SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PARA AFT - Aula demonstrativa. Aula 00 SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PARA AFT APRESENTAÇÃO

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Transcrição:

Aula 00 SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PARA AFT APRESENTAÇÃO Oi gente! Estarei aqui com vocês ajudando na caminhada rumo ao desejado cargo de Auditor Fiscal do Trabalho. Quer ser AFT? Pois saia na frente! Isso mesmo! Inicie logo os seus estudos! Esperar por edital é perda de tempo! Quanto mais cedo você iniciar sua preparação, maiores serão as suas chances de lograr êxito em seu intento! O problema da maioria dos candidatos é esperar estar com o edital nas mãos para iniciar os estudos. O que acontece? O edital sai e você não consegue estudar 1/3 do conteúdo! Ah professora, mas e se o edital mudar? As mudanças são sempre pequenas. Existem matérias que sempre serão cobradas neste concurso. Tenha a certeza de uma coisa: as disciplinas segurança e saúde do trabalho e direito de trabalho estarão lá! Estas duas disciplinas são essenciais em nosso trabalho. São o foco de toda fiscalização trabalhista! Sim, mas deixem que eu me apresente. Meu nome é Flávia Lorena, sou AFT desde janeiro de 2007 e professora em cursinhos preparatórios em Teresina e, com muita satisfação, aqui do ponto. Faço parte do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalho (NEGUR). Já fiscalizei de tudo um pouco, desde grandes frigoríficos até uma padaria em cidade do interior. Tive a oportunidade de pôr em prática 99% das normas regulamentadoras. Participei do grupo móvel de combate ao trabalho escravo por 2 anos e hoje coordeno o grupo de fiscalização de Prevenção em Acidentes e Doenças do Trabalho (e fiscalizo esta atividade, não fico somente no ar condicionado, kkk), analiso acidentes e participo de ações especiais de combate ao trabalho infantil. Bem, aos 24 anos me formei em bacharelado em direito. A minha especialização? Ser aprovada em concursos (kkk...). Prestei 6 concursos e fui aprovada em 5 deles, além da aprovação na OAB! www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 1

Minha vida abnegada de concurseira começou cedo: Aos 22 anos - 2º lugar para assistente jurídico da CHESF e 8º lugar para técnico judiciário do TRE/PI Aos 23 anos - 1º lugar GERAL no concurso do TRT/CE Organizadora ESAF 100% de aproveitamento na prova Aos 24 anos - 26º lugar para analista judiciário TRT/PI e Aprovada na OAB seccional PI Aos 25 anos - 8º lugar para AFT no grupo centro-oeste Tive o prazer de tomar posse em todos estes cargos, trabalhando menos de 1 ano em cada um deles. Tenho formação em Segurança e Saúde ministrada pelo MTE em parceria com a ESAF. Para que você seja aprovado em qualquer concurso, antes de mais nada, você precisa ser muito objetivo! São muitas as disciplinas a estudar e se o candidato não conseguir extrair o que há de mais importante em cada uma delas, fatalmente irá tropeçar nesta caminhada! Mas é para isso que estou aqui! Para mostrar-lhes de maneira simples e objetiva o que há de mais importante em SST. E isso será feito aliando a teoria a situações reais de fiscalização, a esquemas, ilustrações e principalmente com a resolução de muitas questões. A tradição do MTE é ter suas provas feitas pela ESAF. Porém, no último concurso, a prova foi elaborada pela CESPE. Tendo em vista a inexistência de edital, focaremos nossa atenção em questões destas duas organizadoras. Todavia, nada impede que tragamos questões de outras bancas. Nosso curso trará a teoria de forma simples e sempre que possível esquematizada, além de questões comentadas. Na primeira parte de cada aula trarei a teoria de cada assundo seguida de questões elaboradas por mim para enfatizar bem aquilo que foi explicado. Chamarei esta parte de TREINANDO. Logo após temos a lista das questões de concursos sem as respostas. Recomendo que você tente respondê-las primeiramente sozinho antes de olhar o gabarito e os comentários das questões. E por fim, trago as questões com comentários. Na parte teórica trago a explicação das normas fazendo a interligação delas com o(s) artigo(s) da CLT que lhe(s) correspondem. Recomendo também www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 2

que você leia a parte teórica pelo menos 3 vezes! A primeira leitura serve para te dar uma noção do assunto. A segunda serve para que você procure extrair o que há de mais importante, sublinhando ou usando marca texto. E a terceira serve para você reforçar aquilo que estudou: repita em voz alta, faça breves anotações, explique o assunto para você mesmo se olhando no espelho! Isso mesmo fale sozinho, gesticule! Use todos os sentidos para reforçar seu aprendizado! Não faça de seu estudo algo monótono! Lembre-se que este é o caminho a percorrer até o dia de sua aprovação. Então não deixe que esta caminhada seja desestimulante! Após o estudo do assunto responda as questões do TREINANDO! Tente responder sem consultar nada! Depois corrija e veja o que errou, se é que você errou alguma coisa (boto fé que você acertará todas!). E depois responda as questões de concursos! Por fim, corrija e leia os comentários. Fazendo assim, sua aprovação está garantida! Bem, neste curso traremos as novas funcionalidades que o ponto tem oferecido: vídeos curtos (gravações de 15 minutos) com dicas e a teleconferência para resolver questões e sanar dúvidas ainda pendentes com duração de até 1 hora. Friso que todo o conteúdo será explanado em pdf. As novas funcionalidades são um bônus ofertado pela equipe do Ponto dos Concursos e professores para auxiliar seus estudos. Lembrando a todos a importância da disciplina de SST! Esta, bem como a disciplina de direito do trabalho, são o carro chefe deste concurso. É imprencindível que os candidatos conheçam profundamente a matéria. Mas calma! Não é preciso conhecer profundamente todas as 36 normas! No curso mostraremos quais são imprescindíveis dominar para a aprovação e o que há de importante nas demais normas menos utilizadas e cobradas. Sabe aquele olhar clínico? Você precisa ter para enxergar e aprender o que é importante e não perder tempo com o desnecessário! www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 3

Vejamos a distribuição de nossas aulas: Aula Conteúdo Programático Data 00 SST na Constituição Federal (art. 7º), NR 01 e 06 05/04 01 NR 02 e 03 02/05 02 NR 04 e 05 09/05 03 NR 07 16/05 04 NR 09 23/05 05 NR 15 e 16 30/05 06 NR 17 06/06 07 NR 08 e 18 13/06 08 NR 12 20/06 09 NR 24 e 35 27/06 10 NR 33 e 36 04/07 11 Convencões Internacionais da OIT (nº 81, 139, 148, 155, 161) 11/07 Então caríssimos alunos, eis-me aqui para acompanha-los até o dia do resultado! Até o dia de sua aprovação! Então não percamos tempo! Passemos ao conteúdo de nossa primeira aula. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 4

SST NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL O estudo de SST deve iniciar-se pelo comando maior que autoriza a criação das normas regulamentadoras. O art. 7º, inc. XXII da Constituição Federal (CF) dispõe que a saúde é direito do trabalhador e a sua garantia é dever do empregador. Este dispositivo constitucional garante ainda a segurança no trabalho e a higidez do meio ambiente laboral. Então é evidente que aquele que se locupleta e enriquece às custas da mão-de-obra alheia deve garantir a saúde e a segurança destes trabalhadores. Vejamos o que nos diz a Constituição Federal: Art. 7º da CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXII - Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; Ao longo do curso, nós veremos que as normas regulamentadoras versam sobre saúde, segurança e higiene no trabalho. As normas que dispõem sobre a proteção à saúde buscam garantir a efetivação do conceito de saúde dado pela Organização Mundial de Saúde OMS que diz ser um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades". Neste sentido temos, por exemplo, a NR 07 que versa sobre o PCMSO. Lembra o que significa esta sigla? Isso mesmo, Programa de Controle Médico de Saúde do Trabalho. Já a segurança visa à integridade física do trabalhador procurando protege-lo dos acidentes do trabalho, enquanto a higiene tem por objetivo o controle dos agentes do ambiente de trabalho (como, por exemplo, ruído e poeiras) para a manutenção da saúde no seu amplo sentido. Além da previsão constitucional para a instituição de normas de saúde, higiene e segurança, temos, ainda dispositivo na CLT no mesmo sentido, vejamos: Art. 200 da CLT - Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às normas de que trata este Capítulo, www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 5

tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:... Então percebemos que a CLT fixou normas gerais de Segurança e Saúde do Trabalho e conferiu competência para o MTE normatizar as informações complementares. Isto mesmo! O Ministério do Trabalho e Emprego pode expedir instruções para a execução das leis, bem como inovar no mundo jurídico criando normas de prevenção de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais em razão de delegação da CLT. Da leitura dos artigos 154 ao 201, percebemos que a CLT adotou a técnica legislativa de apenas enunciar os comandos básicos, delegando ao Ministério do Trabalho a competência normativa para regulamentar e complementar os preceitos legais. Percebemos que em vários outros artigos, a CLT traz a necessidade de expedição de normas pelo MTE. Veja, por exemplo, o artigo abaixo: Art. 163 da CLT - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s). Vejam que este artigo fala de maneira geral sobre a obrigatoriedade de constituição da CIPA e remete ao Ministério do Trabalho a missão de regulamentar as atribuições, a composição e o funcionamento dela. E ele fez isso na NR 05. CIPA? Mas o que é isso? Trata-se da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Uma comissão instituída por empregados de determinado estabelecimento que atuam como vigilantes da segurança no ambiente. Ao longo de cada aula, trarei os artigos da CLT que correspondem a NR em estudo. Porém, recomendo-lhes que leiam tais artigos (154 ao 201) ao final desta aula a fim de que tenham uma visão geral sobre o que trataremos daqui para a frente. Pois como vimos, as normas irão regulamentar os artigos da CLT. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 6

Feitas estas explanações podemos concluir que as normas regulamentadoras estabelecem condições mínimas a serem observadas pelas empresas com o fito de preservar a saúde e segurança de seus trabalhadores. Portanto, fiscalizatório! elas tem força de lei e caráter Exatamente isto que você pensou: elas obrigam ao seu cumprimento as empresas que tem empregados regidos pelo regime da CLT. Então, quando vocês verificarem o descumprimento destas normas deverão lavrar o devido auto de infração (pense como um futuro AFT!). Além do inciso XXII do artigo 7º da Constituição que garante aos trabalhadores a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, temos ainda outros incisos atinentes a SST. Passemos ao estudo de cada um deles. Art. 7º da CF, inc. XXIII - Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Este dispositivo constitucional determinou que tal direito depende de uma outra lei (dispositivo de eficácia limitada). Portanto, somente a insalubridade e a periculosidade dão direito à percepção de adicional, visto que estas foram regulamentadas, respectivamente, pelas NR 15 e 16. O adicional de penosidade não foi regulamentado por nenhuma norma. Tal adicional visa garantir ao trabalhador exposto a condições insalubres ou perigosas um plus salarial em detrimento de sua saúde. Infelizmente é isso mesmo! O empregado recebe para ser um futuro doente ou um possível acidentado! www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 7

É de fundamental importância que vocês saibam distinguir uma condição insalubre de uma condição perigosa. Lembrem-se que um dos itens do edital do último concurso foi atividades insalubres ou perigosas (Item 4. Segurança e medicina no trabalho. 4.2 Atividades insalubres ou perigosas). Tais conceitos encontram-se previstos na CLT, vejamos: Art. 189 da CLT - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições e métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 4º- São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Vejam que condição insalubre são aquelas que por sua natureza, condições e métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Podemos ter condições insalubres em exposição aos seguintes agentes nocivos (natureza do agente): ruído, calor, frio, vibração, umidade, produtos químicos, agentes biológicos, condições hiperbáricas, radiações não ionizantes. Já a condição perigosa reflete um RISCO originado por: inflamáveis, explosivos, energia elétrica, roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial e atividades de trabalhador em motocicleta. Notem que as condições insalubres podem levar ao adoecimento, enquanto as perigosas podem levar a um acidente. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 8

Os detalhes sobre insalubridade e periculosidade serão tratados quando explanarmos a NR 15 e a NR 16. Vejamos o seguinte inciso: Art. 7º, inc. XXVIII - Seguro contra acidente de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Importante compreender que este dispositivo da Carta Magna garante aos empregados urbanos e rurais dois direitos distintos em caso de acidente e/ou doença ocupacional que são: Seguro contra acidente do trabalho (SAT); e Indenização em caso de culpa ou dolo do empregador. O empregado terá direito ao Seguro contra acidente do trabalho (SAT) em caso de acidente e/ou doença ocupacional (profissional ou do trabalho) www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 9

independentemente dos motivos que levaram ao ocorrido, inclusive quando o empregador não contribui para este evento. O SAT independe de culpa ou dolo do empregador. Para ter direito a ele basta que o empregado sofra um acidente do trabalho ou tenha uma doença ocupacional. O SAT é pago pela Previdência Social com recursos advindos de contribuições mensais do empregador. A alíquota normal é de um, dois ou três por cento sobre a remuneração do empregado. Já o direito à indenização depende da constatação de culpa ou dolo do empregador para o evento do acidente e/ou doença ocupacional. Incorre nesta situação: o empregador que manda um empregado executar um serviço em altura, mas não lhe fornece o cinto de segurança tipo paraquedista e o empregado sofre um acidente; aquele que não elabora PPRA e PCMSO e como consequência fomenta o adoecimento de empregado. Ou seja, resta caracterizada a culpa ou dolo do empregador com o descumprimento das normas de saúde e segurança. Portanto, são direitos distintos que podem ser requeridos e usufruídos ao mesmo tempo, ou seja, mesmo que o empregado receba algum benefício da previdência social ele faz jus à indenização quando o empregador agir com dolo ou culpa. Mencionamos logo acima outra sigla: PPRA. Esta significa Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e está previsto na NR 09. Trata-se de um programa por meio do qual a empresa deve levantar os riscos ambientais (físicos, químicos e biológicos) e adotar medidas para controlar estes riscos, garantindo a segurança e saúde dos trabalhadores que ali laboram. Veja o esquema abaixo: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 10

Importante esclarecer que a Lei 8.213/91 determina que o descumprimento de normas de segurança e higiene do trabalho constitui contravenção penal. Veja: Art. 19, 2º da Lei 8.213/91 - Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. Por fim temos o inciso abaixo: Art. 7º, inc. XXX - Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. Percebemos neste dispositivo constitucional que as atividades insalubres e perigosas são proibidas para os menores de 18 anos. A explicação é bem simples! A proibição tem como fundamento a proteção da saúde do trabalhador menor, que, em fase de desenvolvimento físico e mental incompleto, fica muito mais suscetível aos efeitos nocivos dos agentes insalubres e aos riscos das atividades perigosas do que o trabalhador www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 11

adulto. Aproveitemos o inciso, e acrescentemos aos nossos conhecimentos que, além da atividade insalubre e perigosa, é proibido também ao menor o trabalho noturno. Ademais, é proibido qualquer trabalho a menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 12

Abaixo, trazemos um quadro com cada uma das normas regulamentadoras que possuem os comandos gerais na CLT. Trazemos também algumas súmulas do TST que são concernentes às normas. NORMA ARTIGOS DA CLT SÚMULAS DO TST REGULAMENTADORA NR 01 154 a 159 NR 02 160 NR 03 161 NR 04 162 NR 05 163 a 165 NR 06 166, 167 E 177 NR 07 168 e 169, 200, VI da CLT 15 NR 08 170 a 174 NR 09 175 NR 10 179 a 181 NR 11 182 e 183 NR 12 184 A 186 NR 13 187 e 188 NR 14 187 NR 15 189 a 192, 194 a 196, 200, VI 17, 47, 80, 139, 248, 289 e 293 NR 16 193 a 197, 200, VI 39, 70, 132, 191, 361 e 364 NR 17 175 a 178, 198 e 199 NR 18 200, I NR 19 200, II NR 20 200, II NR 21 200, V NR 22 200, III NR 23 200, IV NR 24 200, V NR 26 200, VIII NR 28 201 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 13

TREINANDO 1. É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, inclusive na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. 2. A redução dos riscos inerentes ao trabalho está consubstanciada por meio das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. 3. A CLT fixou normas gerais de Segurança e Saúde do Trabalho nos arts 154 a 201, e conferiu competência para o MTE normatizar as informações complementares. 4. O empregado terá que provar dolo ou culpa do empregador para receber o seguro contra acidente do trabalho. 5. A secretaria de Políticas Públicas de Emprego é dividida em dois departamentos: de Fiscalização do Trabalho; e de Saúde e Segurança do Trabalho. 6. O Seguro contra acidente de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer necessariamente com dolo é direito dos trabalhadores urbanos e rurais. 7. Empregado aprendiz com 16 anos não poderá exercer atividade insalubre, salvo se existir laudo de insalubridade elaborado por médico do trabalho que autorize o trabalho do mesmo tendo em vista a baixa nocividade da atividade para o empregado. GABARITO 1. E 2. C 3. C 4. E 5. E 6. E 7. E www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 14

