Soluções estratégicas em economia
A Nova Política de Telecom O plano de Conectividade e seu financiamento Fontes de Financiamento. Saídas? Demanda
Reflexos da crise econômica Banda Larga Fixa e Móvel: expansão e perspectivas Saídas?
Reflexos da crise econômica Banda Larga Fixa e Móvel: expansão e perspectivas Saídas?
Dimensão da crise econômica brasileira O PIB não caia dois anos seguidos desde 1930/31. Em 2015/2016 a queda acumulada foi de 7,2% Deve haver um resultado positivo tímido este ano (+0,5%) Resultado brasileiro destoa do observado no mundo e nos BRICS Variação real do PIB (%) 7,5% Internacional (crescimento do PIB) 2010 2016 2015-2016 Mundo 22,4% 5,2% 4,0% 6,1% 5,1% -0,1% 4,0% 3,0% 1,9% 0,5% 0,5% 3,0% 3,4% 2,3% União Euro. 9,7% 4,1% EUA 15,6% 4,3% China 72,4% 14,1% Rússia 11,6% -3,0% -3,8% -3,6% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: IBGE. Elaboração LCA 2018 2019 2020 Índia 64,1% 15,7% África do Sul 15,2% 1,6% Brasil 9,4% -7,2% Fonte: Banco Mundial. Elaboração LCA 5
Dimensão da crise econômica brasileira (cont.) PIB per capita deve voltar aos mesmos níveis de 2013 apenas em 2021 PIB per capita (R$ de 2016) R$34.000 R$33.434 R$32.000 R$30.000 R$28.000-9,3% R$30.335 R$26.000 R$24.000 R$22.000 R$20.000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: IBGE. Elaboração LCA 2018 2019 2020 2021 2022 6
Pessoal Desocupado (Milhões) Impacto da crise no consumo O consumo das famílias caiu 8,0% em 2015/2016, mais do que a queda do PIB total Queda do consumo das famílias é reflexo do aumento do desemprego e a consequente queda da renda disponível para consumo Pessoas desocupadas e taxa de desemprego 15,0 13,5 12,0 10,5 9,0 7,5 6,0 4,5 3,0 1,5 0,0 8,3 8,1 7,8 8,1 8,6 7,7 7,2 13,1% 7,1 7,0 6,7 11,5% 12,1% 11,9% 11,8% 11,4% 10,9% 9,2% 8,8% 8,4% 8,5% 8,1% 7,4% 7,4% 7,1% 6,8% 8,5% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016,0 2017 2018 Taxa de Desemprego Pessoal Desocupado Fonte: IBGE PNAD Contínua Elaboração LCA 11,8 13,6 12,5 12,5 12,5 12,2 11,8 2019 2020 2021 2022 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 7
jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 Impacto da crise no consumo (cont.) Endividamento das famílias (% da renda acumulada em 12 meses) 41,1% 43,1% 44,7% 45,7% 45,9% 43,3% 41,7% 37,7% 31,6% 34,0% 27,2% 23,7% 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: BACEN. Elaboração LCA Confiança do Consumidor 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 ICC Média histórica (1994-2017) Fonte: Fecomercio. Elaboração LCA Obs: Índice de 0-200, sendo acima de 100 indicativo de otimismo 8
DBGG - % do PIB Superávit - % do PIB Forte crise das contas públicas Deterioração das contas públicas Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) - % do PIB Superávit - % do PIB 100 80 60 40 20 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 0-2 -4-6 -8-10 -12-14 Fonte: BCB. Elaboração: LCA Consultores Dívida Bruta do Governo Geral 2010 Dívida Bruta do Governo Geral 2012 Dívida Bruta do Governo Geral 2015 52% do PIB 54% do PIB 67% do PIB Fonte: BCB. Elaboração: LCA Consultores 10
Esse cenário é preocupante dado o envelhecimento populacional 90+ 85-89 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 População total por grupo etário Em milhões de pessoas 2015 2050 95% 85% 75% 65% 55% 45% 35% Evolução da razão de dependência¹ Razão de dependência (>60) Razão de dependência (>65) 25% 1950 1970 1990 2010 2030 2050 Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores Ponto de inflexão: 2019 Ponto de inflexão: 2022 ¹ Razão da dependência é definida como a divisão entre população em idade não produtiva (menores de 14 anos e maiores de 60, inclusive) e população em idade produtiva (entre 15 e 59 anos). No segundo exercício, em vermelho, considerou-se a parcela da população entre 60 e 65 anos como em idade produtiva também. 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 -20-10 - 10 20 Fonte: IBGE. Elaboração: LCA Consultores 10
