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Assunto Especial Acórdão na Íntegra

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Dados Básicos. Ementa. Íntegra. Fonte: Tipo: Acórdão STJ. Data de Julgamento: 19/03/2013. Data de Aprovação Data não disponível

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 413.221 - RS (2002/0016558-0) RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA RECORRENTE : SADI RODRIGUES KAI E OUTRO ADVOGADO : GUSTAVO CERVO E OUTROS RECORRIDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROCURADOR : LORENA HAUSSEN DAMIANI E OUTROS EMENTA PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE DE TRABALHADORA RURAL. DESCABIMENTO. ÓBITO OCORRIDO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI 8.213/91. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Por força do princípio tempus regit actum, a lei que a rege a concessão de benefício por morte é aquela vigente quando da ocorrência do fato gerador, ou seja, a data do óbito do segurado. 2. In casu, quando do óbito, em junho/1990, a legislação vigente art. 298, parágrafo único, do Decreto 83.080/79 exigia, para concessão do benefício de pensão por morte ao cônjuge varão de trabalhadora rural, a comprovação de que a falecida esposa fosse chefe ou arrimo de família. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 3. Recurso especial conhecido e improvido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso, mas lhe negar provimento. Os Srs. Ministros Felix Fischer, Gilson Dipp e Laurita Vaz votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 28 de novembro de 2006 (Data do Julgamento) MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA Relator Documento: 665399 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/12/2006 Página 1 de 6

RECURSO ESPECIAL Nº 413.221 - RS (2002/0016558-0) RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA RECORRENTE : SADI RODRIGUES KAI E OUTRO ADVOGADO : GUSTAVO CERVO E OUTROS RECORRIDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROCURADOR : LORENA HAUSSEN DAMIANI E OUTROS RELATÓRIO MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA: Trata-se de recurso especial interposto por SADI RODRIGUES KAI e OUTRO, com fundamento no art. 105, III, "a", da Constituição Federal. Insurgem-se os recorrentes contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que não lhes reconheceu o direito à pensão por morte de trabalhadora rural, tendo em vista que a legislação vigente quando do óbito exigia, para concessão do benefício ao cônjuge varão, a comprovação de que a falecida esposa fosse chefe de família. O acórdão recorrido restou assim ementado (fl. 198): EMBARGOS INFRINGENTES. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE DE TRABALHADORA RURAL. ÓBITO ANTERIOR À LEI 8.213/91. Tendo o óbito da trabalhadora rural ocorrido anteriormente à edição da Lei 8.213/91, cumpre observar a legislação à época vigente que exigia ser a falecida esposa chefe ou arrimo da unidade familiar para a concessão do benefício de pensão por morte ao cônjuge. Nas razões de recurso especial, alegam os recorrentes contrariedade aos arts. 11, VII, 75 e 77 da Lei 8.213/91 e 4º da Lei 7.604/87, tendo em vista que, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, ficou assegurada a pensão por morte do segurado, seja ele homem ou mulher. Contra-razões às fls. 231/233. O recurso especial foi admitido pelo Tribunal de origem (fls. 238/239). É o relatório. Documento: 665399 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/12/2006 Página 2 de 6

RECURSO ESPECIAL Nº 413.221 - RS (2002/0016558-0) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE DE TRABALHADORA RURAL. DESCABIMENTO. ÓBITO OCORRIDO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI 8.213/91. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Por força do princípio tempus regit actum, a lei que a rege a concessão de benefício por morte é aquela vigente quando da ocorrência do fato gerador, ou seja, a data do óbito do segurado. 2. In casu, quando do óbito, em junho/1990, a legislação vigente art. 298, parágrafo único, do Decreto 83.080/79 exigia, para concessão do benefício de pensão por morte ao cônjuge varão de trabalhadora rural, a comprovação de que a falecida esposa fosse chefe ou arrimo de família. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 3. Recurso especial conhecido e improvido. VOTO MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA (Relator): Os recorrentes pretendem, com fundamento nos arts. 11, VII, 75 e 77 da Lei 8.213/91 e 4º da Lei 7.604/87, a concessão de benefício de pensão por morte de trabalhadora rural, ocorrida anteriormente à edição da Lei 8.213/91. Por força do princípio tempus regit actum, a lei que a rege a concessão de benefício por morte é aquela vigente quando da ocorrência do fato gerador, ou seja, a data do óbito do segurado. Nesse sentido: PREVIDENCIÁRIO - PENSÃO POR MORTE - DEPENDENTE DESIGNADO - LEGISLAÇÃO VIGENTE - LEI Nº 9.032/95. 1. A concessão do benefício previdenciário deve observar os requisitos previstos na legislação vigente à época da circunstância fática autorizadora do pagamento do benefício, qual seja, a morte do segurado. 2. Embargos de divergência acolhidos. (EREsp 193.387/RN, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, Terceira Seção, DJ 12/3/2001, p. 89) PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. PENSÃO POR MORTE. DEPENDENTE DESIGNADO ANTES DO ADVENTO DA LEI 9.032/95. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. LEI DE REGÊNCIA. A jurisprudência da Eg. Terceira Seção firmou entendimento no sentido de que o fato gerador para a concessão do benefício de pensão por morte deve levar em conta a data do óbito do segurado, observando-se, ainda, a lei vigente à época de sua ocorrência. A explicação deriva do fato de a concessão da pensão por morte estar atrelada aos requisitos previstos na legislação de regência no momento da morte do segurado, em obediência ao princípio tempus regit actum. Documento: 665399 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/12/2006 Página 3 de 6

