os caminhos de sucesso que a Bolsa de Valores pode proporcionar.

Capítulo 1 Conhecendo a Bolsa de Valores Atualmente muito se fala sobre bolsa de valores, mas pouco se sabe sobre seus conceitos, suas bases teóricas. Muitos aventureiros propõem-se a investir seu dinheiro e quando se depara com expressões como debêntures, ação ON, ação PN, prospectos, entre outros, se desesperam por não saber do que se trata e em muitos casos, é tarde demais, pois acabaram investindo em algo que não vai trazer o resultado esperado. Assim, para entrar neste mercado financeiro, antes de tudo, devemos saber o que é a bolsa de valores e saber seus conceitos básicos. Sem estas informações, não conseguiremos realizar corretamente qualquer tipo de operação. Portanto, apesar de teórico, este será um tópico fundamental para a continuação do nosso Livro e você entenderá a sua importância no decorrer do mesmo. 1.1 O que é uma Bolsa de Valores? Bolsa de Valores é o mercado organizado onde se negociam valores mobiliários de empresas de Capital Aberto, como as ações, além de outros instrumentos financeiros como Opções e debêntures. Aprenderemos em tópico mais adiante, o que são ações, opções e debêntures. * Valores Mobiliários são títulos emitidos pelas sociedades anônimas (S.A.) como ações, debêntures, notas promissórias (commercial papers), certificado de recebíveis imobiliários, quotas de fundos de investimentos em direitos creditórios e outros instrumentos menos usuais, destinados a captação de recursos. * Empresa de Capital Aberto é a empresa que através de registro apropriado junto a CVM, está autorizada a ter valores mobiliários de sua emissão negociados publicamente no mercado. A principal função de uma bolsa de valores é a de viabilizar operações financeiras entre investidores e empresas, proporcionando um ambiente transparente e com líquidez, adequado à realização de negócios com valores mobiliários. Neste sentido, é dever das bolsas, repassar aos investidores, através de informativos, todas as informações relevantes sobre seus negócios

diários, comunicados de empresas abertas, dados do mercado financeiro e tudo mais que contribua para a manutenção dessa transparência. Neste contexto, as bolsas de valores bem estruturadas e definidas por regras claras, podem beneficiar não apenas aqueles que possuem ações, mas também toda a sociedade. Vejamos como: Levantamento de Capital para negócios As bolsas de valores criam um ambiente propício para que Companhias possam buscar capital que permita realizar a expansão de seus negócios, através da venda de ações e outros valores mobiliários ao público investidor. Em resumo, as empresas precisam de dinheiro para financiar suas compras, ampliar instalações, gerar capital entre outros investimentos. Para não usar dinheiro emprestado de bancos, onde os juros são exorbitantes, as empresas emitem ações e as vendem aos investidores, gerando assim, receita própria. Para compensar, ela paga a estes investidores, que agora são sócios (acionistas), participação nos lucros (dividendos). Esta é uma forma das empresas conseguirem dinheiro com baixo custo. Facilitando o Crescimento de Companhias Quando uma aquisição e /ou fusão de uma companhia por outra, é feita através da bolsa, por negociação de ações ou mudança de controle acionário, por exemplo, gera uma maior transparência na negociação o que permite uma maior valorização dessas companhias, já que a divulgação das informações deve obedecer a padrões pré-definidos. Redistribuição de Renda Ao permitir que a população em geral adquira ações de companhias abertas tornando-as sócias de empresas lucrativas, o mercado de capitais propicia a redução da desigualdade na distribuição da renda de um país. Aumentando a transparência nas negociações - A demanda cada vez maior de novos acionistas, as regras cada vez mais rígidas do governo e das bolsas de valores, tem levado as companhias a melhorar cada vez mais seus padrões de administração e eficiência. Consequentemente, é comum dizer que as companhias abertas são melhores administradas que empresas fechadas. * Empresas Fechadas - companhias cujas ações não são negociadas publicamente. Exemplo são as empresas Ltdas. (Fulano Comércio de Roupas Ltda) Atuando como Termômetro da Economia - Na bolsa de valores, os preços das ações oscilam dependendo do que acontece no mercado e tendem a acompanhar o ritmo da economia, refletindo seus momentos de retração,

