Segurança alimentar e alimentos seguros

Documentos relacionados
AMOSTRAGEM E PREPARO DE AMOSTRAS PARA ANÁLISE DE MICOTOXINAS

RESOLUÇÃO ANVISA Nº 34, DE 1976 D.O.U. DE

Micotoxinas no Armazenamento de Grãos. Profa Giniani Dors

L 70/12 Jornal Oficial da União Europeia

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL SOBRE LIMITES MÁXIMOS DE AFLATOXINAS ADMISSÍVEIS NO LEITE, AMENDOIM E MILHO (REVOGAÇÃO DA RES.

Armazenamento e Beneficiamento de Grãos FER Amostragem dos Grãos

RESOLUÇÃO Nº 7, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2011(*) Dispõe sobre limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos.

SEMINÁRIO ARMAZENAMENTO E PREPARO DE GRÃOS PALESTRA: MICOTOXINAS

!"!#$! " %& '()* %%!+"$,%! %!,"-

Especificação Técnica Fecomix 425 Integral Farinha de Milho Inteiro

Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. (Publicada no DOU nº 37, de 22 de fevereiro de 2011)

RESOLUÇÃO Nº 7, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2011(*) Dispõe sobre limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos.

Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. (Publicada em DOU nº 37, de 22 de fevereiro de 2011)

Amostragemde Matéria-Prima para Controlede Qualidade

As micotoxinas e a segurança alimentar na soja armazenada

Especificação Técnica Sabmix Sabugo Moído

Análise de Alimentos. Prof. Tânia Maria Leite da Silveira

ASPECTOS REGULATÓRIOS DO BRASIL E CODEX LIGIA LINDNER SCHREINER

Jornal Oficial da União Europeia L 364/25

Perguntas Frequentes sobre SPC. Índice 1 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO 2 - COMO AVALIAR A QUALIDADE DA PROTEÍNA DO SPC?

AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE PREPARO DE AMOSTRA DE AMENDOIM in natura PARA ANÁLISE DE AFLATOXINAS

DIÁRIO DA REPÚBLICA SUMÁRIO. Quinta-feira, 2 de Março de 2006 Número 44 I A. Ministério dos Negócios Estrangeiros

Modelagem e Análise de Sistemas - COS767

08/11/2015 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE. Amostragem, preparo de amostra e tratamento de dados INTRODUÇÃO

Teste de hipóteses. Testes de Hipóteses. Valor de p ou P-valor. Lógica dos testes de hipótese. Valor de p 31/08/2016 VPS126

QUÍMICA DA MADEIRA AMOSTRAGEM E PREPARO DA MADEIRA PARA ANÁLISE QUÍMICA PROF. DR. UMBERTO KLOCK

PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES

Disciplina Metodologia Analítica QUI102 1 semestre AULA 01 (parte B) Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos

LAN 2740 INSPEÇÃO DA QUALIDADE. Inspeção para aceitação Planos de amostragem

Alimentos para consumo humano (BRASIL):

OCORRÊNCIA DE MICOTOXINAS EM MASSAS ALIMENTÍCIAS

Disciplina Metodologia Analítica QUI102 I semestre AULA 01 (parte B) Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos

Área de Atividade/Produto Classe de Ensaio/Descrição do Ensaio Norma e/ou Procedimento

RESOLUÇÃO RDC N 7, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2011

Bioestatística Aula 4

1. A amostragem. 1.1.Princípios gerais

Workshop de Laboratórios Sindirações / MAPA Análises de Vitaminas. Novembro 2017

DISCIPLINA MICOTOXICOLOGIA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA VETERINÁRIA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA COCO CHIPS QUEIMADO

APLICAÇÃO DE CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA RECEBIDA E PROCESSADA EM INDÚSTRIA DE RAÇÕES 1

PORTARIA Nº 691 DE 22 DE NOVEMBRO DE 1996.

