Palavras-chave: Síndrome do cão nadador, genu recurvatum, pectus excavatum. Keywords: Swimmer puppy, genu recurvatum, pectus excavatum.

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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DA BANDAGEM FUNCIONAL NA SÍNDROME DO CÃO NADADOR COMPARATIVE STUDY BETWEEN TECHNIQUES OF FUNCTIONAL BANDAGE APLICATION IN SWIMMER DOG SYNDROME Viviane Medeiros da SILVA 1 ; Hélio Noberto de ARAÚJO JÚNIOR 1 ; Thayane Dayse Rodrigues da CUNHA 1 ; Juliana Rafael de QUEIROZ 1 ; Lorena Nogueira MARTINS 1 ; Rafaela Soares de ALENCAR 1 ; Rosivaldo DELFINO 2 1 Graduando em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA. Viviane_m123@hotmail.com 2 M.V., Clínico de animais de companhia, Fortaleza- CE. Resumo: A síndrome do cão nadador (SCN) é uma afecção que pode acometer tanto os animais de companhia como os de produção. Ocorre frequentemente em raças condrodistróficas e de patas curtas como: Basset hound, Scottish terrier e Bulldog inglês. Essa patologia é caracterizada pela hiperextensão das articulações tíbiofemoro-patelar e tíbio-társica, e pela hiperflexão bilateral da articulação coxofemoral, estando comumente associada às enfermidades como genu recurvatum, pectus excavatum, luxação medial das patelas e menos frequente ao sopro cardíaco. Foram utilizados 4 cães, com 15 dias de idade, diagnosticados com SCN. Objetivouse avaliar o uso de bandagem funcional, aplicando técnicas distintas, sendo elas: bandagem elástica, apenas com esparadrapo, atadura associado a esparadrapo e liga elástica confeccionada através de luva látex de procedimento associado a esparadrapo. Palavras-chave: Síndrome do cão nadador, genu recurvatum, pectus excavatum. Keywords: Swimmer puppy, genu recurvatum, pectus excavatum. Introdução: A síndrome do cão nadador (SCN), também conhecida como síndrome do cachorro plano é uma patologia que geralmente ocorre entre a 2 e 3 semana de vida, concomitante à fase onde o animal começa a se movimentar. Essa disfunção é relatada principalmente em animais de raças condrodistróficas e de patas curtas Anais do 38º CBA, 2017 - p.2116

como o Basset round, Scottish terrier e Bulldog inglês, porém, há relatos em cães sem raça definida. (NELSON e COUTO, 2001). A causa desta doença é desconhecida, sendo descrita como uma anormalidade músculo-esquelética do crescimento (DENNY e BUTTERWORTH, 2006), associada como causas primárias: fatores genéticos e ambientais, atraso na mielinização ou alteração metabólica derivada da alimentação da mãe com uma dieta excessivamente rica em proteínas (PENHA et al., 2001; MELLO et al., 2008). Constitui-se de uma anormalidade de desenvolvimento do filhote, na qual os membros, principalmente os pélvicos, encontram-se abduzidos e o movimento para frente é alcançado por movimentos pedalantes laterais (MELLO et al., 2008). A doença caracteriza-se por: hiperextensão das articulações tíbio-femoropatelar e tíbio-társica e hiperflexão bilateral da articulação coxofemoral (PENHA et al., 2001). Esta síndrome comumente está associada a outras enfermidades, tais como genu recurvatum, pectus excavatum, e sopro sistólico inocente (NELSON e COUTO, 2001). Genu recurvatum é uma patologia ortopédica rara caracterizada pela luxação das articulações do joelho e jarrete. Enquanto o pectus excavatum é uma anormalidade do esterno, caracterizado por seu desvio dorsal e resultante compressão dorsoventral do tórax. É uma condição congênita que poderá ser adquirida também, sendo a etiologia da forma congênita pouco compreendida. Há teorias que incluem diminuição do tendão diafragmático central, musculatura diafragmática anormal ou pressão intrauterina anormal (FOSSUM et al., 1989). Quando os sinais clínicos são observados precocemente, os animais acometidos pela síndrome aparentemente mostram-se fracos pela falta de habilidade na posição de estação, e ao movimentar-se. A falta de suporte do esqueleto apendicular resulta em compressão dorsoventral do tórax, abdômen e pelve, o que caracteriza o movimento de natação. Podem ocorrer sinais de dispnéia em casos de grave compressão torácica, constipação como sequela da compressão abdominal e pélvica, além de úlceras causadas pelo decúbito (PEARSON, 1973). Metodologia e Métodos Três cães da raça Dachshund, irmãos, foram atendidos no Hospital Veterinário Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia (HOVET-UFERSA), examinados e diagnosticados com a SCN. Anais do 38º CBA, 2017 - p.2117

