ecretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

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COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS

Transcrição:

ecretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Fundação Estadual do Meio Ambiente Diretoria de Gestão da Qualidade Ambiental Gerência de Monitoramento de Efluentes Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários na Bacia Hidrográfica do Rio Piranga Sumário Executivo Belo Horizonte 2015

2015 Fundação Estadual do Meio Ambiente Governo do Estado de Minas Gerais Fernando Damata Pimentel Governador Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SISEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SEMAD Luiz Sávio de Souza Cruz Secretário Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM Diogo Soares de Melo Franco Presidente Diretoria de Gestão da Qualidade Ambiental DGQA Irene Albernáz Arantes Diretora Gerência de Monitoramento de Efluentes GEDEF Ivana Carla Coelho Gerente Coordenação: Alessandra Jardim de Souza, Analista Ambiental Bióloga, Especialista em Estudos de Impacto Ambiental em uma Perspectiva Multidisciplinar Djeanne Campos Leão, Analista Ambiental Engenheira Civil, Especialista em Gestão Ambiental com Ênfase em Recursos Hídricos Evandro Florêncio, Analista Ambiental Biólogo, Mestre em Sustentabilidade Socioeconômica Ambiental Elaboração: Arley Cristiano de Andrade, Bolsista Fapemig Biólogo, Especialista em Gestão Ambiental de Resíduos Sólidos Julia Nunes Costa Gomes, Bolsista Fapemig Engenheira Ambiental, Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos Marcela França Rosa Severino, Bolsista Fapemig Engenheira Ambiental Raul Soares Peixoto, Bolsista Fapemig Biólogo, Mestre em Ecologia Conservação e Manejo da Vida Silvestre Renata Fabiane Alves Dutra, Bolsista Fapemig Engenheira Ambiental Vera Tainá Franco Vidal Mota, Bolsista Fapemig Bióloga, Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos Colaboradores: Alessandro Ribeiro Campos - Núcleo de Geoprocessamento Gilcele Cristina Silva Núcleo de Geoprocessamento Ficha catalográfica elaborada pelo Núcleo de Documentação Ambiental do Sisema F981p Fundação Estadual do Meio Ambiente. Plano para incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários na Bacia Hidrográfica do Rio Piranga: sumário executivo / Fundação Estadual do Meio Ambiente. --- Belo Horizonte: Feam, 2014. 71 p. 1. Esgoto sanitário. 2. Esgoto sanitário tratamento. 3 Bacia Hidrográfica do Rio Piranga. I. Título. CDU: 628.3

APRESENTAÇÃO Este sumário contém os principais resultados que compõem o Plano para Incremento do Percentual do Tratamento de Esgotos Sanitário da Bacia Hidrográfica do Rio Piranga PITE Piranga, realizado por bolsistas de Gestão em Ciência e Tecnologia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), por meio do convênio firmado com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM). O PITE Piranga está vinculado ao Projeto de Revitalização das Bacias do Rio Doce, Paraopeba, e Outras Bacias e Desenvolvimento dos Instrumentos de Gestão dos Recursos Hídricos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), somando os esforços empregados para identificação de demandas por ampliação e melhoria dos serviços de esgotamento sanitário no Estado. No ano de 2013, foram realizadas visitas aos municípios para coleta de dados primários juntamente com os gestores municipais e prestadores de serviços de esgotos. Foi então realizado o levantamento da atual situação do esgotamento sanitário, que considerou os seguintes fatores: atendimento por serviços de coleta e tratamento de esgotos nas sedes e distritos, identificação dos pontos de lançamento de esgotos, verificação dos prestadores de serviços, avaliação das condições operacionais, disposição de resíduos, programa de monitoramento e regularização ambiental das estações de tratamento de esgotos (ETE), conhecimento sobre os projetos de esgotamento sanitário, identificação das necessidades para captação de recursos, atendimento à Deliberação Normativa COPAM nº 128/2008, recebimento do ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos e situação frente à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. Os dados coletados em campo foram analisados juntamente com as informações disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sistema Integrado de Informação Ambiental (SIAM), Plano Diretor da Bacia, entre outros. Para auxiliar na avaliação conjunta e comparação da situação geral do esgotamento sanitário nos municípios, alguns indicadores foram agrupados em um índice denominado IQES Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário. Adicionalmente, foi realizada a estimativa da carga orgânica associada aos esgotos sanitários gerada e lançada pelos municípios na bacia, no cenário atual e em um possível cenário futuro, considerando a operação além das ETE em funcionamento atualmente, das ETE fora de operação, em obras e em projeto. Após a análise dos dados, identificação dos principais entraves para a gestão adequada do esgotamento sanitário e articulação com diversos atores do saneamento (profissionais de órgãos financiadores, companhias de saneamento, entidades federais e estaduais e gestores municipais), foram propostas diretrizes que permeiam as áreas de regularização ambiental, gestão municipal do saneamento e captação de recursos.

LISTA DE SIGLAS AAF Autorização Ambiental de Funcionamento BHRPG Bacia Hidrográfica do Rio Piranga CBH-Piranga Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Piranga CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente COPAM Conselho Estadual de Política Ambiental COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais DAE Departamento de Água e Esgoto DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio DN Deliberação Normativa ETE Estação de Tratamento de Esgoto FCE Formulário de Caracterização do Empreendimento FBP Filtro Biológico Percolador F.An Filtro Anaeróbio FEAM Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais FUNASA Fundação Nacional da Saúde GEDEF Gerência de Monitoramento de Efluentes (FEAM) GIPOM Gerência de Integração com as Políticas Municipais (IGAM) IBio AGB Doce Instituto Bioatlântica Agência de Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Doce IGAM Instituto Mineiro de Gestão das Águas IQES Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário Municipal LO Licença de Operação LOC Licença de Operação Corretiva NDG Núcleo de Geoprocessamento (FEAM) PAC Programa de Aceleração do Crescimento PCD Percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgotos declarado pelo município PERD Parque Estadual do Rio Doce PITE Plano para Incremento do Percentual de Tratamento dos Esgotos Sanitários PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico POF Percentual Operacional Final PTD Percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos declarado pelo município RevLO Revalidação da Licença de Operação SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgoto SEDRU Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana SES Sistemas de Esgotamento Sanitário SIAM Sistema de Informação Ambiental SISEMA Sistema Estadual do Meio Ambiente UASB Upflow Anaerobic Sludge Blanket (Reator Anaeróbio de Manta de Lodo e Fluxo Ascendente) UPGRH Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 2 1.1 Localização... 2 1.2 Enquadramento e qualidade dos corpos d água... 5 1.3 Agência e Comitê de Bacia... 6 2 DIAGNÓSTICO... 8 2.1 POPULAÇÃO URBANA QUE LANÇA ESGOTOS NA BHRPI... 8 2.2 PERCENTUAIS DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTOS... 15 2.3 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO... 18 2.4 Estações de tratamento de esgotos da UPGRH DO1... 21 2.4.1 Situação das estações de tratamento de esgotos... 21 2.4.2 Sistemas de tratamento empregados nas ETE... 24 2.4.3 Regularização ambiental das ETEs em operação... 25 2.5 ICMS Ecológico... 26 2.6 Atendimento à DN COPAM nº 96/2006... 27 2.7 Plano Municipal de Saneamento... 29 3 PROGNÓSTICO... 32 3.1 Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário Municipal... 32 3.1.1 Cálculo do IQES... 32 3.1.2 Aplicação do IQES nos municípios da UPGRH DO1... 35 3.2 Carga poluidora gerada e lançada na BHRPI... 43 4 DIRETRIZES... 56 5 REFERÊNCIAS... 65

1. INTRODUÇÃO 8

1 INTRODUÇÃO 1.1 LOCALIZAÇÃO A Bacia Hidrográfica do Rio Piranga está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Doce BHRD. A BHRPG está localizada entre os paralelos de 19 e 21 30 S e entre os meridianos de 42 e 44 W (CRUZ,2009), e possui uma área de 17.571,37 km². As UPGRH desta bacia são identificadas pela sigla DO, desta forma, BHRPG é referenciada pela sigla DO1 e constitui uma das 6 Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, sendo a segunda maior delas em termos de área. A UPGRH DO1 estende-se desde as nascentes do rio Piranga até as proximidades do Parque Estadual do Rio Doce PERD. É composta pelas bacias hidrográficas do rio Piranga propriamente dita, que ocupa uma área de 6.606 km², pela bacia hidrográfica do rio Carmo com área de 2.278 km², pela bacia do rio Casca com área de 2.510 km² e pela bacia hidrográfica do rio Matipó com 2.550 km². Acrescenta-se ainda a área incremental do rio Piranga, com 3.626 km², composta por áreas de drenagem de outros córregos de contribuição menos significativa, que drenam diretamente para o rio Doce. A UPGRH DO1 ocupa vários municípios localizados nas mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata e em microrregiões tais como Ponte Nova, Barbacena, Manhuaçu, Conselheiro Lafaiete e Viçosa. A população urbana dos seus 77 municípios representa 64% do total, cerca de 700 mil habitantes. Ressalta-se que a maior parte dos municípios possui menos de 10.000 habitantes. 2

Figura 1.1- Mapa UPGRH de Minas Gerais Fonte: IGAM, 2010 3

Figura 1.2 Delimitação da UPGRH DO1 e delimitações das bacias hidrográficas Fonte: CBH-Piranga, 2010 4

1.2 ENQUADRAMENTO E QUALIDADE DOS CORPOS D ÁGUA Um dos principais objetivos estabelecidos no Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce PIRH Doce, é o enquadramento das águas, já que apenas na UPGRH DO2 Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos do Rio Piracicaba, existe norma específica sobre o tema (CBH-PIRACICABA, 2010). Algumas ações já foram propostas para realização do enquadramento, onde se destacam os seguintes programas: P 62 Programa de Monitoramento de Recursos Hídricos (qualidade e quantidade); P 71 Programa de Implantação do Arranjo Institucional; e principalmente o P 61 Programa de Monitoramento e Acompanhamento da Implementação da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio Doce, onde está inserido o P 61.b Estudos Complementares para elaboração de proposta de enquadramento dos corpos d água (CBH-Doce, 2010a e 2010b). A proposta de enquadramento das águas da bacia do rio Doce foi considerada de alta relevância e urgência média na hierarquização de metas do PIRH Doce, portanto os principais afluentes e o curso principal do rio Doce, desde a confluência dos rios Piranga e Carmo foram analisados quanto ao enquadramento, porém ainda não foi possível a elaboração de uma proposta de enquadramento para ser adotada como norma (CBH-Doce, 2010c). Deste modo, atendendo a DN Conjunta COPAM/CERH nº 1/2008, consideram-se que os corpos d água da bacia sejam de Classe 2, enquanto não são enquadrados. O Projeto Águas de Minas do IGAM, responsável pelo monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas de Minas Gerais, possui 15 estações de amostragem na UPGRH DO1. No relatório referente ao primeiro trimestre de 2013 (IGAM, 2013), a qualidade das águas conforme o Índice de Qualidade das Águas (IQA), foi classificada como média em 12 (IQA entre 51,0 e 68,7), ruim em 2 (IQA entre 25,0 e 50,0) e boa em uma (IQA 71,8 e 79,8) estações de amostragem. E ainda, observaram-se que em vários pontos de monitoramento as concentrações de parâmetros de qualidade de água, incluídos ou não no IQA, excederam o limite máximo definido pela DN Conjunta COPAM/CERH nº 1/2008 (IGAM, 2013). Em nove estações, as concentrações de alumínio e ferro dissolvido violaram o valor limite máximo e em onze das quinze estações de monitoramento as concentrações de coliformes termotolerantes, Escherichia coli e manganês total estavam acima do limite estabelecido para 5

esses parâmetros. O IGAM estima que o lançamento de esgoto sanitário nos corpos d água, a presença de atividades do ramo da agropecuária, minerárias e silvicultura sejam os principais fatores envolvidos na presença desses organismos e metais no ambiente aquático, e portanto, são os principais motivos da degradação dos corpos hídricos da bacia. 1.3 AGÊNCIA E COMITÊ DE BACIA O CBH Piranga foi instituído através do Decreto Estadual nº 43.101, de 20 de dezembro de 2002, com base na Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 e de acordo com o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. De caráter normativo e deliberativo, o Comitê tem como finalidade a promoção, no âmbito da gestão de recursos hídricos, a viabilização técnica e econômico-financeira de programas de investimento e consolidação de políticas de estruturação urbana e regional, visando o desenvolvimento sustentável da referida bacia hidrográfica. Em 2011, foi eleita pela ANA, após edital público, o Instituto Bioatlânica (IBio) para exercer a função de Agência de Águas da Bacia do Rio Doce. O IBio AGB Doce fica responsável pela administração dos recursos arrecadados por meio da cobrança pelo uso da água por grandes usuários, como indústria e agricultores. Os recursos são aplicados integralmente na bacia onde foram gerados em projetos que contribuam para melhorias na qualidade e volume da água (IBIO, 2012). 6