Estimação parâmetros e teste de hipóteses. Prof. Dr. Alberto Franke (48)

Conselho da União Europeia Bruxelas, 13 de julho de 2015 (OR. en)

CE219 - Controle Estatístico de Qualidade

02/05/2016 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE ANÁLISE DE ALIMENTOS

Controlo da Qualidade em Vinhos

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo. Variáveis Aleatórias Contínuas

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento D034437/03 - Anexo 1.

Análise química do solo: amostras para análise

Controle de Qualidade em Fábrica de Rações. Luciano Hauschild Maio 2012

BIOESTATÍSTICA AULA 4. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT

Copyright Biostrument, S.A.

Comunicado Técnico. Coleta e Envio de Amostras para Análise de Composição no Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal

Planejamento e Otimização de Experimentos

ERROS E TRATAMENTO DE DADOS Prof. Marcelo R. Alexandre

17/04/ PLANO DE AMOSTRAGEM - CONTROLE DE PROCESSO AMOSTRAGEM OBJETIVOS: PLANO DE AMOSTRAGEM. O que deve ser analisado PARA REALIZAR AMOSTRAGEM

Definição. RDC 17: 16 de abril de Validação de metodologia analítica

Aula S03: Validação em Análises Ambientais

Tamanho de amostra para estimação de medidas de tendência central de caracteres de tremoço branco

Amostragem. Prof. Tânia Maria Leite da Silveira

Perfil da Contaminação com Aflatoxina entre Embalagens de Produtos de Amendoim 1

LEGISLAÇÃO SOBRE MICOTOXINAS BRASIL

Jornal Oficial da União Europeia L 143/3

Química Analítica Conceitos Fundamentais

EFEITO DA SALINIDADE SOBRE O CRESCIMENTO EM PLANTAS JOVENS DE MILHO (Zea mays L.)

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Teores de ocratoxinas em milho armazenado com palha na região Central de Minas Gerais

Disciplina Metodologia Analítica QUI102 1 semestre AULA 01 (parte B) Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos

ANÁLISE DE AFLOTOXINA EM FARELO DE MILHO. PAIVA, Maria. Victória.¹; PEREIRA, Camila. Mello.²

SPECIALTY COFFEE ASSOCIATION OF AMERICA

QUANTIFICAÇÃO DE GIBERELA NA PRÉ-COLHEITA E EM ETAPAS DO BENEFICIAMENTO DE SEMENTES DE TRIGO

Problemas de micotoxinas nos grãos e os novos limites toleráveis na cadeia alimentar

QUÍMICA ANALÍTICA V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

Engenharia da Qualidade. Unidade 3 Inspeção por Amostragem para Aceitação Prof. Luciana Rosa Leite

CONTAMINAÇÃO POR AFLATOXINAS EM MILHO UTILIZADO NA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS

Produtividade: Interação entre Adubação Fosfatada de Pastagens e Suplementação Mineral

Planejamento e Otimização de Experimentos

Prof. Eduardo Bezerra. 6 de abril de 2018

Validação: o que é? MOTIVOS PARA VALIDAR O MÉTODO: MOTIVOS PARA VALIDAR O MÉTODO: PROGRAMA DE SEGURANÇA DE QUALIDADE ANALÍTICA

Número de animais nas propriedades Região Média N Castro Minas Gerais Goiás Toledo Santa Catarina RMC Média

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO PORTARIA Nº 795 DE 15 DE DEZEMBRO DE 1993


As micotoxinas e a segurança alimentar na soja armazenada Micotoxins and food safety in soybeans storage

Considerações Estatísticas Sobre os Testes de Pureza Genética em Milho e Sorgo

Avaliação da qualidade de silagem e grãos de milho usando equipamento de análise química olfativa znose (Nariz Eletrônico)

Introdução ao Planejamento e Análise Estatística de Experimentos 1º Semestre de 2013 Capítulo 3 Introdução à Probabilidade e à Inferência Estatística

Inspeção de Qualidade

Cálculo das Probabilidades e Estatística I

REGULAMENTOS Jornal Oficial da União Europeia L 197/1. (Atos não legislativos)

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

DETERMINAÇÃO DE ZEARALENONA EM MILHO ARMAZENADO EM PROPRIEDADES FAMILIARES DA REGIÃO CENTRAL DE MINAS GERAIS

DEFININDO AMOSTRA REPRESENTATIVA. POPULAÇÃO: Qualquer tipo de grupo de pessoas, organizações, objetos ou eventos que queremos estudar.