COMENTÁRIOS DO TREINANDO 1. ERRADO. É permitido o trabalho na condição de aprendiz a menor de 16 anos, a partir de 14 anos. Ver CF, art. 7º, XXX. 2. CORRETO. A constituição federal garantiu aos trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos inerentes ao trabalho e este direito foi regulamentado por meio da edição das NRs. Ver CF, art. 7º, XXII. 3. CORRETO. No título II, capítulo V da CLT temos os artigos (154 a 201) concernentes a segurança e medicina do trabalho os quais trazem as disposições gerais sobre o assunto e determinam que o detalhamento deverá ser definido em normas editadas pelo MTE. 4. ERRADO. O trabalhador que sofrer acidente do trabalho tem direito a receber benefício previdenciário decorrente do SAT independentemente de dolo ou culpa do empregador. O SAT decorre exclusivamente da existência do acidente do trabalho. Temos, então, a responsabilidade objetiva securitária. Ver CF, art. 7º, XXVIII. 5. ERRADO. Esta divisão é da SIT Secretaria de Inspeção do Trabalho. 6. ERRADO. A indenização que o empregador estará obrigado não decorre exclusivamente de dolo. Decorre de dolo ou culpa. Ver CF, art. 7º, inc. XXVIII. 7. ERRADO. Em hipótese alguma empregado menor de 18 anos poderá trabalhar em atividade insalubre. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 15

NR 01 DISPOSIÇÕES GERAIS Esta norma não sofreu alterações recentes. A última foi em março de 2009. Em relação a este assunto, além da leitura da NR 01, faz-se imprescindível a leitura dos artigos 154 a 159 da CLT. Esta NR trata das disposições gerais que são basicamente: Competências da SIT (órgão de âmbito nacional) Competências das SRTE (órgãos de âmbito regional) Obrigações dos empregadores Obrigações dos empregados Comecemos então pelas atribuições da SIT. Sempre que penso na SIT me vem à mente um personagem de desenho animado: o manda chuva. Conheceram-no? O manda chuva mandava e todos obedeciam. Igual a SIT. A SIT estabelece (edita) as normas regulamentadoras objeto www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 16

de fiscalização, coordena e supervisiona a fiscalização de SST e analisa os recursos das decisões proferidas pelos Superintendentes. Veja o que diz os artigos da CLT e itens da NR: Art. 155 da CLT - Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200; II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. NR 01, item 1.3 - A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional. NR 01, item 1.3.1 - Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. Portanto, percebemos que o artigo 155 da CLT, assim como vários outros no capítulo V do título II, conferiram poderes ao MTE, por meio de seu órgão de âmbito nacional (a SIT) para estabelecer normas de SST. Onde vocês encontrarem o termo Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST, entendam que a norma estará se referindo a Secretaria de Fiscalização do Trabalho SIT, por meio do Departamento de Segurança e www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 17

Saúde no Trabalho DSST. Atualmente não existe Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Vejam que as palavras relacionadas à SIT demonstram a gerência dela sobre a fiscalização: coordenar, orientar, controlar e supervisionar. Ela deve supervisionar a fiscalização e as atividades relacionadas com a SST. A norma cita duas atividades relacionadas a SST: a CANPAT e o PAT. CANPAT significa Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho. Todos os anos, a SIT determina operativos em todos os estados para a análise de acidentes dos trabalhos em determinados ramos de atividades. Ademais, consoante diretriz institucional, os acidentes fatais e graves são obrigatoriamente objeto de análise, isto quer dizer, que compete à fiscalização indicar as causas que levaram ao acidente. Como ficará claro no desenrolar das aulas, as normas de SST são voltadas para a prevenção, buscando evitar acidentes. Ao analisa-los, a fiscalização impõe alterações na conduta e/ou máquinas da empresa, além de servir como subsídio para a elaboração e modificação de normas regulamentadoras. Além disso, compete a SIT conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Superintendentes Regionais do Trabalho e Emprego, em matéria de segurança e medicina do trabalho. Expliquemos isto melhor! O auto de infração é o documento lavrado pelo AFT quando ele encontra uma irregularidade. Não podemos chamar o auto de infração de multa, uma vez que ele pode ou não ser convertido em multa. Após a lavratura do auto de infração o autuado tem o prazo de 10 dias para apresentar defesa junto a SRTE. Após este prazo, o auto de infração juntamente com a defesa, caso apresentada, formará um processo administrativo e será analisado por outro AFT (analista), diferente daquele que lavrou o auto. Este poderá ou não acolher a defesa do autuado. Caso a defesa não seja acolhida, o Superintendente imporá a multa. Neste caso, o autuado terá direito a recorrer (por isso, chamado de recurso voluntário) em 10 dias para a SIT. Porém se o AFT (analista) acolher a defesa, ele declarará a insubsistência do auto. Neste caso, o Superintendente Regional deverá recorrer, de ofício, para a SIT. Os recursos na SIT serão analisados por outro AFT (analista). Veja abaixo isto que falamos esquematizado: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 18

Então se a SIT é o manda chuva, os auditores lotados nas SRTEs (eu e futuramente você) que obedecem e cumprem as determinações da SIT são os batatinhas (personagem do desenho que obedecia o manda-chuva)! Portando, as Superintendências Regionais (antigas Delegacias Regionais do Trabalho) tem a competência de dar efetividade (executar) à fiscalização do trabalho promovendo a fiscalização das normas de SST nas atividades determinadas pelo planejamento anual da SIT, colaborando com a CANPAT e o PAT, determinando a correção das irregularidades, especialmente quanto a insalubridade e periculosidade, encontradas no meio ambiente de trabalho por meio de notificações, embargando e interditando, quando necessário, e www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 19

impondo as penalidades administrativas nos casos de descumprimento das normas. Ademais, as SRTEs têm o dever de atender a requisições judiciais para realização de perícias quando não existir na localidade médico do trabalho ou engenheiro de segurança. Vejamos o que nos diz a legislação sobre este tema: Art. 156 da CLT - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho nos limites de sua jurisdição: I promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; II adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; III impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201. NR 01, item 1.4 - A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. NR 01, item 1.4.1 - Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, nos limites de sua jurisdição: a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos; d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutralização de insalubridade; www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 20

e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho nas localidades onde não houver Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho registrado no MTb. É importante que façamos duas observações sobre este último item transcrito. Primeiramente não existe mais Delegacia do Trabalho Marítimo (e nem Superintendência do Trabalho Marítimo). E segundo, os médicos do trabalho e os engenheiros de segurança do trabalho não são mais registrados no MTE, e sim em seus conselhos regionais (CRM e CREA). Aproveitando o gancho, é importante que você saiba que o único profissional de segurança que deve efetuar registro no MTE é o técnico de segurança do trabalho. Este somente poderá exercer a profissão após o MTE conferir a documentação exigida e lançar o registro profissional em sua CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social). www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 21

Pronto! Agora que já sabemos as atribuições dos órgãos do MTE em âmbito nacional e regional precisamos conhecer as obrigações atribuídas pela CLT e NR 01 aos empregadores e empregados. Primeiramente é preciso que você tenha em mente a quem as normas regulamentadoras se dirigem. Tais normas são de observância obrigatória, ou seja, devem ser cumpridas por todo empregador que tenha empregado contratado pelo regime da CLT. Isto engloba, portanto, as empresas privadas e públicas, os órgãos da administração direta e indireta, os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário. Perceba que a condição é ter empregado regido pela CLT. Ademais, as normas regulamentadoras são aplicáveis, no que couber, aos trabalhadores avulsos. Você lembra que nossa constituição federal dispõe sobre a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso? Portanto, tais trabalhadores terão direito a ter sua saúde e segurança protegidos! www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 22

Vejamos os termos da norma: NR 01, item 1.1 - As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. NR 01, item 1.1.1 - As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais. Bem, então quais são as obrigações gerais dos empregadores quanto às normas de SST? Podemos sintetizar todas as obrigações concernentes à SST contidas na CLT e na NR 01 em uma única ideia: o empregador deve garantir a saúde e segurança de seus empregados ao longo de toda a relação laboral. Para isso ele deve: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 23

1 - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho: O empregador deverá cumprir as normas regulamentadoras, bem como fazer com que seus empregados as cumpram, devendo, para tanto, informálos quanto aos riscos, orientá-los quanto às medidas de segurança, treiná-los quanto ao uso do EPI, bem como fiscalizar o efetivo cumprimento das medidas de segurança. 2 - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais: As ordens de serviço (OS) podem ser por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos. A ordem de serviço tem o objetivo de informar o trabalhador dos riscos existentes em sua atividade com vistas à prevenção e redução dos acidentes. Ela traz informações de segurança para os trabalhadores como, por exemplo: É proibido o uso de adornos - Risco de acidente Mantenha os cabelos presos - Use touca - Risco de acidente www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 24

Uso de EPI Obrigatório (Cartaz de Segurança) O empregador deverá na ordem de serviço informar o trabalhador sobre as consequências em caso de descumprimento de seus termos. A OS (ordem de serviço) serve de prova documental à empresa em caso de reclamação trabalhista, evidenciando que esta efetivamente cumpriu suas obrigações relativas à ciência e informação do trabalhador. 3 informar os trabalhadores sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa, os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 25

próprios trabalhadores forem submetidos, os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. A segurança trabalha baseada na seguinte ideia: conhecer os riscos para combatê-los. Portanto, o empregador deve dar conhecimento aos trabalhadores, objeto da prevenção, acerca dos riscos existentes no ambiente laboral, inclusive o resultado das avaliações ambientais, bem como das medidas de proteção adotadas. Essas informações deverão ser passadas por meio de ordens de serviços, de treinamentos e de palestras. Veremos que praticamente todas as normas trazem a obrigatoriedade da realização de treinamentos na admissão do trabalhador e periodicamente ao longo do contrato de trabalho. Ademais os programas de segurança (PPRA e PCMAT, por exemplo) também determinam que as empresas deverão ter programas educativos voltados para a prevenção. PCMAT? Esta sigla significa Programa de Condições do Meio Ambiente do Trabalho. Tal programa é uma exigência da NR 18 (Norma da Construção Civil). Falaremos os detalhes no momento oportuno. O empregador tem ainda a obrigação de informar os trabalhadores dos resultados dos exames médicos e de exames complementares realizados no âmbito do PCMSO. 4 - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente O AFT tem a prerrogativa de NOTIFICAR (Termo de Notificação) a empresa, dando-lhe um prazo (no máximo de 60 dias) para proceder a regularização de itens de normas regulamentadoras. 5 - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente O empregador tem que permitir a entrada do auditor no estabelecimento, apresentar os documentos solicitados pela fiscalização, responder aos questionamentos do AFT, não pressionar os empregados para omitir informações, ou seja, não deve atrapalhar a fiscalização. A postura do empregador no sentido de dificultar ou impedir a fiscalização constitui EMBARAÇO, situação que autoriza a cobrança de multa no valor máximo. Veja o artigo abaixo: Art. 201 da CLT, Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 26

6 - permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho Que representantes? Os membros da CIPA e o próprio sindicato dos trabalhadores. 7 - determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. A empresa deve pensar quais procedimentos adotar em caso de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. O que fazer com um acidentado? Para onde leva-lo? E em casos de doenças relacionada ao trabalho, qual a conduta da empresa? Tudo isso deve ser pensado e planejado, devendo constar no PCMSO e em procedimentos de instrução da empresa aos gerentes, supervisores, equipes de segurança e de saúde, enfim, a empresa deve ter uma política de gestão de SST. Deverá, por exemplo, ter em seus quadros empregados aptos e treinados para prestar os primeiros socorros, obrigação contida na NR 07. Que tal dar uma olhada na lei? Art. 157 da CLT - Cabe às empresas: I cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. NR 01, item 1.7 - Cabe ao empregador: a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 27

c) informar aos trabalhadores: I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. Como já mencionado as normas regulamentadoras tratam de preceitos legais concernentes à SST. Tais normas são normas federais, uma vez que são editadas pelo MTE. Porém, as disposições de SST podem vir também em regulamentação estadual e municipal e ainda, em convenções e acordos coletivos. Portanto, as empresas deverão observar o cumprimento destas quando lhes sejam aplicáveis. O cumprimento pelas empresas do disposto nas normas regulamentadoras não as desobriga de cumprirem com outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos bem como daquelas oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. Vejamos o texto da lei: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 28

Art. 154 da CLT - A observância, em todos os locais de trabalho no disposto neste Capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho. NR 01, item 1.2 - A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. Ainda com relação aos deveres, falta comentar quais são as obrigações impostas pela legislação de SST aos empregados. Consoante a CLT e NR 01, os empregados tem o dever de: Cumprir com as normas de SST, inclusive o disposto na Ordem de Serviço; Colaborar com a empresa na aplicação das normas regulamentadoras; Usar o EPI; Submeter-se aos exames médicos obrigatórios (na admissão, periodicamente, quando ocorrer mudança de função, em casos de retorno ao trabalho após afastamentos previstos na lei e na demissão). www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 29

Mas o que acontece se o empregador ou se o empregado não cumprir com as obrigações legais citadas acima? No caso de descumprimento do empregador ele estará sujeito a sofrer a penalidade da lei: receber auto de infração por cada irregularidade cometida. Recordem-se que o auto de infração, após confirmação em procedimento administrativo no qual é oportunizado prazo para defesa e recurso, gera a multa pecuniária. Ademais, se o descumprimento de norma de SST configurar situação de GRAVE e IMINENTE RISCO, o empregador estará sujeito às medidas de paralização que são o EMBARGO e a INTERDIÇÃO. Já o empregado, ao descumprir, sem justificativa, qualquer uma das obrigações citadas, estará cometendo ATO FALTOSO, estando, portanto sujeito às penalidades de advertência, suspensão ou demissão por justa causa. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 30

Vejamos a lei: Art. 158 da CLT - Cabe aos empregados: I observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Art. 158 da CLT - Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 31

NR 01, item 1.8 - Cabe ao empregado: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b) usar o EPI fornecido pelo empregador; c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR; d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR; NR 01, item 1.8.1 - Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior. NR 01, item 1.9 - O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente. Ainda dentro das disposições gerais, a NR 01 trouxe alguns conceitos que são importantíssimos para a aplicação correta das demais NR. Os conceitos de empregador e empregado que a NR 01 trouxe é o mesmo contido na CLT (art. 2º e 3º, respectivamente). Vejamos: Empregador - a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados. Empregado - a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. A novidade que a norma trouxe foram os conceitos de empresa, estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho e local de trabalho. Vejamos cada um deles. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 32

Empresa - o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos. Estabelecimento - cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório. Setor de serviço - a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento. Canteiro de obra - a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra. Frente de trabalho - a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra. Local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos. Importante saber diferenciar canteiro de obra de frente de trabalho, uma vez que os dois desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra. Ambos são temporários, uma vez que acabada a obra eles são desmontados e os trabalhadores deslocados para outros canteiros e frentes de trabalho. Porém, o canteiro é uma unidade FIXA. Podemos verificar canteiros em obras de construção de casas, de condomínios de apartamentos, de pontes, de viadutos. Já a frente de trabalho é móvel. Ela se desloca à medida que a obra vai caminhando. Temos frentes em obras de construção de estradas, de esgotos e galerias. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 33

A NR 03 traz o conceito de obra veja: NR 03, item 3.3.1 - Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma. Importante esclarecer que a obra, compreendendo ou não o canteiro de obra e as frentes de trabalho, será considerada como estabelecimento. Portanto, as normas deverão ser aplicadas em seus limites territoriais, salvo quando as normas específicas dispuserem de forma diferente. Veremos estes casos aos estudarmos as normas que possuem estas disposições contrárias, tais como a NR 04 e 05. Veja o texto da NR abaixo: NR 01, item 1.6.2 - Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra de engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, será considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica. Vamos fixar os conceitos falados acima! Veja a imagem abaixo: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 34

Neste exemplo, temos como empregador a Construtora e Incorporadora mais Dinheiro. Constituem esta empresa dois estabelecimentos (escritório e usina produtora de asfalto), um canteiro de obra (construção de edifício residencial) e uma frente de trabalho (serviço de recapeamento de estrada). O escritório e a usina são estabelecimentos porque se localizam em endereços diferentes. Veja, por exemplo, que a usina é dividida em unidades operacionais: setor de asfalto, setor de pré-moldados, setor de oficina. Por fim, ainda dentro de um setor, teremos o local de trabalho que é onde são executados os trabalhos por cada trabalhador. Para finalizar esta NR, trago uma informação que é muito cobrada nas provas, tendo inclusive sido cobrada no concurso de AFT em 2010. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 35

administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Portanto, fiquem atentos que a responsabilidade é SOLIDÁRIA, ou seja, todas as empresas do grupo econômico terão obrigação de cumprir com as normas regulamentadoras e arcar com as penalidades pelo seu descumprimento. Veja a figura abaixo e imagine que todas estas empresas pertencem a um grupo econômico Supermercado Hipermercado Posto de Gasolina Responsabilidade Solidária www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 36

TREINANDO 1. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) A Consolidação das Leis do Trabalho e a Norma Regulamentadora Nº 1 estabelecem as obrigações dos empregados referentes à segurança e à medicina do trabalho, dentre as quais está a obrigação de cumprir as ordens de serviço referentes à segurança do trabalho expedidas pelo empregador. 2. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Segundo a Norma Regulamentadora Nº 1, não é de responsabilidade das empresas informar o trabalhador sobre os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho e sim sobre os riscos originados nestes locais. 3. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Para fins de observância às normas regulamentadoras, equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados. 4. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Quando um empregador cumprir com todas as normas de saúde e segurança previstas em normas regulamentadoras do MTE, este terá alcançado a máxima eficiência em gestão de segurança. Portanto, este não estará obrigado a cumprir dispositivo previsto em convenção coletiva da categoria no tocante a SST. 5. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) A SRTE é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 6. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado em submeter-se a exame médico admissional. 7. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho CLT. Elas, porém, não se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 37

8. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Estabelecimento é cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório. 9. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) A SIT, por ser o órgão máximo do MTE, poderá determinar o embargo de obra. 10. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores eventuais, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais. 11. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Cabe ao empregador elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos. 12. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Cabe ao empregado cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador. 13. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Canteiro de obra é a área do trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra. 14. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Setor de serviço é a área onde são executados os trabalhos, consoante disposição da NR 01. 15. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, subsidiariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 16. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) O empregador deverá permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 17. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Compete a SRTE atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho nas localidades onde não houver médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 38

18. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Compete a SIT impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 19. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) O empregado não pode, em hipótese alguma, recusar-se a usar o EPI fornecido pelo empregador. 20. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Compete a SIT conhecer, em única instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Superintendentes Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. GABARITO 1. C 2. E 3. C 4. E 5. C 6. C 7. E 8. C 9. E 10. E 11. C 12. C 13. E 14. E 15. E 16. C 17. C 18. E 19. E 20. E www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 39

COMENTÁRIOS DO TREINANDO 1. CORRETO. Ver CLT, art. 158 e NR 01, item 1.8, a. 2. ERRADO. O empregador deverá informar os trabalhadores sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, bem como sobre os resultados das avaliações ambientais. Ademais tem que informar também sobre as medidas para prevenir tais riscos e os resultados dos exames médico e exames complementares. Ver NR 01, item 1.7, c. 3. CORRETO. Ver NR 01, item 1.6, a. 4. ERRADO. O cumprimento de todas as normas regulamentadoras não desobriga a empresa de observar outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. Ver CLT, art. 154 e NR 01, item 1.2. 5. CORRETO. NR 01, item 1.4. 6. CORRETO. Também constituem ato faltoso a recusa injustificada do empregado em cumprir com as disposições legais de SST, inclusive as emitidas em ordem de serviço, a recusa ao uso de EPI e a falta de colaboração com a empresa em na aplicação das NRs. Ver NR 01, item 1.8, c e 1.8.1. 7. ERRADO. Os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que tiverem empregados regidos pela CLT também estão obrigados a cumprir com as normas regulamentadoras. Ver NR 01, item 1.1. 8. CORRETO. Ver NR 01, item 1.6, d. 9. ERRADO. O embargo e a interdição são de competência do órgão de âmbito regional. Ver NR 01, item 1.4.1, c. 10. ERRADO. As normas não sim aplicam aos trabalhadores eventuais, mas aos trabalhadores AVULSOS. Ver NR 01, item 1.1.1. 11. CORRETO. Ver NR 01, item 1.7, b. 12. CORRETO. Ver NR 01, item 1.8, a. 13. ERRADO. O canteiro de obra é a área do trabalho fixa e temporária. A área de trabalho móvel e temporária é a frente de trabalho. Ver NR 01, item 1.6, f e g. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 40

14. ERRADO. Tal conceito é do local de trabalho. O setor de serviço é a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento. Ver NR 01, item 1.6, e e h. 15. ERRADO. A responsabilidade nestes casos é SOLIDÁRIA. Ver NR 01, item 1.6.1. 16. CORRETO. Ver NR 01, item 1.7, d. 17. CORRETO. Ver NR 01, item 1.4.1, e 18. ERRADO. A imposição de penalidades em caso de descumprimento de NR é das SRTEs. Ver CLT, art. 156 e NR 01, item 1.4.1, b. 19. ERRADO. Quando houver motivo justo, o empregado poderá recusar-se a usar o EPI. Por exemplo, a bota de segurança for menor do que a pontuação usada pelo empregado, O empregador deve fornecer condições de uso do EPI. Ver NR 01, item 1.8.1. 20. ERRADO. A SIT conhece dos recursos em última instância e não em única instância como dito na questão. Antes da SIT apreciar o recurso é oportunizado à empresa prazo para oferecer defesa junto à SRTE. Ver CLT, art. 155, III e NR 01, item 1.3.1. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 41

NR 06 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) A última alteração desta norma foi bem recente, agora em julho de 2014. Esta alteração deu-se na lista de EPI para proteção de olhos e face. Foi incluído óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes. Em relação a este assunto, além da leitura da NR 06, faz-se imprescindível a leitura dos artigos 166 e 167 da CLT. Então o que é EPI? Não basta saber o significado da sigla. Você precisa conhecer o conceito da NR. EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Então, veja na www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 42

ilustração abaixo alguns exemplos de EPI. Temos aí luvas, capacete, máscara respiratória, calçado de segurança, óculos de proteção e máscara de solda. Existem EPIs que servem para proteger a segurança e a saúde do trabalhador de um ou mais riscos originados no ambiente de trabalho e para tanto possuem mais de um dispositivo de proteção. São os EPIs CONJUGADOS. Veja o exemplo abaixo: Capacete de segurança conjugado com protetor auricular Protege contra impactos de objetos sobre o crânio e protege contra ruídos. Então será que qualquer capacete, luva, máscara ou bota é um EPI? Qualquer um é confiável? Qualquer dispositivo ou produto serve para proteger www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 43

o trabalhador dos riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho? Olhando para a ilustração o que você acha? É evidente que não! Então como saber se o EPI que a empresa disponibiliza para seus trabalhadores é confiável, é de qualidade? Para isso, o MTE criou uma certificação denominada de CA certificado de aprovação. Portanto, todo EPI, seja de fabricação nacional ou importado, só pode ser posto à venda ou utilizado se tiver CA. E logicamente que o CA é responsabilidade da SIT, órgão de âmbito nacional (o manda-chuva). Veja que o EPI visa minimizar as consequências do dano ao trabalhador em caso de acidente. Para isso, deve ser conferida a qualidade do mesmo, inclusive daqueles que sejam importados. Por isso, EPI ching ling não serve! A não ser que ele consiga um número de CA! www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 44

Vamos ver o que nos diz a legislação? Art. 167 da CLT - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. NR 06, item 6.2 - O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego Mas como saber se o EPI tem CA? Muito simples! Todo EPI deve ter gravado em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do CA. Isso mesmo: INDELÉVEL, que não se apague! Então na hora da fiscalização é só checar se o EPI utilizado pelo trabalhador tem CA! E não vale aquela desculpa: tinha, mas apagou! Além do número do CA, deverá vir também gravado o nome comercial da empresa fabricante (ou importador) e o lote de fabricação. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 45

Gravação em Caracteres Indeléveis e Bem Visíveis em EPI Nome do Fabricante ou Importador Nº do Lote Nº do CA E quando o EPI não permitir gravação nele próprio, como é o caso de certos tipos de protetores auriculares como o da foto abaixo? Nestes casos, a SIT poderá autorizar forma alternativa de gravação do número do CA. Neste tipo de protetor auricular a gravação é feita na caixinha. NR 06, item 6.9.3 - Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA. NR 06, item 6.9.3.1 - Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 46

Sabemos que é o MTE, por meio da SIT (DSST), quem confere CA aos EPIs. Todavia, para que isto aconteça é necessário que os EPIs passem por testes de qualidades, por ensaios laboratoriais. A avaliação de conformidade é feita por laboratórios no âmbito do SINMETRO ou outros laboratórios credenciados junto ao MTE. Somente após a aprovação nos testes é que o MTE emite o CA. Importante que você saiba que o CA tem prazo de validade e este depende de onde o EPI fez a avaliação de conformidade. Se a avaliação foi feita pelos laboratórios credenciados ao SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) o prazo será o estabelecido pelo SINMETRO. Se a avaliação foi feita por laboratório desvinculado ao SINMETRO o prazo de validade será de 5 anos. Validade do CA 5 anos laboratórios desvinculados do SINMETRO Estabelecido pelo SINMETRO Vejamos a legislação que trata sobre isto: NR 06, item 6.9.1 - Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade: a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO; b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso. 6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 47

justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1. Chamo a atenção de vocês para o fato de que o EPI não evita o acidente! Ele visa proteger o trabalhador em casos de acidente, minimizando os danos decorrentes dele. Portanto, o empregador deverá fornecer ao trabalhador EPI sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados, enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender a situações de emergência. Expliquemos isto melhor! Como já foi dito, todas as normas regulamentadoras são voltadas para a PREVENÇÃO! E elas partem do princípio de que se deve fazer a prevenção de forma coletiva, implementando medidas de ordem geral (coletivas). Então vamos pensar em um caso concreto: imagine uma fábrica de ração para animais e que neste ambiente exista poeira dispersa no ar. Qual a obrigação do empregador? Ele deverá implementar um sistema de ventilação exaustora, que é uma proteção coletiva. Esta medida beneficiará toda a coletividade de trabalhadores, deixando o ambiente de trabalho saudável e livre deste risco. Porém, imagine que enquanto a empresa estiver implantando o sistema, os empregados estarão respirando a poeira! Por isso, que durante a implantação, a empresa deverá fornecer o EPI adequado a cada um sujeito ao risco. Mas imaginemos, ainda, que em algum setor o sistema exaustor não consiga eliminar totalmente a poeira. Então, os empregados que laborarem neste local deverão usar o EPI. E pense ainda que após a implantação do sistema pode acontecer de após alguns anos o sistema falhar e os trabalhadores ficarem expostos ao risco. Nesta hipótese, os trabalhadores usarão, de forma emergencial, os EPIs adequados. Sistema exaustor? Você sabe o que é isso? Pense no suggar da cozinha da sua casa. O sistema exaustor nas empresas funciona do mesmo jeito. Ele www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 48

retira poeiras e fumaças do ambiente laboral, evitando que os trabalhadores respirem agentes nocivos a sua saúde. Dito isto, podemos concluir que o EPI é uma medida de proteção secundária! Veja o esquema: Vejamos a legislação pertinente: Art. 166 da CLT - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. NR 06, item 6.3 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 49

c) para atender a situações de emergência. Ainda, detendo-nos no que diz o artigo 166 da CLT, devemos apreender algumas características do EPI: Individual: tendo em vista os princípios de higiene e a responsabilidade de guarda do EPI por cada empregado. Gratuito: o empregador tem o dever de garantir a segurança dos trabalhadores, por isso ele deverá arcar com os custos do EPI; Adequado ao risco: deve servir para proteger o trabalhador do risco ao qual ele está exposto. Perfeito estado de funcionamento: deve ser útil ao fim a que se destina. Resumindo todas as características vistas até agora, temos o seguinte esquema: Vimos acima que o EPI deve ser o adequado ao risco. Então quem deve recomendar o EPI adequado? www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 50

Naquelas empresas que tiverem SESMT, compete ao SESMT, ouvida a CIPA e trabalhadores usuários fazer esta recomendação. Nas empresas desobrigadas de constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. Foi muita informação nova em um só parágrafo! Mas vamos tecer algumas considerações que irão clarear o que foi falado. O SESMT é o Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho formado por profissionais em SST, tais como médico do trabalho, enfermeiro e auxiliar de enfermagem do trabalho, engenheiro de segurança e técnico de segurança. Algumas empresas têm por obrigação legal ter tal serviço. Quando existir esta obrigatoriedade para a empresa, esta equipe será responsável por recomendar o EPI ADEQUADO, após ouvir a CIPA e os trabalhadores usuários. Quando a empresa não estiver obrigada a ter SESMT, o EPI deverá ser selecionado pelo empregador, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado (técnico de segurança, por exemplo). Para isto o empregador deverá ouvir a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. Designado? Mas o que é isso? Os estabelecimentos que não são obrigadas a ter CIPA deverão ter a figura do DESIGNADO o qual atua como um vigia das condições da segurança assim como a CIPA. Na aula pertinente explicaremos com detalhes tanto a CIPA quanto a figura do designado. E percebam que os trabalhadores usuários de EPI deverão ser sempre ouvidos! A melhor fonte de informação é o usuário. Olha só como é simples: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 51

NR 06, item 6.5 - Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. NR 06, item 6.5.1 - Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. A NR 06 traz obrigações para o empregador e para os empregados. O empregador deve: adquirir o adequado ao risco de cada atividade Veremos na aula sobre a NR 09, que os riscos que podem existir no ambiente laboral são os mais diversos possíveis. O frio, o calor, o ruído, a vibração, as radiações, as poeiras, as bactérias são considerados riscos ambientais. Portanto, cada risco exige um EPI ADEQUADO. De nada adianta fornecer um EPI ao trabalhador se não servir para protegê-lo do risco ao qual ele está exposto. Quer ver um exemplo? Veja a função de soldador! Este trabalhador fica exposto à radiação ultravioleta e infravermelha durante seu trabalho. Então ele www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 52

necessita de óculos que tenham lentes especiais. Não adianta o trabalhador usar um óculos que proteja apenas contra impacto de partículas volantes (adequado para serviços de servente). Óculos adequado para proteger contra radiações ultravioletas e infravermelha Óculos adequado para proteger contra impacto de partículas volantes fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho O EPI fornecido tem que ter CA. Ainda aproveitando o exemplo do soldador. Ele deve usar óculos com lentes especiais e tal óculos deve ter CA. Imagina se ele usa um óculos qualquer com lentes escuras, o mesmo que ele usa para ir à praia. Não estará protegido! exigir seu uso O EPI é um direito do trabalhador e uma obrigação das empresas, mas por outro lado a empresa tem o direito/dever de exigir o uso dos EPIs e o trabalhador tem a obrigação de usá-lo. O empregador não se exime da responsabilidade com o simples fornecimento do EPI! Ele deve fiscalizar o efetivo uso do mesmo pelo trabalhador! Por isso, a legislação permite que ele penalize (com advertência, suspensão e demissão por justa causa) o empregado que se recusar, injustificadamente, a usar o EPI. Lembra-se que isso constitui ATO FALTOSO? Neste sentido é a súmula 289 do TST www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 53

Súmula nº 289 do TST O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação. O treinamento quanto ao uso do EPI é imprescindível para que o mesmo possa ser eficaz. O uso incorreto do EPI pode ser, inclusive, determinante para que aconteça um acidente ou que o trabalhador adoeça. Isto porque o empregado tem a falsa sensação de segurança. Ademais, é necessário que ele receba instruções sobre a guarda e conservação do EPI, garantindo a perfeita funcionalidade do equipamento. substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado Nem por 1 minuto o empregado poderá executar suas tarefas sem o uso do EPI, quando este for adotado como medida de segurança. responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; Alguns equipamentos precisam ser higienizados e/ou ter substituídos alguns de seus componentes. Por exemplo: existem máscaras respiratórias que possuem filtros de carvão ativado. Após uma determinada periodicidade, tais filtros precisam ser substituídos. Máscara respiratória semifacial (respirador purificador de ar) Filtros de carvão ativado www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 54

registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. O empregador deve registrar o fornecimento do EPI. comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. O empregador tem o dever de informar ao MTE sobre irregularidades ou má qualidade de EPI que tenha verificado. A qualidade do EPI pode não ser a mesma de quando foi feito os ensaios laboratoriais e concedido o CA pelo MTE. Durante o prazo de validade do EPI eles não são submetidos a novos testes, salvo quando denunciada alguma irregularidade. Por isso, as empresas podem tentar baratear seus custos, diminuindo a qualidade do EPI. Vejamos as obrigações imputadas ao empregado: usar o EPI, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina O empregado tem o direito de exigir de seu empregador o EPI, mas também tem o dever de usa-lo e usa-lo apenas para a finalidade a que se destina. Vejam o uso indevido na foto: responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 55

comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para o uso Percebam que o empregado tem o dever de informar ao seu empregador as irregularidades verificadas no EPI como aquelas decorrentes do próprio desgaste natural quanto àquelas decorrentes de falta de qualidade do equipamento. Por sua vez, o empregador deverá informar ao MTE as irregularidades verificadas. cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado do EPI O empregador tem que fornecer treinamento quanto o uso adequado do EPI, ao passo que o empregado deve observar e cumprir tais instruções. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 56

O fabricante e importador de EPI devem cadastrar-se no MTE junto a SIT (DSST), solicitar a emissão do CA, requerer novo CA quando houver alteração das especificações, solicitar a renovação do CA vencido, vender apenas EPI com CA, manter a qualidade original do equipamento, comercializar EPI com instruções técnicas no idioma nacional, fazer constar o nº do lote no EPI. Ademais o fabricante e o importador devem fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPIs, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original. Para finalizar as competências falta conhecer as competências da SIT (órgão de âmbito nacional) e das SRTEs (órgãos de âmbito regional). O órgão de âmbito nacional deve: cadastrar fabricante e importador de EPI; emitir, renovar e suspender o cadastro do fabricante e importador www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 57

receber documentação de EPI emitir, renovar e cancelar CA fiscalizar a qualidade do EPI requisitar amostras estabelecer regulamentos técnicos para ensaios de EPI, quando necessário Já os órgãos de âmbito regional devem: fiscalizar e orientar quanto ao uso e qualidade do EPI recolher amostras de EPI impor penalidades ao empregador por meio de multas Percebam que as atribuições da SIT são sempre relacionadas a supervisão (parte burocrática), enquanto que das SRTEs é de execução. A SIT, por exemplo, estabelece regulamentos técnicos para ensaios de EPI (quando necessário) e requisita amostras para fiscalizar a qualidade deles. Já as SRTEs são quem recolhem tais amostras e, ao fazer isso, fiscalizam e orientam quanto ao uso e qualidades deles e impõe as penalidades pertinentes. Para finalizar é imprescindível que você leia o anexo I da NR 06 o qual traz a lista de EPI. Somente os equipamentos que constarem nesta lista serão considerados EPI. Traremos aqui de forma resumida os tipos de EPI. Os EPI são classificados da seguinte forma: EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 58

EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL Chamo a atenção de vocês para três EPIs que são relevantes: Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos. Óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes Importante esclarecer que esta alteração da norma, com a inclusão deste tipo de óculos (DE TELA) se deu em razão da demanda nas atividades de agricultura, especialmente da cana de açúcar. A fiscalização do MTE observou ao longo de anos de fiscalização, especialmente pelo grupo móvel (aquele que www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 59

fiscaliza o trabalho escravo) que aconteciam muitos acidentes com perda de OLHO, em razão de perfuração. Esta de dá por partículas volantes que se desprendem do material cortado ou colhido e que vão ao encontro dos olhos do trabalhador. E por que não usar os óculos de proteção já existentes para partículas volantes (óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes)? Porque estes embaçam em razão do calor oriundo do próprio sol e do calor radiante oriundo do processo de queimada da cana, por exemplo. E ao embaçarem propiciavam acidentes de outros tipos, como, por exemplo, acidente com o podão (facão) nos membros inferiores (pernas e pés). Ou então, o trabalhador optava em não usar os óculos de proteção com lentes (digamos o tradicional, comum) e ficava sujeito ao risco de perder o olho. Veja abaixo a foto dos dois tipos de óculos que protegem contra impacto de partículas volantes: Óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 60

Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes Perceberam que os dois tipos de EPI tem a mesma finalidade: proteger contra partículas volantes. Mas que eles são usados em atividades distintas. O de tela é ideal para atividades na agricultura, enquanto o outro para atividades na indústria. Acredito que com este exemplo deve ter ficado bem claro a importância de escolher o EPI ADEQUADO ao risco! A escolha errada propicia acidentes, além de levar o trabalhador a deixar o EPI em um canto qualquer! Abaixo trago um pedaço do anexo (relativo a proteção de olhos e face) que traz a lista de EPI para que você veja a diversidade de EPI que existe. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 61

TREINANDO 1. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI todo dispositivo ou produto utilizado pelo trabalhador, de uso individual ou compartilhado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 2. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho fiscalizar a qualidade do EPI, podendo cancelar o CA de EPI que não atenda aos parâmetros de segurança, bem como suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora que comercializa EPI sem qualidade. 3. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Compete a CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. 4. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 5. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 6. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Cabe ao empregador, quanto ao EPI, responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica, bem como pela guarda e conservação. 7. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) O empregador deverá registrar o fornecimento de EPI ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 8. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) O fabricante nacional ou o importador deverá comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 62

9. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, CNPJ, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, CNPJ, o lote de fabricação e o número do CA. 10. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) É proibida a utilização de EPI importado, uma vez que o Ministério do Trabalho não certifica estes equipamentos. 11. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) A empresa é obrigada a fornecer EPI sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. 12. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Cabe ao empregador fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. 13. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos. 14. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Consoante entendimento do TST, o simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendolhe tomar as medidas que conduzam a diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. 15. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) O prazo de validade do CA depende sempre da determinação do SINMETRO. 16. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Assim como o creme de proteção é classificado como EPI para proteção contra agentes químicos, o filtro solar é classificado como EPI para proteção contra radiação não ionizante. 17. (QUESTÃO INÉDITA - PROFESSORA FLÁVIA LORENA) Os óculos de tela para proteção contra impacto de partículas volantes é utilizado pelos trabalhadores na atividade de corta da cana de açúcar mediante autorização por escrito do grupo móvel do MTE, uma vez que o mesmo não possui CA. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 63

GABARITO 1. E 2. C 3. E 4. C 5. E 6. E 7. C 8. C 9. E 10. E 11. C 12. C 13. C 14. C 15. E 16. E 17. E COMENTÁRIOS DO TREINANDO 1. ERRADO. O EPI é de uso individual. Ver NR 06, item 6.1. 2. CORRETO. Ver NR 06, item 6.11.1. 3. ERRADO. A CIPA não tem reponsabilidade de recomendar ou selecionar EPI. Ela apenas deve ser consultada na hora da seleção. No caso de empresas que não tenham obrigatoriedade de possuir SESMT, a responsabilidade em selecionar EPI é do empregador com o auxílio de profissional tecnicamente habilitado. Ver NR 06, item 6.5 e 6.5.1. 4. CORRETO. Ver NR 06, item 6.1.1 5. ERRADO. O CA é expedido pela SIT, órgão de âmbito nacional. Ver NR 06, item 6.2 6. ERRADO. A responsabilidade pela guarda e conservação do EPI é do empregado. Ver NR 06, item 6.6.1, f e 6.7.1, b. 7. CORRETO. Ver NR 06, item 6.6.1, h. 8. CORRETO. Ver NR 06, item 6.8.1, h. 9. ERRADO. O CNPJ do fabricante ou importador não precisam constar no EPI. Ver NR 06, item 6.9.3. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 64

10. ERRADO. O MTE certifica equipamentos importados. Para tanto, os mesmos deverão ser submetidos ao mesmo processo de certificação, passando por ensaios laboratoriais credenciados. Ver NR 06, item 6.9.3. 11. CORRETO. Ver NR 06, item 6.3, a. 12. CORRETO. Ver NR 06, item 6.6.1, c 13. CORRETO. Ver NR 06, item 6.11.1.1. 14. CORRETO. Ver súmula nº 289 do TST. 15. ERRADO. O prazo de validade do CA será estipulado pelo SINMETRO quando o EPI for submetido a ensaios em laboratórios que sejam vinculados a ele. Quando o laboratório não for vinculado ao SINMETRO, a norma estipulou que o prazo de validade será de 5 anos. Ver NR 06, item 6.9.1. 16. ERRADO. O filtro solar não é classificado como EPI, uma vez que o mesmo não consta na lista de equipamentos de proteção individual anexa a NR 06. Ademais, não existe certificação (CA) para filtro solar. Ver NR 06, anexo I. 17. ERRADO. Os óculos de tela para proteção contra impacto de partículas volantes possui CA e está previsto no Anexo I da NR 06. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 65

QUESTÕES 01. (CESPE Engenheiro de Segurança do Trabalho Ministério do Desenvolvimento 2013) Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte: A redução dos riscos inerentes ao trabalho configura direito fundamental dos trabalhadores urbanos e rurais, sendo alcançada, segundo disposição expressa da Carta Magna, por meio de políticas públicas específicas. 02. (CESPE Engenheiro de Segurança do Trabalho Ministério do Desenvolvimento 2013) Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte: De acordo com a CF, a regulamentação sobre adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas deve ocorrer por norma infraconstitucional. 03. (CESPE Engenheiro de Segurança do Trabalho Ministério do Desenvolvimento 2013) Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte: No caso de inexistência de dolo ou culpa do empregador, o seguro contra acidentes de trabalho, sob sua responsabilidade, exclui eventual indenização ao empregado. 04. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) Um técnico de segurança do trabalho recém-formado precisa obter o registro para desempenhar suas funções. Para isso, deve protocolar seu pedido na superintendência regional do trabalho e emprego, vinculada ao Ministério do Trabalho (MTE), para as devidas anotações na carteira de trabalho. 05. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) O Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho está vinculado à Secretaria de Relações do Trabalho, órgão do MTE. 06. (CESPE-ENFERMEIRO DO TRABALHO-EBC-2011) Considerando que a superintendência regional do trabalho e emprego (SRTE) é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, julgue: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 66

Paralelamente ao elenco de competências que lhes são atribuídas, as SRTEs, em seu âmbito de atuação, contam com rol de restrições que incluem a proibição de impor penalidade a infratores. 07. (CESPE-ENFERMEIRO DO TRABALHO-EBC-2011) Considerando que a superintendência regional do trabalho e emprego (SRTE) é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, julgue: Controlar a execução dos preceitos legais sobre segurança e medicina do trabalho é uma das competências das SRTEs. 08. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) À SRTE cabe subsidiar a formulação e proposição das diretrizes da inspeção do trabalho, em especial das políticas de combate ao trabalho infantil e a toda forma de trabalho degradante. 09. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) Entre as competências da SRTE, inclui-se a de supervisionar as atividades voltadas para o desenvolvimento de programas e ações integradas de cooperação técnicocientífica com organismos nacionais e internacionais, na área de sua competência. 10. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) As SRTEs têm autonomia para formular e propor as diretrizes para o aperfeiçoamento técnicoprofissional e a gerência do pessoal da inspeção do trabalho. 11. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-INPI-2013) Em relação à responsabilidade civil e criminal, julgue o próximo item. No caso de acidente de trabalho, o pagamento das prestações pela Previdência Social não exclui a responsabilidade civil da empresa. 12. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-INPI-2013) Compete a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, nos limites de sua jurisdição, atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho nas localidades onde não houver médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho registrado no Ministério do Trabalho. 13. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-INPI-2013) É legalmente vedada às convenções coletivas de trabalho a regulamentação de matéria inerente à segurança do trabalho. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 67

14. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-SERPRO-2013) No âmbito regional, a execução da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho compete à Superintendência Regional de Registro do Trabalhador e Emprego (SRTE). 15. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-SERPRO-2013) Embora esteja previsto no capítulo constitucional dos direitos e deveres individuais e coletivos, o Programa de Alimentação do Trabalhador ainda não foi implementado, pois aguarda a aprovação de lei regulamentadora nesse sentido. 16. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-SERPRO-2013) Compete à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho a fiscalização de empresas no exterior no que diz respeito ao cumprimento dos preceitos legais sobre segurança e medicina do trabalho de trabalhadores brasileiros. 17. (CESPE-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA-SEMAF-2004) As normas regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho são de observância obrigatória pelas empresas públicas e privadas. As disposições contidas nessas normas aplicam-se, no que se enquadra, aos trabalhadores avulsos, empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos das respectivas categorias profissionais. 18. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) Na atualidade, as rápidas mudanças tecnológicas e uma economia que se globaliza a passos gigantescos apresentam novos desafios e geram pressões sem precedentes em todos os âmbitos do mundo do trabalho, avalia o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O órgão, ligado às Organizações das Nações Unidas, estima que o custo direto e indireto de acidentes e doenças do trabalho possa chegar a 4% do produto interno bruto (PIB) do mundo. Isso equivale a mais de 20 vezes os investimentos globais de assistência de desenvolvimento oficial. No Brasil, também se estima que, além do incalculável prejuízo social, os acidentes e doenças de trabalho atinjam aproximadamente 4% do PIB nacional, levando-se em conta, além do setor privado, o segmento informal e rural, os funcionários públicos, os cooperados e os autônomos. A circulação de informações continua sendo um fator de suma relevância para a saúde e segurança no trabalho, avalia o diretor técnico da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 68

São deveres dos empregados informar ao empregador os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, solicitar os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos e divulgar os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. 19. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) Sempre que uma ou mais empresas estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial ou comercial, serão, para efeito de aplicação das NRs, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 20. (CESPE Engenheiro de Segurança Correios 2011) Empregado é a pessoa física ou jurídica que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 21. (CESPE Engenheiro de Segurança Correios 2011) Frente de trabalho é a área de trabalho fixa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra. 22. (CESPE Engenheiro de Segurança Correios 2011) Empregador é a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, remunera e dirige a prestação pessoal de serviços. 23. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-CÂMERA DOS DEPUTADOS-2012) A prevenção de acidentes e a melhoria das condições do ambiente do trabalho são previstas na legislação brasileira de forma incisiva, como, por exemplo, na Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho. Acerca desse assunto, julgue o item seguinte. É dever das empresas adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente e instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a serem tomadas para se evitarem acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. 24. (CESPE Engenheiro de Segurança FUB 2014) Com relação à insalubridade, julgue o item que se segue. Comprovada a insalubridade, a delegacia regional do trabalho deve notificar a empresa, estipulando um prazo para sua eliminação ou neutralização. 25. (CESPE Analista Ministério Público Federal 2013) Julgue o item a seguir, com base nas disposições gerais da NR-1. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 69

O empregado que justificadamente deixa de submeter-se aos exames médicos previstos em norma reguladora não comete ato faltoso nem está sujeito às penalidades dispostas em lei pertinente. 26. (CESPE Analista MPU 2013) Julgue os itens seguintes, acerca de equipamentos de proteção individual (EPIs). EPI importado poderá ser utilizado em âmbito nacional sem certificado de aprovação, em virtude da Convenção n.º 161 da OIT, sendo suficiente a apresentação do nome do importador e o lote de fabricação. 27. (CESPE Analista MPU 2013) Os EPIs para proteção da face incluem a máscara autônoma de circuito aberto. 28. (CESPE Analista MPU 2013) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas ou em situações emergenciais, será indispensável o fornecimento gratuito dos EPIs pela empresa. 29. (CESPE Engenheiro de Segurança - Correios 2011) A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, equipamento de proteção individual (EPI) adequado ao risco a que ele estiver exposto e em perfeito estado de conservação e funcionamento, mesmo que as medidas de ordem geral ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. 30. (CESPE Engenheiro de Segurança - Correios 2011) O EPI, de fabricação nacional ou importado, pode ser posto à venda ou utilizado mesmo sem a indicação do certificado de aprovação, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do MTE. 31. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) O equipamento conjugado de proteção individual é composto por dispositivos que foram associados pelo fabricante para proteção do indivíduo contra um ou mais riscos ocupacionais que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 32. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) O Ministério do Trabalho e Emprego reconhece quatro tipos de equipamento de proteção individual para proteção auditiva: protetor auditivo circum-auricular, protetor auditivo de inserção, protetor auditivo semiauricular e capacete protetor contra ruídos. 33. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) O creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos é considerado equipamento de proteção individual. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 70

34. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) Para a prevenção de doenças ocupacionais causadas por gases irritantes como ácido clorídrico, ácido sulfúrico e cloro, entre outros, é permitido ao trabalhador usar somente o protetor facial. 35. (CESPE Técnico de Segurança SEMAF 2004) Para evitar transtornos com a fiscalização, a empresa deve adquirir somente EPI com certificado de aprovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 36. (CESPE Técnico de Segurança SEMAF 2004) O trabalhador que insistir em não utilizar o EPI definido pelo empregador, sem uma justificativa técnica, poderá ser advertido e, até mesmo, dispensado por justa causa. 37. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) Os EPIs podem ser fornecidos aos empregados de forma gratuita ou podem ser vendidos a eles, com desconto do valor correspondente em folha, conforme o porte da empresa e acordo coletivo da categoria. 38. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) De acordo com a norma regulamentadora (NR) que trata de EPI, esse tipo de equipamento é destinado a evitar acidentes no trabalho. 39. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) Em empresas que possuam serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT) e comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), cabe à CIPA recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em cada atividade. 40. (CESPE Analista Ministério Público Federal 2013) A necessidade de aumentar a segurança no local de trabalho levou à edição, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, das normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho. Com base nessas normas e nas legislações referentes a esse assunto, julgue : Constitui contravenção penal deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. 41. (UFPI/COPESE- Engenheiro de Segurança do Trabalho -12-UFS) A Consolidação das Leis do Trabalho (Art. 158) e a Norma Regulamentadora Nº 1 (NR 1) estabelecem as obrigações dos empregados referentes à segurança e à medicina do trabalho. NÃO representa uma obrigação do trabalhador: A) Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras. B) Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 71

C) Auxiliar nos levantamentos ambientais para elaboração do PPRA. D) Usar os EPI s fornecidos pelo empregador. E) Cumprir as Ordens de Serviço referentes à segurança do trabalho expedidas pelo empregador. 42. (UFPI/COPESE- Engenheiro de Segurança do Trabalho -12-UFS) Segundo a Norma Regulamentadora Nº 1 (NR 1), NÃO é de responsabilidade das empresas: A) Informar ao trabalhador o resultado dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador se submeteu. B) Informar o trabalhador sobre os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. C) Informar o trabalhador sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho. D) Designar todos os membros da CIPA, quando o número de trabalhadores da empresa não ultrapassar a 100 (cem) empregados. E) Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho. 43. (UFPI/COPESE- Engenheiro de Segurança do Trabalho -12-UFS) Segundo a NR 1 sobre Disposições Gerais, o empregador tem como competência elaborar ordens de serviços sobre segurança e medicina do trabalho. A opção que NÃO se relaciona com os objetivos de uma ordem de serviço é: (A) Apresentar quadro estatístico de acidentes do trabalho ocorridos na empresa. (B) Dar conhecimento aos empregados de que poderão sofrer punições, caso haja descumprimento das ordens de serviços expedidas pela empresa. (C) Determinar os procedimentos que deverão ser tomados em caso de ocorrência de doenças do trabalho. (D) Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho. (E) Adotar medidas para neutralizar ou eliminar a insalubridade. 44. (FCC Técnico de Segurança Companhia de Saneamento Básico de São Paulo 2014) Uma empresa é constituída por uma fábrica, três oficinas, dois laboratórios e um escritório. Cada uma destas unidades está localizada em um www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 72

endereço diferente e bem distante um do outro. Conjuntamente, todas elas constituem uma organização, utilizada pelo empregador para atingir seus objetivos. Sendo assim, segundo os conceitos constantes na NR 1, a unidade da fábrica desta empresa é denominada A) frente de trabalho. B) canteiro de obra. C) estabelecimento. D) setor de serviço. E) unidade laboral. 45. (FCC Técnico de Segurança Companhia de Saneamento Básico de São Paulo 2014) Um empregado de uma empresa contratado como mensalista em regime CLT, cumpre as ordens de serviços expedidas pelo empregador e as determinações legais e regulamentares sobre Saúde e Segurança do Trabalho e usa sempre o Equipamento de Proteção Individual EPI fornecido pelo empregador. Porém, ele se recusou injustificadamente a submeter-se aos exames médicos previstos nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, em atitude que representa falta de colaboração com a empresa na aplicação das referidas NRs. De acordo com a NR 1, esta ação caracteriza A) ato faltoso do empregador. B) ato faltoso do empregado. C) direito do empregado. D) obrigação do empregador. E) julgamento precipitado de direito. 46. (FCC Engenheiro de Segurança TRT 5ª Região 2013) Para redigir uma petição com base na Norma Regulamentadora NR-01 Disposições Gerais, deve-se considerar: A) A observância das Normas Regulamentadoras NR desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 73

