A INFLUÊNCIA DA CONDIÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA SOBRE A FLEXIBILIDADE EM CRIANÇAS DE 9 E 10 ANOS DE IDADE

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Transcrição:

A INFLUÊNCIA DA CONDIÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA SOBRE A FLEXIBILIDADE EM CRIANÇAS DE 9 E 10 ANOS DE IDADE Cassiane de Oliveira Guimarães Graduada em Educação Física pelo Unileste-MG Tasso Coimbra Guerra Mestre em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste-MG tc.guerra@uol.com.br RESUMO O presente estudo teve como objetivo, investigar através da comparação entre grupos, se há relação da condição socioeconômica com os níveis de flexibilidade em crianças de ambos os gêneros com idades entre 09 e 10 anos. A amostra foi composta por 222 crianças de diferentes classes econômicas, com idade entre 9 e 10 anos de ambos os gêneros, sendo a mesma selecionada aleatoriamente e submetidas a um questionário econômico, para identificação das classes sociais. O nível de flexibilidade foi avaliado através do Teste Sentar e Alcançar (JOHNSON; NELSON, 1979). O tratamento estatístico utilizado incluiu medidas de tendência central (Média) e dispersão (Desvio padrão) dos grupos, análise de variância (ANOVA One-Way) para determinar as diferenças entre as classes sociais e o Teste Post-Hoc de Tukey de Comparação Múltipla para localizar eventuais diferenças entre as classes, a um nível de significância de p< 0,05. A análise dos resultados mostrou que as médias obtidas entre as classes foram bem próximas, na qual Classe A (25cm), Classe B (24cm), Classe C (27cm) e Classe D (26cm), não apresentaram diferença significativa quanto ao nível de flexibilidade (F = 2,077 e p- value = 0,104). Conclui-se que de forma geral não foi evidenciada diferença significativa nos níveis de flexibilidades dos escolares divididos por classe socioeconômica, o que mostra neste estudo que não houve influência do nível socioeconômico sobre a variável analisada. Palavras-chaves: Flexibilidade, Nível Socioeconômico e Crianças. 1

ABSTRACT The present study had as objective, to investigate through the comparison among groups, relationships of the socioeconomic condition there are been with the levels of flexibility in children of both goods with ages between 09 and 10 years. The sample was composed by 222 children of different economical class, with ages between 9 and 10 years of both goods, being the selected same aleatoric and submitted to an economical questionnaire, for identification of the social classes. The level of flexibility was evaluated through the Test to Sit down-and-reach (JOHNSON; NELSON, 1979). THE used statistical treatment included measures of central tendency (Average) and dispersion (I Divert pattern) of the groups, variance analysis (ANOVA One-Way) to determine the differences between the social classes and the Test Post-Hoc of Tukey of Multiple Comparison to locate eventual differences among the classes, the a level of significance of p <0,05. the analysis of the results showed that the averages obtained among the classes they were very close, where Class THE (25cm), Class B (24cm), Class C (27cm) and Class D (26cm), they didn't present significant difference with relationship at the level of flexibility (F = 2,077 and p-value = 0,104). it is Ended that in a general way significant difference was not evidenced in the levels of the scholars' flexibilities divided by socioeconomic class, what shows in this study that there was not influence of the socioeconomic level on the analyzed variable. Key words: Flexibility, Socioeconomic Level and Children. INTRODUÇÃO Hollmann e Hettinger (1983), citados por Dantas (1995), definem flexibilidade como: Qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de provocar lesão. Ainda Johnson e Nelson, 1969, citado por Marins et al (1998), conceitua flexibilidade como sendo a habilidade de mover o corpo e suas partes dentro dos seus limites máximos sem causar danos nas articulações e nos músculos envolvidos. Ao se observar o grau de flexibilidade de uma articulação, verifica-se que diversos são os fatores que estão concorrendo para ele como: a mobilidade articular, que representa o grau de liberdade de movimento de uma articulação, a elasticidade, que está intimamente ligada ao estiramento elástico de componentes musculares; a plasticidade que se trata do grau de deformação temporária que estruturas musculares e articulações devem sofrer para possibilitar o movimento; e a maleabilidade que está relacionada a modificações das tensões parciais da pele fruto das acomodações necessárias no segmento considerado. Matthews e Fox (1983) citado por Dantas (1995), apresentam alguns fatores relativos às estruturas dos tecidos moles e sua contribuição para a limitação da flexibilidade: a Cápsula Articular 47%, Músculo 41%, Tendão 10%, Pele 2%; além da individualidade e tipo de movimento. Segundo Dantas (1998), a flexibilidade, e principalmente os itens maleabilidade da pele e elasticidade muscular, são poderosamente influenciados por alguns fatores, classificados como fatores endógenos influenciadores da flexibilidade. A idade: Quanto menor idade tiver o indivíduo, supõe-se uma maior 2