Contaminantes microbianos do cacau: aspectos de saúde pública do cacaueiro até o chocolate

DA PADRONIZAÇÂO DOS GRUPOS E SUBGRUPOS

Planos de Amostragem para análise microbiológica de

Amostragem de solo para análise microbiológica

Transcrição:

AMOSTRAGEM PARA ANÁLISE E DETERMINAÇÃO DE MICOTOXINAS EM PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL

Segurança alimentar e alimentos seguros Eliene Alves dos Santos Fiscal Agropecuário (IMA) - MASP 969101-5 Acordo de Cooperação Técnica 21000.002461/2006-91 Lacqsa/Lanagro-MG Outubro - 2009

Segurança a como Fator de Qualidade QUALIDADE cor sabor consistência tamanho aspecto nutrição SEGURANÇA Controle de perigos químicos, físicos e biológicos

SEGURANÇA : Controle de perigos químicos, físicos e biológicos Micotoxinas Substâncias químicas produzidas naturalmente por fungos. Ocorrem em alimentos sob certas condições de umidade e temperatura. Podem ocorrer no campo, durante o transporte e armazenamento (Solimanet al., 2002). Causam sérios problemas a saúde humana e de animais (Miccoetal., 1989).

Controle de perigos químicos, físicos e biológicos Micotoxinas Aflatoxinas Ocratoxina Zearalenona Fumonisinas Desoxinivalenol Patulina...

Controle de perigos químicos, físicos e biológicos Países com e sem regulamentos para micotoxinas F A O 2 0 0 3 6

Controle de perigos químicos, físicos e biológicos Limites para micotoxinas Exemplos: EU: 2 µg/kg para B 1 e 4 µg/kg de total Brasil: Limite máximo de 30µg/kg para aflatoxinas B 1 + G 1 em produtos para consumo humano, segundo Resolução nº 34/76, MS/CNNPA, publicada no Diário Oficial da União em 19/01/77, Seção 1, Parte V. Limite máximo de 50 µg/kg para aflatoxina total (B 1, B 2, G 1 e G 2 ) em produtos para consumo animal, segundo Portaria MA/SNAD/SFA, nº 07, de 09/11/88, publicada no Diário Oficial da União em 14/11/88. Mercosul (25/02): 20 µg/kg para aflatoxina total (B 1, B 2, G 1 e G 2 ) em amendoim, milho e derivados. 7

O estabelecimento de limites pressupõe a disponibilidade de planos de amostragem e de métodos analíticos

Distribuição das micotoxinas

Distribuição das micotoxinas não homogênea homogênea

Distribuição das micotoxinas Evento raro Lote = 10 ppb Proporção = 3/10.000 = 0.03%

Distribuição das micotoxinas Alimentos não processados heterogênea (FAO, 1993; Whitaker, 1996) Distribuição binomial (milho, amendoim, nozes de árvores) Binomial Negativa (castanha-do-brasil) Weibel Lognormal (café) Gamma Depende de fatores como composição do produto, tamanho, safra, condições climáticas e outros.

Distribuição das micotoxinas Avaliação da contaminação do lote Lote (25 000 kg) (µg/kg) =? Amostra (? kg) (µg/kg) Lote (µg/kg)(ppb) = amostra ppb? Amostra ppb Limite?