estabilidade ou crescimento. Uma recessão ou crise financeira pode levar a uma queda, ou até mesmo, uma quebra do mercado. Desta forma, o movimento dos preços das ações das companhias pode nos dar um bom indicador das tendências da economia. 1.2 O que é uma ação? Ações são títulos negociáveis, de renda variável que representam a menor parcela do capital de uma empresa, ou seja, uma ação nada mais é do que uma fatia de uma empresa. Com uma ou mais fatias da empresa, você se torna sócio dela, podendo receber parte de seus lucros e /ou participar das decisões por meio de seu voto nas assembleias. 1.3 As debêntures e os Commercial Papers As debêntures são títulos de dívida de médio e longo prazo emitidos por sociedades anônimas, que conferem ao debenturista (detentor do título) um direito de crédito contra a mesma, de acordo com as características constantes na escritura de emissão (documento legal que declara as condições sob as quais a debênture foi emitida, tais como: prazo, remuneração, garantias, periodicidade de pagamento de juros, etc.). Sua finalidade é captar recursos para financiamento de projetos, reestruturação de passivos ou aumento de capital de giro. Dessa forma, as Companhias têm, à sua disposição, as facilidades necessárias para captação de recursos junto ao público, a prazos longos e juros mais baixos, com atualização monetária e resgates a prazo fixo ou mediante sorteio, conforme suas necessidades para melhor adequar o seu fluxo de caixa. Já os Commercial Papers, também conhecidos como Notas Promissórias, são títulos de curto prazo emitidos por empresas fechadas e Companhias para captar recursos de capital de giro. Podem ser emitidas por sociedades anônimas de capital fechado, pelo prazo máximo de 180 dias e pelas de capital aberto, pelo prazo de até 360 dias. Tanto as debêntures quanto as notas promissórias fazem parte do Mercado de Renda Fixa. Quem investe em debêntures ou em notas promissórias deve analisar o risco de crédito da emissão, pois se torna credor da empresa e terá de volta os recursos emprestados, nos prazos, condições e garantias pré-determinados no ato da emissão do título.

1.4 Quais os tipos de ações? Atenção: As ações se dividem em dois tipos: Ações Ordinárias Nominativas (ON) Estas ações proporcionam participação nos resultados econômicos de uma empresa e conferem a seu titular, o direito a voto em assembleias, ou seja, o investidor que adquirir ações ordinárias poderá participar dos rumos que a empresa deseja tomar. Por outro lado, não dão direito preferenciais a dividendos, cujo conceito você verá mais adiante. Ações Preferenciais Nominativas (PN) Estas ações conferem a seus detentores, prioridade no recebimento de dividendos e /ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso do capital investido. Diferente das ações ordinárias, as preferenciais, geralmente não concedem direito a voto nas decisões da empresa. Você pode adquirir tanto ON quanto PN ou os dois tipos, dependendo do seu objetivo. As PN têm maior liquidez (são mais procuradas e de maior facilidade na negociação) por causa dos dividendos e por isso seu valor comercial é maior. 1.5 Como surgem as ações no mercado? As ações surgem no mercado quando empresas decidem abrir seu capital na bolsa de valores. Esta decisão não é tão simples e vamos estudar o que é necessário para realizá-la. A razão principal para fazer uma empresa tomar a decisão de dividir o controle e negociar parte dele na bolsa, deixando de ser uma empresa com sócios pré-estabelecidos em contrato, como é o caso da Ltda e passando ao modelo aberto, tornando-se uma Sociedade Anônima (S/A), inclusive tendo que divulgar informações e resultados periodicamente, é o acesso a um dinheiro mais barato. Como já dissemos, para a empresa não usar dinheiro de banco, que é muito caro, ou não descapitalizar seus próprios acionistas através do aporte de recursos na empresa, elas abrem capital na bolsa e financiam-se com o dinheiro arrecadado. Mas como já dissemos também, a obtenção do dinheiro não é tão simples, pois requer a adequação da empresa, auditorias de bancos de investimentos e autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para que se possa dar inicio a operação. Então, após todo o processo de abertura de capital e aprovação da CVM, a empresa passa a oferecer suas ações na bolsa. Importante você saber:

Há duas maneiras para as empresas negociarem suas ações: por intermédio do mercado primário e mercado secundário. Vamos aprender a diferenciar estes dois tipos de mercado? Mercado Primário Mercado Primário refere-se ao mercado no qual ocorre compra e venda de ações pela primeira vez, ou seja, a empresa emite novas ações seja no momento da abertura de capital, seja no lançamento de um novo lote de ações, para captar recursos no mercado. É como comprar um imóvel direto de uma construtora. Mercado Secundário Mercado Secundário é o mercado em que os investidores ou acionistas negociam ações de sua titularidade, ou seja, é o mercado em que é possível comprar e vender ações já emitidas e em circulação. É como comprar um imóvel de outro morador. Portanto, a diferença entre mercado primário e mercado secundário é que, no primário, quem vende é a empresa, usando estes recursos para se financiar e no mercado secundário, quem vende é o acionista ou investidor, se desfazendo da ação para se capitalizar. 1.6 Prospectos O prospecto é o documento no qual o investidor poderá obter todas as informações relevantes sobre uma oferta pública e sobre a empresa ofertante. As informações nele contidas irão ajudar o investidor a avaliar seus riscos e oportunidades de investimentos. O prospecto apresenta o valor mínimo e o valor máximo das ações da companhia, prazos para reserva e data de definição do preço da ação. Mostra também, quem são os administradores, a instituição responsável pela distribuição e demais instituições participantes da oferta. O Prospecto também indica a saúde financeira de uma empresa, quais as suas pretensões de crescimento e o mercado que pretende atingir, além de indicar se a empresa está envolvida em muitos processos judiciais ou não. Este documento deve ser amplamente divulgado, inclusive pela internet e deve ser observado se ele possui o Selo ANBID. Como veremos mais adiante, o Selo ANBID garante a transparência nas operações da Bolsa de Valores.

1.7 Índices de ações Os índices de ações são indicadores que revelam a movimentação de uma bolsa de valores. Estes índices englobam o valor médio em moeda corrente de determinado grupo de ações, consideradas mais representativas no movimento total do mercado ou de empresas atuantes em determinados setores da economia. No caso da BM&FBOVESPA, o índice principal utilizado é o IBOVESPA hoje, o mais importante indicador de desempenho do mercado de ações brasileiro. Ele é formado por uma carteira que representa mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro, negociados no mercado à vista. Como estas ações têm grande representatividade, podemos dizer que se a maioria delas estiver subindo, o mercado, medido pelo Índice Ibovespa, está em alta, e se estiver caindo, o mercado está em baixa. Os índices da BM&FBOVESPA são calculados em tempo real (a cada 30 segundos), sendo as carteiras valorizadas com os últimos preços das ações componentes registrados até o momento do cálculo. Este cálculo é caracterizado por quatro momentos: Índice de abertura é o primeiro índice calculado no dia; Índice mínimo é o menor valor registrado; Índice máximo é o maior valor registrado no dia. Índice de fechamento (ou último ) é calculado no encerramento do pregão regular, usando os preços de fechamento das ações componentes da carteira. A carteira de ações que compõe este índice pode e deve ser alterada. Periodicamente, são realizadas reavaliações para que os índices acompanhem as mudanças de mercado, no caso do Ibovespa, estas revisões são realizadas a cada quatro meses. Isto não significa que as companhias retiradas do índice devam ser consideradas um mau investimento. A inclusão ou exclusão de uma ação da carteira de um índice, não reflete os méritos da companhia em si. Muitas dessas companhias podem ser excelentes investimentos quando analisadas individualmente. Exemplos de Bolsas de Valores e seus Índices pelo mundo:

Fonte: "http://pt.wikipedia.org/wiki/%c3%8dndice_de_bolsa_de_valores" 1.8 Formas de negociação Agora vamos aprender as formas de negociação. Na BM&FBOVESPA, existem quatro formas de negociação de ações que veremos a seguir: a) Mercado à vista É a operação padrão de compra e venda de uma determinada quantidade de ações. Depois de realizado o negócio, o comprador efetua o pagamento e o vendedor efetua a entrega das ações objeto da transação. Esta operação ocorre no terceiro dia útil após a realização do negócio (D+3). Os preços são formados pelo pregão, dinâmica de oferta e procura de cada papel e todo o seu funcionamento, será analisado no módulo 2 deste programa. b) Mercado a termo É a operação realizada através de contratos de compra ou venda de determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em um prazo determinado. Este prazo é definido pelo investidor, respeitando-se o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias. Neste caso, o preço será o valor da ação acrescido de uma parcela correspondente aos juros do período. É requerido um depósito de garantia, uma vez que há o recebimento do dinheiro à vista. c) Mercado de opções É a operação realizada através de contratos que garantem o direito de compra ou venda, de uma determinada ação, dentro de um prazo estipulado, a um valor prefixado. Esta operação é regida por uma