2. DIAGNÓSTICO

2 DIAGNÓSTICO 2.1 POPULAÇÃO URBANA QUE LANÇA ESGOTOS NA BHRPI Inicialmente, os principais pontos de lançamento de esgotos tratado ou in natura na área urbana dos municípios (sede e distritos) que integram a Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos DO1 UPGRH DO1 foram georreferenciados e fotografados. O Núcleo de Geoprocessamento da FEAM plotou as coordenadas UTM em gráficos para identificar os pontos dentro e fora da unidade. Com auxílio dos dados populacionais disponibilizados pelo Censo do IBGE 2010 e pelos gestores ou prestadores de serviços, foi feita a distinção entre a população urbana que contribui ou não com o lançamento de esgotos na UPGRH DO1 (Figura 2.1 e Tabela 2.1). População urbana total dos 77 População urbana que lança na UPGRH DO1 454.967 519.095 475.396 Lançamento fora da UPGRH DO1 Lançamento de esgoto tratado 20.429 Lançamento de esgoto bruto Figura 2.1 Percentual da população perante o lançamento dos esgotos sanitários na UPGRH DO1 Na Figura 2.2, podem ser visualizados os pontos de lançamento mais representativos. Ressaltase que em alguns municípios não foram visitados os distritos muito distantes dos limites da bacia, tampouco as zonas rurais. Dos 77 municípios, 69 lançam parcial ou integralmente seus esgotos, tratados ou não, dentro da área da bacia. A partir deste levantamento, considerou-se para os cálculos de população da UPGRH DO1 apenas o número de habitantes da área urbana que contribuem com o lançamento de esgotos dentro da bacia. Na área urbana dos municípios de Carandaí, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Entre Folhas, Jaguaraçu, Mercês, Ouro Branco e Timóteo não foram identificados pontos de lançamento na UPGRH DO1, portanto tais municípios não foram considerados nas análises da situação do esgotamento sanitário da bacia. Já os municípios de Ouro Preto, Ressaquinha, São Domingos do Prata, São Geraldo e Ubá lançam seus esgotos apenas parcialmente na UPGRH DO1, e portanto considerou-se nos cálculos apenas a parcela da população que contribui com o lançamento na bacia. 8

Município Tabela 2.1 População urbana da sedes/ distritos que lançam esgotos domésticos na UPGRH DO1 População urbana total (IBGE, 2010a) Identificação do distrito/sede que lança na UPGRH DO1 Pop. urbana total que lança na bacia (IBGE, 2010a) Percentual Abre Campo 7 281 Abre Campo Granada 7 281 100,0% Acaiaca 2 553 Acaiaca 2 553 100,0% Abreus Alto Rio Doce 5 070 Alto Rio Doce Missionário Vitorinos 5 070 100,0% Alvinópolis 11 433 Alvinópolis Major Ezequiel 8 894 77,8% Amparo do Serra 2 642 Amparo do Serra Padre Felisberto 2 642 100,0% Araponga 3 041 Araponga Estêvão de Araújo 3 041 100,0% Barra Longa 2 313 Barra Longa Bonfim da Barra 2 313 100,0% Bom Jesus do Galho Bom Jesus do Galho 10 024 Passa Dez Quartel do Sacramento Revés do Belém 10 024 100,0% Brás Pires 2 223 Brás Pires 2 223 100,0% Cajuri 2 096 Cajuri Paraguai 2 096 100,0% Canaã 1 859 Canaã 1 859 100,0% Capela Nova 2 132 Capela Nova 2 132 100,0% Caputira 3 779 Caputira 3 779 100,0% Caranaíba 1 176 Caranaíba 1 176 100,0% Carandaí 18 205-0 0,0% Caratinga 70 474 Dom Lara Sapucaia 1 259 1,8% Catas Altas da Noruega 1 429 Catas Altas da Noruega 1 429 100,0% Cipotânea 3 014 Cipotânea 3 014 100,0% Coimbra 5 156 Coimbra 5 156 100,0% Conselheiro Lafaiete 111 266-0 0,0% Córrego Novo 2 038 Córrego Novo 2 038 100,0% Cristiano Otoni 4 156-0 0,0% Desterro do Melo 1 390 Desterro do Melo 1 390 100,0% Diogo de Vasconcelos 1 099 Diogo de Vasconcelos 1 099 100,0% Baixa Verde Dionísio 7 165 Conceição de Minas Dionísio 7 165 100,0% Divinésia 2 175 Divinésia 2 175 100,0% Dom Silvério 4 058 Dom Silvério 4 058 100,0% Dores do Turvo 2 030 Dores do Turvo 2 030 100,0% Entre Folhas 3 889-0 0,0% Ervália 9 470 Ervália 9 470 100,0% Guaraciaba 3 218 Guaraciaba 3 218 100,0% Itaverava 2 565 Itaverava Monsenhor Isidro 2 565 100,0% 9

Município Tabela 2.1 População urbana da sedes/ distritos que lançam esgotos domésticos na UPGRH DO1 População urbana total (IBGE, 2010a) Identificação do distrito/sede que lança na UPGRH DO1 Pop. urbana total que lança na bacia (IBGE, 2010a) Percentual Jaguaraçu 2 138-0 0,0% Grota Jequeri 7 293 Jequeri Piscamba Pouso Alegre da Mata São Vicente do Grama 7 293 100,0% Lamim 1 511 Lamim 1 511 100,0% Dom Corrêa Manhuaçu 64 839 São Pedro do Avaí São Sebastião do Sacramento Vilanova 9 462 14,6% Bandeirantes Mariana 47 642 Cachoeira do Brumado Camargos Cláudio Manuel Furquim Mariana Monsenhor Horta Padre Viegas Passagem de Mariana 46 186 96,9% Marliéria 2 844 Cava Grande 1 926 67,7% Matipó 13 832 Matipó Padre Fialho 13 832 100,0% Mercês 7 256-0 0,0% Oratórios 3 241 Oratórios 3 241 100,0% Ouro Branco 31 609-0 0,0% Antônio Pereira Ouro Preto 61 120 Lavras Novas Ouro Preto Rodrigo Silva (parcialmente) Santa Rita de Ouro Preto Santo Antônio do Salto 47 795 78,2% Paula Cândido 4 936 Airões Paula Cândido 4 936 100,0% Pedra Bonita 1 807 Pedra Bonita 1 807 100,0% Pedra do Anta 2 192 Pedra do Anta 2 192 100,0% Piedade de Ponte Nova 3 178 Piedade de Ponte Nova 3 178 100,0% Pingo-d'Água 4 035 Pingo-d'Água 4 035 100,0% Pinheiros Altos Piranga 5 958 Piranga Santo Antônio do Pirapetinga 5 958 100,0% Ponte Nova Ponte Nova 51 185 Rosário do Pontal Vau-Açu 51 185 100,0% Porto Firme 4 831 Porto Firme 4 831 100,0% Presidente Bernardes 1 642 Presidente Bernardes 1 642 100,0% Raul Soares 15 484 Bicuíba Raul Soares 15 484 100,0% 10

Município Tabela 2.1 População urbana da sedes/ distritos que lançam esgotos domésticos na UPGRH DO1 População urbana total (IBGE, 2010a) Identificação do distrito/sede que lança na UPGRH DO1 Pop. urbana total que lança na bacia (IBGE, 2010a) Percentual Santana do Tabuleiro São Sebastião do Óculo São Vicente da Estrela Vermelho Velho Canjamba Ressaquinha 3 023 Simão Tamm Vargem do Amargoso 523 17,3% Rio Casca 11 334 Jurumirim Rio Casca 11 334 100,0% Rio Doce 1 653 Rio Doce 1 653 100,0% Piranguita Rio Espera 2 403 Rio Espera Rio Melo 2 403 100,0% Santa Cruz do Escalvado Santa Margarida Santana dos Montes Santa Cruz do Escalvado 1 730 São Sebastião do Soberbo Zito Soares 7 626 Ribeirão de São Domingos Santa Margarida 2 292 Joselândia Santana dos Montes 1 730 100,0% 7 626 100,0% 2 292 100,0% Santo Antônio do Grama 3 365 Santo Antônio do Grama 3 365 100,0% São Domingos do Ilhéus do Prata 10 505 Prata Juiraçu 269 2,6% São Geraldo 7 270 Monte Celeste 622 8,6% São José do Goiabal 3 689 São José do Goiabal 3 689 100,0% São Miguel do Anta 3 746 São Miguel do Anta 3 746 100,0% São Pedro dos Ferros 6 783 Águas Férreas São Pedro dos Ferros 6 783 100,0% Sem-Peixe 1 507 São Bartolomeu de Sem Peixe Sem-Peixe 1 507 100,0% Senador Firmino 4 683 Senador Firmino 4 683 100,0% Senhora de Oliveira 3 256 Senhora de Oliveira 3 256 100,0% Senhora dos Palmital dos Carvalhos 3 430 Remédios Senhora dos Remédios 3 430 100,0% Sericita 3 718 Sericita 3 718 100,0% Teixeiras 7 623 Teixeiras 7 623 100,0% Timóteo 81 124-0 0,0% Ubá 97 636 Ubari 398 0,4% Urucânia 7 946 Bom Jesus de Cardosos Urucânia 7 946 100,0% Vermelho Novo 1 852 Vermelho Novo 1 852 100,0% Cachoeira de Santa Cruz Viçosa 67 305 São José do Triunfo Silvestre Viçosa 67 305 100,0% Total 994 491 475 396 47,8% 11

Figura 2.2 Pontos de lançamento de esgoto tratado e in natura dos municípios da UPGRH DO1 12

Na Tabela 2.2 estão listados os cursos d água identificados nas visitas de campo, que recebem esgotos tratados ou in natura dentro da UPGRH DO1 ou próximo de seus limites. Os nomes dos corpos receptores, em sua maioria, foram informados pelos representantes municipais dos serviços de esgotamento sanitário, que acompanharam as visitas. Tabela 2.2 Nomes dos corpos receptores de esgoto in natura identificados nas visitas de campo Município Nome do córrego Abre Campo córrego Laborda, rio Sant'Ana Acaiaca rio Carmo, ribeirão Ubá Alto Rio Doce córrego dos Pinto, córrego Cardoso, córrego Florestal, córrego Cachoeirinha, córrego dos Pereiras, córrego "sem nome", córrego do Coura, rio Brejaúba Alvinópolis rio do Peixe, córrego Barretos, rio Piracicaba, córrego "sem nome", córrego Joana Coelho, rio Sem Peixe Amparo do Serra ribeirão Oratórios, ribeirão das Flores, ribeirão Vau-Açu Araponga rio Félix Barra Longa rio Carmo Bom Jesus do Galho rio Sacramento, córrego do Alho, rio Sacramento, rio Doce Brás Pires Cajuri Canaã Capela Nova Caputira Caranaíba Carandaí Caratinga Catas Altas da Noruega Cipotânea Coimbra Conselheiro Lafaiete Córrego Novo Cristiano Otoni Desterro do Melo Diogo de Vasconcelos Dionísio Divinésia Dom Silvério Dores do Turvo Entre Folhas Ervália córrego Mãe d'água, rio Xopotó, córrego sem nome córrego Santo Antônio, rio Turvo, córrego Paraguai córrego Santo Antônio córrego Chácara, córrego Pedroso, córrego "sem nome", afluente do córrego Pedroso ribeirão da Cabeluda rio Papagaio, "corguinho" rio Carandaí, córrego Capão do Melo, córrego Dombe (zona rural) córrego "sem nome", afluente do córrego do Macaco, córrego do Macaco, córrego São Silvestre, córrego "sem nome", afluente do córrego São Silvestre rio Tereré rio Xopotó, rio Espera, rio Brejaúba, córrego Santana, córrego "sem nome", córrego Fundão, córrego "sem nome" rio Turvo ribeirão Bananeiras, ribeirão Ventura Luiz córrego Novo, córrego sem nome, afluente do córrego Novo, córrego dos Lima, rio Paraopeba córrego "sem nome" córrego São Domingos ribeirão Mumbaça, córrego de Areia Branca, córrego Pereira, córrego Lulu, córrego da Serra do Luar córrego São Francisco córrego do Mingau, rio do Peixe, córrego da Cidra, córrego Campanha córrego sem nome, afluente do rio Turvo, rio Turvo córrego dos Bentos, córrego da Barreira, rio Entre Folhas rio Turvão 13

Tabela 2.2 Nomes dos corpos receptores de esgoto in natura identificados nas visitas de campo Município Nome do córrego Guaraciaba rio Piranga Itaverava córrego Bananal, rio Santo Antônio, córrego Vassouras, rio Valente, córrego Poderoso Jaguaraçu córrego Onça Grande, rio Piracicaba Jequeri rio Casca, córrego São Vicente Lamim ribeirão Lamim Manhuaçu córrego Dom Corrêa, rio São Luís, rio São Pedro, córrego São Sebastião, ribeirão Vila Nova córregos sem nome, afluentes do ribeirão do Carmo, ribeirão do Carmo, Mariana ribeirão Brumado, ribeirão Águas Claras, córrego Canela, córregos sem nome, afluentes do ribeirão Gualaxo, córrego Congonhas, córrego Ouro Fino, córrego Santarém Marliéria córrego Belém, córrego Onça Grande Matipó Mercês Oratórios Ouro Branco Ouro Preto Paula Cândido Pedra Bonita Pedra do Anta Piedade de Ponte Nova Pingo-d'Água Piranga Ponte Nova Porto Firme Presidente Bernardes Raul Soares Ressaquinha Rio Casca Rio Espera Santa Cruz do Escalvado Santa Margarida Santana dos Montes Santo Antônio do Grama São Domingos do Prata rio Matipó, córrego Padre Fialho rio Paciência ribeirão Oratórios córrego José Machado, ribeirão Ouro Branco, córrego Quebra Cangalha, córrego Ferreira córrego Água Suja, córrego do Campo, córrego Caquende, córrego da Água Limpa, córrego dos Contos, ribeirão Funil, córrego Sobreiro, córrego Taquaral, córrego Piedade, córregos sem nome, afluentes do ribeirão Funil, córrego do Pocinho, córrego Varjada, córrego da Praia, córrego Brocotó, córrego Cuiabá, córrego do Ensenho, córrego "sem nome", afluente do córrego Cuiabá, córrego Bento, córrego "sem nome", afluente do rio Maynart, rio Maynart rio Santo Antônio, córregos "sem nome, rio Turvo Limpo, "corguinho" rio Baratinha córrego Pedra do Anta córrego dos Martins, córrego dos Vieiras, córrego das Cotias rio Sacramento rio Piranga, córrego Grande, córrego das Almas, córrego "sem nome", afluente do rio Piranga córrego Vau-Açu, córrego Manso, córrego São Sebastião rio Piranga córrego sem nome, afluente do rio Piranga, córrego do Machado, rio Piranga rio Matipó, rio Santana, córrego Ubá, rio Vermelho rio Piranga, córrego Mato Virgem, rio Ressaquinha córrego sem nome, afluente do rio Casca, córrego do Roma, rio Casca rio Piranga, rio Espera córrego Charnecão, ribeirão Escalvado, córrego do Caracol ribeirão São Domingos, ribeirão Santa Margarida, ribeirão Cachoeirinha córrego São José, córregos "sem nome", afluentes do córrego São José, córrego Fonte Limpa, córrego Cachoeira do Santinho, córrego Serra d Água ribeirão Santo Antônio córrego Prata, ribeirão Santa Rita, córrego Santa Isabel, córrego São João, rio Prata, córrego Cerâmica 14