Distribuição das micotoxinas Avaliação da contaminação do lote Amostra (? kg) Lote (25 000 kg) (µg/kg) =? 1000 25kg (µg/kg) 100000 250g (µg/kg) 250 1g (µg/kg) Lote (ng/g)(ppb) = 10-9g de toxina em 1g de amostra

Distribuição das micotoxinas Aflatoxinas Amostras (5 kg) Moinho do USDA 275 g sub-amostra análises por TLC 0 0 0 0 3 13 19 41 43 69 Contaminações determinadas (µg/kg) Variabilidade dos resultados Apresentação realizada por Thomas Whitaker USDA/ARS em Belo Horizonte em 16-06-2004, workshop de amostragem em café: Sampling Agricultural Commodities for Mycotoxins

0,11 0,52 0,55 0,76 1,06 Distribuição das micotoxinas 1,23 Aflatoxinas Amostra: 200kg Média (µg/kg) =18,12 Mediana (µg/kg) = 5,15 CV (%) = 124,4 Valor mínimo (µg/kg) = 0,11 Valor máximo (µg/kg) = 100,93 Variância observada = 612,59 1,25 1,74 17,17 2,06 4,33 5,96 Contaminações determinadas (µg/kg) Variabilidade dos resultados Lote : 4000kg 21,55 19,33 100,93 40,38 30,93 39,26 38,11 35,21 16

0,00 0,00 Aflatoxinas distribuição Afla total 0,00 0,00 0,00 Lote 25: 4000kg Amostra: 200kg Média (µg/kg) = 4,48 Mediana (µg/kg) = 0,00 CV (%) = 868,4 Valor mínimo (µg/kg) = 0,00 Valor máximo (µg/kg) = 88,23 0,00 Variância observada = 388.60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 88,23 0,81 0,00 0,62 0,02 0,00 Contaminações determinadas (µg/kg) 17 Variabilidade dos resultados

Micotoxinas - DISTRIBUIÇÃO Variabilidade entre os resultados dos testes Grande Aumenta com a contaminação do lote DON (trigo), afla (milho e amendoim), FB (milho) e OTA (café) Mais resultados abaixo da contaminação esperada para o lote - mediana < media (Risco do comprador) 18

AFLATOXINAS - DISTRIBUIÇÃO Amostras (5 kg) Moinho do USDA 275 g sub-amostra análises por TLC 0 0 0 0 3 13 19 41 43 69 Contaminações determinadas (µg/kg) Média = 18,8µg/kg mediana = 8 µk/kg 19

Aflatoxinas distribuição Afla total É impossível determinar a verdadeira contaminação do lote devido à variabilidade associada com a amostragem, preparo das amostras e amostragem

Conseqüência da variabilidade dos resultados Bons Ruins Lotes aceitos Lotes aceitos x (Risco do comprador) Lotes bons rejeitados x (Risco do vendedor) Lotes ruins rejeitados 0 Limite µg/kg 21

Erros na determinação de micotoxinas amostragem - 90% métodos analíticos - 10% Erro total ERRO TOTAL Erro de amostragem Amostragem de amostra Erro Análise Analítico de Sub- Erro Preparo Sub- Lote Amostra amostra Sub amostragem Análise 90% 10% (Whitaker e Park, 1994) 22

Fontes da variabilidade Variância Total Variância Amostragem Variância Preparo de amostras Variância analítico Lote Amostra Preparação Análises ppb (µg/kg) 23

Plano de amostragem O plano de amostragem projetado deve definir os critérios de aceitação do lote em relação a uma probabilidade determinada (normalmente 95%) característica estatística de desempenho ou de uma curva operação característica 24

Plano de amostragem Conjunto de procedimentos planejados Limites de aceitação e rejeição de lotes Procedimento teste para micotoxinas amostragem preparo de amostra método analítico 25

Procedimentos planejados Composto de 5 estágios a- seleção do lote b- Retirada da amostra Acceptance Probability 1 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 C C g = Acceptable C a = C g False Positives C > C g = Unacceptable False Negatives 0.2 0.1 c- Preparo: moagem/ pasta (~20 mesh) d - Análises e quantificação 0 0 10 20 30 40 50 60 Aflatoxin Concentration (C) - ppb e - Avaliação estatística 26

Design de Nested, desbalanceado, para amostragem Lote 1 Lote i Lote n Amostras 1,3,5,,x-1 Moagem Amostras 2,4,6,,x Moagem Subamostra 1 Extrato Subamostra 2 Extrato Subamostra 1 Extrato Aliq 1 Aliq 2 Aliq 1 Aliq 1 27