flexibilidade pela alta quantidade de tecido cartilaginoso na região articular. Os tendões e as fáscias musculares são particularmente susceptíveis de espessaremse devido à idade e à falta de exercício. Assim, quanto mais cedo iniciar o treinamento da flexibilidade maior serão as possibilidades de se atingir maiores arcos de mobilidade articular (Hollmann e Hettinger, 1983, citado por Contursi, 1986). Hollmann e Hettinger (1983), citados por Dantas (1995), sugerem que a mulher, por possuir tecidos menos densos é normalmente mais flexível que o homem. A individualidade biológica também é considerada um fator interveniente da flexibilidade, visto que o grau de flexibilidade de um movimento dependerá da estrutura óssea, do acúmulo de tecido circunvizinho e da elasticidade dos músculos cujos tendões cruzam a articulação. Outro grande influenciador da flexibilidade é o somatotipo, pesquisas apontam que a amplitude de movimento de flexão de pescoço, quadril e tronco é inversamente proporcional ao nível de endomorfina que a pessoa apresenta. Acredita-se que a gordura corporal apresenta uma correlação negativa com o grau de flexibilidade. Ainda não se sabe se existe uma correlação da flexibilidade com a altura, mas há uma grande percepção de que uma grande massa muscular pode, muitas vezes, impedir fisicamente a finalização de diversos movimentos. Assim como também o condicionamento físico, no qual a elasticidade do tecido muscular e de tecido conjuntivo é reduzida pela inatividade e os aumentos do tônus muscular são considerados fatores que possam vir a influenciar nos níveis de flexibilidade. A seguir serão listados os fatores exógenos influenciadores da flexibilidade. A hora do dia: Percebe se que ao acordar, todos os componentes plásticos do corpo estão em sua forma original, o limiar de sensibilidade dos fusos musculares estão mais acentuados devido às horas em que o organismo esteve deitado não sendo submetido à ação da gravidade no sentido longitudinal, mas sim no sentido transversal. Este fato pode provocar uma resistência aos movimentos de maior amplitude que por dependerem de um estiramento da musculatura e da execução de um arco articular expressivo, forçarão a deformação dos componentes plásticos envolvidos. Já por volta do meio-dia, estes fatores já foram contornados e a flexibilidade atinge seus níveis normais (WEINECK, 1986, citado por DANTAS, 1995). A temperatura ambiente: O frio reduz a elasticidade muscular com óbvios reflexos sobre a flexibilidade, devido ao fato de que o estímulo de frio atua sobre o sistema dos motoneurônios gama, o que acarreta o aumento do tônus muscular. Inversamente, a temperatura elevada acarreta um aumento da temperatura do corpo com o efeito inibitório sobre os motoneurônios gama e conseqüentemente o relaxamento da musculatura e aumento da flexibilidade. A flexibilidade também é poderosamente influenciada pelo exercício, que tanto provoca seu aumento quanto sua redução, sendo que exercícios leves visando aquecimento provocam o aumento da flexibilidade, já os exercícios intensos causam a fadiga muscular provocando assim uma diminuição da mesma. Por seu papel preponderante na capacidade motora do homem, a flexibilidade influenciará decisivamente em diversos aspectos da motricidade humana, dentre eles: a) Aperfeiçoamentos motores, que permitirão a realização de arcos articulares mais amplos. b) Eficiência mecânica, através do trabalho da flexibilidade promove a realização dos gestos desportivos, em faixas bastantes aquém do limite máximo do movimento, no qual a resistência é maior. 3