Tabela 2.2 Nomes dos corpos receptores de esgoto in natura identificados nas visitas de campo Município Nome do córrego São Geraldo córrego São Francisco, rio Xopotó São José do Goiabal córrego do Funil São Miguel do Anta córrego Sem Peixe, córrego Fartura São Pedro dos Ferros rio Casca, córrego de Pedra, córrego São Pedro, córrego Volta Grande Sem-Peixe córrego São Bartolomeu, rio Sem Peixe, córrego do Eloi Senador Firmino córrego Água Espalhada, rio Turvo, córrego Chácara, córrego Lana Senhora de Oliveira ribeirão Oliveira Senhora dos Remédios rio Pinta Pau Sericita córrego do Arrozal, rio Santana Teixeiras córrego Grande, ribeirão Teixeiras, córrego "sem nome" Timóteo córrego Ana Moura, córrego Sebastião Cota, córrego Lindolfo, córrego "sem nome" Ubá ribeirão Ubá, córrego São Domingos, córregos sem nome, pertencentes à bacia do rio Turvo Urucânia córrego Cardosos, córrego Contendas, córrego Vargem Alegre, córrego São Vicente, córrego São José Vermelho Novo ribeirão Vermelho Viçosa córrego Cachoeirinha, córrego Fundão, córrego Silvestre, rio São Bartolomeu 2.2 PERCENTUAIS DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTOS Os percentuais de coleta e tratamento de esgotos referentes à população urbana das sedes e distritos dos municípios integrantes da UPGRH DO1 foram obtidos por autodeclararão dos prestadores de serviços (prefeituras, Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE, Departamento de Água e Esgoto - DAE, Companhia de Saneamento de Minas Gerais - Copasa). Ressalta-se que, como as informações prestadas foram autodeclaradas, em alguns casos elas podem não retratar fielmente a realidade local; no entanto, foram mantidas, uma vez que foram afirmadas pelos responsáveis pelos serviços. Na Figura 2.3, são apresentados os percentuais de coleta e de tratamento declarados (PCD e PTD) por cada um dos municípios contribuintes da UPGRH DO1, assim como da bacia como um todo. Para o cálculo do PCD e PTD para cada município, considerou-se sede e distritos (todo o município). Já para o cálculo referente à bacia como um todo, considerou-se apenas a parcela dos municípios que contribuem com o lançamento de esgotos na bacia. No caso de municípios que contribuem apenas parcialmente, foi considerada apenas a parcela da população que lança seus esgotos na UPGRH DO1, utilizando seus respectivos percentuais de coleta e tratamento. 15

A população atendida pelo serviço de coleta de esgoto na UPGRH DO1 foi estimada em 393.497 habitantes, correspondendo a 82,8% da população total que lança seus esgotos no interior da bacia. Dos 69 municípios avaliados, 43 possuem percentual de coleta de esgoto igual ou superior a 80%. Os municípios que possuem maior precariedade no serviço de coleta de esgoto, e que consequentemente apresentaram menor PCD foram Cipotânea (10%), Diogo de Vasconcelos (40%), Senador Firmino (46%), Piedade de Ponte Nova (50%) e Abre Campo (54,2%). Por outro lado, os municípios de Acaiaca, Divinésia, Dom Silvério, Dores do Turvo, Itaverava, Oratórios, Pedra Bonita, Pingo d Água, São José do Goiabal, Sem-Peixe, Santa Cruz do Escalvado, Caranaíba e Rio Doce apresentaram um PCD de 100%. Em visita a esses municípios, foi observado lançamentos irregulares de esgotos in natura nos corpos d água, principalmente em Dom Silvério, Santa Cruz do Escalvado, Acaiaca, Itaverava e Dores do Turvo, o que demonstra a fragilidade dos dados declarados pelos prestadores de serviço. O serviço de tratamento de esgoto apresentou valores consideravelmente mais baixos. A população atendida na UPGRH DO1 foi estimada em 20.226 habitantes, o que corresponde a apenas 4,3% do total avaliado. Apenas 16 municípios (23,18%) realizam algum tipo de tratamento de esgotos, sendo que em grande parte deles, apenas uma pequena porcentagem da população é atendida pelo serviço. Somente dois municípios atendem o percentual estabelecido pela DN COPAM nº 96/2006, Senhora de Oliveira e Rio Doce, com PTD de 80 e 100% da população urbana, respectivamente. Em Desterro do Melo, o indicador foi declarado em 61% e há previsão de obras para universalização do atendimento. A situação, entretanto, pode melhorar nos próximos anos. Em alguns municípios foi constatada a realização de obras de implantação ou expansão do serviço de tratamento de esgotos. São eles: Divinésia (implantação dos interceptores), Manhuaçu (obras 90% concluídas), Ouro Preto (obras paralisadas), Pedra Bonita (obras para ampliação do atendimento de ETE paralisada), São José do Goiabal (obras para reativação de ETE) e Cajuri (reforma de ETE paralisada). Além disto, 27 municípios da bacia já possuem projetos de implantação de estações de tratamento de esgoto (discutido no item 2.4.1). 16

Figura 2.3 Percentuais de coleta e tratamento da BHRPI e dos municípios. 17

2.3 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Em todos os municípios foi verificado quem era responsável pela prestação dos serviços de esgotos na sede e distritos. Na Figura 2.4 e na Tabela 2.3 é apresentado o panorama da prestação dos serviços de esgotamento sanitário de maneira geral, considerando os municípios que realizam a coleta, e oferecem, ou não, tratamento dos esgotos sanitários da população urbana considerando o número de municípios e o número de habitantes. As prefeituras exercem diretamente a prestação dos serviços na grande maioria dos municípios (54). No entanto, as Autarquias atendem juntas a uma maior população, 196.148 habitantes, uma vez que estão em municípios mais populosos. A Copasa possui a concessão de esgotos em quatro municípios, cuja população atendida corresponde a 17.121 habitantes. A categoria Outros exerce a prestação de serviço em apenas três distritos urbanos: ETE Granada em Abre Campo, ETE Bicuíba em Raul Soares e ETE Nova Soberbo em Santa Cruz do Escalvado, correspondendo a um total de 1.441 habitantes. 4 11 3 distritos b) 1441 196184 260650 54 17121 Prefeitura COPASA Autarquias Outros Prefeitura COPASA Autarquias Outros Figura 2.4 Prestação dos serviços de esgotamento sanitário na UPGRH DO1 segundo a) o número de municípios e b) o número de habitantes atendidos pelos serviços contribuintes da UPGRH DO1 18

Tabela 2.3 Prestação dos serviços de esgotamento sanitário dos municípios que contribuem com lançamento de esgotos na UPGRH DO1 Prestador de serviço Nº de municípios Pop. atendida (hab.) Prefeitura 54 (78,3%) 196.184 (41,3%) Copasa 4 (5,8%) 17.121 (3,6%) Autarquias 11 (15,9%) 260.650 (54,8%) Outros 3 distritos e 1 tanque séptico (4,0%) 1.441 (0,3%) Municípios Acaiaca, Alto Rio Doce, Alvinópolis, Amparo do Serra, Araponga, Barra Longa, Bom Jesus do Galho, Brás Pires, Cajuri, Canaã, Capela Nova, Caputira, Caranaíba, Caratinga 1, Catas Altas da Noruega, Cipotânea, Coimbra, Córrego Novo, Diogo de Vasconcelos, Dionísio, Divinésia, Dom Silvério, Dores do Turvo, Ervália, Itaverava, Lamim, Marliéria, Matipó, Oratórios, Paula Cândido, Pedra Bonita, Pedra do Anta, Piedade de Ponte Nova, Pingo-d'Água, Piranga, Porto Firme, Ressaquinha, Rio Doce, Rio Espera, Santa Cruz do Escalvado 2, Santa Margarida, Santana dos Montes, Santo Antônio do Grama, São Domingos do Prata, São Geraldo, São José do Goiabal, São Miguel do Anta, São Pedro dos Ferros, Sem-Peixe, Senhora dos Remédios, Sericita, Teixeiras, Ubá, Urucânia Desterro do Melo, Guaraciaba, Presidente Bernardes, Rio Casca 3 Abre Campo 4, Jequeri, Manhuaçu, Mariana, Ouro Preto, Ponte Nova, Raul Soares 5, Senador Firmino, Senhora de Oliveira, Vermelho Novo, Viçosa Abre Campo, Raul Soares, Ressaquinha e Santa Cruz do Escalvado 6 475.396 Total 69 (100%) (100,0%) 1. Em Caratinga a Copasa é a prestadora dos serviços de esgotamento sanitário na sede, mas a prefeitura é a responsável nos distritos que estão inseridos na UPGRH DO1 Piranga, Dom Lara e Sapucaia. 2. Em Santa Cruz do Escalvado a prefeitura é a responsável, exceto no distrito de São Sebastião do Soberbo, cujos serviços de água e esgotos são prestados pelo Consórcio Candonga. 3. Em Rio Casca a Copasa é a prestadora de serviços de esgotamento sanitário na sede, enquanto a prefeitura no distrito de Jurumirim. 4. No distrito de Granada, em Abre Campo, uma empresa será responsável pela operação da ETE. 5. Em Raul Soares o SAAE é o prestador dos serviços de esgotamento sanitário, exceto no distrito de Bicuíba, que possui uma ETE sob a responsabilidade da Brookfield Zona da Mata Geração S/A 6. Nos distritos de Granada, em Abre Campo; Bicuíba, em Raul Soares; e São Sebastião do Soberbo, em Santa Cruz do Escalvado, os prestadores de serviços de esgotamento sanitário referem-se à categoria outros. No município de Ressaquinha, o tanque séptico em operação também foi enquadrado nessa categoria. Na Tabela 2.4 e na Figura 2.5, é apresentada a prestação dos serviços exclusivamente de tratamento de esgotos, ou seja, somente foram considerados os municípios que têm ETE em operação e a população urbana atendida por tratamento. É importante salientar que para o cálculo das populações atendidas por prestador de serviço, foi 19

levado em consideração o número de habitantes da área urbana que lança os esgotos no interior da UPGRH DO1. Em apenas 16 localidades urbanas da UPGRH DO1 há serviços de tratamento de esgotos que atendem ao todo 20.469 habitantes. A administração direta da prefeitura predomina em termos do atendimento, correspondendo a 12.874 habitantes, ou seja, 63% da população atendida pelo serviço na UPGRH DO1. As autarquias, a categoria Outros e a Copasa realizam tratamento de esgoto a 5.266, 1.481 e 848 habitantes, respectivamente. Tabela 2.4 - Prestação do serviço de esgotamento sanitário nos municípios da UPGRH DO1 Piranga que possuem tratamento de esgotos Prestador de serviço Pop. atendida (hab.) Localidades na UPGRH DO1 Piranga Prefeitura 12.874 (63,0%) Araponga (sede), Caranaíba (sede), Piranga (Pinheiros Altos), Porto Firme (sede), Rio Doce (sede), Rio Espera (Rio Melo), Santa Margarida (sede), Urucânia (Bom Jesus de Cardosos) Copasa 848 (4,2%) Desterro do Melo (sede) Autarquias 5.266 (25,8%) Outros 1441 (7,1%) Ouro Preto (Antônio Pereira), Senhora de Oliveira (sede), Viçosa (sede) Raul Soares (Bicuíba), Santa Cruz do Escalvado (São Sebastião do Soberbo) Total 20.429 (100%) 1481 4 3 1 8 5266 12874 848 Prefeitura COPASA Autarquia Outros Prefeitura COPASA Autarquias Outros Figura 2.5 Prestação dos serviços de tratamento de esgotos sanitários na UPGRH DO1 segundo a) o número de municípios e b) o número de habitantes atendidos por tratamento na UPGRH DO1 20

2.4 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DA UPGRH DO1 Nos 77 municípios da UPGRH DO1, foram identificadas 97 ETE (em operação, fora de operação, em obras e em projeto). Tendo por base apenas as ETEs inseridas na UPGRH DO1, ou seja, que lançam ou têm previsão de lançamento de seus efluentes na bacia, foram consideradas 85 ETEs. 2.4.1 SITUAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS Todas as ETEs identificadas na etapa de diagnóstico e que lançam seus efluentes na UPGRH DO1 foram enquadradas em quatro categorias, definidas conforme suas situações na data da visita. As categorias foram: 1. Estação em operação: quando a estação opera e executa os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento; 2. Estação fora de operação: quando não há aporte de esgotos à estação ou quando a estação encontra-se desativada permanente ou temporariamente; 3. Estação em obras: quando a estação encontra-se em fase de construção; 4. Estação em projeto: quando tem um projeto para a ETE que se encontra em fase de elaboração ou quando já foi concluído e aguarda-se o início das obras. A situação das ETE pode ser verificada na Figura 2.6 e na Tabela 2.5. 39 18 5 23 Operação Fora de operação Obras Projeto Figura 2.6 Panorama da situação das ETE da UPGRH DO1 21