Dados de análises Medida da variância relativa ao processo de amostragem Medida de variância relativo ao preparo Medida da variância relativa a análise Variância total do processo 28

Teoria estatística Avaliação do modelo 29

Castanha-do-brasil sem casca 1 0.9 0.8 Probability of Obtaining x or 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 Lot 10 Shelled Brazil Nuts N=20, Mean = 1.01 Obs Variance = 2.893 Sample: 10 kg (ns = 1,850) Observed Cg025Pred Ln2Pred NbPred 0 0 1 2 3 4 5 6 7 Sample Aflatoxin Concentration - x (ppb) 30

Castanha-do-brasil sem casca Distribuição de aflatoxina total em castanha-do-brasil sem casca Gama Composta Binomial Negativa Lognormal 31

10000 Aflatoxina Total Lots > 0,39 µg/kg Fitted by GLM, log Variância da amostra castanha-do-brasil 1000 Variância da amostra - ss 2 100 10 1 s s 2 = 4,8616C 1,889 R = 0,80 0,1 0,1 1 10 100 32 32 Afla total µg/kg

Variância do preparo da amostra castanha-do-brasil 10 Aflatoxina Total Lotes > 0,39 µg/kg Fitted by GLM, log Variância do preparo da amostra ss s 2 1 0,1 0,01 s ss 2 = 0,0306C 0,632 R = 0,24 0,001 0,1 1 10 100 33 Aflatoxina total (µg/kg)

Variância do preparo da amostra castanha-do-brasil Aflatoxina Total Lotes > 0.39 µg/kg Fitted by GLM, log Variancia Analitica - sa2 10 1 0.1 0.01 s a2 = 0,0164C 1,117 R = 0,43 0.001 0.0001 0.1 1 10 100 Aflatoxina total (µg/kg) 34 34

Probabilidade de aceite 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 Plano de amostragem Curva operacional para aflatoxinas em milho Lotes ruins aceitos - Risco do Comprador Risco do vendedor Lotes bons rejeitados 0 10 20 30 40 50 60 Concentração de aflatoxina no lote (µg/kg) 1 kg 5 kg 20 kg Limite 35

100 90 80 70 Plano de amostragem Curva operacional para aflatoxinas em castanha-do-brasil sem casca DFP - Shelled Brazil Nuts BN (0.39) Laboratory Sample Size Noted Slurry Grind 100 g, 50 g Test Portion Analysis, 1 Aliquot, 22% Reproducibility RSD Maximum Level = 20 Total Aflatoxin (ug/kg) Accept/Reject Limit = 20 (ug/kg) Accept Probability (%) 60 50 40 6 5 4 1 2 1-1x20 kg < 20 ug/kg 2-1x30 kg < 20 ug/kg 3-1x40 kg < 20 ug/kg 4-2x20 kg < 20 ug/kg 5-2x10 kg < 20 ug/kg 6-3x10 kg < 20 ug/kg 30 20 10 Maximum Limit 3 0 0 20 40 60 80 100 120 140 Lot Aflatoxin Concentration (Total ug/kg) 36

Accept Probability (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Plano de amostragem Curva operacional para aflatoxinas em castanha-do-brasil sem casca 5 Maximum Limit 4 DFP - Shelled Brazil Nuts BN (0.39) Laboratory Sample Size Noted Slurry Grind 100 g, 50 g Test Portion Analysis, 1 Aliquot, 22% Reproducibility RSD Maximum Level = 15 Total Aflatoxin (ug/kg) Accept/Reject Limit = 15 (ug/kg) 1 3 2 1-1x20 kg < 15 ug/kg 2-1x30 kg < 15 ug/kg 3-1x40 kg < 15 ug/kg 4-2x20 kg < 15 ug/kg 5-3x10 kg < 15 ug/kg 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Lot Aflatoxin Concentration (Total ug/kg) 37