B) A Delegacia Regional do Trabalho DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador PAT, e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. C) Não compete à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST conhecer, em última instância, os recursos voluntários ou de ofício e as decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. D) Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, não serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras NR, solidariamente responsáveis à empresa principal e cada uma das subordinadas. E) Somente o Ministro do Trabalho detém as atribuições de fiscalização e orientação às empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina do trabalho, não sendo permitidos convênios com outros órgãos federais, estaduais e municipais. 47. (FCC Engenheiro de Segurança TRT 5ª Região 2013) Com relação à NR-01, que trata das DISPOSIÇÕES GERAIS com relação às Normas de Saúde e Segurança do Trabalho, compete à: A) Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST, apenas embargar obra ou interditar empresa de qualquer tipo ou finalidade, confiscar máquinas e equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. B) Delegacia Regional do Trabalho DRT ou à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST, embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço ou canteiro de obra, confiscar máquinas e equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. C) Delegacia Regional do Trabalho DRT ou à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST, embargar obra ou interditar empresa de qualquer tipo ou finalidade, confiscar máquinas e equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 74

D) Delegacia Regional do Trabalho DRT, apenas embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço ou canteiro de obra, confiscar máquinas e equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. E) Delegacia Regional do Trabalho DRT ou à Delegacia do Trabalho Marítimo DTM impor as penalidades cabíveis, embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço ou canteiro de obra e notificar as empresas. 48. (FCC Engenheiro de Segurança TRT 5ª Região 2013) Constitui ato faltoso do empregado, em relação às disposições gerais das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança do Trabalho, a recusa injustificada em A) informar ao empregador e colegas sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho e os resultados dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador tenha sido submetido. B) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, instituídas pela SSST, cumprir as normas impostas pela CIPA local e usar o EPI fornecido pelo empregador. C) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, cumprir as ordens de serviço expedidas pelo empregador e usar o EPI fornecido pelo empregador. D) cumprir as normas impostas pela CIPA local, informar aos empregados sobre os resultados dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador tenha sido submetido e cumprir os regulamentos instituídos pela SSST. E) cumprir as disposições legais instituídas pela SSST, cumprir as normas impostas pela CIPA local e informar aos empregados sobre os resultados dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador tenha sido submetido. 49. (CONSULPLAN Engenheiro de Segurança do Trabalho Prefeitura de Porto Velho 2012) - Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, EXCETO: A) Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI. B) Fiscalizar a qualidade do EPI. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 75

C) Exigir seu uso. D) Cancelar o CA. E) Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI. 50. (CONSULPLAN Engenheiro de Segurança do Trabalho Prefeitura de Porto Velho 2012) - Com base no Item 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI, da NR 6, EXCETO: A) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. B) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina. C) Responsabilizar-se pela guarda e conservação. D) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso. E) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 51. (CONSULPLAN Auxiliar de Enfermagem do Trabalho Companhia Espírito Santense de Saneamento 2011) - De acordo com os EPI s (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva), são considerados obrigação do empregado, EXCETO: A) Usá-los apenas para a finalidade que se destina. B) Comunicar qualquer alteração que os torne impróprios para o uso. C) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação. D) Treinar sobre seu uso adequado. E) Usá-los somente se estiver correndo risco de vida. 52. (CONSULPLAN Técnico em Pitometria Companhia Espírito Santense de Saneamento 2011) - A NR6 (Norma Regulamentadora) trata-se de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Acerca disso, analise as afirmativas: I. Cabe ao empregador exigir o seu uso. II. Cabe ao empregado a responsabilidade pela sua guarda e conservação. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 76

III. Todo equipamento de segurança tem que conter CA (Certificado de Aprovação). IV. Cabe ao empregado fornecer os EPIs. Estão corretas apenas as afirmativas: A) I, II B) III, IV C) I, III, IV D) II, III E) I, II, III 53. (FCC - Técnico de Segurança do Trabalho - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Em relação aos Equipamentos de Proteção Individual EPI, cabe ao Empregado A) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada e adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. B) responsabilizar-se pela sua guarda e conservação e cumprir as determinações do empregador em relação ao seu uso adequado. C) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina e adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. D) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e substituir o EPI imediatamente, quando danificado ou extraviado. E) exigir seu uso e adquirir somente EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. 54. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Sobre Equipamentos de Proteção Individual EPI, NÃO é responsabilidade do empregado: A) usá-lo apenas para a finalidade a que se destina. B) a guarda e conservação. C) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso. D) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 77

E) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 55. (FCC - Analista Judiciário - Área Engenharia de Segurança do Trabalho - TRT 5ª Região) Uma empresa desenvolveu, após vários estudos por meio do setor responsável pela segurança do trabalho e com a participação constante do trabalhador responsável pela transferência de gases altamente refrigerados, um equipamento de proteção individual, conjugado, a partir de equipamentos com CAs individuais válidos, tendo em vista a exposição desse trabalhador aos riscos de queda de objetos, projeção de particulados e incidência de ruídos, criando um capacete de proteção com protetor auricular e atenuador de ruídos, de forma a facilitar e disponibilizar os equipamentos de proteção individual necessários para a função de forma prática e segura. Após a fabricação do referido equipamento, o funcionário, em questão, se recusou a usá-lo, face aos critérios estabelecidos na Norma Regulamentadora NR-6 Equipamento de Proteção Individual, tendo em vista que A) a Norma determina que o trabalhador deverá comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para uso e, pela sua ótica, se aplicava inteiramente ao caso, pois problemas como esquecimentos, coceiras e vontade de usar os equipamentos tradicionais, separadamente, criavam em si uma aversão ao uso do mesmo. B) considerou o equipamento engenhoso demais para as atividades ali desenvolvidas e sem função alguma para o serviço realizado e, por essa razão, não poderia ficar exposto a riscos de acidentes motivados por brincadeiras e gozações proferidas pelos demais colegas de outros setores. C) o fato de ter todos os equipamentos num único equipamento conjugado faria com que tivesse de carregá-los sempre que estivesse suscetível ao trabalho naquele setor, impedindo-o de utilizar apenas um ou outro conforme achasse necessário, contrariando o estabelecido na Norma. D) o equipamento de proteção não poderia ser criado pela empresa e colocado em uso sem que houvesse uma avaliação do conjunto completo pelos órgãos oficiais, pois se tratava de um equipamento conjugado de proteção individual, novo, e por isso, deveria ter um número próprio de CA válido. E) todo EPI deveria apresentar em caracteres visíveis o nome da empresa fabricante e o lote de fabricação do equipamento, assim como o tipo de aplicação e a natureza pela qual este foi concebido para que o usuário conheça outras formas de aplicação e de acondicioná-lo após sua utilização. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 78

56. (FCC Técnico de Segurança - Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul 2013) Analise as assertivas que tratam do emprego dos Equipamentos de Proteção Individual EPI: I. O uso do EPI tem como único objetivo a proteção do trabalhador contra ameaças à sua segurança. II. Um trabalhador ao fazer uma adaptação no capacete para poder acoplar uma viseira estará criando um EPI Conjugado. III. O uso de EPI Conjugado é exigido quando existir a possibilidade de ocorrência simultânea de um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Está correto o que se afirma APENAS em A) I. B) II. C) III. D) I e III. E) II e III. 57. (FCC Técnico de Segurança - Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul 2013) - Assinale a alternativa que está em DESACORDO com as responsabilidades do empregado quanto ao Equipamento de Proteção Individual EPI. A) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. B) Respeitar as determinações sobre seu uso adequado. C) Utilizar o equipamento apenas para a finalidade a que se destina. D) Responsável pela sua guarda e conservação. E) Dar ciência ao empregador sobre alterações que o torne impróprio para o uso. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 79

58. (CONSULPLAN Técnico de Segurança do Trabalho Companhia Espírito Santense de Saneamento 2011) - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: I. Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. II. Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas. III. Para atender a situações de emergência. Nos termos da NR 6, devem ser consideradas apenas a(s) alternativa(s): A) I, II B) I, III C) II, III D) I E) I, II, III 59. (FGV Técnico de Segurança do Trabalho PRODAM 2002) - Segundo o subitem 6.9.1. Para fins de comercialização o C. A. concedido aos EPI terá validade de anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO, da NR6 Equipamento de Proteção Individual. Preencha corretamente a lacuna: A) Quatro anos. B) Cinco anos. C) Dois anos. D) Três anos. 60. (FCC Engenheiro de Segurança do Trabalho - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Um engenheiro de segurança do trabalho, após avaliar o posto de trabalho de um empregado de uma empresa, determinou a necessidade do uso de EPI específico para uso individual e proteção contra os riscos suscetíveis de ameaçar a saúde do trabalhador que atua no referido local. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 80

O empregador, no cumprimento de suas obrigações, comprou os EPI conforme recomendado pelo engenheiro de segurança do trabalho, para fornecimento ao empregado que precisa utilizá-lo. No momento da aquisição dos EPI, o empregador verificou se o Certificado de Aprovação CA do equipamento estava válido e constatou que o laudo de ensaio do mesmo tinha sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO. De acordo com o disposto na NR 6, é correto afirmar que o CA concedido a este EPI tem a validade A) de 2 anos. B) de 5 anos. C) de 3 anos. D) de 4 anos. E) do prazo relacionado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO. 61. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) Um ambiente de trabalho apresenta situações de risco à segurança individual do trabalhador. O conjunto de Equipamentos de Proteção Individual EPI que devem ser fornecidos para proteger o trabalhador contra quedas, para a cabeça e para as pernas e pés deve, necessariamente, conter: A) Óculos Luvas Capacete. B) Luvas Máscara Botas. C) Protetor Auricular Luvas Botas. D) Luvas Cinto de Segurança Botas. E) Botas Capacete Cinto de Segurança. 62. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Sobre o uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual), para o trabalho com produtos líquidos derivados de petróleo, devem ser utilizadas luvas: A) incombustíveis de amianto ou de fibra de vidro. B) de couro, resistentes ao atrito. C) com isolação térmica de raspa de couro. D) permeáveis de lona. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 81

E) impermeáveis de borracha sintética ou de PVC. 63. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - O equipamento de proteção individual (EPI) é um instrumento de uso pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que podem causar lesões ao trabalhador, e protegê-lo contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho. Os mangotes são proteções para A) os braços na realização de operações que possam causar alguma lesão como, por exemplo, raspões, queimaduras, batidas. B) trabalhos em lugares altos, prevenindo quedas por desequilíbrio. C) as pernas. De acordo com o risco, as perneiras cobrem só a perna ou podem chegar até a coxa. D) o rosto contra o impacto de partículas, contra respingos de produtos químicos e contra a ação de radiações nocivas e excesso de luminosidade. E) as vias respiratórias, impedindo que sejam atingidas por gases ou outras substâncias nocivas ao organismo. 64. (FCC Técnico de Segurança - Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul 2013) O uso do capacete protege A) a cabeça contra choques elétricos. B) contra agentes abrasivos e escoriantes. C) o crânio, face e pescoço contra riscos de origem térmica. D) o crânio contra respingos de produtos químicos. E) a cabeça e deve sempre ser usado de forma simultânea com o capuz. 65. (ESAF Auditor fiscal do Trabalho 2006) Considerando a NR-6, em relação aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), é incorreto afirmar: a) Em situações de trabalho em que haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem térmica e/ ou mecânica, os trabalhadores deverão fazer uso de aventais, jaquetas ou capas. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 82

b) O empregador tem o direito de exigir o uso de EPI pelo empregado, desde que esteja aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e tenha sido adquirido de empresas cadastradas no DSST/MTE. c) O certificado de aprovação (CA) de cada EPI, para fins de comercialização, deverá ser renovado a cada cinco anos. d) Cabe aos empregados e sindicatos fiscalizarem o uso adequado e a qualidade dos EPI. e) Em locais de trabalho que apresentem concentrações de oxigênio inferiores a 18% em volume, os trabalhadores deverão receber e usar aparelhos de isolamento, seja este do tipo autônomo ou de adução de ar. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 83

QUESTÕES COMENTADAS 01. (CESPE Engenheiro de Segurança do Trabalho Ministério do Desenvolvimento 2013) Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte: A redução dos riscos inerentes ao trabalho configura direito fundamental dos trabalhadores urbanos e rurais, sendo alcançada, segundo disposição expressa da Carta Magna, por meio de políticas públicas específicas. ERRADO. A nossa Constituição Federal preceitua que a redução dos riscos inerentes ao trabalho é direito fundamental dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social. Tal direito, segundo a Carta Magna, será garantido por meio de normas de saúde, higiene e segurança e não por meio de políticas públicas específicas. A Constituição Federal conferiu ao trabalhador urbano e rural o direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho, porém este direito, para ser exercido, precisou ser regulamentado por meio das Normas Regulamentadoras do MTE (atualmente, 36 normas). Ver CF, art. 7º, inc. XXII. 02. (CESPE Engenheiro de Segurança do Trabalho Ministério do Desenvolvimento 2013) Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte: De acordo com a CF, a regulamentação sobre adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas deve ocorrer por norma infraconstitucional. CORRETO. O artigo 7º da Constituição Federal determina os direitos mínimos dos trabalhadores urbanos e rurais. Dentre estes direitos está o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas que por ser uma norma de eficácia limitada necessita de regulamentação por norma infraconstitucional. O adicional de insalubridade está regulamentado na NR 15 e o adicional de periculosidade na NR 16. Todavia, o adicional de penosidade não está regulamentado, por isso tal direito não pode ser exercido. Ver CF, art. 7º, inc. XXIII. 03. (CESPE Engenheiro de Segurança do Trabalho Ministério do Desenvolvimento 2013) Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte: No caso de inexistência de dolo ou culpa do empregador, o seguro contra acidentes de trabalho, sob sua responsabilidade, exclui eventual indenização ao empregado. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 84

CORRETO. A Constituição Federal garantiu aos trabalhadores urbanos e rurais o direito ao seguro contra acidentes do trabalho a cargo do empregador, bem como o direito à indenização quando este incorrer em dolo ou culpa. São dois direitos distintos conferidos aos trabalhadores: o seguro e a indenização. O Seguro, conhecido como SAT é pago independentemente do motivo do acidente, basta que seja o acidente ou doença seja configurado como decorrentes do trabalho. Já a indenização, somente configura direito do empregado quando o empregador agiu com dolo ou culpa, concorrendo para o acidente ou doença, como, por exemplo, não adotando medidas de proteção coletiva ou não fornecendo EPI ao trabalhador. Portanto, quando a conduta do empregador não for dolosa ou culposa no que concerne ao acidente ou doença, o empregado não terá direito a indenização. Ver CF, art. 7º, inc. XXVIII. 04. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) Um técnico de segurança do trabalho recém-formado precisa obter o registro para desempenhar suas funções. Para isso, deve protocolar seu pedido na superintendência regional do trabalho e emprego, vinculada ao Ministério do Trabalho (MTE), para as devidas anotações na carteira de trabalho. CORRETO. O exercício da profissão do Técnico de Segurança do Trabalho depende de prévio registro no Ministério do Trabalho e Emprego. O registro profissional será requerido junto às Superintendências Regionais do Trabalho. Ver Portaria GM 262/2008 05. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) O Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho está vinculado à Secretaria de Relações do Trabalho, órgão do MTE. ERRADO. O Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho (DSST) está vinculado à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), órgão do MTE. A fiscalização do Trabalho é dirigida pela Secretaria de Inspeção do Trabalho SIT. Esta é dividida em dois departamentos: Departamento de Fiscalização do Trabalho (DEFIT), responsável pelo cumprimento das leis de proteção ao trabalho no tocante à remuneração, férias, FGTS, dentre outras; e o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), responsável pela fiscalização do cumprimento das normas regulamentadoras e demais normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador. Ver Lei 5.063, art. 14 e 15. 06. (CESPE-ENFERMEIRO DO TRABALHO-EBC-2011) Considerando que a superintendência regional do trabalho e emprego (SRTE) é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, julgue: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 85