Objetivou-se avaliar o uso da técnica de bandagem funcional em forma de algema, utilizando diferentes materiais. No animal 1 utilizou-se bandagem elástica, no animal 2 adotou-se apenas o esparadrapo, no animal 3 usou-se atadura associada a esparadrapo, e no animal 4 empregou-se liga elástica confeccionada com luva látex de procedimento associado a esparadrapo. Ambos iniciaram o tratamento aos 15 dias de vida e foram inseridos em outro ambiente, mudando-os do piso liso para o tapete antiderrapante. Resultados e Discussão: A bandagem funcional consiste na técnica utilizada para conter, imobilizar e estabilizar, alterando a mecânica dos segmentos afetados, permanecendo o membro afetado em repouso, melhorando a função básica e reforcançando os aspectos bio-fisiológicos do local, não afetando outras funções e/ou a mecânica vinculada no segmento tratado (DUARTE e FORNASARI, 2004). Segundo Campos et al. (2006) as bandagens apresentam a capacidade de acelerar a melhora clínica do animal e diminuir as recidivas quando associados à fisioterapia. O uso da bandagem funcional refere-se à utilização de fita protetora, que adere a pele de determinada articulação ou membro, fornecendo apoio e proteção aos tecidos moles sem limitar desnecessariamente suas funções. Pode ser aplicada antes ou depois da ocorrência de lesões, no tratamento em estágio inicial ou avançado (apud SILVA, 1999). A liga elástica fornece força de tração nos membros ao serem movimentados, o que melhora a condição muscular do membro afetado. A bandagem é um instrumento terapêutico essencial para a recuperação e reabilitação. A circulação se torna melhor através do movimento, o edema é controlado, na qual permite a continuação do condicionamento e fortalecimento corporal que são comumente perdidos após as lesões, mantém a habilidade e reações devido aos fatores inibitórios como a dor (SALGADO, 2002). O tratamento 1 baseou-se na utilização de bandagem elástica, apresentando inicialmente resultados insatisfatórios, tendo em vista a compressão da circulação sanguínea na extremidade dos membros e consequentemente edema. Retirou-se a bandagem, e após o desaparecimento do edema, repetiu-se o procedimento. Devido a recidiva do edema, a bandagem foi removida, somando 40 dias desde o início do Anais do 38º CBA, 2017 - p.2118

tratamento. Outra desvantagem no uso da bandagem elástica decorre do preço elevado, quando comparado com outros materiais. Para o tratamento 2, usou-se bandagem feita apenas com esparadrapo. A correção da síndrome ocorreu após 35 dias. Contudo, a desvantagem apresentada pelo uso do esparadrapo foi queimadura na pele, sendo necessário tratar a lesão secundariamente. Empregou-se para o tratamento 3, atadura com esparadrapo. Este procedimento apresentou bons resultados, sendo corrigida a movimentação dos membros afetados, permitindo que o animal andasse normalmente, após 30 dias de tratamento. A principal desvantagem no uso desses materiais ocorre devido à necessidade da utilização de fralda no paciente, pois as excreções umidificam a atadura e permitem a contaminação, além do odor fétido. Caso não seja optado pelo uso da fralda, a algema confeccionada com atadura associada com esparadrapo deverá ser trocada no mínimo a cada dois dias. No tratamento 4, adotou-se liga confeccionada com luva látex de procedimento associado a esparadrapo. Neste tratamento, a síndrome do cão nadador foi corrigida após 25 dias, demonstrando serem os melhores materiais. As principais vantagens na utilização destes materiais para esta técnica incluem: baixo custo, fácil confecção e fácil manipulação. Além disso, por ser impermeável, limita a umidade e contaminação do local, portanto, a troca ocorre em menor frequência. Conclusão: Observou-se que a liga de luva látex apresentou melhor resultado, promovendo menor desconforto e maior bem estar ao animal, realizado através do método de bandagem funcional em forma de algema. Seguida pela utilização de atadura associada a esparadrapo, apenas esparadrapo, e bandagem elástica, respectivamente. Referências: CAMPOS, L.; PALMA, R.; SANTOS, R. A. Efeitos da Bandagem Funcional em paciente com tendinite e tenossinovite. São Paulo Brasil., set. 2006. DENNY, H. R.; BUTTERWORTH, S. J. Membros traseiros - Joelhos; In: Cirurgia Ortopédica em cães e gatos. 4. ed. São Paulo: Roca, 2006. p. 399-400. Anais do 38º CBA, 2017 - p.2119

DUARTE, M.; FORNASARI, C. Bandagem funcional e fotometria. Revista Fisio&Terapia, n.46, p.12-14, 2004. FOSSUM, T. W.; BOUDRIEAU, R. J.; HOBSON, H. P.; RUDY, R. L. Surgical correction of pectus excavatum, using external splintage in two dogs and a cat. Journal of the American Veterinary Medical Association, v.195, n.1, p. 91-97, 1989. MELLO, F. P. S.; NEUWALD, E. B., ALIEVI, M. M. Síndrome do cão nadador relato de 4 casos. VIII Salão de iniciação cientifica Ed. Educacional, VIII Mostra Cientifica, I Feira de Extensão, Uruguaiana, v.32, n.61, 2008. NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 1084 p. PEARSON, J. L. Pectus excavatum in the dog (a case report). Veterinary medicine, small animal clinician: VM, SAC, v.68, n.2, p.125-128, 1973. PENHA, E. M.; STEFANES, S.A.; PADILHA FILHO, J.G.; SOUSA, M. G.; D OREA. Genu recurvatum bilateral em cão: relato de caso. Anais do Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária, v.28, p.35, 2001. SALGADO, A. S. I.; PARREIRA, R. B.; CECI, L. A. Aplicação de bandagens funcionais como recurso no tratamento de lesões nos atletas tratados na Clínica de Fisioterapia Salgado. Revista Fisio Magazine, v.1, p.30-33, 2002. SILVA, L. I. Manual de bandagem esportiva. Rio de Janeiro: Sprint, 1999. 274 p. Anais do 38º CBA, 2017 - p.2120