c) Profilaxia de lesões, apesar de ser um assunto muito controvertido e apesar de pessoas envolvidas com a atividade afirmarem que o aumento da flexibilidade reduz o risco, isto ainda não foi confirmado experimentalmente. Além dos três itens citados acima, Tubino (1979) citado por Contursi (1986), refere-se a um quarto item muito importante da flexibilidade. Tratam-se do condicionamento para uma melhoria na agilidade, velocidade e força. A criança, segundo Dantas (1995) possui muito maior capacidade de adquirir e manter altos graus de flexibilidade do que o adulto. Além disso, a aquisição desta, pela exploração dos arcos extremos de mobilidade, possibilita uma maior noção dos limites do corpo facilitando alcançar a consciência corporal, o que mais benéfico se torna quanto mais precocemente ela for obtida. A partir da terceira infância, que se trata da fase que vai dos 6/7 anos até o início da puberdade, é que por excelência, são adquiridos os níveis de flexibilidade que se possuirá ao longo da vida. Na etapa final da terceira infância, ocorrerá normalmente o início do surto pubertório, acarretando inúmeras alterações a nível hormonal, fisiológico e morfológico que irão provocar profundas modificações na biomecânica dos movimentos e na capacidade de estiramento dos músculos fazendo com que se observem drásticas influências sobre a flexibilidade. A utilização de exercícios de alongamento e flexibilidade, por explorar os limites máximos da capacidade individual de movimento, permite que o adolescente reaprenda aonde se situe suas fronteiras de movimentos, conduzindo a uma percepção de sua capacidade motora, passo inicial da consciência corporal. S Segundo Contursi, et al (1990) a flexibilidade é um componente da aptidão física que tem sido definida como relacionada com a saúde em oposição ao relacionamento com a habilidade, embora no caso da maioria das pessoas possa ser considerada importante em ambos os casos. A capacidade de movimentação de uma articulação suavemente através de um percurso total de movimento é certamente essencial para uma vida saudável. Existem diversos meios de se avaliar os níveis de flexibilidade, no entanto os principais testes existentes para a medição e avaliação da flexibilidade podem ser divididos, segundo Marins (1998), por três grandes grupos: angulares, lineares e adimensionais. Nos testes angulares são aqueles que possuem resultados expressos em ângulos (formados entre dois segmentos que se opõem na articulação). A medida dos ângulos é denominada goniometria, podendo ser feita por diferentes instrumentos. Os testes lineares são aqueles que se caracterizam por expressarem os seus resultados numa escala de distância, em centímetros ou polegadas. O de maior popularidade é o Teste Sentar-e-alcançar (JOHNSON; NELSON, 1979, citados por MARINS, 1998). Os testes adimensionais, a principal característica é a mensuração em que se interpretam os movimentos articulares, comparando-os com uma folha de gabarito, desta forma, os resultados não são expressos em unidades convencionais como ângulos ou centímetros. Sabe-se que a realização da atividade física regular é importante para a saúde, talvez fosse de suma importância também que a mesma se tornasse um hábito entre os indivíduos. Porém, acredita-se que diversos são os fatores que tendem a intervir nesta prática. Uma série de aspectos pode contribuir para que a atividade física esteja sendo praticada instintivamente por diversas classes sociais, 4