promessa de direito de compra que poderá ser exercido dentro do prazo estipulado. d) Mercado futuro de ações São contratos de compra ou venda de ações, com um preço acordado pelas partes, para liquidação em uma data futura específica, previamente acertada. Espera-se que o preço futuro da ação seja equivalente ao preço à vista, acrescido das taxas de juros correspondentes entre a data da negociação e a efetiva liquidação do contrato. É hora de refletir! - Como vimos, bolsas de valores bem estruturadas e definidas por regras claras, podem beneficiar também, toda a sociedade. Além dos exemplos citados, quais outros meios pelos quais a bolsa de valores pode beneficiar a sociedade? - Já iniciando uma avaliação do seu perfil de investidor, o que seria mais importante para você, ter ações ordinárias, com direito a voto nas assembleias, ou ações preferenciais com direito a dividendos? - Você entendeu com clareza a importância que os índices de ações possuem para suas futuras aplicações na bolsa?

Capítulo 2 Funcionamento da Bolsa de Valores No capítulo anterior, nós aprendemos sobre alguns conceitos básicos de Bolsa de Valores. Antes de tudo, descobrimos o que é uma bolsa de valores, o que são ações e quais seus tipos. Agora, estamos prontos para conhecer e entender o funcionamento de uma bolsa de valores. Como em qualquer outro negócio em que se investe dinheiro, não pode ser feito sem antes saber como ele funciona. Imagina você, investir em um imóvel, sem antes saber quais os custos com cartório, o que é preciso para registrar, levantar certidões negativas para verificar se não há ônus sobre o imóvel, levantar informações sobre o antigo proprietário, entre outros. Estas questões são importantes para que você não corra o risco de ser lesado em um investimento que não recebeu os cuidados devidos. Portanto, vamos aprender juntos neste capítulo, questões práticas sobre as operações, para que possamos tomar as decisões corretas sobre investimentos, conforme seu perfil. 2.1 Como adquirir ações? Você não poderá investir diretamente na Bolsa de Valores, comprando ações de outro investidor ou de uma empresa. Para que isto ocorra, você deve procurar um intermediário financeiro que normalmente, são as Corretoras de Valores. No entanto, estes não são os únicos a intermediar negócios na Bolsa. Você poderá investir também, através de Fundos de Investimentos em Ações, administrados por um banco, ou ainda, investir através de um Clube de Investimentos. 2.2 Corretoras de Valores Corretoras de Valores são instituições financeiras, credenciadas pelo Banco Central e pela CVM, que estão autorizadas a comprar e vender ações para você. As corretoras são responsáveis por receber suas ordens de compra ou venda e repassá-las ao mercado. Estas corretoras dispõem de profissionais voltados à análise de mercado, de setores específicos e de companhias que poderão auxiliá-lo sobre

o momento certo de comprar ou vender determinadas ações para obter melhores resultados. Muitas corretoras disponibilizam um sistema on-line para esclarecimentos de dúvidas e orientação para investimentos Atenção: É Importante você pesquisar e estar atento ao valor de comissão que será cobrada por esta intermediação. Trataremos deste assunto mais adiante, no capítulo 4. 2.3 Fundos de Investimentos em Ações Fundos de Investimentos em Ações estão cada vez mais populares. Primeiro pela abertura da Bolsa de Valores ao brasileiro comum e segundo, pela facilidade em realizar uma aplicação em um fundo de investimento. Esta, na verdade, é a forma mais fácil de iniciar um contato com a bolsa de valores. Basta ter uma conta em um banco que ofereça este tipo de aplicação e um pequeno valor para iniciar sua aplicação. Você pode fazê-la através de seu Home Banking ou pedir ao seu gerente que o faça. Estes fundos são administrados por um banco ou corretora que, pela emissão de títulos de investimento próprio, o Certificado de Investimento, denominado em quotas, concentra capital de inúmeros investidores para aplicação em carteira diversificada, em carteira composta por ações de uma única empresa ou segmento de mercado. 2.4 Clube de Investimentos Esta é uma modalidade em que você poderá formar com seus amigos, colegas de trabalho, ou qualquer outro grupo de pessoas físicas com quem tenha afinidades para formarem juntos um clube de investimentos, para aumentar o montante de capital e investir na Bolsa. Para o clube de investimentos existir, o grupo deve formalizá-lo através de uma corretora definindo um representante, geralmente o que mais conhece o mercado financeiro, para que transmita as decisões acordadas pelo grupo. 2.4.1 O que é um Home Broker? É o sistema que permite a negociação de ações via internet. Com a intenção de popularizar o mercado acionário, permitindo que mais pessoas pudessem utilizá-lo, além de torná-lo ainda mais ágil e simples,