Tabela 2.5 Panorama da situação das ETE na UPGRH DO1 Situação da ETE Número de ETE Municípios (nº de ETE) Em operação 18 (22%) Fora de Operação 23 (27%) Em obras 5 (6%) Projeto 39 (45%) Abre Campo (1), Araponga (1), Caranaíba (1), Desterro do Melo (1), Ouro Preto (2), Piranga (1), Porto Firme (1), Raul Soares (1), Ressaquinha (1), Rio Doce (1), Rio Espera (1), Santa Cruz do Escalvado (1), Santa Margarida (1), Senhora de Oliveira (1), Urucânia (1), Viçosa (2) Amparo do Serra (2), Bom Jesus do Galho (1), Cajuri (1), Capela Nova (1), Caratinga (3), Catas Altas da Noruega (1), Diogo de Vasconcelos (1), Dionísio (1), Manhuaçu (1), Mariana (3), Paula Cândido (1), Ressaquinha (1), Rio Espera (1), Santana dos Montes (1), São Domingos do Prata (2), São José do Goiabal (1), Senhora dos Remédios (1) Coimbra (1), Manhuaçu (1), Matipó (1), Ouro Preto (1), Pedra Bonita (1) Acaiaca (1), Bom Jesus do Galho (1) Capela Nova (1), Caratinga (1), Catas Altas da Noruega (1), Córrego Novo (1), Divinésia (1), Ervália (1), Guaraciaba (1), Jequeri (1), Lamim (1), Mariana (9), Oratórios (1), Ouro Preto (2), Pingo d água (1), Ponte Nova (1), Porto Firme (1), Presidente Bernardes (1), Raul Soares (3), Rio Casca (1), São Domingos do Prata (1), Sem-Peixe (1), Senhora dos Remédios (1), Sericita (2), Urucânia (1), Vermelho Novo (1), Viçosa (1). Total 85 (100%) UPGRH DO1 (85) A partir da classificação nestas quatro categorias, foi possível fazer um panorama da situação das ETE por prestador de serviço, conforme mostrado na Tabela 2.6. Tabela 2.6 Panorama da situação das ETE por prestador de serviço Situação da ETE Número de ETE Copasa Prefeitura Autarquias Outros Total Em operação 1 8 5 4 18 Fora de Operação 0 21 2 0 23 Em obras 0 3 2 0 5 Projeto 3 26 10 0 39 Total 4 58 19 4 85 De acordo com a Tabela 2.6, pode-se observar que do total das 85 ETE da UPGRH DO1, apenas 18 estão em operação, e estas atendem um total de 20.469 habitantes. Destas 18, oito são de responsabilidade da administração direta da prefeitura: uma em Araponga, uma em Caranaíba, uma em Piranga (ETE Pinheiros Altos), uma em Porto 22

Firme, uma em Rio Doce, uma em Rio Espera (ETE Rio Melo), uma em Santa Margarida e uma em Urucânia (ETE Bom Jesus de Cardoso). Uma é de competência da COPASA, em Desterro do Melo, as outras 5 são das autarquias, sendo: duas são do SAAE Viçosa, uma do SAAE Senhora de Oliveira e duas do SEMAE Ouro Preto. As outras 4, consideradas como a categoria Outros se referem a empresa Brookfield Zona da Mata Geração S/A, que é responsável pela ETE Granada, em Abre Campo e Bicuíba, em Raul Soares, o Consórcio Candonga, responsável pela ETE Nova Soberbo, em Santa Cruz do Escalvado, e ainda, acrescentou-se o tanque séptico de Ressaquinha, que à época das visitas não possuía um gestor definido para sua manutenção. Em contrapartida, existem na bacia 23 ETE classificadas como fora de operação sendo 21 de responsabilidade da administração direta da prefeitura e duas de responsabilidade de autarquias. Entre as ETE fora de operação, pode-se dizer, conforme as informações levantadas nas visitas, que 17 têm chances de (re) ativação: as ETE Policlínica e Furquim em Mariana, Realeza em Manhuaçu, Santo Antônio do Manhuaçu em Caratinga, Revés do Belém em Bom Jesus do Galho, Cajuri, Capela Nova, Diogo de Vasconcelos, Airões em Paula Cândido, Ressaquinha, Rio Espera, Cerâmica e Vargem Linda em São Domingos do Prata, Senhora dos Remédios, Dionísio, Santana dos Montes e São José do Goiabal. As demais seis ETE fora de operação têm condições remotas de (re) ativação. Para a realização do prognóstico, considerou-se apenas as ETEs fora de operação com alguma chance de reativação. O grande número de ETE fora de operação demonstra o planejamento inadequado em relação à instalação das ETE, algumas delas nunca chegaram a funcionar. Até a data da visita, as ETEs Estiva em Coimbra, Matipó e Pedra Bonita, de responsabilidade da Prefeitura e as ETEs Ouro Preto e Manhuaçu que são de responsabilidade do SEMAE e SAAE, respectivamente, estavam em fase de final de obras. O número de ETE em projeto, totalizando 39, ilustra um cenário promissor quanto à expansão da parcela de população atendida por tratamento. Desses empreendimentos, 26 estão em municípios em que o serviço de esgotamento sanitário 23

é realizado pela administração direta da prefeitura, 10 são de responsabilidade de autarquias e três pela Copasa. Vale ressaltar que as situações dos projetos são particulares de cada município; alguns devem ser reelaborados, outros ajustados, enquanto alguns estão em plena condição de viabilização da obra. 2.4.2 SISTEMAS DE TRATAMENTO EMPREGADOS NAS ETE Nas visitas realizadas foram identificados os sistemas de tratamento empregados (ou que serão empregados) nas ETE e são apresentados na Tabela 2.7 e na Figura 2.7. Situação Tabela 2.7 Panorama dos sistemas de tratamento das ETE da UPGRH DO1 UASB+póstratamenttratamento UASB+pós- Fossa - Lagoa Lodo Não UASB filtro facultativa Ativado definido aeróbio anaeróbio Em operação 1 4 8 3 2 0 0 18 Fora de operação 3 5 4 7 1 0 3 23 Em obras 2 1 2 0 0 0 0 5 Projeto 2 8 13 2 0 1 13 39 Total 8 18 27 12 3 1 16 85 Total 30 25 20 13 15 10 5 0 2 2 3 1 UASB 8 1 5 4 UASB + T Ae. 2 4 8 2 UASB + T An Fossa-Filtro 7 1 3 2 Lagoa Facultativa 1 Lodo Ativado 13 3 Não Definido Operação Fora de Operação Obras Projeto Figura 2.7 Panorama dos sistemas de tratamento das ETE da UPGRH DO1 Segundo os dados apresentados na Tabela 2.7 e no gráfico da Figura 2.7, verifica-se que os sistemas de tratamento compostos por reatores UASB seguidos ou não por póstratamento destacam-se pela prevalência e está presente em 72% das ETE em 24

operação e 63% do total das ETE identificadas (em operação, fora de operação, em obras ou em projeto). A predominância de reatores UASB, seguidos ou não por póstratamento, justifica-se pelo fato de este constituir-se como uma opção que oferece muitas vantagens, como demanda de área reduzida, baixos custos de implantação, adequabilidade a climas tropicais, e eficiência de remoção de DBO relativamente satisfatória (CHERNICHARO, 2007). Entretanto, muitas vezes o tratamento somente por reator UASB não atende aos padrões de lançamento, e por isso é interessante à conjugação com um pós-tratamento, principalmente aeróbio, para aumentar a remoção de DBO e também de nutrientes e patógenos. Das treze ETEs em operação, compostas por reatores UASB, quatro possuem tratamento aeróbio, oito tratamento anaeróbio, e apenas uma não possui póstratamento, no município de Rio Espera (ETE Rio Melo). O sistema composto por tanque séptico, seguido ou não de filtro anaeróbio, está presente em três ETE em operação, nos municípios de Ressaquinha, Santa Cruz do Escalvado e Viçosa. Os municípios de Abre Campo e Ouro Preto possuem sistema do tipo lagoa facultativa em operação. Apesar de ser uma opção de tratamento relativamente simples, barata e eficiente, os elevados requisitos de área dificultam a implantação de lagoas facultativas (VON SPERLING, 2005). 2.4.3 REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DAS ETES EM OPERAÇÃO O tipo de regularização ambiental a que cada empreendimento está sujeito é definido na DN COPAM nº 74/2004 e no Decreto Estadual nº 44.844/2008. Para as ETE em projeto, em obras e fora de operação a exigência ou não da regularização ambiental deve ser verificada caso a caso, pois depende, entre outros fatores, da classificação da ETE segundo a DN COPAM nº 74/2004. Já para as ETE em operação, todas, indistintamente, devem estar regularizadas ambientalmente. Por isso, somente para as ETE que se encontravam em funcionamento na data das visitas é apresentado o panorama da regularização ambiental (Figura 2.8), que foi feito com base na pesquisa realizada no SIAM em 2014 e em informações obtidas nas visitas. 25

20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 1 12 1 5 3 5 1 4 2 2 Copasa Prefeitura Autarquias Outros Total Regularizadas (AAF/LO/LP+LI) Não regularizadas Regularização vencida Figura 2.8 - Panorama da Regularização Ambiental das ETE em operação da BHRPG Conforme o diagnóstico apresentado, apenas cinco ETE operam com a devida regularização ambiental. Verifica-se que as ETE não regularizadas estão em sua maioria sob responsabilidade da administração direta da prefeitura. As ETE regularizadas eram dos municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado - de responsabilidade das prefeituras, Senhora de Oliveira e Ouro Preto - de responsabilidade do SAAE e SEMAE municipais, respectivamente, e a única sob responsabilidade da Copasa é do município de Desterro do Melo. Entre os empreendimentos em situação irregular apenas a ETE de Santa Margarida, de administração direta da prefeitura, se encontrava com regularização ambiental vencida. As demais (12 ETEs) não possuíam regularização ambiental. Salienta-se que as visitas foram realizadas no ano de 2013, e as consultas ao SIAM realizadas ao longo do ano de 2014, portanto, as ETE irregulares já podem ter sido adequadas quando da publicação do PITE Piranga. 2.5 ICMS ECOLÓGICO O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Ecológico refere-se à parcela do ICMS arrecadado pelo Estado que é repassada aos municípios que priorizam a proteção do meio ambiente, segundo: i) Índice de Saneamento Ambiental, referente a Aterros Sanitários, Estações de Tratamento de Esgotos e Usinas de Compostagem; ii) Índice de Conservação, que é voltado às Unidades de Conservação e outras áreas protegidas; iii) Relação percentual entre a área de ocorrência de mata seca em cada 26

município e sua área total. Os valores percentuais do repasse do ICMS segundo os critérios avaliados estão definidos na Lei Estadual nº 18.030/2009. Para receber o recurso referente ao tratamento de esgotos, o município deve possuir ETE que atenda, no mínimo, a 50% da população urbana. O valor repassado para cada município é calculado a partir de alguns fatores, como a população atendida, qualidade da operação da ETE e custo estimado da obra. Sendo assim, foram identificados, em documentos internos da FEAM, os municípios que recebem ICMS Ecológico critério Saneamento Ambiental, subcritério Tratamento de Esgotos, tomando como referência o primeiro trimestre de 2013 (Figura 2.9). Recebe ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos 5 64 Sim Não Figura 2.9 Situação dos municípios em relação ao recebimento do ICMS Ecológico critério Saneamento Ambiental, subcritério Tratamento de Esgotos Apenas 5 dos 69 municípios que contribuem na BHRPG recebem ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos. São eles: Desterro do Melo, Rio Doce, Santa Margarida e Senhora de Oliveira. Estes municípios fazem jus ao recebimento desta parcela, pois possuem sistemas de tratamento de esgoto sanitário regularizados ambientalmente que atendem a, no mínimo, 50% da população urbana. Salienta-se que à época da visita (2013) a ETE de Santa Margarida se encontrava com a regularização vencida, tendo sido revalidada ao longo do ano de 2014, deste modo, o município continua a receber o ICMS Ecológico. 2.6 ATENDIMENTO À DN COPAM Nº 96/2006 A DN COPAM nº 96/2006 estabelece prazos para implantação dos serviços de tratamento de esgotos regularizados ambientalmente, bem como o percentual de atendimento e o nível de eficiência do tratamento em termos de remoção de matéria 27

orgânica (DBO), sendo que até 2017 todos os municípios deverão possuir ETE regularizadas que atendam a pelo menos 80% da população urbana e possuam eficiência mínima de remoção de DBO de 60%. Devido à dificuldade dos municípios em cumprir os prazos estabelecidos na DN COPAM nº 96/2006, foi aprovada pelo COPAM a DN COPAM nº 128, de 27 de novembro de 2008, que prorroga esses prazos. Foi identificado que, dos 69 municípios que contribuem com o lançamento de esgotos na bacia, 45 cumprem o estabelecido por essa deliberação (Figura 2.10). 70 60 50 24 17 40 30 20 10 0 45 45 Todos os grupos Grupo 7 Grupo 2, 3 e 4 7 Atende a DN 96/2006 Não atende a DN 96/2006 Figura 2.10 Atendimento à DN COPAM 128/2008 dos municípios contribuintes da BHRPG, segundo o grupo que estão enquadrados na DN COPAM 96/2006 Como pode ser observado na Figura 2.10, apenas municípios do Grupo 7 atendem à DN nº 128/2008. Dos 62 municípios pertencentes ao grupo 7, 17 deixaram de atender a deliberação. Estes municípios têm até o ano de 2017 para implantar sistemas regularizados de tratamento de esgotos, até lá, o atendimento à DN está condicionado apenas ao envio do relatório técnico -RT à FEAM. Os municípios que não pertencem ao grupo 7 são Ponte Nova e Viçosa que se enquadram no grupo 2, Caratinga, Manhuaçu, Ouro Preto e Ubá no grupo 3 e Mariana que se enquadra no grupo 4. Portanto, não atendem à DN COPAM nº 128/2008: Abre Campo, Amparo do Serra, Capela Nova, Diogo de Vasconcelos, Divinésia, Dom Silvério, Dores do Turvo, Jequeri, Matipó, Ressaquinha, Rio Espera, Santa Margarida, São Geraldo, São Pedro dos Ferros, Sem-Peixe, Senador Firmino e Sericita, que estão enquadrados no Grupo 7 e, até a 28

