CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA PRODUÇÃO LEITEIRA E DIAGNÓSTICO RURAL PARTICIPATIVO COM AGRICULTORES FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE ITAPUCA-RS. ADRIÉLI GEREVINI Orientador: Profa. Dra. Susana Cardoso Coorientadora: Dra. Alessandra Matte 08 de dezembro de 2017.
INTRODUÇÃO Transformações constantes no cenário da bovinocultura leiteira: Oscilações de Produção; Variações de Preços; Desvalorização da matéria-prima. Relevância da atividade leiteira para o Rio Grande do Sul. A atividade de Bovinocultura leiteira no município de Itapuca RS.
OBJETIVOS Objetivo Geral Realizar uma caracterização contemplando os aspectos socioeconômicos da produção leiteira por meio de um diagnóstico rural participativo com agricultores familiares do município de Itapuca/RS.
Objetivos Específicos Identificar as características socioeconômicas do grupo de agricultores familiares que desenvolvem atividade leiteira no município de Itapuca/RS; Conhecer o contexto e a realidade local, descrita pelos agricultores familiares, por meio de um método participativo; Analisar quais os desafios e avanços necessários para a melhoria da atividade na perspectiva dos agricultores familiares.
JUSTIFICATIVA Conhecimento da realidade dos agricultores familiares do município; Proporcionar espaços participativos de interação comunitária; Caracterização e diagnóstico dos desafios e avanços para o desenvolvimento rural pelos agricultores, enquanto protagonistas do processo. Valorização das vivências, da realidade, das necessidades, das fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças da atividade leiteira.
AGRICULTURA FAMILIAR, BOVINOCULTURA LEITEIRA E OS MÉTODOS PARTICIPATIVOS AGRICULTURA FAMILIAR: Origem e expansão da agricultura ( Miguel, 2009). Agricultura Familiar no contexto atual ( Brasil, 2006). - Agricultura Familiar maior responsável pela produção de alimentos (IBGE, 2006). - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar- PRONAF (Brasil, 1996) BOVINOCULTURA LEITEIRA - A bovinocultura leiteira como promotora de Desenvolvimento Rural no RS ( Silva Neto; Basso, 2005) - A Atividade leiteira no município de Itapuca-RS. - As Habilidades Sociais das Cooperativas. ( Magalhães, 2009).
Fonte: Sebrae, 2013 MÉTODOS PARTICIPATIVOS - A importância da Extensão Rural e dos Métodos Participativos de Diagnóstico e Análise (Caporal; Ramos, 2006; Wagner, 2011) - Diagnóstico Rural Participativo (Chambers; Guijt, 1995; Verdejo, 2009; Wagner, 2011) - Matriz FOFA (SWOT). (Sebrae, 2013)
METODOLOGIA Conhecer a realidade local:
A escolha do Grupo: Diagnóstico Rural Participativo- DRP. Entrevistas e caminhada nas Propriedades Rurais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO Diagnóstico Rural Participativo do Grupo - DRP
Caracterização das Famílias e da Atividade: - Média de 28,5 hectares de área de terra; - Atividades produtivas: -Bovinocultura leiteira -Suinocultura em integração - Soja - Gado de Corte - Tabaco - Todas as famílias exercem a atividade a mais de 10 anos. - A Atividade corresponde de 50% a 70% da renda total das propriedades. - Dispõe de mão de obra familiar- Pais e filhos; Média de 3 pessoas por propriedade.
- Divisão do trabalho: - Jovens não recebem remuneração, nem participação nos lucros. - Questões de Gênero. - Fatores produtivos: - Média de 17 animais por propriedade; - Média de produção de 16 litros/vaca/dia;
Instalações:
- Quanto a comercialização: - Empresa de Laticínios 5 famílias - Cooperativa Cosuel 2 famílias - Recebem a média de R$ 0,99 por litro de leite. - Estimativa de custos de produção corresponde a 57%. - Quanto ao grau de satisfação com a Atividade: Encontram-se satisfeitos com a bovinocultura leiteira, considerando que nenhuma outra atividade agrícola é tão lucrativa, gostam de trabalhar com os animais, tem uma renda mensal, pensam em aumentar a produtividade e abandonar outras atividades agrícolas e consideram a bovinocultura leiteira a melhor opção.