foi criado um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as corretoras da BM&FBOVESPA. Muito semelhante a um Home Banking, oferecido pelas redes bancárias, os Home Brokers das corretoras estão interligados ao sistema de negociação da BM&FBOVESPA e permitem que os investidores enviem, automaticamente, através da internet, ordens de compra e venda de ações. 2.4.2 Horários de negociação Pregão Regular: das 10:00h às 17:00h After-Market: das 17:45h às 19:00h Horário de Verão: Pregão Regular: das 11:00h às 18:00h After-Market: das 18:45h às 19:30h 2.4.3 O que é uma operação Day-Trade? Esta operação significa comprar e vender, no mesmo dia, a mesma quantidade de títulos de uma companhia, utilizando a mesma corretora e também o mesmo agente de compensação. Como exemplo, podemos imaginar que você compra ou vende um certo número de ações por um preço, acompanha a variação da cotação daquele papel ao longo do dia e no melhor momento, você inverte a posição vendendo ou comprando no mesmo dia para tentar lucrar em cima da operação, ou seja, tenta lucrar com a oscilação do preço da ação durante o período. Atenção: Esta operação é muito utilizada por especuladores. 2.4.4 After Market Esta é outra inovação da BM&FBOVESPA: Um sistema em que oferece a cessão noturna de negociação eletrônica. As operações são dirigidas por ordens e fechadas automaticamente por meio do sistema eletrônico de negociação da BM&FBOVESPA (Mega Bolsa). A totalidade de ordens enviadas tem um limite de R$ 100.000,00 por investidor para o período After-Market e os preços das ordens enviadas nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou negativa de 2% em relação ao preço de fechamento do pregão diurno.

Além de atender aos profissionais do mercado, este mecanismo também é interessante para os pequenos e médios investidores, pois permite que enviem ordens por meio da Internet também no período noturno. 2.5 O que são pregões viva voz e eletrônico? O pregão Viva voz, é a forma tradicional de negociação, onde os operadores recebem as ordens das mesas de operação das corretoras e as ofertam em uma sala de negociações dentro da Bolsa de Valores. No pregão viva voz, são negociadas apenas as ações com maior liquidez no mercado. Mas o que é pregão eletrônico? Pregão Eletrônico é o sistema onde as ordens das mesas de operações das corretoras ou através dos Home Brokers, são colocadas eletronicamente através de terminais conectados a um servidor central que se encarrega de fechar os negócios e informá-los às corretoras. Neste caso, são negociadas todas as ações listadas na BM&FBOVESPA. É hora de refletir - Você já pensou em reunir amigos para investir através de um clube de investimentos, ou gostaria de trabalhar sozinho? - Você discute sobre investimento com seus amigos? - Você se sentiria confortável em investir na bolsa sem o auxílio de analistas, somente através dos Home Brokers? - Você já pesquisou no site do seu banco, quais os fundos de investimentos que ele administra, as rentabilidades, formação de carteiras e taxas de administração? Então, não seria uma boa hora para começar esta pesquisa? Pense nisto!

Capítulo 3 Regulamentação Até agora, estudamos a estrutura e funcionamento de uma bolsa de valores. Mas existe uma pergunta que você deve estar se fazendo e, se não está, deve refletir, é: Quem me garante que o dinheiro que entreguei àquela corretora vai voltar com o rendimento esperado para o meu bolso se eu tiver sucesso?. Este é um receio comum, principalmente quando se trata de um assunto tão delicado como nosso dinheiro! É por isso que existem os órgãos reguladores, pois com a popularização da Bolsa de Valores, o mercado vem, a cada dia, modernizando-se cada vez mais e proporcionando aos investidores muito mais informações. Com isso, aumenta também a preocupação dos órgãos reguladores em fazer chegar a estes investidores, informações sobre regras de funcionamento dos produtos de investimentos, leis, normas, políticas e riscos, com o objetivo de dar ao investidor mais segurança e transparência. Agora neste capítulo, iremos estudar por quais meios uma bolsa de valores garante a lisura nas negociações de papéis, inviabilizando qualquer tentativa de fraude no mercado de ações. 3.1 Papel da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Veja bem, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal que regula, disciplina e fiscaliza as bolsas de valores. Qual é a principal função desta comissão? Pois bem, sua principal função é cuidar para que investidores tenham acesso a informações que confirmem a boa qualidade das empresas abertas e dos fundos de investimentos. Ou seja, cuida para que o mercado seja transparente e todos tenham acesso a informações de maneira uniforme, evitando assim, o uso de informações privilegiadas que vão beneficiar alguns investidores em detrimento de outros. Atenção: A CVM não se restringe apenas a cuidar da transparência e idoneidade do mercado. Entre outras funções estão: Registrar as companhias abertas Registrar a distribuição de valores mobiliários; Credenciar auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; Cuidar da organização, funcionamento e operações das bolsas de valores;