data das visitas, não haviam enviado o RT para a FEAM; Manhuaçu, Ouro Preto, Ponte Nova, Viçosa e Mariana, que possuem ETE em operação e, como estão enquadrados nos Grupos 2, 3 e 4, já deveriam possuir percentual de tratamento igual ou superior a 70% e a devida regularização ambiental; e Ubá, que também se enquadra no grupo 3, mas não possui ETE instalada. 2.7 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico -PMSB é preconizada pela Lei Federal nº 11.445/2007, a Lei do Saneamento, que estabelece ser de responsabilidade do titular dos serviços a sua elaboração e é condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico. Além de subsidiar o planejamento das ações em saneamento dos municípios, a existência do PMSB será condição para acesso aos recursos orçamentário da União para serviços de saneamento básico a partir de 2014, em acordo ao disposto no Decreto nº 7.217/2010, e para validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, conforme o Art. 11 da Lei nº 11.445/2007. Conforme pode ser visualizado na Figura 2.11, apenas um município contribuinte da BHRPG possui PMSB concluído o município de Ponte Nova. Possui Plano Municipal de Saneamento Básico? 1 12 Sim Em andamento Não 56 Figura 2.11 Situação frente à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico Foram considerados em andamento os PMSB de doze municípios, que já se mobilizaram para a sua elaboração. O Plano de Alvinópolis será financiado através de 29

recursos do Consórcio Público de Gestão de Resíduos Sólidos -CPGRS, juntamente com alguns municípios pertencentes à Bacia do Rio Piracicaba. Até julho de 2013, ainda não havia ocorrido a licitação, embora o plano de trabalho e o termo de referência já terem sido aprovados pela CAIXA. São Domingos do Prata possui uma proposta aprovada e convênio firmado com a Funasa para custeio do PMSB, segundo informado, houve um processo de licitação para contratação de empresa de consultoria. Em Piranga, há um convênio de 2011 em andamento e também está em fase de licitação para escolha de empresa. O PMSB de Viçosa, já se encontrava em fase de conclusão na época da visita. Abre Campo teria seu Plano elaborado através do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico da Zona da Mata CISAB, com recursos da Funasa. E ainda, Dores do Turvo que possuía um convênio com a Funasa para elaboração de plano. Os demais municípios não possuem PMSB e, até a data das visitas, nenhuma previsão de sua elaboração. 30

3. PROGNÓSTICO

3 PROGNÓSTICO 3.1 ÍNDICE DE QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO MUNICIPAL Para auxiliar na avaliação conjunta e comparação da situação geral do esgotamento sanitário nos municípios, alguns indicadores foram agrupados no Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário -IQES. O IQES foi inicialmente proposto pela FEAM no âmbito do Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos da Bacia do Rio Paraopeba PITE Paraopeba, realizado no ano de 2011 (FEAM, 2011). Em 2012, com a elaboração do PITE nas bacias dos rios Piracicaba e Pará PITE Piracicaba e PITE Pará, foi verificada a necessidade de aprimoramento do índice. Para tanto, foi realizada a ampliação, revisão e ajuste nos cálculos dos indicadores e na fórmula geral do IQES. Ademais, aplicou-se um questionário Delphi para consulta acerca da importância e para redefinição dos pesos dos indicadores e parâmetros que compõem o índice, em que participaram 37 especialistas da área de esgotamento sanitário de diversos setores (universidades, companhias de saneamento, empresas privadas, órgãos e entidades federais e estaduais) (PITE Piracicaba vol. I, Apêndice 8.4). 3.1.1 CÁLCULO DO IQES A seguir, são apresentadas a descrição e as equações dos seis indicadores que compõem o índice e a fórmula geral do IQES, definidos após o processo de aprimoramento. Indicador do Percentual de Coleta PC PC = PCD x q pc PC = indicador do percentual de coleta (valor entre 0 e 23) PCD = percentual de coleta declarado pelo município (valor entre 0 e 100%) q pc = peso do indicador PC (valor igual a 23) Indicador do Percentual de Tratamento PT PT = PTD x q pt PT = indicador do percentual de tratamento (valor entre 0 e 25) PTD = percentual de tratamento declarado pelo município (valor entre 0 e 100%) 32

q pt = peso do indicador PT (valor igual a 25) Indicador Operacionalidade das ETE OP n OP = POF ETE x PTD ETE x q op i=1 PTD município n = número de ETE em operação OP = indicador de operacionalidade da ETE (valor entre 0 e 21) POF = percentual operacional final (valor entre 0 e 100%) PTD ETE = percentual de tratamento declarado de cada ETE (valor entre 0 e 100%) PTD município = percentual de tratamento declarado do município (valor entre 0 e 100%) q op = peso do subindicador OP (valor igual a 21) O POF é inversamente proporcional ao nº de pontos-chaves (inconformidades) identificados nas visitas às ETE, por meio do preenchimento de checklists específicos, elaborados pelas equipes dos PITEs, para avaliação da infraestrutura e condições operacionais em cada etapa de tratamento das ETE. Cada componente foi avaliado separadamente e para cada um atribuiu-se um peso: infraestrutura e segurança peso 18, tratamento preliminar peso 18, tratamento primário/secundário peso 38, tratamento terciário peso 12, e desaguamento do lodo peso 14. As listas de pontoschaves elaboradas, bem como o passo-a-passo do cálculo do POF, podem ser consultadas no item Metodologia da versão completa do PITE Piranga. Indicador da Disposição de Resíduos Sólidos da ETE DR n DR = PTD ETE x q dr i=1 PTD município DR = indicador de disposição final de resíduos sólidos da ETE (valor entre 0 e 12) q dr* = pontuação da ETE em relação ao peso do indicador DR (valor igual a 0, 6 ou 12, conforme o local de disposição dos resíduos sólidos da ETE: equivalente a 12 se for aterro sanitário ou compostagem, 6 se for aterro controlado, e 0 se for lixão). 33

Indicador de Regularização Ambiental da ETE - RA n RA = PTD ETE x q ra i=1 PTD município RA = indicador de Regularização Ambiental (valor entre 0 e 9) q ra* = pontuação da ETE em relação ao peso do indicador RA (valor igual a 0 ou 9; equivalente a nove se a ETE detém de AAF ou LO válida, e nula caso a ETE não esteja regularizada ambientalmente). Indicador das Análises Adicionais AA O indicador das AA é composto por três subindicadores, conforme a fórmula abaixo: AA = MO + DN + IE AA = indicador das Análises Adicionais (valor entre 0 e 10) MO = subindicador da apresentação do programa de monitoramento da ETE (valor entre 0 e 3,9) DN = subindicador do atendimento à DN COPAM nº 128/2008 (valor igual a 0 ou 3,7) IE = subindicador do recebimento do ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos (valor igual a 0 ou 2,4). O município recebe a pontuação no subindicador DN equivalente a 3,7 se atende à DN nº 128/2008 e nula caso não atenda. Da mesma forma é a pontuação do subindicador IE, equivalente a 2,4 se o município faz jus ao recebimento do ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos e nula caso contrário. Já para o subindicador MO, é levado em consideração o nº de ETE que apresentam o programa de monitoramento e o percentual de atendimento de cada, conforme a fórmula abaixo: n MO = PTD ETE x q mo i=1 PTD município q mo* = pontuação da ETE em relação ao peso do indicador MO (valor igual a 0 ou 3,9; equivalente a 3,9 se tem programa de monitoramento e nula caso contrário). 34

Fórmula do IQES Por fim, o cálculo do IQES é feito a partir da seguinte equação: IQES = PC + PT + DN + IE + PTD x i IQES = índice de qualidade dos serviços de esgotamento sanitário (valor entre 0 e 100) i= indicadores OP, RA, DR e subindicador MO O indicador AA é destrinchado na fórmula do IQES, pois se verificou que o IQES retrataria melhor a realidade do município se os (sub)indicadores relacionados às ETE em operação (OP, RA, DR e MO) fossem ponderados pelo percentual de tratamento declarado (PTD) do município. Por fim, os municípios são então classificados quanto à situação do esgotamento sanitário conforme as faixas de valores do IQES (Tabela 3.1). 4 i=1 Tabela 3.1 Faixas de classificação do IQES IQES Classificação 80 x 100 Muito bom 60 x < 80 Bom 40 x < 60 Médio 20 x < 40 Ruim 10 x < 20 Muito ruim 0 x < 10 Alarmante 3.1.2 APLICAÇÃO DO IQES NOS MUNICÍPIOS DA UPGRH DO1 Na Tabela 3.2, são apresentados os valores obtidos pelos municípios para todos os indicadores e subindicadores e o valor final do IQES. De forma a facilitar a visualização dos valores obtidos nos indicadores, os quadrantes com os valores obtidos em cada indicador foram coloridos a partir de seis faixas definidas para cada indicador tomando como referência as faixas de enquadramento do IQES: 1) 0 a 10% do peso do indicador vermelha; 2) 10 a 20% do peso do indicador marrom; 3) 20 a 40% do peso do indicador laranja; 4) 40 a 60% do peso do indicador amarela; 5) 60 a 80% do peso do indicador verde; 6) 80 a 100% do peso do indicador azul. 35

Tabela 3.2 Valores obtidos nos indicadores e subindicadores e no IQES dos municípios da UPGRH DO1 MUNICÍPIOS Indicadores/subindicadores PC-23 PT-25 OP-21 RA-9 DR-12 MO-3,9 DN-3,7 IE-2,4 IQES Abre Campo 12,45 2,07 18,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,03 Acaiaca 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 26,70 Alto Rio Doce 16,71 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 20,41 Alvinópolis 20,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 24,50 Amparo do Serra 20,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 20,48 Araponga 21,85 12,18 17,05 0,00 6,00 0,00 3,70 0,00 48,95 Barra Longa 22,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 26,11 Bom Jesus do Galho 18,81 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 22,51 Brás Pires 18,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 22,10 Cajuri 15,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 18,84 Canaã 20,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 24,40 Capela Nova 13,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 13,80 Caputira 16,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 19,80 Caranaíba 23,00 14,88 7,33 0,00 6,00 0,00 3,70 0,00 49,52 Caratinga 18,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18,26 Catas Altas da Noruega 18,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 22,10 Cipotânea 2,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 6,00 Coimbra 16,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 19,80 Córrego Novo 13,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 17,50 Desterro do Melo 18,63 15,25 17,58 9,00 6,00 3,90 3,70 2,40 62,23 Diogo de Vasconcelos 9,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,20 Dionísio 21,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 25,55 Divinésia 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 23,00 Dom Silvério 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 23,00 Dores do Turvo 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 23,00 36

Tabela 3.2 Valores obtidos nos indicadores e subindicadores e no IQES dos municípios da UPGRH DO1 MUNICÍPIOS Indicadores/subindicadores PC-23 PT-25 OP-21 RA-9 DR-12 MO-3,9 DN-3,7 IE-2,4 IQES Ervália 16,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 19,80 Guaraciaba 17,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 21,18 Itaverava 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 26,70 Jequeri 20,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 20,23 Lamim 20,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 24,40 Manhuaçu 16,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,10 Mariana 21,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 21,70 Marliéria 17,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 21,28 Matipó 16,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,40 Oratórios 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 26,70 Ouro Preto 18,28 0,58 9,33 7,91 10,62 0,00 0,00 0,00 19,29 Paula Cândido 18,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 22,10 Pedra Bonita 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 26,70 Pedra do Anta 21,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 25,55 Piedade de Ponte Nova 11,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 15,20 Pingo-d'Água 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 26,70 Piranga 12,18 1,67 11,93 0,00 6,00 0,00 3,70 0,00 18,74 Ponte Nova 20,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 20,70 Porto Firme 20,13 16,25 15,77 0,00 6,00 0,00 3,70 0,00 54,23 Presidente Bernardes 16,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 19,80 Raul Soares 18,56 0,85 19,53 0,00 6,00 3,90 3,70 0,00 24,11 Ressaquinha 18,40 0,33 7,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18,83 Rio Casca 17,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 21,57 Rio Doce 23,00 25,00 17,66 9,00 6,00 0,00 3,70 2,40 86,76 Rio Espera 17,54 2,49 14,01 0,00 12,00 3,90 0,00 0,00 23,01 37