Plano de amostragem Curva operacional para aflatoxinas em castanha-do-brasil sem casca 100 90 80 70 Export BN (0.39) Laboratory Sample Size Noted Slurry Grind 100 g, 50 g Test Portion Analysis, 1 Aliquot, 22% Reproducibility RSD Maximum Level = 10 ng/g Total Aflatoxin Accept/Reject Limit = 10 ug/kg Accept Probability (%) 60 50 40 30 20 10 Maximum Limit 3x10 kg 4x10 kg 2 x10 kg 1x10 kg 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Lot Aflatoxin Concentration (Total ug/kg) 38

Redução dos riscos Procedimento Variância 5 kg 521,4 Subamostra 250g M1 59,2 TLC 1 alíquota 50,1 Total 630,7 2o kg 130,4 Subamostra 100g M2 25,5 HPLC 1 alíquota 20,1 Total 176,0 39

Método de amostragem Conjunto de procedimentos planejados que permitem fazer a tomada de amostras REPRESENTATIVAS de um determinado lote ou sublote; Indica o número, a massa e a frequência dos incrementos a serem retirados em cada amostragem 40

Amostragem LOTE (t) Quantidade de produto com características definidas sob condições essencialmente iguais Incrementos (g) Quantidade de produto retirada em um só ponto do lote ou sublote para formar a amostra global Amostra global (kg) Formada pela totalidade dos incrementos colhidos em um lote ou sublote Laboratório Amostra de trabalho (kg) Formada a partir da amostra global, podendo ser igual a esta 41

Amostragem Retirada da amostra Representativa Aleatória Chance igual Não tendenciosa 42

Amostragem Lote apresentar as condições necessárias; Incrementos devem ser retirados de vários pontos cobrindo completamente o lote; Equipamentos apropriados 43

Armazenamento e amostragem de café para análise de ocratoxina A 44

45

Amostragem em big bag 46

Amostragem Os caladores ou coletores de incrementos deverão ser definidos de acordo com o local da coleta, o tipo de grão e deverão ser adequados para coletar incrementos (g). Atingir o máximo de profundidade. 47

Amostragem Cálculo da frequência de amostragem Verificar Massa do lote Massa da amostra global Massa do incremento 48

Freqüência da amostragem Lotes: sacas, caixas, big bags, etc. Calcular a freqüência da amostragem: (F)=Massa do lote (kg) X massa do incremento(kg) Amostra global(kg) X capacidade da embalagem(kg) Em que: F = freqüência de amostragem: indica a frequência ou intervalos regulares de amostragem ou o número de embalagens individuais das quais será colhido um incremento. As casas decimais serão arredondadas para o número inteiro mais próximo. Calcular o número de incrementos a serem retirados; 49

Exemplo: Lote = 25 toneladas de amendoim Massa do incremento = 200g Massa da amostra global = 20kg Capacidade da embalagem = 60kg F=Massa do lote (kg) X massa do incremento(kg) Amostra global(kg)xcapacidade da embalagem(kg) F= 25.000 kg x 0,200kg = 4,16 ~= 5 20kg x 60 kg a cada 5 sacos será retirado um incremento de 200g No final: 25.000 kg divididos por 60 kg = 416 sacos Dos quais 100 serão amostrados: 20 kg 50

Coleta das amostras de amendoim - IN 03 Mercado Interno e países do MERCOSUL anexo II Mercado Interno (varejo) anexo III Mercado Internacional (exceto MERCOSUL e União Européia) anexo IV União Européia anexo V

ANEXO II Critérios para amostragem de Lotes de Amendoim Destinados ao Mercado Interno e países do MERCOSUL Massa do lote Massa ou nº de sub-lotes Nº de incrementos Massa do increment o Massa da amostra global Massa mínima da amostra de trabalho Descascado Em casca 500 t 100 t > 100 e < 500 t 5 sub-lotes 25 e 100 t 25 t 100 200 g 20 kg > 15 e 25 t 1 sub-lote 5 kg 7 kg > 10 e 15 t - 80 16 kg > 5 e 10 t - 60 12 kg > 1 e 5 t - 40 8 kg 52