como a influência do esporte de alto rendimento, o papel da mídia, a cultura local, entre outros podem significar importantes pontos a considerar. Estudos como o de Duarte (1987), citado por Ferreira et al (1990), bem como Figueira et al, (1986), citado por Ferreira et al (1990), procuram investigar a influência do fator socioeconômico com os níveis de aptidão física. A quantidade de rendimentos, o nível educacional, a ocupação profissional, as desigualdades sociais, entre outros, são elementos que podem facilitar ou ainda dificultar o acesso aos serviços de saúde e similares bem como a prática de atividade física. Ao analisar os vários índices que compõem a aptidão física geral das crianças, é importante considerar os aspectos biológicos, assim como os psicosociais, além da condição socioeconômica que sugere ser um fator que tende a influenciar nos componentes da aptidão física. Sendo a flexibilidade um importante componente da aptidão física, estudos que investiguem a associação da condição socioeconômica com esta variável, podem ser importantes na possível determinação de causa e efeito, permitindo a proposição de ação corretiva, se necessário. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar através da comparação entre grupos, se há relação da condição socioeconômica com os níveis de flexibilidade em crianças de ambos os gêneros com idades entre 09 e 10 anos. METODOLOGIA Amostra Participaram do estudo 222 crianças, pertencentes a 3 distintas escolas da cidade de Ipatinga-MG, com idade entre 9 e 10 anos de ambos os gêneros, sendo as mesmas selecionadas aleatoriamente e submetidas a um questionário socioeconômico, para identificação das respectivas classes sociais (Classe A, Classe B Classe C e Classe D). Materiais e Métodos Foi utilizado como instrumento para a coleta de dados, o Teste Sentar e Alcançar Seat and Reach Test (JOHNSON; NELSON, 1979), com auxílio do Banco de Wells Caixa de madeira com 30,5 X 30,5cm, com um tampo de 56 cm, graduado com uma fita métrica, estando o ponto de apoio dos pés na marca de 23 cm, e um colchonete. Além de um questionário adaptado aos critérios de Classificação Socioeconômica da ANEP Associação Nacional de empresas de Pesquisa (2000), que permitiu a distribuição das classes correspondentes em até quatro níveis socioeconômicos, sendo estas: Classe A, Classe B, Classe C e Classe D. Procedimento Num primeiro momento do estudo foi encaminhada às escolas participantes, uma solicitação para a aplicação dos testes. Após autorização foram selecionadas as amostras aleatoriamente, e as mesmas receberam uma carta de autorização aos pais e ou responsáveis, juntamente com o questionário para classificação socioeconômica. 5

Num segundo momento, após a devolução da autorização e do questionário, foi aplicado o teste Sentar e Alcançar (JOHNSON; NELSON, 1979), com o auxílio do Banco de Wells. Foi seguida a seguinte instrução: as crianças sentadas, pernas estendidas e com os pés unidos apoiados na plataforma da caixa, descalços, com os braços estendidos à frente, estando uma mão sobreposta à outra, com os dedos médio unidos, realizaram o movimento de deslizar lentamente sobre a graduação tentando assim, atingir a distancia máxima.o avaliador para auxílio do teste manteve a mão apoiada nos joelhos das crianças, em função de evitar uma possível flexão das pernas. Foram permitidas três tentativas e anotada a melhor marca, em centímetros. Análise estatística Após a divisão da amostra em quatro classes, foram calculados, as médias e desvios padrões dos grupos. Na abordagem estatística utilizou-se da análise de variância (ANOVA One-Way) para determinar as diferenças entre as classes sociais em termos de flexibilidade, e o Teste Post-Hoc de Tukey de Comparação Múltipla para localizar eventuais diferenças entre as classes, a um nível de significância de p 0,05. Cuidados éticos O estudo foi realizado por meio de uma autorização dos diretores das respectivas escolas envolvidas, assim como dos voluntários, por meio de uma carta de autorização aos pais. Ao apresentarem-se como voluntários, os escolares foram informados quanto ao objetivo e aos procedimentos metodológicos do estudo. Todos os cuidados foram tomados no sentido de garantir a integridade todos os participantes, bem como para garantir o seu anonimato. RESULTADOS E DISCUSSÃO Objetivando uma maior compreensão deste estudo, os resultados serão apresentados e discutidos simultaneamente em relação aos tratamentos empregados. Inicialmente, na tentativa de melhor caracterizar a amostra são apresentadas as divisões por classes socioeconômicas (Tabela 1). Tabela 1 Distribuição das Classes Socioeconômicas Classe N % A 23 10,36 B 48 21,62 C 66 29,73 D 85 38,29 Total 222 100% 6