Tabela 3.2 Valores obtidos nos indicadores e subindicadores e no IQES dos municípios da UPGRH DO1 MUNICÍPIOS Indicadores/subindicadores PC-23 PT-25 OP-21 RA-9 DR-12 MO-3,9 DN-3,7 IE-2,4 IQES Santa Cruz do Escalvado 23,00 4,47 17,14 0,00 12,00 3,90 3,70 0,00 37,07 Santa Margarida 19,43 12,86 15,83 9,00 12,00 3,90 0,00 2,40 55,63 Santana dos Montes 21,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 25,37 Santo Antônio do Grama 16,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 19,80 São Domingos do Prata 21,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 25,09 São Geraldo 16,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,30 São José do Goiabal 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 26,70 São Miguel do Anta 19,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 23,25 São Pedro dos Ferros 18,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18,40 Sem-Peixe 23,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 23,00 Senador Firmino 12,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,88 Senhora de Oliveira 20,70 20,00 17,37 9,00 0,00 0,00 3,70 2,40 67,90 Senhora dos Remédios 20,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 24,40 Sericita 18,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18,40 Teixeiras 20,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 24,40 Ubá 20,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 20,74 Urucânia 17,80 4,22 16,76 0,00 6,00 0,00 3,70 0,00 29,57 Vermelho Novo 13,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,70 0,00 17,50 Viçosa 19,53 0,52 16,98 0,00 12,00 3,35 0,00 0,00 20,73 Nota: os valores de OP, DR, RA e MO sofrem ponderação em relação ao percentual populacional atendido pelo tratamento de esgoto para formar o valor de IQES. Para um melhor entendimento do indicador OP para os municípios que possuem ETE em operação, a Figura 3.1 mostra o Percentual Operacional Final POF de cada estação e a razão do PTD de cada ETE sobre o PTD de cada município. 38

Município ETE Granada Município ETE Araponga Município ETE Caranaíba Município ETE Desterro do Melo Município ETE Samarco ETE São Bartolomeu Município ETE Pinheiros Altos Município ETE Porto Firme Município ETE Bicuíba Município Tanque séptico Município ETE Rio Doce Município ETE Rio Melo Município ETE Nova Soberbo Município ETE de Santa Margarida Município ETE Senhora de Oliveira Município ETE Bom Jesus de Cardoso Município ETE Violeira ETE Romão dos Reis feam POF (%) OP PTD ETE/ PTD Município (%) 120 100 80 100 100 100 100 81,22 83,76 74,26 88 77,1 100 100 100 100 100 100 100 100 93,22 84,08 81,62 75,18 75,42 66,72 82,7 80 70,51 100 85,62 83,02 74,74 60 56,84 40 34,97 40,1 37,51 20 15,59 17,05 7,32 17,57 9,33 12 11,92 15,79 19,53 7,87 17,65 14 17,13 15,83 17,37 14,8 16,98 14,38 0 Abre Campo Araponga Caranaíba Desterro do Melo Ouro Preto Piranga Porto Firme Raul Soares Ressaquinha Rio Doce Rio Espera Santa Cruz do Escalvado Santa Margarida Senhora de Oliveira Urucânia Viçosa Figura 3.1 Valores do Percentual Operacional Final (POF) das ETE em operação 39

A partir da análise observa-se a baixa qualidade do serviço de esgotamento sanitário na maior parte da UPGRH DO1 visto que apenas três municípios (Desterro do Melo, Rio Doce e Senhora de Oliveira) enquadraram-se nas faixas de IQES referente às categorias Bom e Muito bom (Tabela 3.2 e Figura 3.2). Os outros 66 municípios que contribuem com o lançamento de esgotos na bacia apresentam IQES na faixa referente às categorias Médio, Ruim, Muito ruim ou Alarmante. 16.674 2% 4.646 1% 1 653 0,23% 4.113 1% 283.689 39% Alarmante Muito ruim Ruim Médio Bom 420.027 57% Muito bom Figura 3.2 Faixa de IQES dos municípios a qual cada fração da população da UPGRH DO1 tem acesso. Conforme apresentado na Figura 3.2, destaca-se, ainda, que 97% da população urbana da UPGRH DO1 está localizada em municípios que apresentaram qualidade de serviço de esgotamento sanitário classificado como Ruim, Muito ruim e Alarmante. A maioria dos municípios que não possui ETE se enquadrou na faixa Ruim. Cabe lembrar que os municípios que não possuem ETE têm a pontuação IQES calculada apenas pelo percentual de coleta declarado (PCD) e pelo possível atendimento a DN COPAM nº 96, de 12 de abril de 2006, cujos prazos foram alterados pela DN COPAM nº 128, de 27 de novembro de 2008. Os municípios que se enquadraram na faixa Alarmante foram Cipotânea, com IQES igual a seis, e Diogo de Vasconcelos, com IQES igual a 9,2. 40

O município de Cipotânea atende as Deliberações Normativas supracitadas e recebeu a pontuação referente, o que poderia ter elevado sua nota, porém apresenta um PCD muito baixo, de apenas 10%. Já o município de Diogo de Vasconcelos teve seu IQES calculado apenas pelo PCD, já que não atendeu aos demais indicadores, o município coleta apenas 40% do esgoto gerado pela população urbana. Os quatro municípios que se enquadraram na faixa Médio (Tabela 3.2) possuem ETE em operação, porém deixaram de atender a alguns indicadores. Araponga, Caranaíba e Porto Firme não receberam pontuação referente ao indicador RA, já que suas ETE não possuem regularização ambiental. Também não receberam pontuação referente aos subindicadores MO e IE, pois não realizam monitoramento de suas ETE, nem recebem ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos. Já o município de Santa Margarida deixou de atender apenas ao indicador DN, e entre os municípios da faixa do IQES referente à categoria Médio foi o que apresentou o maior valor de IQES igual a 55,63. Os dois municípios enquadrados na faixa do IQES relativo à categoria Bom são Desterro do Melo e Senhora de Oliveira. Apesar de o município de Desterro do Melo atender a todos os indicadores, inclusive obtendo o valor máximo no indicador AA, seu IQES foi menor que o de Senhora de Oliveira, que recebeu pontuação zero para o indicador DR e para o subindicador MO. Essa diferença ocorre porque o município de Desterro do Melo realiza tratamento de 61% do esgoto gerado, enquanto o município de Senhora de Oliveira trata 90%. Considera-se ainda que os indicadores OP, RA, DR e MO são ponderados pelo valor de PTD. Apenas o município de Rio Doce enquadrou-se na faixa Muito bom, pois atende a 100% da população urbana com tratamento de esgotos. A ETE opera em boas condições e possui regularização ambiental vigente. A pontuação apenas não foi maior devido à ausência de automonitoramento. O município atende a DN COPAM nº 96, de 12 de abril de 2006, cujos prazos foram alterados pela DN COPAM nº 128, de 27 de novembro de 2008 e recebe ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos. No mapa da Figura 3.3, os municípios foram diferenciados por cores de acordo com a cor da faixa do IQES na qual foram enquadrados. 41

Figura 3.3 IQES dos municípios da UPGRH DO1 42

3.2 CARGA POLUIDORA GERADA E LANÇADA NA BHRPI Para a estimativa da carga orgânica associada aos esgotos sanitários, adota-se usualmente para a contribuição de cada indivíduo em termos de matéria orgânica o valor de 54 gdbo.hab -1.d -1 (VON SPERLING, 2005). Dessa forma, o número de habitantes do município reflete diretamente na carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO presente nos esgotos (Eq. 1). Para avaliar a carga efetivamente lançada nos corpos receptores também deve ser considerada a carga removida nas ETE, quando existentes. Esta, por sua vez, pode ser estimada pelo produto da eficiência de remoção de DBO pela carga afluente à ETE (Eq. 2). Por fim, a carga lançada é calculada como a diferença entre a carga gerada e a carga removida (Eq. 3). Carga gerada (kgdbo. d 1 ) = população x carga per capita = pop. (hab) x 0,054 (kgdbo. hab 1. d 1 ) (Eq. 1) Carga removida (kgdbo. d 1 ) = eficiência do tratamento x pop. atendida x carga per capita = eficiência (%) x pop atendida. (hab) x 0,054 (kgdbo. hab 1. d 1 ) (Eq. 2) Carga lançada (kgdbo. d 1 ) = carga gerada carga removida = carga gerada (kgdbo. hab 1. d 1 ) carga removida (kgdbo. hab 1. d 1 ) (Eq. 3) No presente Plano, foi elaborado um panorama da carga orgânica associada aos esgotos sanitários, gerada e lançada pela população urbana de cada município que contribui com o lançamento de esgotos na UPGRH DO1. Avaliou-se a carga removida atualmente pelas ETE em operação na bacia e, a fim de vislumbrar um possível cenário futuro, também foi calculada a carga que seria removida se estivessem operando as 43

ETE fora de operação com chance de reativação, as ETE em obras e as ETE em projeto diagnosticadas durante as visitas em campo (item 2.4). Os valores de eficiência de remoção de DBO foram obtidos com os prestadores de serviços e, no caso de não disponibilizarem estes dados, adotou-se a eficiência média de remoção para a tecnologia empregada, segundo von Sperling (2005). De forma a permitir a análise geral da bacia tomando como base um mesmo ano de referência, considerou-se no cenário futuro o percentual previsto da população atendida pelas ETE em projeto e em obras e a população do Censo IBGE 2010. Assim, a situação apresentada no cenário futuro é hipotética, supondo a operação das ETE em projeto e em obras na atualidade e, portanto, reflete em termos percentuais a carga que seria removida na bacia nesta situação. Além disso, trabalhou-se com o percentual de atendimento por tratamento previsto para final de plano, com o objetivo de se ter o cenário mais otimista. Trata-se de suposições, dado a incerteza da concretização dos projetos e finalização das obras. Na Tabela 3.3, são apresentados os valores relativos à carga orgânica gerada e lançada pela população urbana total dos 69 municípios que contribuem com o lançamento de esgoto no interior da UPGRH DO1. São mostrados dois cenários: um atual, que considera a carga orgânica removida pelas ETE em operação diagnosticadas durantes as visitas em campo, e um cenário hipotético, que considera a reativação das ETE fora de operação (consideradas apenas as ETE com chances de serem reativadas) e a ativação das daquelas atualmente em fase de obras ou em fase de projeto. Na Figura 3.4 e na Figura 3.5, apresentam-se, respectivamente, a carga orgânica gerada e lançada atualmente por cada um dos municípios da UPGRH DO1, sendo que os mesmos foram diferenciados por cores, de acordo com a faixa de carga orgânica na qual foram enquadrados. No mapa da Figura 3.6 apresentou-se a carga orgânica que seria lançada pelos municípios no cenário hipotético citado anteriormente. A carga orgânica gerada e lançada pela população urbana dos 69 municípios da UPGRH DO1 foram estimadas em 25.671,38 kgdbo.d -1 e 24.632,79 kgdbo.d -1, respectivamente. Dessa forma, a carga orgânica removida por sistemas de tratamento de esgotos em 44

operação na bacia foi estimada em 1.038,59 kgdbo.d -1 correspondendo a apenas 4,05% da carga gerada. Entre as ETE em operação na bacia, a ETE localizada em Santa Margarida foi a que apresentou maior importância. Estima-se que nessa estação de tratamento de esgoto são removidos 197,03 kgdbo.d -1, o que corresponde a 18,97% da carga orgânica total removida pelas ETE da UPGRH DO1. Em um cenário hipotético que considera a contribuição das ETE fora de operação, em obras e em projeto, a situação do esgotamento sanitário na UPGRH DO1 melhoraria significativamente. A estimativa da carga orgânica removida na bacia aumentaria dos atuais 1.038,59 kgdbo.d -1 para 12.859,19 kgdbo.d -1, correspondendo a 50,09% da carga poluidora gerada. A carga orgânica lançada nos cursos d água reduziria de 24.632,79 kgdbo.d -1 para 12.812,20 kgdbo.d -1 (Figura 3.6). Ressalta-se que nos cálculos realizados para o município de Ouro Preto no cenário hipotético, considerouse a desativação da ETE Samarco quando a ETE Antônio Pereira (projeto) iniciar as atividades de tratamento de esgoto. Caso as ETE fora de operação estivessem operando, a remoção da carga orgânica na bacia poderia sofrer um pequeno incremento. Estima-se que 352,65 kgdbo.d -1 seriam removidas, correspondendo a apenas 1,37% da carga orgânica gerada na bacia. A ETE Cajuri e a ETE Santana dos Montes apresentam o maior potencial de contribuição com respectivamente, 98,47 e 99,54 kgdbo.d -1, evidenciando o pequeno porte desses empreendimentos. As ETE em projeto constituem a modalidade mais numerosa na UPGRH DO1 (39 ETE), bem como a que pode apresentar a maior contribuição para atenuar a degradação dos cursos d água da bacia. Juntas podem representar uma redução na carga orgânica lançada nos cursos d água estimada em 8.856,23 kgdbo.d -1, correspondendo a 34,49% da carga orgânica gerada na bacia. Destacam-se os empreendimentos projetados para os municípios de Mariana, Ponte Nova e Viçosa cuja remoção da carga orgânica foi estimada respectivamente em, 2.018,32, 1.618,39 e 3.380,06 kgdbo.d -1. 45

As ETE em obras podem representar uma redução na carga orgânica lançada nos cursos d água estimada em 2.669,32 kgdbo.d -1, correspondendo a 10,40% da carga orgânica gerada na bacia. Destaca-se o empreendimento projetado para o município de Ouro Preto cuja remoção da carga orgânica foi estimada em 2.019,55 kgdbo.d -1. Baseando-se nas análises realizadas, verifica-se que o fator com maior relevância para a redução da carga orgânica lançada nos cursos d água da UPGRH DO1 será a implantação e início de operação dos empreendimentos que atualmente ainda estão em fase de projeto. Além disso, dos municípios que contribuem com o lançamento de esgotos na bacia, constatou-se que em 37 deles (53,63%), não há nenhuma ETE em operação e nem perspectivas para melhoria dos sistemas de tratamento de esgotos por meio do início de operação de ETE em obras e projetos ou pela reativação das ETE fora de operação. A situação é também preocupante em outros onze municípios (15,94%), cuja implantação ou perspectivas de melhoria do sistema de tratamento de esgoto são pouco expressivas para atenuar a poluição orgânica nos cursos d águas. Dessa forma, evidencia-se uma das principais dificuldades enfrentadas pelos municípios da UPGRH DO1, consiste na ausência de recursos financeiros ou de equipe técnica qualificada para a elaboração dos projetos de ETE, o que precisa ser revertido com urgência para minimizar a degradação dos cursos d águas. 46