Paralelamente ao elenco de competências que lhes são atribuídas, as SRTEs, em seu âmbito de atuação, contam com rol de restrições que incluem a proibição de impor penalidade a infratores. ERRADO. Dentre as competências da SRTE (antiga DRT) está a de impor penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais relativos à saúde e segurança no trabalho. Tal atribuição é exercida por meio dos Auditores Fiscais do Trabalho em cada Estado, quando estes, ao encontrarem irregularidades durante realização de ação fiscal, emitem o auto de infração correspondente. Ver art. 156, III da CLT e NR 01, item 1.4.1, b. 07. (CESPE-ENFERMEIRO DO TRABALHO-EBC-2011) Considerando que a superintendência regional do trabalho e emprego (SRTE) é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, julgue: Controlar a execução dos preceitos legais sobre segurança e medicina do trabalho é uma das competências das SRTEs. CORRETO. A SRTE, por ser um órgão de âmbito regional, tem por atribuição adotar as medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. O que nada mais é do que fiscalizar o cumprimento das normas de SST, ou ainda, como nas palavras da questão, controlar a execução dos preceitos legais sobre SST. 08. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) À SRTE cabe subsidiar a formulação e proposição das diretrizes da inspeção do trabalho, em especial das políticas de combate ao trabalho infantil e a toda forma de trabalho degradante. ERRADA. À SIT cabe subsidiar a formulação e proposição das diretrizes da inspeção do trabalho, em especial das políticas de combate ao trabalho infantil e a toda forma de trabalho degradante. A SIT é o órgão máximo de inspeção do trabalho, aquele que é responsável por traçar os caminhos da fiscalização, as diretrizes da inspeção. Às SRTE, em cada estado, compete seguir as diretrizes traçadas por esta e desenvolvê-las em sua jurisdição. 09. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) Entre as competências da SRTE, inclui-se a de supervisionar as atividades voltadas para o desenvolvimento de programas e ações integradas de cooperação técnicocientífica com organismos nacionais e internacionais, na área de sua competência. ERRADA. Novamente temos uma competência da SIT. As SRTE devem voltar-se a executar as ações propostas pela SIT e supervisionar e desenvolver estas ações em cada estado, em sua jurisdição. Desenvolver ações integradas de cooperação técnico-científica com organismos nacionais e internacionais não está dentre suas responsabilidades. A SIT é o órgão que representa o sistema www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 86

de inspeção federal em âmbito nacional e internacional e tem competência para firmar ações de cooperação técnico-científica com estes. 10. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) As SRTEs têm autonomia para formular e propor as diretrizes para o aperfeiçoamento técnicoprofissional e a gerência do pessoal da inspeção do trabalho. ERRADA. Mais uma competência da SIT. Tal atribuição diz respeito à política de contínuo aperfeiçoamento da inspeção do trabalho e à própria administração de seu corpo fiscal. Temos então que é de responsabilidade da SIT promover cursos de capacitação aos AFT e determinar a atuação dos mesmos. 11. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-INPI-2013) Em relação à responsabilidade civil e criminal, julgue o próximo item. No caso de acidente de trabalho, o pagamento das prestações pela Previdência Social não exclui a responsabilidade civil da empresa. CORRETA. O pagamento das prestações pela Previdência Social depende apenas de ocorrer o evento acidente do trabalho, independentemente de suas causas, responsáveis, dolo ou culpa do empregador. Porém, em caso de dolo ou culpa do empregador, o mesmo poderá ser compelido, via reclamação trabalhista, a indenizar o trabalhador. Portanto, o pagamento das prestações pela Previdência Social não exclui a responsabilidade civil da empresa. Ver CF, art. 7º, inc. XXVIII. 12. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-INPI-2013) Compete a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, nos limites de sua jurisdição, atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho nas localidades onde não houver médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho registrado no Ministério do Trabalho. CORRETA. O profissional competente para fazer perícia é o Médico do Trabalho ou o Engenheiro de Segurança do Trabalho. Nos termos da CLT, eles são registrados no MTE. A realização da perícia é de responsabilidade da empresa. Ela deverá contratar um perito e cumprir com sua obrigação de conhecer os riscos e buscar eliminá-los enquanto no desenvolvimento de suas atividades normais. Porém, em casos de reclamação judicial, quando se discutir questões atinentes à insalubridade e/ou periculosidade o juiz poderá requisitar perícia dentro do processo. Nestes casos, quando não existir perito na localidade (na cidade onde estiver instalada a Vara Trabalhista e corre o processo), ele requisitará perícia ao MTE. Como temos um pedido local, este será encaminhado e resolvido por meio da SRTE. Art. 195, caput e 2º. 13. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-INPI-2013) É legalmente vedada às convenções coletivas de trabalho a regulamentação de matéria inerente à segurança do trabalho. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 87

ERRADA. As convenções coletivas, bem como os acordos coletivos poderão tratar de assuntos atinentes à segurança do trabalho. Porém deverão respeitar os dispositivos legais previstos nas normas regulamentadoras. Poderão, portanto, estabelecer dispositivos mais favoráveis aos trabalhadores, mais protetivos e critérios técnicos mais rigorosos do que os estabelecidos nas NR. CLT, art. 154; NR 01, item 1.2; NR 09, item 9.3.5.1, c; NR 18, 18.1.4. 14. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-SERPRO-2013) No âmbito regional, a execução da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho compete à Superintendência Regional de Registro do Trabalhador e Emprego (SRTE). ERRADA. No âmbito regional, a execução da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho compete à Superintendência Regional do TRABALHO E EMPREGO em cada estado. 15. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-SERPRO-2013) Embora esteja previsto no capítulo constitucional dos direitos e deveres individuais e coletivos, o Programa de Alimentação do Trabalhador ainda não foi implementado, pois aguarda a aprovação de lei regulamentadora nesse sentido. ERRADA. O Programa de Alimentação do Trabalhador PAT foi instituído pela lei nº 6.321/1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, que priorizam o atendimento aos trabalhadores de baixa renda, isto é, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais. O PAT tem por objetivo melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas para a qualidade de vida, a redução de acidentes de trabalho e o aumento da produtividade. Este Programa, estruturado na parceria entre Governo, empresa e trabalhador, tem como unidade gestora a Secretaria de Inspeção do Trabalho / Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Além disso, o direito à ALIMENTAÇÃO é um direito constitucional www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 88

previsto no capítulo dos DIREITOS SOCIAIS e não dentre os direitos e deveres individuais e coletivos. Ver CF, art. 6º. 16. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-SERPRO-2013) Compete à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho a fiscalização de empresas no exterior no que diz respeito ao cumprimento dos preceitos legais sobre segurança e medicina do trabalho de trabalhadores brasileiros. ERRADA. Primeiramente não existe Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Existe a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Ademais, não é possível ao Estado Brasileiro a fiscalização de condições de trabalho em países estrangeiros mesmo quando exercido por brasileiros em razão do Princípio da Territorialidade que delimita geograficamente o âmbito de validade jurídica e aplicação de normas e leis de um Estado. Dessa forma, como regra geral, os efeitos jurídicos de determinada norma ou conjunto de regras de um Estado são válidos e aplicáveis tão somente dentro dos limites territoriais em que esse Estado exerce a sua soberania. Além disso, em razão do Princípio da Não Intervenção (Carta da ONU) a um Estado soberano não é permitido exercer jurisdição ou fazer ingerências jurídicas ou de qualquer outra forma ou tipo sobre o território de outro Estado igualmente soberano. 17. (CESPE-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA-SEMAF-2004) As normas regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho são de observância obrigatória pelas empresas públicas e privadas. As disposições contidas nessas normas aplicam-se, no que se enquadra, aos trabalhadores avulsos, empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos das respectivas categorias profissionais. CORRETA. São aplicáveis também aos órgãos da Administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Ver NR 01, itens 1.1 e 1.1.1. 18. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) Na atualidade, as rápidas mudanças tecnológicas e uma economia que se globaliza a passos gigantescos apresentam novos desafios e geram pressões sem precedentes em todos os âmbitos do mundo do trabalho, avalia o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O órgão, ligado às Organizações das Nações Unidas, estima que o custo direto e indireto de acidentes e doenças do trabalho possa chegar a 4% do produto interno bruto (PIB) do mundo. Isso equivale a mais de 20 vezes os investimentos globais de assistência de desenvolvimento oficial. No Brasil, também se estima que, além do incalculável prejuízo social, os acidentes e doenças de trabalho atinjam aproximadamente 4% do PIB nacional, levando-se em conta, além do setor privado, o segmento informal e rural, os funcionários públicos, os cooperados e os autônomos. A circulação de informações continua sendo um fator de suma relevância para a saúde e www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 89

segurança no trabalho, avalia o diretor técnico da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue: São deveres dos empregados informar ao empregador os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, solicitar os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos e divulgar os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. ERRADA. São deveres do EMPREGADOR informar aos empregados os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho, os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos e divulgar os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. O empregador deve informar seus empregados também dos meios para prevenir e limitar os riscos nos locais de trabalho e as medidas adotadas pela empresa. Na construção das nossas famosas NORMAS REGULAMENTADORAS o direito do trabalhador à INFORMAÇÃO é uma constante exigência. Ver NR 01, item 1.7, c. 19. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-TRT 5º REGIÃO-2008) Sempre que uma ou mais empresas estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial ou comercial, serão, para efeito de aplicação das NRs, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. CORRETA. A SOLIDARIEDADE pelo cumprimento das normas de segurança e saúde é um princípio norteador em SST. Isso quer dizer, por exemplo, que dentro de um GRUPO de empresas todas elas terão a www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 90

responsabilidade com a observância das normas regulamentadoras para todos os empregados do grupo. Ver NR 01, item 1.6.1. 20. (CESPE Engenheiro de Segurança Correios 2011) Empregado é a pessoa física ou jurídica que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. ERRADA. Empregado não pode ser pessoa jurídica. Empregado é a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Ver CLT, art. 3º e NR 01, item 1.6, b. 21. (CESPE Engenheiro de Segurança Correios 2011) Frente de trabalho é a área de trabalho fixa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra. ERRADA. Frente de trabalho é a área de trabalho MÓVEL E TEMPORÁRIA. A área de trabalho fixa e temporária é o canteiro de obra. Ver NR 01, item 1.6, f e g. 22. (CESPE Engenheiro de Segurança Correios 2011) Empregador é a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, remunera e dirige a prestação pessoal de serviços. CORRETA. Ver NR 01, item 1.6, a. 23. (CESPE-ENGENHEIRO DO TRABALHO-CÂMERA DOS DEPUTADOS-2012) A prevenção de acidentes e a melhoria das condições do ambiente do trabalho são previstas na legislação brasileira de forma incisiva, como, por exemplo, na Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho. Acerca desse assunto, julgue o item seguinte. É dever das empresas adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente e instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a serem tomadas para se evitarem acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 91

CORRETA. Ver CLT, art. 157, II e III e NR 01, item b. 24. (CESPE Engenheiro de Segurança FUB 2014) Com relação à insalubridade, julgue o item que se segue. Comprovada a insalubridade, a delegacia regional do trabalho deve notificar a empresa, estipulando um prazo para sua eliminação ou neutralização. CORRETA. A constatação de insalubridade significa que existem agentes nocivos à saúde do trabalhador no ambiente de trabalho, tais como ruídos, poeiras, calor, frio, dentre outras. Portanto, cabe a SRTE (antiga Delegacia Regional do Trabalho), por meio de seus AFTs, notificar a empresa para que elimine ou neutralize a insalubridade. A prioridade será sempre eliminar ou neutralizar a insalubridade. Somente, quando isto for tecnicamente impossível é que se admite o pagamento de insalubridade como meio de compensar o trabalhador pela exposição de sua saúde a agentes insalubres. Ver NR 01, item 1.4.1, d. 25. (CESPE Analista Ministério Público Federal 2013) Julgue o item a seguir, com base nas disposições gerais da NR-1. O empregado que justificadamente deixa de submeter-se aos exames médicos previstos em norma reguladora não comete ato faltoso nem está sujeito às penalidades dispostas em lei pertinente. CORRETA. Para configurar o ato faltoso, é necessário que o empregado aja de maneira injustificada. Ver CLT, art. 158, parágrafo único e NR 01, item 1.8.1 26. (CESPE Analista MPU - 2013) Julgue os itens seguintes, acerca de equipamentos de proteção individual (EPIs). EPI importado poderá ser utilizado em âmbito nacional sem certificado de aprovação, em virtude da Convenção n.º 161 da OIT, sendo suficiente a apresentação do nome do importador e o lote de fabricação. ERRADA. O EPI importado, para ser comercializado e utilizado no Brasil, precisa ter CA. O nº do CA, bem como o nome do importador e o lote de fabricação deverão constar no EPI de forma indelével e legível. A Convenção nº 161 da OIT não trata de EPI, ela versa sobre a política de serviços de saúde no trabalho. Ver CLT, art. 167 e NR 06, itens 6.2 e 6.9.3. 27. (CESPE Analista MPU - 2013) Os EPIs para proteção da face incluem a máscara autônoma de circuito aberto. ERRADA. Os EPIs para proteção da face são óculos protetor facial e máscara de solda. A máscara autônoma de circuito aberto é um EPI de proteção respiratória. Ver NR 06, anexo I. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 92

Protetor facial Máscara de solda Máscara autônoma de circuito aberto (na norma você encontrará o nome de respirador de adução de ar de circuito aberto) 28. (CESPE Analista MPU - 2013) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas ou em situações emergenciais, será indispensável o fornecimento gratuito dos EPIs pela empresa. CORRETA. Torna-se obrigatório o fornecimento de EPI nestas situações, uma vez que os trabalhadores não podem exercer suas atividades sem segurança. Ver NR 06, item 6.3. 29. (CESPE Engenheiro de Segurança - Correios 2011) A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, equipamento de proteção individual (EPI) adequado ao risco a que ele estiver exposto e em perfeito estado de conservação e funcionamento, mesmo que as medidas de ordem geral ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. ERRADA. O fornecimento de EPI pela empresa aos empregados é obrigatório quando as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 93

contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. Se tais medidas conseguirem oferecer COMPLETA proteção contra os riscos não há razão para o trabalhador usar EPI. Lembrar que o EPI é sempre uma medida secundária usado nas circunstâncias do esquema abaixo. Ver NR 06, item 6.3. 30. (CESPE Engenheiro de Segurança - Correios 2011) O EPI, de fabricação nacional ou importado, pode ser posto à venda ou utilizado mesmo sem a indicação do certificado de aprovação, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do MTE. ERRADA. O Certificado de Aprovação, CA, é requisito obrigatório e indispensável para a venda e utilização do EPI seja ele nacional ou importado. Estes somente poderão ser postos à venda ou utilizados quando possuírem CA do MTE. Importante destacar que o CA é expedido pelo MTE, após a avaliação de laboratórios certificadores e autorizados pelo próprio Ministério. Ver NR 06, item 6.2. 31. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) O equipamento conjugado de proteção individual é composto por dispositivos que foram associados pelo fabricante para proteção do indivíduo contra um ou mais riscos ocupacionais que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. CORRETA. O EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O equipamento conjugado também é um EPI que foi fabricado com mais de um dispositivo de segurança com vistas a www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 94

proteger o trabalhador contra um ou mais riscos. Ver NR 06, item 6.1.1. Veja o exemplo de um EPI conjugado: Capacete (proteção de impacto sobre o crânio) e protetor facial 32. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) O Ministério do Trabalho e Emprego reconhece quatro tipos de equipamento de proteção individual para proteção auditiva: protetor auditivo circum-auricular, protetor auditivo de inserção, protetor auditivo semiauricular e capacete protetor contra ruídos. ERRADA. O capacete protetor contra ruídos é um EPI conjugado que possui dois dispositivos de proteção e que protege contra o risco de acidente e contra o ruído. O Ministério do Trabalho e Emprego reconhece 3 tipos de equipamento de proteção individual para proteção auditiva: protetor auditivo circum-auricular (conhecido como concha), protetor auditivo de inserção (conhecido como plug), protetor auditivo semiauricular. Ver NR 06, Anexo I, C. Abaixo exemplo de EPI conjugado que protege contra acidentes (impacto sobre o crânio) e contra o ruído: Tipos EPI para Proteção Auditiva: www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 95