Através da tabela 1 pode-se perceber que, das três escolas selecionadas, foi possível categorizar quatro classes econômicas, sendo que (23) crianças pertencem à Classe A, (48) a Classe B, (66) a Classe C e (85) pertencentes à Classe D. Na Tabela 2 estão representados os resultados das médias, desvio padrão, valores mínimo e máximo encontrados nas quatro classes socioeconômicas, do Teste Sentar e Alcançar. Tabela 2 Média desvio padrão, mínimo e máximo dos valores de Flexibilidade nas diversas classes sociais. Classes N Média (cm) Desvio Padrão Mínimo (cm) Máximo (cm) A 23 25 7,5 8 38 B 48 24 6,1 11 36 C 66 27 6,4 11 38 D 85 26 5,6 13 39 29 28 Média dos Níveis de Flexibilidade 27 26 25 24 25 24 27 26 Classe A Classe B Classe C Classe D 23 22 Classes Sócio-Econômicas Figura 1 Comparativo entre as médias (cm) dos níveis de flexibilidade por Classes Socioeconômicas A figura 1 e tabela 3 apresentam o comparativo das médias dos níveis de flexibilidade, onde se pode perceber que a diferença encontrada não foi estatisticamente significativa. 7

Tabela 3 Análise de variância (ANOVA One-Way) Fonte de Graus de Soma dos Quadrado Variação Liberdade Quadrados Médio F p-value Entre grupos 3 236,178 78,726 2,077 0,104 Dentro dos grupos 218 8263,642 37,907 Total 221 8499,82 O fato das crianças do presente estudo estarem inseridas em diferentes classes socioeconômicas parece que de forma geral não foram suficientes para influir nos índices da flexibilidade (F = 2,077 e p-value = 0,104), o que está de acordo com outros estudos como Duarte (1987), citado por Ferreira et al (1990), que verificou o impacto do nível socioeconômico na aptidão física de escolares e também não encontrou diferença significativa, assim como Figueira et al, (1986), citado por Ferreira et al (1990) que comparou os níveis de aptidão física de escolares de Fortaleza(CE) e de São Caetano do Sul (SP), não encontrando diferenças significativas em seu estudo. Quanto ao padrão de prática de atividade física, que pode ter algum tipo de influência nos níveis de flexibilidade, pode-se citar Andrade et al. (1998), citado por Matsudo et al (1998) que compararam o padrão de atividade física de adolescentes do sexo feminino de 11 a 18 anos de regiões de alto (n: 159) e baixo (n: 89) nível socioeconômico do Estado de São Paulo. Os autores evidenciaram que 42,7% das adolescentes de baixo nível social e 64,3% de alto nível social reportaram ser regularmente ativas. Além disso, também não foi evidenciada uma diferença significativa do tempo gasto assistindo televisão por dia: 4,1 e 3,9 horas por dias nos grupos de baixo e alto nível social respectivamente. Segundo dados de Figueira Jr. et al. (1997), citado por Matsudo et al (1998), determinando as barreiras para a prática de atividades físicas em adolescentes e adultos residentes em região rural do Estado de São Paulo, os principais obstáculos nos adolescentes foram falta de equipamento e locais apropriados (50%), o desconhecimento (42%) e falta de tempo (61,5%). Segundo Malina (1988), o desempenho motor no teste aplicado - Teste Sentar e Alcançar Seat And Reach Test (JOHNSON; NELSON, 1979), aparentemente, é muito variado. Sendo assim, os resultados encontrados não descartam uma possível influência de outros fatores não controlados, tais como nível de habilidade motora e motivação do avaliado na execução do teste. Com o objetivo de analisar os níveis de flexibilidade por gênero e classes, através da tabela 4 e figura 2, estão representados os resultados das médias dos níveis de flexibilidade quanto às diferentes classes econômicas, comparando-se os resultados por gênero. 8