Tabela 3.3 - Estimativa da carga orgânica gerada, removida e lançada pela população urbana dos municípios da UPGRH DO1, nos cenários atual e hipotético Cenário atual Cenário hipotético Carga lançada na Carga removida na bacia (kgdbo/d) População bacia (kgdbo/d) Carga Carga Carga urbana Se todas as ETEs em poluidora poluidora poluidora Se as ETEs fora de Se as ETEs em Se as ETEs em Se todas as ETEs em total que projeto, em obras e Município gerada na removida lançada na operação projeto obras projeto, em obras e lança fora de operação bacia na bacia bacia estivessem estivessem estivessem fora de operação esgoto na estivessem (kgdbo/d) (kgdbo/d) (kgdbo/d) operando operando operando estivessem operando bacia operando atualmente atualmente atualmente atualmente atualmente Abre Campo 7.281 393,17 29,35 363,82 29,35 363,82 Acaiaca 2.553 137,86 137,86 124,08 124,08 13,79 Alto Rio Doce 5.070 273,78 273,78 0,00 273,78 Alvinópolis 8.894 480,28 480,28 0,00 480,28 Amparo do Serra 2.642 142,67 142,67 0,00 142,67 Araponga 3.041 164,21 69,58 94,64 69,58 94,64 Barra Longa 2.313 124,90 124,90 0,00 124,90 Bom Jesus do Galho 10.024 541,30 541,30 63,42 63,42 477,87 Brás Pires 2.223 120,04 120,04 0,00 120,04 Cajuri 2.096 113,18 113,18 98,47 98,47 14,71 Canaã 1.859 100,39 100,39 0,00 100,39 Capela Nova 2.132 115,13 115,13 52,65 52,65 62,48 Caputira 3.779 204,07 204,07 0,00 204,07 Caranaíba 1.176 63,50 32,89 30,62 32,89 30,62 Caratinga 1.259 67,99 67,99 0,00 67,99 Catas Altas da Noruega 1.429 77,17 77,17 0,00 77,17 47

Tabela 3.3 - Estimativa da carga orgânica gerada, removida e lançada pela população urbana dos municípios da UPGRH DO1, nos cenários atual e hipotético Cenário atual Cenário hipotético Carga lançada na Carga removida na bacia (kgdbo/d) População bacia (kgdbo/d) Carga Carga Carga urbana Se todas as ETEs em poluidora poluidora poluidora Se as ETEs fora de Se as ETEs em Se as ETEs em Se todas as ETEs em total que projeto, em obras e Município gerada na removida lançada na operação projeto obras projeto, em obras e lança fora de operação bacia na bacia bacia estivessem estivessem estivessem fora de operação esgoto na estivessem (kgdbo/d) (kgdbo/d) (kgdbo/d) operando operando operando estivessem operando bacia operando atualmente atualmente atualmente atualmente atualmente Cipotânea 3.014 162,76 162,76 0,00 162,76 Coimbra 5.156 278,42 278,42 12,15 12,15 266,27 Córrego Novo 2.038 110,05 110,05 0,00 110,05 Desterro do Melo 1.390 75,06 38,28 36,78 38,28 36,78 Diogo Vasconcelos 1.099 59,35 59,35 38,57 38,57 20,77 Dionísio 7.165 386,91 386,91 0,00 386,91 Divinésia 2.175 117,45 117,45 0,00 117,45 Dom Silvério 4.058 219,13 219,13 0,00 219,13 Dores do Turvo 2.030 109,62 109,62 0,00 109,62 Ervália 9.470 511,38 511,38 0,00 511,38 Guaraciaba 3.218 173,77 173,77 0,00 173,77 Itaverava 2.565 138,51 138,51 0,00 138,51 Jequeri 7.293 393,82 393,82 0,00 393,82 Lamim 1.511 81,59 81,59 0,00 81,59 Manhuaçu 9.462 510,95 510,95 0,00 510,95 Mariana 46.186 2.494,04 2.494,04 2.018,42 2.018,42 475,62 48

Tabela 3.3 - Estimativa da carga orgânica gerada, removida e lançada pela população urbana dos municípios da UPGRH DO1, nos cenários atual e hipotético Cenário atual Cenário hipotético Carga lançada na Carga removida na bacia (kgdbo/d) População bacia (kgdbo/d) Carga Carga Carga urbana Se todas as ETEs em poluidora poluidora poluidora Se as ETEs fora de Se as ETEs em Se as ETEs em Se todas as ETEs em total que projeto, em obras e Município gerada na removida lançada na operação projeto obras projeto, em obras e lança fora de operação bacia na bacia bacia estivessem estivessem estivessem fora de operação esgoto na estivessem (kgdbo/d) (kgdbo/d) (kgdbo/d) operando operando operando estivessem operando bacia operando atualmente atualmente atualmente atualmente atualmente Marliéria 1.926 104,00 104,00 0,00 104,00 Matipó 13.832 746,93 746,93 552,73 552,73 194,20 Oratórios 3.241 175,01 0,00 175,01 0,00 175,01 Ouro Preto 47.795 2.580,93 57,60 2.523,33 385,34 2.019,55 2.404,89 176,04 Paula Cândido 4.936 266,54 0,00 266,54 0,00 266,54 Pedra Bonita 1.807 97,58 0,00 97,58 84,89 84,89 12,69 Pedra do Anta 2.192 118,37 0,00 118,37 0,00 118,37 Piedade de Ponte Nova 3.178 171,61 0,00 171,61 0,00 171,61 Pingo d'água 4.035 217,89 0,00 217,89 0,00 217,89 Piranga 5.958 321,73 18,65 303,08 18,65 303,08 Ponte Nova 51.185 2.763,99 0,00 2.763,99 1.658,39 1.658,39 1.105,60 Porto Firme 4.831 260,87 147,52 113,36 147,52 113,36 Presidente Bernardes 1.642 88,67 0,00 88,67 82,46 82,46 6,21 Raul Soares 15.484 836,14 24,81 811,33 35,28 60,08 776,06 Ressaquinha 523 28,24 0,00 28,24 0,00 28,24 Rio Casca 11.334 612,04 0,00 612,04 410,92 410,92 201,12 49

Tabela 3.3 - Estimativa da carga orgânica gerada, removida e lançada pela população urbana dos municípios da UPGRH DO1, nos cenários atual e hipotético Cenário atual Cenário hipotético Carga lançada na Carga removida na bacia (kgdbo/d) População bacia (kgdbo/d) Carga Carga Carga urbana Se todas as ETEs em poluidora poluidora poluidora Se as ETEs fora de Se as ETEs em Se as ETEs em Se todas as ETEs em total que projeto, em obras e Município gerada na removida lançada na operação projeto obras projeto, em obras e lança fora de operação bacia na bacia bacia estivessem estivessem estivessem fora de operação esgoto na estivessem (kgdbo/d) (kgdbo/d) (kgdbo/d) operando operando operando estivessem operando bacia operando atualmente atualmente atualmente atualmente atualmente Rio Doce 1.653 89,26 77,66 11,60 77,66 11,60 Rio Espera 2.403 129,76 9,72 120,04 9,72 120,04 Santa Cruz do Escalvado 1.730 93,42 14,18 79,24 14,18 79,24 Santa Margarida 7.626 411,80 197,03 214,77 197,03 214,77 Santana dos Montes 2.292 123,77 0,00 123,77 99,54 99,54 24,23 Santo Antônio do 3.365 181,71 0,00 181,71 0,00 181,71 Grama São Domingos do 269 14,53 0,00 14,53 0,00 14,53 Prata São Geraldo 622 33,59 0,00 33,59 0,00 33,59 São José do Goiabal 3.689 199,21 0,00 199,21 0,00 199,21 São Miguel do Anta 3.746 202,28 0,00 202,28 0,00 202,28 São Pedro dos Ferros 6.783 366,28 0,00 366,28 0,00 366,28 Sem-Peixe 1.507 81,38 0,00 81,38 53,82 53,82 27,55 50

Tabela 3.3 - Estimativa da carga orgânica gerada, removida e lançada pela população urbana dos municípios da UPGRH DO1, nos cenários atual e hipotético Cenário atual Cenário hipotético Município Carga lançada na Carga removida na bacia (kgdbo/d) População bacia (kgdbo/d) Carga Carga Carga urbana Se todas as ETEs em poluidora poluidora poluidora Se as ETEs fora de Se as ETEs em Se as ETEs em Se todas as ETEs em total que projeto, em obras e gerada na removida lançada na operação projeto obras projeto, em obras e lança fora de operação bacia na bacia bacia estivessem estivessem estivessem fora de operação esgoto na estivessem (kgdbo/d) (kgdbo/d) (kgdbo/d) operando operando operando estivessem operando bacia operando atualmente atualmente atualmente atualmente atualmente Senador Firmino 4.683 252,88 0,00 252,88 0,00 252,88 Senhora de Oliveira 3.256 175,82 122,38 53,44 122,38 53,44 Senhora dos Remédios 3.430 185,22 0,00 185,22 128,15 128,15 57,07 Sericita 3.718 200,77 0,00 200,77 151,04 151,04 49,73 Teixeiras 7.623 411,64 0,00 411,64 0,00 411,64 Ubá 398 21,49 0,00 21,49 0,00 21,49 Urucânia 7.946 429,08 63,00 366,08 343,26 406,26 22,82 Vermelho Novo 1.852 100,01 0,00 100,01 85,01 85,01 15,00 Viçosa 67.305 3.634,47 98,28 3.536,19 3.380,06 3.478,34 156,13 TOTAL 475.396 25.671,38 1.000,93 24.670,45 352,65 8.856,23 2.669,32 12.821,53 12.849,85 51

Figura 3.4 - Carga orgânica gerada no interior da UPGRH DO1 atualmente 52

Figura 3.5 - Carga orgânica lançada atualmente na UPGRH DO1 e percentual de remoção por localidade 53

Figura 3.6 - Carga orgânica que seria lançada no interior da UPGRH DO1 e percentual de remoção por localidade em um possível cenário futuro 54

4. DIRETRIZES

4 DIRETRIZES A partir da análise dos dados obtidos nas etapas de diagnóstico e prognóstico foram identificadas as principais deficiências dos municípios da UPGRH DO1 no que tange aos serviços de esgotamento sanitário. Em seguida, foram identificados os fatores causadores destas deficiências. As diretrizes foram elaboradas visando abordar as causas dos problemas e foram classificadas como micro e macrodiretrizes. As microdiretrizes tratam de proposições específicas de acordo com a realidade de cada município da UPGRH DO1 e são apresentadas no volume II da versão completa deste estudo. As macrodiretrizes abordam propostas gerais, que contemplam toda a UPGRH DO1, e são discutidas brevemente neste sumário. A priori são apresentados os problemas e posteriormente são apresentadas às diretrizes. Problema 1: Falta de Recursos Os municípios da UPGRH DO1 são em sua maioria pequenos, com menos de 10 mil habitantes na zona urbana. A principal atividade econômica desenvolvida na UPGRH DO1 é a agropecuária, que rende uma pequena receita para os municípios. Outra fonte de recursos é através do Fundo de Participação dos Municípios, no qual é repassado, pela União, um valor proporcional ao número de habitantes. Porém, estes valores são insuficientes para que as administrações possam atender a todas as demandas dos municípios. A falta de conhecimento e conscientização a respeito do saneamento faz com que esse setor fique em segundo plano para recebimento de recursos, e acaba prejudicado. Não há, portanto, recursos para elaboração de projeto e implantação de sistema de tratamento, para elaboração de Plano Municipal de Saneamento Básico e para manutenção das ETE existentes. A grande maioria dos municípios que não possui sistema de esgotamento sanitário relatou a falta de recursos como motivo da ausência. Este problema foi citado em 33 municípios, correspondendo a 48% dos municípios que lançam seus esgotos dentro da UPGRH DO1. Diretriz: Os recursos da União para que os municípios possam investir em saneamento, são em sua maioria provenientes do PAC, e repassados através da Funasa e do Ministério das Cidades. Porém, os municípios têm encontrado dificuldades em obter tais recursos, por diversos motivos, inclusive pela sobrecarga desses órgãos 56

financiadores, que possuem uma demanda a nível nacional. Esta diretriz será tratada no Problema 2, a seguir. Da mesma forma, o problema de falta de recursos está atrelado a vários outros que foram citados pelos representantes da prefeitura, como: ausência de corpo técnico, dificuldades de implantação de tarifação, falta de conscientização da população, falta de planejamento urbano e problemas com mudança de gestão. Todos esses problemas serão tratados a seguir com suas respectivas diretrizes. Deste modo, espera-se que os municípios tenham mais facilidade em obter os recursos para investimento em projetos e obras de infraestruturas dos SES. Problema 2: Falta de informações sobre a obtenção de recursos Alguns representantes dos prestadores de serviços de esgotamento sanitário relataram possuir informações insuficientes para pleitear recursos destinados ao investimento em saneamento básico junto ao governo federal e sobre qual o procedimento para obtê-los. Esta situação foi particularmente comum quando a prefeitura exercia diretamente a prestação dos SES. Estes municípios deixam de solicitar os recursos, e quando solicitam, muitas vezes tem seus projetos recusados por não atender aos critérios e normas de projeto. São municípios que possuem pouco desenvolvimento, mantendo condições precárias de saneamento básico. Normalmente apresentam rede coletora incompleta e problemática, os sistemas de tratamento de esgoto quando não estão ausentes são pouco expressivos em termos de atendimento à população. Como via de regra esses municípios não possuem Plano Municipal de Saneamento Básico. Este problema foi citado em 2 municípios, correspondendo a 3% dos municípios que lançam seus esgotos dentro da UPGRH DO1. Diretriz: Nos PITEs anteriores (PITE Piracicaba e PITE Pará), foi elaborado um Guia de Captação de Recursos, que apresenta os órgãos de fomento aos projetos e obras relacionadas ao saneamento básico, quais as modalidades de financiamento e os passos para solicitar recursos. Este guia encontra-se disponível no apêndice 8.9 no volume I deste Plano. Problema 3: Ausência de corpo técnico 57