Recurso conhecido e provido. (REsp 652.019/CE, Rel. Min. JOSÉ ARNALDO DA FONSECA, Quinta Turma, DJ 6/12/2004, p. 359) Quando da morte da segurada, em junho/90, a lei vigente art. 298, parágrafo único, do Decreto 83.080/79 exigia, para concessão do benefício de pensão por morte ao cônjuge varão de trabalhadora rural, a comprovação de que a falecida esposa fosse chefe ou arrimo de família. Com efeito, somente a partir da vigência da Lei 8.213/91, foi reconhecido ao cônjuge o direito à concessão do benefício independentemente de qualquer requisito. Destarte, não há falar em direito dos recorrentes à percepção do benefício de pensão por morte, tendo em vista que não restou comprovada nos autos a condição da segurada de arrimo ou chefe de família, requisito indispensável segundo a legislação vigente na data do óbito. O Supremo Tribunal Federal tem consolidado entendimento quanto à matéria, consoante se extrai dos seguintes julgados: DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no art. 102, III, "a", da Constituição Federal, contra acórdão assim ementado (fl. 207): "PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. PENSÃO POR MORTE DA ESPOSA TRABALHADORA RURAL. ÓBITO ANTERIOR Á LEI 8.213/91. No regime anterior à Lei 8.213/91 a mulher rurícola só era considerada segurada especial da Previdência Social se fosse chefe ou arrimo da família, falecendo ao homem direito à pensão por morte da esposa posto que não configurada tal condição." Alega-se violação aos artigos 5o, I, 201, V e 226, 5o, da Carta Magna. Esta Corte, no julgamento do RE 252.822-ED, 2a T., Rel. Ellen Gracie, DJ 22.08.03, firmou o seguinte entendimento: "PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO. EXTENSÃO AO VIÚVO. NECESSIDADE DE LEI ESPECÍFICA. DIREITO INTERTEMPORAL. PRECEDENTES. O óbito da segurada ocorreu antes do advento da Lei 8.213/91, que enumerou como dependente do segurado o cônjuge, marco de direito intertemporal prevalecente para a definição do regime jurídico a que está sujeita a concessão do benefício. (MS n.º 21.540, Rel. Min. Octávio Gallotti). Logo, não tem o agravante direito à percepção da pretendida pensão por morte. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento." Dessa decisão não divergiu o acórdão recorrido. Assim, sego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do CPC). (RE 352.831/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 13/9/2005.) DECISÃO: - Vistos. O acórdão recorrido, em ação sob o procedimento ordinário, está assim ementado: "EMBARGOS INFRINGENTES. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE DE TRABALHADORA RURAL. ÓBITO ANTERIOR À LEI 8.213/91. Tendo o óbito da trabalhadora rural ocorrido anteriormente à edição da Lei 8.213/91, cumpre observar a legislação à época vigente que exigia ser a falecida esposa chefe ou arrimo da unidade Documento: 665399 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/12/2006 Página 4 de 6

familiar para a concessão do benefício de pensão por morte ao cônjuge" (art. 166). Daí o RE, interposto por MANOEL DOS SANTOS, sustentando-se, em síntese, a aplicabilidade imediata do princípio da isonomia, independente de lei ordinária, a teor dos arts. 5º, I ; 201, V; e 226, 5º, da Constituição Federal. Admitido o recurso, subiram os autos, que me vieram conclusos no dia 20 do corrente mês. Decido. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 204.193-RS, por mim relatado, "D.J." de 13.6.2001, decidiu que a extensão automática da pensão ao viúvo, em decorrência do falecimento da esposa-segurada, assim considerado aquele como dependente desta, exige lei específica, tendo em vista as disposições inscritas no art. 195, caput, e seu 5º, e art. 201, V, da Constituição Federal. No mesmo sentido: RE 214.185-RS, "DJ" de 19.9.2001; RE 203.286-RS, "DJ" de 19.9.2001; RE 204.505-RS, "DJ" de 17.9.2001; RE 209.439-RS, "DJ" de 10.9.2001, Relatora a Ministra Ellen Gracie. Assim posta a questão, forte no precedente indicado, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do C.P.C.). (RE 352.719/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 30/10/2002) No mesmo sentido é o posicionamento desta Corte: AG 754.654/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJ 10/5/2006. Ante o exposto, conheço do recurso especial e nego-lhe provimento. É o voto. Documento: 665399 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/12/2006 Página 5 de 6

CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA TURMA Número Registro: 2002/0016558-0 REsp 413221 / RS Números Origem: 14229 199904010497350 279619 8115 PAUTA: 28/11/2006 JULGADO: 28/11/2006 Relator Exmo. Sr. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. LINDÔRA MARIA ARAÚJO Secretária Bela. LARISSA GARRIDO BENETTI SEGURA (em substituição) AUTUAÇÃO RECORRENTE : SADI RODRIGUES KAI E OUTRO ADVOGADO : GUSTAVO CERVO E OUTROS RECORRIDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROCURADOR : LORENA HAUSSEN DAMIANI E OUTROS ASSUNTO: Previdenciário - Benefícios - Pensão - Por Morte CERTIDÃO Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: Relator. "A Turma, por unanimidade, conheceu do recurso, mas lhe negou provimento." Os Srs. Ministros Felix Fischer, Gilson Dipp e Laurita Vaz votaram com o Sr. Ministro Brasília, 28 de novembro de 2006 LARISSA GARRIDO BENETTI SEGURA (em substituição) Secretária Documento: 665399 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 18/12/2006 Página 6 de 6