Fiscalizar a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; Administrar carteiras e a custódia de valores mobiliários; Suspender ou cancelar registros, credenciamentos ou autorizações; Suspender a emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa de valores. 3.2 Código de Autorregulação Em 1999, entrou em vigor o Código de Autorregulação para Ofertas Públicas da ANBID, onde as instituições participantes aderem a princípios e normas que deverão ser adotadas para realização dessas ofertas. A finalidade do Código e das instituições aderentes a ele é propiciar a transparência das informações e o adequado funcionamento do mercado. A ANBID - Associação Nacional dos Bancos de Investimento é a principal representante das instituições que atuam no mercado de capitais brasileiro, e a única entidade de classe que, além de representar os interesses de seus associados, autorregula suas atividades com a adoção de normas geralmente mais rígidas do que as impostas pela legislação. 3.3 Lei das S.A s A Lei das Sociedades por Ações de 15 de dezembro de 1976 foi modificada algumas vezes. Em 2001, a Lei nº. 6.404 passou por uma grande reforma por meio da Lei nº. 10.303, que ficou conhecida como a Nova Lei das Sociedades Anônimas. Entre os pontos de maior inovações, destacam-se: Reduziu o limite máximo para a emissão de ações preferenciais na constituição de novas empresas ou para abertura de capital, a partir de novembro de 2001; Contemplou a possibilidade de utilização de câmara de arbitragem interna para solução de divergências entre os acionistas e a companhia, ou entre os acionistas controladores e os minoritários, aspecto de relevância para as práticas de governança corporativa; Criou a Tag along: É um mecanismo de alinhamento de interesses entre acionistas controladores e minoritários, que estabelece que a mudança no controle da empresa só pode ocorrer caso o comprador se comprometa a fazer uma oferta pública para a compra das

outras ações com direito a voto assegurando, no mínimo, 80% do valor oferecido ao controlador. O tag along está previsto na Lei das S.A. apenas para os detentores de ações ON. Mesmo sem ser uma exigência legal, por meio dos seus estatutos, algumas empresas estenderam esse direito também aos detentores de ações PN. 3.4 Governança Corporativa A Comissão de Valores Mobiliários define governança corporativa como o conjunto de práticas que tem por finalidade aperfeiçoar o desempenho de uma companhia, ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital. A boa governança corporativa permite uma administração ainda melhor e a monitoração da direção executiva da empresa. A empresa que opta pelas boas práticas de governança corporativa adota como linhas mestras transparência, prestação de contas (accountability) e equidade. 3.5 Novo Mercado, Nível 1, Nível 2 Ao lançar suas ações na bolsa ou mesmo após o lançamento, a empresa deve optar em qual segmento da bolsa de valores irá atuar: Novo mercado, nível 1 ou nível 2. Cada um destes segmentos possui regras próprias, sendo o Novo Mercado, o que consolida as empresas com a maior transparência. Veja bem, o novo Mercado é um segmento de listagem, destinado à negociação de ações emitidas por empresas que se comprometem voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativas adicionais em relação ao que é exigido pela legislação. Atenção: O Novo Mercado é o nível mais avançado quando se refere à transparência e governança corporativa, mas a BM&FBOVESPA criou também o Nível 1 e o Nível 2 para classificação de empresas que ainda não cumpriram todas as etapas para chegar ao Novo Mercado. Nível 1: práticas diferenciadas de governança corporativa, que contemplam basicamente regras de transparência e dispersão acionária; Nível 2: além das regras de transparência e dispersão acionária exigidas no Nível 1, contempla também as de equilíbrio de direitos entre acionistas controladores e minoritários.