Além da falta de informação sobre obtenção de recursos, outro motivo que atrasa o desenvolvimento dos municípios da UPGRH DO1 no setor de saneamento é a ausência de corpo técnico. Esta ausência também é responsável pela má operacionalidade de várias ETE. Muitos municípios não possuem em seu quadro de funcionários profissionais com formação técnica na área de saneamento e meio ambiente. Estes profissionais poderiam orientar os gestores, elaborar, regularizar e validar projetos, além de realizar a operação e manutenção adequada das ETE. Este problema foi citado em 11 municípios, correspondendo a 16% dos municípios que lançam seus esgotos dentro da UPGRH DO1. Diretriz: Para solucionar o problema da ausência de corpo técnico nos municípios, sugere-se a admissão de profissionais capacitados nas áreas de saneamento e meio ambiente preferencialmente via concurso público, para compor o quadro de funcionários das Prefeituras. Uma forma de assegurar a sustentabilidade econômicofinanceira dos serviços públicos de saneamento, o que incluiriam as despesas relativas à admissão desses profissionais, seria a sua tarifação. A de implantação da cobrança pelos serviços de esgotamento sanitário será discutida no problema 4. Problema 4: Dificuldade em implantar tarifação Muitos municípios não realizam cobrança de tarifa pela coleta e tratamento de esgotos, o que interfere na manutenção das ETE, que são mantidas com recursos próprios das prefeituras, provavelmente derivados do Fundo de Participação Municipal. Há receio, por parte dos gestores, que a implantação de tarifa faça com que eles percam votos na próxima eleição. Este problema foi citado em 10 municípios, correspondendo a 14% dos municípios que lançam seus esgotos dentro da UPGRH DO1. Diretriz: A Lei Federal 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, assegura a sustentabilidade econômicofinanceira dos serviços públicos de saneamento. A lei apresenta as condições de tarifação. Sugere-se que o Governo do Estado oriente os municípios sobre a lei e como aplicá-la. 58

Problema 5: Dificuldade na obtenção de terreno A obtenção de terreno para construção de estações de tratamento de esgotos é um problema em alguns municípios da UPGRH DO1. A dificuldade em se negociar com o proprietário e definir um valor, a resistência da vizinhança, já que a ETE pode apresentar mau cheiro e desvalorizar a região e a característica de relevo de Minas Gerais, em que predominam as montanhas, são empecilhos para uma rápida e efetiva implementação de ETE. Este problema foi citado em 8 municípios, correspondendo a 12% dos municípios que lançam seus esgotos dentro da UPGRH DO 1. Diretriz: A implantação de sistema de esgotamento sanitário é uma normativa estabelecida por legislação vigente nas esferas Estaduais e Federais, a saber, Lei Estadual nº 2.126/60 e as Leis Federais nº 6.938/81 e 9.605/98 vedam o lançamento de efluentes não tratados nos cursos d água. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê o princípio da função social da propriedade onde determina que a propriedade urbana deva atender, prioritariamente, ao interesse da coletividade. O direito individual sobre a propriedade fica, portanto, limitado ao interesse coletivo. Deste modo, os municípios devem caminhar em busca de um modelo de cidade que atenda aos anseios da população como um todo. O Estatuto das Cidades previsto por Lei Federal 10.257 de 10 de julho de 2001, no artigo 1 Parágrafo único prevê: Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. No artigo 2º e seus incisos I, III, IV, V, VI e alínea g da mesma lei destaca-se: Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: I garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao 59

transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; (...) III cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social; IV planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; V oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais; VI ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: g) a poluição e a degradação ambiental; É de responsabilidade dos municípios realizar o devido Planejamento Urbano servindose das diretrizes instituídas no Capitulo II Dos Instrumentos da Política Urbana Seção I dos Instrumentos Gerais da Lei Federal 10.257 de 10 de julho de 2001 em seu artigo 4º e seus incisos. Diante do exposto, destaca-se que a escolha da área da para construção das ETE deve ser priorizada, visto que se trata de uma obra visando a coletividade, bem como manter o equilíbrio ambiental para as futuras gerações. Problema 6: Problemas de manutenção Neste problema foram agrupadas as seguintes dificuldades informadas pelos representantes das prefeituras: ocorrência de entupimento das redes por lançamento de materiais sólidos juntamente com o esgoto, a exemplo de restos de vestimenta/malharias; necessidade de reforma de rede coletora antiga; obras de interceptores mal executadas; ETE fora de operação funcionando como caixa de passagem. Ressalta-se que este último ocorre em vários municípios, mas não foi em todos que ele foi citado como uma dificuldade para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário. De maneira geral, do ponto de vista da administração pública, parece haver um entendimento de que as obras de saneamento não precisam de manutenção. Na maioria dos casos da UPGHR DO1, houve abandono das obras em 60

andamento ou já concluídas, cada qual por um motivo detalhado no Diagnóstico volume II. Do ponto de vista da população, falta entendimento do funcionamento da rede de esgotamento sanitário. O uso indevido do vaso sanitário, ralo do banheiro, ralo da pia da cozinha e caixa de gordura impactam todo o sistema de esgotamento sanitário, pois estes itens podem ser vistos como a primeira etapa do tratamento de esgoto já na fonte geradora. Este problema foi citado por seis representantes das prefeituras, correspondendo a 9% dos municípios que lançam seus esgotos dentro dos limites da UPGRH DO1. Diretriz: A população deve ser notificada dos problemas que tem causado na tubulação sempre que houver ocorrência de entupimentos da rede coletora. Mesmo que não seja possível identificar um ou mais usuários responsáveis, se for possível identificar uma rua ou um bairro cujos esgotos contribuem para determinada tubulação com problema, a prefeitura ou autarquia responsável pelo esgotamento sanitário deve realizar uma campanha de conscientização da população. No tocante à administração pública, é necessário manter pessoal capacitado para identificar e solucionar problemas em todo o sistema de esgotamento sanitário. O Estado e comitês de bacia podem atuar na capacitação de pessoal das prefeituras e operadores de ETE para que os sistemas recebam a operação e manutenção necessárias para seu correto funcionamento. Problema 7: Falta de planejamento urbano Neste problema, foram agrupadas as dificuldades para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário da UPGRH DO1 informadas pelos representantes das prefeituras como: falta de planejamento do município; e ocupação desordenada. A primeira dificuldade citada pode ser entendida como a não prioridade para investimento de recursos humanos e financeiros no desenvolvimento do sistema de esgotamento sanitário em detrimento de outras áreas nas quais a prefeitura precisa atuar. A segunda pode ser entendida como dificuldades técnicas na implantação de rede de coleta de esgoto, que diante da ocupação desordenada do território, torna-se de maior complexidade do que numa situação na qual a ocupação do território, ou seja, os loteamentos da área urbana, tivesse sido planejada. Este problema foi citado 61

por quatro representantes das prefeituras, correspondendo a 6% dos municípios que lançam seus esgotos dentro dos limites da UPGRH DO1. Diretriz: O governo federal já detectou este problema e, na Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico já orienta os municípios a praticarem o planejamento de suas ações. Esta lei foi regulamentada pelo Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010 e em 21 de março de 2014, este decreto teve redação alterada pelo Decreto nº 8.211, definindo que após 31 de dezembro de 2015, a existência do plano será condição para o acesso a recursos orçamentários da União e financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico. Esta medida visa proteger o recurso público de investimentos que não trarão benefícios para a população, tal qual há diversos exemplos no Diagnóstico volume II. De certa forma, também tem o papel de incentivar os municípios a se organizarem para poderem, futuramente, usufruir dos recursos da União. Portanto, no atual período, os municípios estão dentro do prazo legal para se organizarem. Cabe à população cobrar atuação de seu município, principalmente pelo processo participativo que se deve dar a construção dos planos municipais de saneamento básico. Problema 8: Problemas com a mudança de gestão Neste problema foram agrupadas as dificuldades para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário da UPGRH DO1 informadas pelos representantes das prefeituras como: recursos perdidos com a mudança de gestão; troca de gestão provoca descontinuidade das ações; perda de informações devido à mudança da administração municipal; e, de maneira geral, foi citado nova administração, mudança de gestão e troca de gestão como dificuldades para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário da UPGRH DO1. Este problema foi citado por 10 representantes das prefeituras, correspondendo a 14% dos municípios que lançam seus esgotos dentro dos limites da UPGRH DO1. Diretriz: Para este problema, sugere-se a criação, pelo Estado, de um cadastro de representante municipal em saneamento, ou seja, uma pessoa que será responsável 62

pela prestação de informações perante órgãos estaduais sobre a situação do sistema de esgotamento sanitário do município (ou das quatro áreas do saneamento). Em caso de substituição do representante, este deverá atualizado no cadastro junto ao Estado. Concomitantemente, sugere-se a capacitação, a cada quatro anos, desses representantes municipais através da promoção de Oficinas para Capacitação na Área de Sistemas de Esgotamento Sanitário, a exemplo das que foram implementadas para capacitação de operadores de ETE. A implementação dessas oficinas foi resultado de um convênio estabelecido entre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Sisema e a Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, com apoio do Comitê de Bacia do Rio das Velhas - CBH Velhas. Essa iniciativa configurou-se como uma das ações propostas no Projeto Estratégico de Revitalização da Bacia do Rio das Velhas: Meta 2014. Sugere-se que convênios desse tipo sejam multiplicados para beneficiar os municípios da UPGRH D01, bem como as demais bacias hidrográficas do estado de Minas Gerais. Nessas oficinas de capacitação, seria possível esclarecer aos representantes sobre os conceitos básicos na área de saneamento e também conscientizá-los acerca da importância do cumprimento dos PMSB, das ações a serem implementadas, bem como da atualização dos referidos planos nos prazos previstos na Lei 11.445/2007, e na manutenção e operação adequada dos sistemas de tratamento de esgoto, garantindo dessa forma a qualidade dos corpos d água. 63

5.REFERÊNCIAS

5 REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto 7.217 de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 2010. BRASIL. Lei 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 2007. CHERNICHARO, C.A.L., 2007. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias Reatores anaeróbios. Volume 5. 2ª edição. 380 p. Belo Horizonte, 2007. FEAM, 1996. Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais. Enquadramento da Bacia do Rio Piracicaba. Fase II - Avaliação da Condição. Belo Horizonte, 1996. IBGE, 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. Disponível em: <www.censo2010.ibge.gov.br>. Acesso em: 5 de abril de 2012. IBIO, 2012. Instituto Bioatlântica. Cobrança pelo uso da água na Bacia do Doce. Disponível em: <http://ibio.org.br/faq-cobranca-pelo-uso-da-agua-na-bacia-do-doce/>. Acesso em 12 de julho de 2012. IGAM, 2012a. Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais no Estado de Minas Gerais. Relatório Trimestral 2012. 1º Trimestre de 2012. Disponível em <www.igam.mg.gov.br>. Acesso em: 6 de agosto de 2012. IGAM, 2012b. Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Planilha IQA 2011 Doce. Dado Interno. IGAM, 2010. Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Mapa UPGRH de Minas Gerais, 2010. Disponível em: <http://www.igam.mg.gov.br/geoprocessamento/mapas>. Acesso em 10 de junho de 2012. MINAS GERAIS. Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 1, de 5 de maio de 2008. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Belo Horizonte: Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais COPAM e Conselho Estadual de Recursos Hídricos CERH, 2008. MINAS GERAIS. Deliberação Normativa COPAM N 09, de 19 de abril de 1994. Dispõe sobre o enquadramento da Bacia do Rio Piracicaba. Belo Horizonte: Diário do Executivo Minas Gerais, 1994. MINAS GERAIS. Deliberação Normativa COPAM N 74, de 09 de setembro de 2004. Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de 65

empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências. Belo Horizonte: Diário do Executivo Minas Gerais, 2006. MINAS GERAIS. Deliberação Normativa COPAM N 96, de 12 de abril de 2006. Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos e dá outras providências. Belo Horizonte: Diário do Executivo Minas Gerais, 2006. MINAS GERAIS. Deliberação Normativa COPAM N 128, de 27 de novembro de 2008. Altera prazos estabelecidos pela Deliberação Normativa COPAM 96 / 2006 que convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos e dá outras providências. Belo Horizonte: Diário do Executivo Minas Gerais, 2008. MINAS GERAIS. Lei 18.030 de 12 de janeiro de 2009. Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios. Belo Horizonte: Diário do Executivo Minas Gerais, 2009. PARH Piracicaba, 2010. Plano de Ação de Recursos Hídricos da Unidade de Planejamento e Gestão DO2. Consórcio EcoPlan Lume. PIRH Doce, 2009. Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce: Considerações sobre o Enquadramento das Águas da Bacia do Rio Piracicaba. VON SPERLING, M., 2005. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias: Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos, volume 1; 3. ed.; Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental UFMG; 2005, 452 p. 66

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