Tabela 4 Média dos níveis de flexibilidade quanto às diferentes classes e gêneros Resultado (cm) Classes Feminino Masculino A 27,0 21,4 B 24,3 24,4 C 28,7 25,6 D 25,9 26,6 Média dos Níveis de Flexibilidade (cm) 30 25 20 15 10 5 27,0 21,4 24,3 24,4 28,7 25,6 25,9 26,6 F M 0 A B C D Classes Econômicas Figura 2 - Comparativo entre as médias dos níveis de flexibilidade de ambos os gêneros e classes econômicas Como pode ser observado, ao se compararem os valores médios encontrados em meninos e meninas, os resultados apresentados não se mostraram estatisticamente significantes. Estes achados vão de encontro aos achados de Milne et al. (1976) que também não verificaram diferenças significativas entre os sexos utilizando o teste de sentar e alcançar. Finalmente, afim de verificar o atendimento aos critérios de saúde estabelecidos (PROESP-BR, 2004), classificou-se as crianças de cada grupo quanto ao resultado esperado por idade e gênero. 9

A tabela 5 apresenta o resultado por classe e gênero, onde se pode observar o número de crianças de cada grupo que obteve o resultado mínimo adequado. Tabela 5 - Distribuição dos escolares com níveis normais de flexibilidade ( 25cm), segundo PROESP (2004). Classes Feminino N Masculino N Total A B C D 9 12 22 30 4 14 22 28 13 (9%) 26 (19%) 44 (31%) 58 (41%) Como pode ser visualizado na tabela 5, tem se a distribuição por classe socioeconômica e gênero, dos escolares que atingiram níveis normais, ou ainda acima de ( 25cm) segundo PROESP (2004). Percebe-se que das 141 crianças que apresentaram seus níveis de flexibilidade iguais, ou acima de 25cm, a Classe A, obteve o menor número, com uma representação de apenas 9% do total. A Classe B teve 19%, enquanto as Classes C e D tiveram uma representação um pouco maior, sendo 31% e 41% respectivamente. Esse resultado permite interpretar que, apesar de não ter sido encontrada diferença significativa entre as classes, considerando-se a média por grupo, analisados individualmente, as classes C e D apresentam um maior número de crianças que atingiram os níveis normais ou acima dos 25cm. Recomendados pelo PROESP (2004). CONCLUSÃO Após a realização do Teste Sentar e Alcançar Seat and Reach Test (JOHNSON; NELSON, 1979), conclui-se que com relação aos índices de flexibilidade mínimo recomendado pelo PROESP (2004), as classes C e D obtiveram maior número de crianças com índices desejáveis. Percebe-se que as médias dos níveis de flexibilidade das Classes, resultaram em valores bem próximos, sendo os valores da Classe A (25cm), Classe B (24cm), Classe C (27cm) e Classe D (26cm). Portanto, conclui-se que o fato das crianças deste estudo, estarem inseridas em diferentes classes sociais, de maneira geral seus níveis de flexibilidade não apresentaram uma diferenciação significativa, o que estaria indicando que as diferenças socioeconômicas existentes entre a amostra, não foram suficientes para resultar em diferentes valores da variável analisada, onde (F = 2,077 e p-value = 0,104). 10

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