CONCLUSÕES Métodos Participativos são importantes ferramentas para a caracterização do contexto local; Atividade Leiteira é uma boa atividade agrícola para os agricultores familiares de Itapuca, considerando: - O desenvolvimento em pequenas áreas de terra; - Não exige muito esforço físico, se comparado com outras atividades; - Dispõe de mão de obra familiar; - Tem Comercialização garantida; - Renda mensal para a manutenção familiar; A Atividade leiteira possibilita o processamento da matériaprima. Possibilita a sucessão familiar, embora percebe-se a falta de autonomia dos jovens. Desvalorização e falta de empoderamento das mulheres. Falta infraestrutura adequada. Enorme potencial de desenvolvimento rural; Criação e utilização de Políticas Públicas;
REFERÊNCIAS ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL. Base de dados. 2015. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/download/>. Acesso em: 10 out. 2017. BRASIL. Decreto de Lei 1946, de 28 de Junho de 1996, Cria o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, e dá outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, 01 jul.1997, Seção 1. p.11854. BRASIL. Lei Nº 11.326, de 24 de Julho de 2006, Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, 25 jul. 2006, Seção 1. p. 1. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Disponível em: http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/o-que-%c3%a9-agricultura-familiar. Acesso em: 08 nov. 2017 CAPORAL, Francisco Roberto; RAMOS, Ladjane de Fátima. Da extensão rural convencional à extensão rural para o desenvolvimento sustentável: enfrentar desafios para romper a inércia. 2006. CHAMBERS, R.; GUIJT, I. DRP: depois de cinco anos, como estamos agora?. Quito, Revista Bosques, Árvores e Comunidades Rurais. N. 26, março, 1995. p 4-15. FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA- FEE. Dados município de Itapuca. 2013. Disponível em: <https://www.fee.rs.gov.br>. Acesso em 4 nov. 2017 GAZOLLA, M. Agricultura familiar, segurança alimentar e políticas públicas: uma análise a partir da produção para o autoconsumo no território Alto Uruguai/RS. 2004. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Rural). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, Porto Alegre, 2004. GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. 120 p. GRIMARÃES, R. R. Métodos e Técnicas de Diagnóstico Participativo em Sistemas de Uso da Terra. Manaus: Embrapa Amazônia Ocidental, 2007. 32 p. (Embrapa Amazônia Ocidental. Documentos; 53). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. Censo Agropecuário, 2006. Tabela 2512 - Produção e Venda de leite de vaca no ano nos estabelecimentos agropecuários, com agricultura familiar e não familiar, por condição do produtor em relação às terras, grupos de cabeças de bovinos, grupos de atividade econômica e grupos de área de pastagem (MDA). Rio de Janeiro: IBGE, 2006. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/2512. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. MAGALHÃES, R. S. A masculinização da produção de leite. Rev. Econ. Sociol. Rural, Brasília, v. 47, n. 1, Jan./Mar. 2009. p. 275-299. MAGALHÃES, R. S. Habilidades sociais no mercado de leite. Rev. adm. empres., São Paulo, v. 47, n. 2, p. 15-25. Apr./June 2007. MAZOYER, M.; ROUDART, L. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporânea. Brasília/ São Paulo: NEAD/ MDA e Editora da UNESP, 2010. MIGUEL, Lovois de Andrade. Dinâmica e Diferenciação de Sistemas Agrários. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2009. NETO, B. S.; BASSO, D. A produção de leite como estratégia de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul. Desenvolvimento em Questão, Ijuí, v. 3, n. 5, jan./jun. 2005. p. 53-72. OLIVEIRA, T. B. A. et al. Índices técnicos e rentabilidade da pecuária leiteira. Scientia Agricola, v. 58, n. 4, p. 687-692, out./dez. 2001. RAMALHO, W. D. Portal de periódicos da CAPES: uma análise do conteúdo mediante a aplicação da ferramenta SWOT. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Porto Alegre, 2015. REDIN, Osmar; MACHADO, Carlos Alberto D.F. Sistemas de Ordenha. Porto Alegre: Ideograf, 2016, 1ª edição. 238 p. SEBRAE. Como elaborar um plano de negócios. Brasília. SEBRAE, 2013. 164p. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sebrae/portal%20sebrae/anexos/como%20elaborar%20um%20plano_baixa.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2017. VERDEJO, M. E. Diagnóstico rural participativo: guia prático DRP. Brasília, DF: MDA/Secretaria da Agricultura Familiar, 2006. 62 p. VERDEJO, M. E.; COTRIM, D. S.; RAMOS, L. F. Diagnóstico Rural Participativo: um guia prático. Brasília, Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2006. WAGNER, S. A. (Org.). Métodos de Comunicação e participação nas atividades de extensão rural. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. (Universidade Aberta do Brasil UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS)
Muito Obrigada! Adriéli Gerevini 08 de dezembro de 2017