Baixa produtividade do trabalho no Brasil limita o crescimento do PIB 30 25 20 15 10 5 8,0% Produtividade do trabalho US$ de 2014 / hora trabalhada (PPP) 2015 Brazil Brasil Chile 0 1950 1958 1966 1974 1982 1990 1998 2006 2014 Fonte: The Conference Board. Elaboração: LCA Consultores PIB per capita (PPP) e taxa de crescimento média (2012-16) US$ 93/hora US$ 68/hora US$ 64/hora US$ 28/hora US$ 24/hora US$ 17/hora 4x Dos 66 países avaliados, Brasil ficou em 53º 6,0% 4,0% China 2,0% 0,0% -2,0% 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 Fonte: FMI. Elaboração: LCA Consultores Mundo Chile Portugal Argentina Coreia do Sul Noruega 11
Baixa produtividade do trabalho no Brasil limita o crescimento do PIB 30 25 20 15 10 5 8,0% Produtividade do trabalho US$ de 2014 / hora trabalhada (PPP) 2015 Brazil Brasil Chile 0 1950 1958 1966 1974 1982 1990 1998 2006 2014 Fonte: The Conference Board. Elaboração: LCA Consultores PIB per capita (PPP) e taxa de crescimento média (2012-16) US$ 93/hora US$ 68/hora US$ 64/hora US$ 28/hora US$ 24/hora US$ 17/hora 4x Dos 66 países avaliados, Brasil ficou em 53º 6,0% 4,0% China 2,0% Mundo Coreia Chile do Sul Noruega 0,0% Portugal Argentina Brasil -2,0% 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 Fonte: FMI. Elaboração: LCA Consultores 12
Produtividade do Trabalho por pessoa empregada (U$ 2016 PPP 2011) Países que desenvolveram políticas de acesso e uso de banda larga apresentaram maior produtividade por trabalhador Desenvolvimento de TICs e Produtividade do Trabalhador 200.000 Emirados Árabes 150.000 100.000 Alemanha Turquia Coréia do Sul 50.000 Rússia Brasil 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Índice de Desenvolvimentos de TICS 1-9 (2016) Fonte: Conference Board e The ICT Development Index (IDI). Elaboração: LCA Consultores 13
Impacto socioeconômico do setor de telecomunicações no Brasil Metodologia Matriz Insumo-Produto (MIP) identifica o impacto do investimento em cada setor. Através dos multiplicadores produtivos estimam-se os efeitos de uma mudança exógena sobre a produção, ocupação e renda decorrentes das relações intersetoriais e pelas relações Quando se aloca R$ 1 milhão no setor de telecomunicações, são gerados na economia brasileira, em um ano: VALOR PRODUÇÃO ADICIONADO OCUPAÇÃO (PIB) (unidades, SALÁRIOS (R$) (R$) por 1 ano) (R$) 3,14 milhões 1,31 milhões 25 empregos 342 mil Em comparação, alocar R$ 1 milhão na agropecuária ou indústria geral: Resultados Telecom tem multiplicadores de valor adicionado maior que a média da agropecuária e indústria geral Agropecuária Indústria 2,96 milhões 3,72 milhões 1,27 milhões 1,27 milhões 80 empregos 37 empregos 340 mil 421 mil Fonte: LCA Consultores, com base na MIP/IBGE de 2010. 14
Contexto Econômico considerações finais Brasil tem urgência em ganhar produtividade e competitividade para crescimento econômico continuado Decisões de política pública necessitam de embasamento técnico, com avaliação de custo-benefício da ação, buscando-se o melhor resultado para sociedade Telecomunicações tem grande potencial para contribuir com a retomada do crescimento econômico e social brasileiro: efeitos difusos em diversos setores 15
Reflexos da crise econômica Banda Larga Fixa e Móvel: expansão e perspectivas Saídas?