Protetor auditivo circum-auricular (conhecido como concha) Protetor auditivo de inserção (conhecido como plug) Protetor auditivo semiauricular 33. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) O creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos é considerado equipamento de proteção individual. CORRETA. O creme protetor para as mãos contra agentes químicos, assim como as luvas, mangas, braçadeiras e dedeiras são classificados como EPI para proteção dos membros superiores. Ver NR 06, anexo F, F.2. 34. (CESPE - Médico do Trabalho Correios 2011) Para a prevenção de doenças ocupacionais causadas por gases irritantes como ácido clorídrico, ácido sulfúrico e cloro, entre outros, é permitido ao trabalhador usar somente o protetor facial. ERRADA. O protetor facial serve para proteger a face contra impactos de partículas volantes, radiação infravermelha, riscos de origem térmica e radiação www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 96

ultravioleta, além dos olhos contra luminosidade intensa. No caso em apreço, os produtos químicos produzem gases irritantes. Deve-se, portanto, buscar proteger o trabalhador evitando que ele inale tais gases por meio de MÁSCARAS RESPIRATÓRIAS e proteger seus olhos do contato com os gases por meio de ÓCULOS DE PROTEÇÃO. 35. (CESPE Técnico de Segurança SEMAF 2004) Para evitar transtornos com a fiscalização, a empresa deve adquirir somente EPI com certificado de aprovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. ERRADA. Todo EPI deve ter CA o qual é emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Este concede CA a um equipamento após este ter sido aprovado em ensaios dos laboratórios credenciados junto a ele. Ver NR 06, item 6.2. 36. (CESPE Técnico de Segurança SEMAF 2004) O trabalhador que insistir em não utilizar o EPI definido pelo empregador, sem uma justificativa técnica, poderá ser advertido e, até mesmo, dispensado por justa causa. CORRETA. O empregador tem a obrigação de fornecer aos trabalhadores o EPI adequado ao risco de cada atividade. Por conseguinte, o empregado tem o dever de usar o EPI fornecido, sob pena de sofrer as penalidades cabíveis que podem ir desde a uma simples advertência até uma demissão por justa causa. A CLT dispõe que a recusa INJUSTIFICADA ao uso do EPI constitui ATO FALTOSO. Ademais o empregado que se recusa a usar o EPI, está se recusando a cumprir uma ordem de seu empregador. Portanto age com INSUBORDINAÇÃO/INDISCIPLINA, situações puníveis com JUSTA CAUSA. Ver CLT, art. 158; NR 01, item 1.8, b, 1.8.1 e 1.9. 37. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) Os EPIs podem ser fornecidos aos empregados de forma gratuita ou podem ser vendidos a eles, com desconto do valor correspondente em folha, conforme o porte da empresa e acordo coletivo da categoria. ERRADA. O empregador não pode vender EPI aos seus empregados. O EPI é GRATUITO. Ver CLT, art. 116 e NR 06, item 6.3. 38. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) De acordo com a norma regulamentadora (NR) que trata de EPI, esse tipo de equipamento é destinado a evitar acidentes no trabalho. ERRADA. O EPI não evita o acidente, mas minimiza as consequências do acidente (as lesões). 39. (CESPE Técnico de Segurança EBC 2011) Em empresas que possuam serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT) e comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), cabe à CIPA recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em cada atividade. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 97

ERRADA. Recomendar o uso de EPI não é atribuição da CIPA e nem de designado da CIPA. Estes deverão, todavia, ser OUVIDOS durante a seleção, bem como os trabalhadores usuários de EPI. Compete ao SESMT recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado. Deverá, também neste caso, ouvir a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. Ver NR 06, item 6.1. 40. (CESPE Analista Ministério Público Federal 2013) A necessidade de aumentar a segurança no local de trabalho levou à edição, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, das normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho. Com base nessas normas e nas legislações referentes a esse assunto, julgue : Constitui contravenção penal deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. CORRETA. A Lei 8.213/91 em seu art. 19, 2º definiu o descumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho como contravenção penal a qual será punido com multa. 41. (UFPI/COPESE- Engenheiro de Segurança do Trabalho -12-UFS) A Consolidação das Leis do Trabalho (Art. 158) e a Norma Regulamentadora Nº 1 (NR 1) estabelecem as obrigações dos empregados referentes à segurança e à medicina do trabalho. NÃO representa uma obrigação do trabalhador: A) Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras. B) Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras. C) Auxiliar nos levantamentos ambientais para elaboração do PPRA. D) Usar os EPI s fornecidos pelo empregador. E) Cumprir as Ordens de Serviço referentes à segurança do trabalho expedidas pelo empregador. GABARITO: C À exceção da alternativa C, as demais obrigações estão previstas na norma. Na verdade, os empregados tem o direito de ser informados dos resultados das avaliações ambientais. A afirmação de que o empregado deve auxiliar nos levantamentos ambientais para elaboração do PPRA é falsa, vez que o levantamento ambiental é um trabalho que requer técnicas apropriadas e aparelhagem especial e por consequência é feita por pessoas capacitadas, geralmente por profissionais da área de segurança do trabalho, embora a norma não obrigue. Os empregados, devem sim, auxiliar na implantação e execução do PPRA, porém, não auxiliando nos levantamentos ambientais, mas www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 98

cumprindo com as determinação do programa e de seus superiores. 42. (UFPI/COPESE- Engenheiro de Segurança do Trabalho -12-UFS) Segundo a Norma Regulamentadora Nº 1 (NR 1), NÃO é de responsabilidade das empresas: A) Informar ao trabalhador o resultado dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador se submeteu. B) Informar o trabalhador sobre os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. C) Informar o trabalhador sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho. D) Designar todos os membros da CIPA, quando o número de trabalhadores da empresa não ultrapassar a 100 (cem) empregados. E) Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho. GABARITO: D À exceção da alternativa D, as demais estão previstas na NR 01. A CIPA (NR 05), quando for obrigatória para a empresa, deverá ser constituída de forma PARITÁRIA. Significa que metade dos membros são designados pelo empregador e a outra metade é eleita, em escrutínio secreto, pelos empregados no estabelecimento. Veremos, este assunto com maiores detalhes na aula pertinente. 43. (UFPI/COPESE- Engenheiro de Segurança do Trabalho -12-UFS) Segundo a NR 1 sobre Disposições Gerais, o empregador tem como competência elaborar ordens de serviços sobre segurança e medicina do trabalho. A opção que NÃO se relaciona com os objetivos de uma ordem de serviço é: (F) Apresentar quadro estatístico de acidentes do trabalho ocorridos na empresa. (G) Dar conhecimento aos empregados de que poderão sofrer punições, caso haja descumprimento das ordens de serviços expedidas pela empresa. (H) Determinar os procedimentos que deverão ser tomados em caso de ocorrência de doenças do trabalho. (I) Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho. (J) Adotar medidas para neutralizar ou eliminar a insalubridade. GABARITO: A www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 99

Comentário: A CLT (art. 157) e a NR 01 determinam que o empregador tem por obrigação instruir os seus empregados, por meio de ordens de serviços, das precauções a tomar no sentido de evitar os acidentes do trabalho e doenças do trabalho. Isso que dizer que a empresa deve informar os trabalhadores dos riscos a que estão expostos e das medidas de segurança que deverão adotar para prevenir acidentes e doenças. Além disso, ele deve, também, informar aos empregados que em caso de descumprimento de OS, de norma de segurança, de recusa à utilização de EPI ele sofrerá sanções (advertência, suspensão ou demissão por justa causa). A alternativa "A" não se relaciona ao conceito de OS. A empresa deve apresentar quadros estatísticos dos acidentes do trabalho ao MTE anualmente, conforme modelo previsto no Quadro III da NR 04. 44. (FCC Técnico de Segurança Companhia de Saneamento Básico de São Paulo 2014) Uma empresa é constituída por uma fábrica, três oficinas, dois laboratórios e um escritório. Cada uma destas unidades está localizada em um endereço diferente e bem distante um do outro. Conjuntamente, todas elas constituem uma organização, utilizada pelo empregador para atingir seus objetivos. Sendo assim, segundo os conceitos constantes na NR 1, a unidade da fábrica desta empresa é denominada A) frente de trabalho. B) canteiro de obra. C) estabelecimento. D) setor de serviço. E) unidade laboral. GABARITO: C COMENTÁRIO: A questão deixou claro que cada uma das unidades da empresa (uma fábrica, três oficinas, dois laboratórios e um escritório) funciona em lugares diferentes. Portanto, cada uma destas unidades é conceituada pela NR 01 como estabelecimento. Ver NR 01, item 1.6, d. 45. (FCC Técnico de Segurança Companhia de Saneamento Básico de São Paulo 2014) Um empregado de uma empresa contratado como mensalista em regime CLT, cumpre as ordens de serviços expedidas pelo empregador e as determinações legais e regulamentares sobre Saúde e Segurança do Trabalho e usa sempre o Equipamento de Proteção Individual EPI fornecido pelo empregador. Porém, ele se recusou injustificadamente a submeter-se aos exames médicos previstos nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, em atitude que representa falta de colaboração com a empresa na aplicação das referidas NRs. De acordo com a NR 1, esta ação caracteriza www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 100

A) ato faltoso do empregador. B) ato faltoso do empregado. C) direito do empregado. D) obrigação do empregador. SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PARA AFT - Aula demonstrativa E) julgamento precipitado de direito. GABARITO: B COMENTÁRIO: A recusa INJUSTIFICADA do empregado a submeter-se aos exames médicos (admissional, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função, demissional) constitui ato faltoso que pode ser penalizado com advertência, suspensão ou demissão por justa causa. Constitui também ato faltoso, a recusa injustificada ao cumprimento das ordens de serviço, ao uso de EPI e a falta de colaboração no cumprimento das normas regulamentadoras. Ver NR 01, item 1.8 e 1.8.1. 46. (FCC Engenheiro de Segurança TRT 5ª Região 2013) Para redigir uma petição com base na Norma Regulamentadora NR-01 Disposições Gerais, deve-se considerar: A) A observância das Normas Regulamentadoras NR desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. B) A Delegacia Regional do Trabalho DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador PAT, e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. C) Não compete à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST conhecer, em última instância, os recursos voluntários ou de ofício e as decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. D) Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, não serão, para efeito de aplicação das Normas www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 101

Regulamentadoras NR, solidariamente responsáveis à empresa principal e cada uma das subordinadas. E) Somente o Ministro do Trabalho detém as atribuições de fiscalização e orientação às empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina do trabalho, não sendo permitidos convênios com outros órgãos federais, estaduais e municipais. GABARITO: B A letra A está ERRADA. A observância das Normas Regulamentadoras NR NÃO desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. Ver CLT, art. 154 e NR 01, item 1.2. A letra B está CORRETA. A SRTE (antiga Delegacia Regional do Trabalho) é o órgão de execução dos assuntos atinentes a SST. Ver NR 01, item 1.4. A letra C está ERRADA. Compete ao órgão de âmbito nacional (SIT) conhecer, em última instância, os recursos voluntários ou de ofício e as decisões proferidas pelos Superintendentes Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST não existe mais. Em seu lugar temos a Secretaria de Inspeção do Trabalho SIT. Ver NR 01, item 1.3.1. A letra D está ERRADA. As empresas que estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, mesmo que tenham personalidade jurídica própria, SERÃO para os fins de aplicação das normas regulamentadoras solidariamente responsáveis. Ver NR 01, item 1.6.1. A letra E está ERRADA. O Ministro do Trabalho não detém as atribuições de fiscalização e orientação às empresas. Tais atribuições competem aos órgãos de âmbito regional por meio de seu corpo fiscal. A NR 01 permite a delegação de atribuições de fiscalização e/ou orientação às empresas a outros órgãos federais, estaduais e municipais, mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho. Ver NR 01, itens 1.4 e 1.5. 47. (FCC Engenheiro de Segurança TRT 5ª Região 2013) Com relação à NR-01, que trata das DISPOSIÇÕES GERAIS com relação às Normas de Saúde e Segurança do Trabalho, compete à: A) Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST, apenas embargar obra ou interditar empresa de qualquer tipo ou finalidade, confiscar máquinas e www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 102

equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. B) Delegacia Regional do Trabalho DRT ou à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST, embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço ou canteiro de obra, confiscar máquinas e equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. C) Delegacia Regional do Trabalho DRT ou à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST, embargar obra ou interditar empresa de qualquer tipo ou finalidade, confiscar máquinas e equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. D) Delegacia Regional do Trabalho DRT, apenas embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço ou canteiro de obra, confiscar máquinas e equipamentos e notificar as empresas, impondo e arbitrando as devidas multas pecuniárias. E) Delegacia Regional do Trabalho DRT ou à Delegacia do Trabalho Marítimo DTM impor as penalidades cabíveis, embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço ou canteiro de obra e notificar as empresas. GABARITO: E COMENTÁRIO: A competência para embargar, interditar, notificar as empresas e impor as devidas multas pecuniárias é da SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego). A fiscalização do trabalho, seja em âmbito nacional (SIT) ou regional (SRTE), não têm competência para confiscar máquinas e equipamentos. A sua ação restringe-se a proibição do funcionamento das máquinas e equipamentos que representem GRAVE E IMINENTE RISCO para o trabalhador. Veja que a questão apegou-se literalmente ao texto da norma. Por isso traz termos desatualizados. Ver NR 01, item 1.4.1, b, c e d. 48. (FCC Engenheiro de Segurança TRT 5ª Região 2013) Constitui ato faltoso do empregado, em relação às disposições gerais das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança do Trabalho, a recusa injustificada em A) informar ao empregador e colegas sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho e os resultados dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador tenha sido submetido. B) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, instituídas pela SSST, cumprir as normas impostas pela CIPA local e usar o EPI fornecido pelo empregador. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 103

C) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, cumprir as ordens de serviço expedidas pelo empregador e usar o EPI fornecido pelo empregador. D) cumprir as normas impostas pela CIPA local, informar aos empregados sobre os resultados dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador tenha sido submetido e cumprir os regulamentos instituídos pela SSST. E) cumprir as disposições legais instituídas pela SSST, cumprir as normas impostas pela CIPA local e informar aos empregados sobre os resultados dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador tenha sido submetido. GABARITO: C A letra A está ERRADA. Na verdade o empregador é quem tem o dever de informar os trabalhadores sobre os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho e os resultados dos exames médicos aos quais o próprio trabalhador tenha sido submetido. Ver NR 01, item 1.7, c. A letra B está ERRADA. A CIPA não institui normas de segurança. O empregador é quem deverá instruir seus empregados, por meio das ordens de serviço, acerca das normas de segurança que deverão ser observadas. Ver NR 01, item 1.7, b. A letra C está CORRETA. Ver NR 01, item 1.8, a e b. A letra D está ERRADA. Aplica-se o explicado nas letras A e B. Ver NR 01, item 1.7, b e c. A letra E está ERRADA. Aplica-se o explicado nas letras A e B. Ver NR 01, item 1.7, b e c. 49. (CONSULPLAN Engenheiro de Segurança do Trabalho Prefeitura de Porto Velho 2012) - Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, EXCETO: A) Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI. B) Fiscalizar a qualidade do EPI. C) Exigir seu uso. D) Cancelar o CA. E) Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 104

GABARITO: C COMENTÁRIO: Exigir o uso do EPI é atribuição das SRTEs. A SIT, órgão de âmbito nacional, trata de assuntos atinentes à gestão, supervisão, coordenação sobre a política de EPI. Por isso, a ela incumbe: estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI; cadastrar as empresas fabricantes e importadoras de EPI; emitir, renovar e suspender o cadastro do fabricante e importador; receber documentação de EPI; emitir, renovar e cancelar CA; requisitar amostras de EPI para fiscalizar a qualidade dos mesmos. Ver NR 06, itens 6.11.1 e 6.11.2, a. 50. (CONSULPLAN Engenheiro de Segurança do Trabalho Prefeitura de Porto Velho 2012) - Com base no Item 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI, da NR 6, EXCETO: A) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. B) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina. C) Responsabilizar-se pela guarda e conservação. D) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso. E) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. GABARITO: A COMENTÁRIO: A responsabilidade pela higienização e manutenção periódica é do empregador. Ao empregado compete a guarda e conservação do EPI. Ver NR 06, item 6.6.1, f. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 105

51. (CONSULPLAN Auxiliar de Enfermagem do Trabalho Companhia Espírito Santense de Saneamento 2011) - De acordo com os EPI s (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva), são considerados obrigação do empregado, EXCETO: A) Usá-los apenas para a finalidade que se destina. B) Comunicar qualquer alteração que os torne impróprios para o uso. C) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação. D) Treinar sobre seu uso adequado. E) Usá-los somente se estiver correndo risco de vida. GABARITO: E COMENTÁRIO: Quando o empregador fornecer o EPI ao empregado este deverá usá-lo nas circunstâncias indicadas por seu empregador nas ordens de serviço e não somente quando correr risco de vida. Grande parte dos EPIs serve para proteger a saúde do trabalhador, como, por exemplo, os protetores auditivos. O trabalhador que fica exposto a ruído excessivo não corre risco de vida, mas corre o risco de perder a audição, dentre outros malefícios a sua saúde. Importante lembrar que a norma atribuiu ao empregador a obrigação de instruir os empregados quanto ao uso do EPI. Então, por sua vez, os empregados deverão participar dos treinamentos oferecidos. Ver NR 06, itens 6.6.1 e 6.7.1. 52. (CONSULPLAN Técnico em Pitometria Companhia Espírito Santense de Saneamento 2011) - A NR6 (Norma Regulamentadora) trata-se de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Acerca disso, analise as afirmativas: I. Cabe ao empregador exigir o seu uso. II. Cabe ao empregado a responsabilidade pela sua guarda e conservação. III. Todo equipamento de segurança tem que conter CA (Certificado de Aprovação). IV. Cabe ao empregado fornecer os EPIs. Estão corretas apenas as afirmativas: A) I, II B) III, IV C) I, III, IV D) II, III www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 106