ANEXO III Critérios para amostragem de Lotes de Amendoim Destinados ao Mercado Interno (varejo) Massa do lote Nº de incremen tos Massa do incremen to Massa da amostra global Massa da amostra de trabalho sem casca com casca sem casca com casca sem casca com casca > 0,5 e < 1 t 30 6 8,1 5 7 > 0,2 e < 0,5 t > 0,1 e < 0,2 t 20 4 5,4 4 5 200 g 270 g 15 3 4,0 3 4 < 0,1 10 53 2 2,7 2 2,7

ANEXO IV Critérios para amostragem de Lotes de Amendoim Destinados ao Mercado Internacional (exceto MERCOSUL e União Européia) Massa do lote Massa ou nº de sub-lotes Nº de incrementos Massa do incremento (descascado) Massa da amostra global Massa da amostra de trabalho 500 t 100 t > 100 e < 500 t 5 sub-lotes 25 e 100 t 25 t 100 20 kg 20 kg > 15 e 25 t 1 sub-lote 200 g > 10 e 15 t - 80 16 kg 16 kg > 5 e 10 t - 60 12 kg 12 kg > 1 e 5 t - 40 8 kg 8 kg 54 1 t - 10 2 kg 2 kg

ANEXO V Critérios para amostragem de Lotes de Amendoim Destinados à União Européia Massa do lote 500 t Massa ou nº de sub-lotes 100 t > 100 e < 500 t 5 sub-lotes 25 e 100 t 25 t > 15 e 25 t 1 sub-lote > 10 e 15 t - Nº de incrementos 100 Massa do incremento Massa da amostra global 2 Massa da amostra de trabalho 30 kg 30 kg > 5 e 10 t - 80 24 kg 24 kg 300 g > 2 e 5 t - 60 18 kg 18 kg > 1 e 2 t - 40 12 kg 12 kg > 0,5 e 1 t - 30 9 kg 9 kg > 0,2 e 0,5-20 6 kg 6 kg > 0,1 e 0,2-15 4,5 kg 4,5 kg 0,1-10 3 kg 3 kg 1 Adaptada do Regulamento CE nº 401/2006 da Comissão Européia de 23/02/2006. 2 Nos casos de lotes vendidos a varejo, a massa da amostra global pode ser diferente. 55

Amostragem Coleta de incrementos Amostra global Mercado interno e MERCOSUL Homogeneização e fracionamento Amostra de trabalho Mercado externo (exceto MERCOSUL) Amostra global = amostra de trabalho Laboratório

Amostragem de lotes em movimento Lote em movimento (por exemplo em esteira) pode ser considerado estático se a amostragem for realizada no saco imediatamente após o ensacamento senão calcular mediante a vazão da esteira ou da quantidade que é ensacada ou processada por dia. 57

Preparo da amostra Preparo: moagem/pasta (~20 mesh) Pasta amendoim: água (1:1,5 v/v) Moagem 58

Preparo da amostra Moinhos Tipo Turrax 59

Preparo da amostra Moinhos 60

Preparo da amostra Moinhos Modelo Multiprocessadora de Alimentos Cutter Mixer (Linha UM) Capacidade aproximada Motor (rpm) Volt. Dimensões (cm) Larg. x Prof. Altura (cm) UM-12 12 l 7 kg Trifási 70 x 45 97 55 UM-25 25 l 15 kg ca 80 x 77 120 125 1750-3500 220 UM-44 44 l 27 kg ou 90 x 77 125 140 UM-130E 130 l 80 kg 380V 140 x 112 190 600 Peso (kg) 61

Análises e quantificação de micotoxinas nas amostras Extrato da amostra Suporte sólido Impureza Ampliação após passagem do extrato da amostra na IAC Anticorpo anti micotoxinas Micotoxinas Extração CLAE CCD Purificação Detecção quantificação Detecção quantificação 62

eliene.santos@agricultura. gov.br Rio de Janeiro Outubro de 2009 63