Oferta de Banda Larga Fixa 86% da população está em municípios que possuem backhaul em fibra ótica 58% municípios sem backhaul em fibra ótica estão nas regiões Norte e Nordeste Maioria dos municípios atendidos por fibra ótica possuem conexão entre 2 e 10 Mbps Norte e Nordeste concentram maioria dos municípios com fibra de velocidade até 2 Mbps Disponibilidade de Fibra Com Fibra Sem Fibra N/A Até 2 mbps De 2 Mbps até 10 mbps Maior que 10 mbps Fonte: ANATEL. Expansão da Infraestrutura de Banda Larga no Brasil: Particularidade e Desafios. Disponível em: <http://www.anatel.gov.br/portal/documentos/midias_teia/1892.pdf> Acesso em: 17/08/2017 17
Oferta de banda larga móvel 5.073 municípios com cobertura 3G (mais de 98% da população)¹ 2.851 municípios com 4G (86% da população)¹ 100% dos municípios com mais de 500 mil habitantes possuem cobertura de 4G² Mais de 96% da população é atendida por mais de uma operadora de telefonia celular¹ Fonte: ¹ TELECO. Cobertura das Operadoras e População Atendida. Disponível em <http://www.teleco.com.br/cobertura.asp> Acesso em 21/08/2017 ² TELEBRASIL. O Desempenho do Setor de Telecomunicações no Brasil Séries Temporais 2017. Disponível em <http://telebrasil.org.br/component/docman/doc_download/1674-o-desempenho-dosetor-de-telecomunicacoes-series-temporais-2017?itemid=>. Acesso em 21/08/2017 Fonte: ANATEL. Expansão da Infraestrutura de Banda Larga no Brasil: Particularidade e Desafios. Disponível em: <http://www.anatel.gov.br/portal/documentos/midias_teia/1892.pdf> Acesso em: 17/08/2017 18
Ampliação da cobertura e modernização 2011 2T17 Cidades com menos de 1 acesso/100 habitantes de Banda Larga Fixa 31% 20% Fonte: Anatel. Elaboração: LCA Acessos de SCM no Brasil por faixa de velocidade (em milhões) 16,9 9,6 2,0 0,9 6,4 5,4 0,1 3,4 0 a 512 kbps 512 kbps a 2 mbps 2 a 34 mbps > 34 mbps Fonte: Anatel. Elaboração: LCA 2011 2T17 19
Finlândia Dinamarca Suécia Estonia Estados Unidos Noruega Nova Zelândia Holanda França Alemanha Itália Brasil Tailândia Rússia Rep. Eslováquia Polônia Portugal Argentina Chile Gana Colômbia Tunísia México África do Sul Jamaica Zimbábue Vietnã Panamá Camboja Marrocos Irã Ucrânia Uganda Nigéria Etiópia Índia Guiana Tanzania Camarões Assinantes de Banda Larga (Fixa e Móvel) por 100 habitantes em 2014 180 160 140 Brasil jun/17* 102 acessos / 100 hab 120 100 80 60 40 20 90 Brasil 2010* 10,8 acessos / 100 hab 0 * Elaboração: LCA Consultores a partir de ANATEL Fonte: The Networked Readiness Index Historical Dataset 2012-2016 World Economic Forum 20
bits por segundo Demanda com crescimento constante: forte aumento do volume de tráfego Banda de velocidade necessária por aplicação (Mbps) Fonte: Broadband Stakeholder Group (BSG) Report Nov/2013, ACG Research, SEGfL, FCC, Análise NERA e Oliver Wyman Tráfego Agregado Brasil em 24 horas (em bps) 2021: 2,3x mais tráfego 25,1Gb per capita por mês Fonte: IX.br Disponível em <http://ix.br/intro>. Acesso em 18/08/2017 Fonte:CISCO. Visual Network Index: Complete Forecast Highlights Brasil 2016-2021 21
Expansão de banda larga no Brasil Requer esforço continuado Pressão por aumento de tráfego impõe desafios de expansão e modernização constante de infraestrutura Rentabilizar investimentos de forma adequada garante sustentabilidade econômico-financeira do setor: Facilita atingimento de áreas alvo de política pública Precisa ocorrer em condições de uso Viabilizar aumento do consumo concomitantemente à disponibilização de infraestrutura (minimizar ociosidade) 22
Reflexos da crise econômica Banda Larga Fixa e Móvel: expansão e perspectivas Saídas?