E) I, II, III GABARITO: E O item I está CORRETO. O empregador deve exigir o uso do EPI. Não basta que ele forneça o EPI adequado. Ele tem por obrigação legal de fiscalizar se os empregados estão fazendo o efetivo uso. Ver NR 06, item 6.6.1, b e Súmula nº 289 do TST. O item II está CORRETO. O empregado deve se responsabilizar pela guarda e conservação, enquanto que o empregador pela higienização e manutenção periódica. Ver NR 06, item 6.7.1, b. O item III está CORRETO. Nenhum EPI, seja ele de fabricação nacional ou importado, pode ser posto à venda sem conter CA emitido pelo MTE. Ver CLT, art. 167 e NR 06, item 6.2. O item IV está ERRADO. Cabe ao empregador fornecer aos empregados os EPIs adequados ao risco de cada atividade. Ver NR 06, item 6.6.1, a. 53. (FCC - Técnico de Segurança do Trabalho - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Em relação aos Equipamentos de Proteção Individual EPI, cabe ao Empregado A) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada e adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. B) responsabilizar-se pela sua guarda e conservação e cumprir as determinações do empregador em relação ao seu uso adequado. C) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina e adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. D) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e substituir o EPI imediatamente, quando danificado ou extraviado. E) exigir seu uso e adquirir somente EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. GABARITO: B A letra A está ERRADA. Estas obrigações são do empregador. Ver NR 06, item 6.6.1, a e g. A letra B está CORRETA. Ver NR 06, item 6.7.1, b e d. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 107

A letra C está ERRADA. O empregado tem o dever de usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina. O erro consiste em ter atribuído ao empregado a responsabilidade em adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. Esta é uma obrigação do empregador. Ver NR 06, item 6.7.1, a e 6.6.1, a. A letra D está ERRADA. O empregado tem o dever de comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para uso. O erro consiste em ter atribuído ao empregado a responsabilidade em substituir EPI imediatamente, quando danificado ou extraviado. Esta é uma obrigação do empregador. Ver NR 06, item 6.7.1, c e 6.6.1, e. A letra E está ERRADA. Exigir o uso do EPI e adquirir somente EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho é obrigação do empregador. Ver NR 06, item 6.6.1, b e c. 54. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Sobre Equipamentos de Proteção Individual EPI, NÃO é responsabilidade do empregado: A) usá-lo apenas para a finalidade a que se destina. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 108

B) a guarda e conservação. SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PARA AFT - Aula demonstrativa C) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso. D) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. E) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. GABARITO: D COMENTÁRIO: Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade é responsabilidade do empregador. Ver NR 06, item 6.6.1, a. 55. (FCC - Analista Judiciário - Área Engenharia de Segurança do Trabalho - TRT 5ª Região) Uma empresa desenvolveu, após vários estudos por meio do setor responsável pela segurança do trabalho e com a participação constante do trabalhador responsável pela transferência de gases altamente refrigerados, um equipamento de proteção individual, conjugado, a partir de equipamentos com CAs individuais válidos, tendo em vista a exposição desse trabalhador aos riscos de queda de objetos, projeção de particulados e incidência de ruídos, criando um capacete de proteção com protetor auricular e atenuador de ruídos, de forma a facilitar e disponibilizar os equipamentos de proteção individual necessários para a função de forma prática e segura. Após a fabricação do referido equipamento, o funcionário, em questão, se recusou a usá-lo, face aos critérios estabelecidos na Norma Regulamentadora NR-6 Equipamento de Proteção Individual, tendo em vista que A) a Norma determina que o trabalhador deverá comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o equipamento impróprio para uso e, pela sua ótica, se aplicava inteiramente ao caso, pois problemas como esquecimentos, coceiras e vontade de usar os equipamentos tradicionais, separadamente, criavam em si uma aversão ao uso do mesmo. B) considerou o equipamento engenhoso demais para as atividades ali desenvolvidas e sem função alguma para o serviço realizado e, por essa razão, não poderia ficar exposto a riscos de acidentes motivados por brincadeiras e gozações proferidas pelos demais colegas de outros setores. C) o fato de ter todos os equipamentos num único equipamento conjugado faria com que tivesse de carregá-los sempre que estivesse suscetível ao trabalho naquele setor, impedindo-o de utilizar apenas um ou outro conforme achasse necessário, contrariando o estabelecido na Norma. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 109

D) o equipamento de proteção não poderia ser criado pela empresa e colocado em uso sem que houvesse uma avaliação do conjunto completo pelos órgãos oficiais, pois se tratava de um equipamento conjugado de proteção individual, novo, e por isso, deveria ter um número próprio de CA válido. E) todo EPI deveria apresentar em caracteres visíveis o nome da empresa fabricante e o lote de fabricação do equipamento, assim como o tipo de aplicação e a natureza pela qual este foi concebido para que o usuário conheça outras formas de aplicação e de acondicioná-lo após sua utilização. GABARITO: D COMENTÁRIO: A questão deixou claro que o equipamento conjugado foi criado pela empresa. Embora cada um dos EPIs utilizados tivessem CAs individuais válidos, a empresa não poderia coloca-lo em uso sem que o mesmo passasse por ensaios junto a laboratório credenciado ao Ministério do Trabalho e, sendo aprovado nos ensaios, recebesse CA para o EPI conjugado. 56. (FCC Técnico de Segurança - Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul 2013) Analise as assertivas que tratam do emprego dos Equipamentos de Proteção Individual EPI: I. O uso do EPI tem como único objetivo a proteção do trabalhador contra ameaças à sua segurança. II. Um trabalhador ao fazer uma adaptação no capacete para poder acoplar uma viseira estará criando um EPI Conjugado. III. O uso de EPI Conjugado é exigido quando existir a possibilidade de ocorrência simultânea de um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Está correto o que se afirma APENAS em A) I. B) II. C) III. D) I e III. E) II e III. GABARITO: C www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 110

O item I está ERRADO. O EPI tem também como objetivo a proteção do trabalhador contra ameaças à sua saúde. Lembrando que o conceito de EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Podemos lembrar das máscaras respiratórias que servem para proteger a saúde do trabalhador evitando que o mesmo desenvolva doenças respiratórias, tais como alergias, silicose, asbestose. Ver NR 06, item 6.1. O item II está ERRADO. O trabalhador não poderá fazer adaptações em EPI. Somente o fabricante de EPI poderá promover alterações neles e então, submetê-los ao crivo do MTE para a constituição de novo CA. O EPI conjugado é aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Ver NR 06, item 6.1.1. O item III está CORRETO. O EPI conjugado é composto por mais de um dispositivo de proteção, como por exemplo, capacete e protetor facial. Ele serve para proteger a segurança e a saúde do trabalhador contra um ou mais riscos originados no local de trabalho. Ver NR 06, item 6.1.1. EPI CONJUGADO - capacete e protetor facial 57. (FCC Técnico de Segurança - Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul 2013) - Assinale a alternativa que está em DESACORDO com as responsabilidades do empregado quanto ao Equipamento de Proteção Individual EPI. A) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. B) Respeitar as determinações sobre seu uso adequado. C) Utilizar o equipamento apenas para a finalidade a que se destina. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 111

D) Responsável pela sua guarda e conservação. E) Dar ciência ao empregador sobre alterações que o torne impróprio para o uso. GABARITO: A COMENTÁRIO: É o empregador quem tem a responsabilidade pela higienização e manutenção periódica de EPI. Ver NR 06, item 6.6.1, f. 58. (CONSULPLAN Técnico de Segurança do Trabalho Companhia Espírito Santense de Saneamento 2011) - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: I. Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. II. Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas. III. Para atender a situações de emergência. Nos termos da NR 6, devem ser consideradas apenas a(s) alternativa(s): A) I, II B) I, III C) II, III D) I E) I, II, III GABARIO: E COMENTÁRIO: O EPI é sempre medida secundária. E deverá ser adotado nas seguintes circunstâncias: sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; para atender a situações de emergência. Ver NR 06, item 6.3. 59. (FGV Técnico de Segurança do Trabalho PRODAM 2002) - Segundo o subitem 6.9.1. Para fins de comercialização o C. A. concedido aos EPI terá validade de anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 112

não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO, da NR6 Equipamento de Proteção Individual. Preencha corretamente a lacuna: A) Quatro anos. B) Cinco anos. C) Dois anos. D) Três anos. GABARITO: B COMENTÁRIO: O prazo de validade do CA dependerá se o laboratório que fez a avaliação do EPI é ou não vinculado ao SINMETRO. Quando o laboratório não for vinculado ao SINMETRO o prazo de validade do CA será de 5 anos. Quando for vinculado ao SINMETRO será o prazo estabelecido pelo próprio SINMETRO. Ver NR 06, item 6.9.1. 60. (FCC Engenheiro de Segurança do Trabalho - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Um engenheiro de segurança do trabalho, após avaliar o posto de trabalho de um empregado de uma empresa, determinou a necessidade do uso de EPI específico para uso individual e proteção contra os riscos suscetíveis de ameaçar a saúde do trabalhador que atua no referido local. O empregador, no cumprimento de suas obrigações, comprou os EPI conforme recomendado pelo engenheiro de segurança do trabalho, para fornecimento ao empregado que precisa utilizá-lo. No momento da aquisição dos EPI, o empregador verificou se o Certificado de Aprovação CA do equipamento estava válido e constatou que o laudo de ensaio do mesmo tinha sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO. De acordo com o disposto na NR 6, é correto afirmar que o CA concedido a este EPI tem a validade A) de 2 anos. B) de 5 anos. C) de 3 anos. D) de 4 anos. E) do prazo relacionado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO. GABARITO: E COMENTÁRIO: Ver NR 06, item 6.9.1. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 113

61. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) Um ambiente de trabalho apresenta situações de risco à segurança individual do trabalhador. O conjunto de Equipamentos de Proteção Individual EPI que devem ser fornecidos para proteger o trabalhador contra quedas, para a cabeça e para as pernas e pés deve, necessariamente, conter: A) Óculos Luvas Capacete. B) Luvas Máscara Botas. C) Protetor Auricular Luvas Botas. D) Luvas Cinto de Segurança Botas. E) Botas Capacete Cinto de Segurança. GABARITO: E COMENTÁRIO: O EPI que protege o trabalhador contra a queda é o cinto de segurança. Para a proteção da cabeça a norma traz o capacete e capuz (ou balaclava) e para a proteção das pernas e pés (membros inferiores) existem as botas de segurança (calçados), meias, perneiras e calças. Ver NR 06, anexo I. Veja as ilustrações abaixo: Cinto de segurança tipo paraquedista www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 114

Capacete de Segurança Capuz de Segurança (balaclava) Calçados de segurança Meias de Segurança Perneira Calça de Segurança 62. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - Sobre o uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual), para o trabalho com produtos líquidos derivados de petróleo, devem ser utilizadas luvas: A) incombustíveis de amianto ou de fibra de vidro. B) de couro, resistentes ao atrito. C) com isolação térmica de raspa de couro. D) permeáveis de lona. E) impermeáveis de borracha sintética ou de PVC. GABARITO: E COMENTÁRIO: O EPI deve ser adequado ao risco. Portanto, no caso de manuseio de produtos líquidos derivados de petróleo devem ser utilizadas luvas. Como o produto é líquido é imprescindível que as luvas sejam feitas de material impermeável para evitar o contato do líquido com as mãos do trabalhador. As luvas impermeáveis são feitas de borracha sintética ou de PVC. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 115

As luvas confeccionadas em amianto servem para proteger contra o agente térmico calor. As luvas feitas de fibra de vidro protege contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes e perfurantes. As luvas de raspa de couro, as quais não são impermeáveis, são usadas para proteger o trabalhador contra agentes escoriantes, cortantes e perfurantes. Esta última é muito usada por serventes na construção civil. 63. (FCC - Técnico em Manutenção - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo - 2014) - O equipamento de proteção individual (EPI) é um instrumento de uso pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que podem causar lesões ao trabalhador, e protegê-lo contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho. Os mangotes são proteções para A) os braços na realização de operações que possam causar alguma lesão como, por exemplo, raspões, queimaduras, batidas. B) trabalhos em lugares altos, prevenindo quedas por desequilíbrio. C) as pernas. De acordo com o risco, as perneiras cobrem só a perna ou podem chegar até a coxa. D) o rosto contra o impacto de partículas, contra respingos de produtos químicos e contra a ação de radiações nocivas e excesso de luminosidade. E) as vias respiratórias, impedindo que sejam atingidas por gases ou outras substâncias nocivas ao organismo. GABARITO: A COMENTÁRIO: Mangote é a denominação comum dado a manga de segurança. Esta serve para proteger os braços e antebraços do trabalhador contra choques elétricos, agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, agentes térmicos e umidade proveniente de operações com uso de água. O EPI que serve para proteger o trabalhador contra queda é o cinto de segurança (com trava-quedas ou talabarte). Os EPIs que protegem as pernas são as perneiras ou calças de segurança. Para a proteção do rosto existem o protetor facial e a máscara de solda. E para a proteção das vias respiratórias temos as máscaras respiratórias que podem ser de 5 tipos: respirador purificador de ar não motorizado, respirador purificador de ar motorizado, respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido, respirador de adução de ar tipo máscara autônoma e respirador de fuga. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 116

Manga de segurança 64. (FCC Técnico de Segurança - Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul 2013) O uso do capacete protege A) a cabeça contra choques elétricos. B) contra agentes abrasivos e escoriantes. C) o crânio, face e pescoço contra riscos de origem térmica. D) o crânio contra respingos de produtos químicos. E) a cabeça e deve sempre ser usado de forma simultânea com o capuz. GABARITO: A COMENTÁRIO: Os capacetes servem para proteger o crânio do trabalhador contra: impactos de objetos sobre o crânio, choques elétricos e agentes térmicos. 65. (ESAF Auditor fiscal do Trabalho 2006) Considerando a NR-6, em relação aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), é incorreto afirmar: a) Em situações de trabalho em que haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem térmica e/ ou mecânica, os trabalhadores deverão fazer uso de aventais, jaquetas ou capas. b) O empregador tem o direito de exigir o uso de EPI pelo empregado, desde que esteja aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e tenha sido adquirido de empresas cadastradas no DSST/MTE. c) O certificado de aprovação (CA) de cada EPI, para fins de comercialização, deverá ser renovado a cada cinco anos. d) Cabe aos empregados e sindicatos fiscalizarem o uso adequado e a qualidade dos EPI. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 117

e) Em locais de trabalho que apresentem concentrações de oxigênio inferiores a 18% em volume, os trabalhadores deverão receber e usar aparelhos de isolamento, seja este do tipo autônomo ou de adução de ar. GABARITO: ANULADA A letra a está CORRETA. Os aventais, jaquetas e capas são EPIs que visam proteger o tronco do trabalhador contra riscos de origem térmica, mecânica, bem como de origem química, radioativa, metereológica e umidade. Os riscos de origem térmica são o frio e o calor em intensidades elevadas que causem desconforto ou condições insalubres. Já os riscos mecânicos que estes EPIs visam proteger são, por exemplo, cortes, perfurações e especialmente, de projeção de materiais ou partículas contra os trabalhadores. Veja a foto abaixo na qual o trabalhador está usando um avental de raspa para proteção do tronco. O principal objetivo deste EPI, neste caso, é proteger o trabalhador caso haja a ruptura do disco da serra circular (risco mecânico partículas volantes). Ver a NR 06, Anexo I, item E.1. A letra b está ERRADA. Na verdade o empregador tem o dever de exigir o uso do EPI de seus empregados e o direito de puni-los caso estes se recusem a usa-los injustificadamente. Ademais o empregador somente poderá exigir o uso www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 118

de EPI certificado pelo MTE (SIT/DSST). Ver NR 06, item 6.6.1, b ; NR 01, item 1.8, b ; CLT, art. 158, b. A letra c está ERRADA. O prazo de validade do CA poderá ser de 5 anos, quando o EPI não for avaliado nos laboratórios vinculados ao SINMETRO ou pelo prazo estabelecido pelo laboratório vinculado ao SINMETRO que realizou os testes. Ver NR 06, item 6.9.1 Validade do CA 5 anos laboratórios desvinculados do SINMETRO Estabelecido pelo SINMETRO A letra d está ERRADA. A fiscalização quanto ao uso do EPI é de responsabilidade do empregador, uma vez que a norma determina que ele deverá fornecer o EPI adequado ao risco e exigir o seu uso. Ademais, é responsabilidade do órgão regional do MTE, por meio seu corpo fiscal, fiscalizar o uso do EPI e a qualidade dos mesmos durante uma ação fiscal. Caso os empregados não estejam fazendo uso dos EPIs recomendados ou os equipamentos fornecidos não possuam CA, o AF deverá lavrar o respectivo auto de infração. Ver NR 06, item 6.6.1, b e 6.11.2, a e c. A letra e está CORRETA. A concentração normal de oxigênio no ar atmosférico é de aproximadamente 20,9%. Concentrações de oxigênio inferiores a 18% representam perigo imediato para o homem, sendo necessário que os trabalhadores fazem uso de EPI que forneça o ar que eles irão respirar, por isso são chamados de adução de ar. Estes poderão ser do tipo autônomo ou por linha de ar comprimido. A diferença entre eles é que no tipo máscara autônoma o trabalhador entra no local com o suprimento de ar (cilindros de ar comprimido). Já no por linha de ar comprimido o suprimento de ar fica na superfície. Ver a NR 06, Anexo I, item D.3 D.4. www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 119

Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido Respirador de adução de ar tipo máscara autônoma Para Reflexão: "Perseverança é o trabalho duro que você faz depois de ter se cansado de fazer o trabalho duro que você já fez." Newt Gingrich www.pontodosconcursos.com.br Prof. Flávia Lorena Cardoso Lopes 120