R$ Bilhões Rentabilidade das empresas de telecomunicações caiu, mas a arrecadação de tributos e fundos se mantêm 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 ARPU Total SMP Evolução financeira do setor (R$ de /2016) Fundos e Tributos CAPEX Receita Líquida ARPU Total SMP R$225 R$200 R$36 R$175 R$150 R$31 R$125 R$100 R$26 R$75 R$50 R$21 R$25 R$0 R$16 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Teleco. Elaboração: LCA Consultores Queda da receita líquida: R$ 183,1 bilhões em 2012 para R$ 134,7 bilhões em 2016 Manutenção no patamar de recolhimento do setor - por volta de R$ 73 milhões por ano, no período 2009-2016 Margem EBITDA 38% 34% 38% 36% 31% 28% 29% 31% 31% 31% 33% 31% 31% Últimos 3 anos: +3,2% a.a. 29% 28% 26% 26% Crescimento Obrigações Fonte: Teleco. Elaboração: LCA Consultores 24
Desafio: levar uso do serviço em todo território nacional Norte População 17,7 mi (8,6%) Municípios 450 (8,1%) Área 3,9 mi km² (45,2%) Renda Per Capita R$768 Nordeste População 56,9 mi (27,6%) Municípios 1.794 (32,2%) Área 1,6 mi km² (18,2%) Renda Per Capita R$769 Centro-Oeste População 15,6 mi (7,6%) Municípios 467 (8,4%) Área 1,6 mi km² (18,9%) Renda Per Capita R$1.400 Sul População 29,4 mi (14,3%) Municípios 1.191 (21,4%) Área 0,6 mi km² (6,8%) Sudeste População 83,4 mi (41,9%) Municípios 1.668 (29,9%) Área 0,9 mi km² (10,9%) Renda Per Capita R$1.472 Renda Per Capita R$1.501 Fonte: IBGE. 25
LCA desenvolveu modelo de GAPs para o Brasil em 2012: priorização dos investimentos é necessária para a massificação do serviço Aplicação do Modelo ao Brasil: 5 áreas distintas Áreas mais escuras: Expansão do serviço deve ocorrer via mercado 63 Municípios 0,9 milhões de hab. (0,5%) renda per capita: R$ 3,2 mil 1794 Municípios 24,4 milhões de hab. (12,7%) renda per capita: R$ 4,4 mil 2.927 Municípios 49,5 milhões de hab. (25,7%) renda per capita: R$ 10,3 mil 738 Municípios 72,0 milhões de hab. (37,4%) renda per capita: R$ 17,8 mil 42 Municípios 45,6 milhões de hab. (23,7%) renda per capita: R$ 26 mil 12 26
Agenda prioritária Visão integrada das políticas públicas Segurança jurídica para investimentos privados Foco em sustentabilidade, para permitir investimentos perenes, otimizando recursos públicos e privados Exemplos: Soluções completas com TICs fim a fim Redução de tributos e encargos setoriais PPP e Leilão Reverso com foco em expansão do serviço ao menor custo para o usuário Reversibilidade: segurança para investimentos em redes de nova geração Direcionar política pública com avaliação de custo-benefício, permitindo a massificação do serviço, com foco no uso: Condições para expansão de investimentos de forma perene, em todo o território nacional Uso do espectro: Adoção de modelo não oneroso, com metas e obrigações estabelecidas para o serviço sem sobreposições de obrigações Revisão da regulamentação de qualidade: proporcionalidade e razoabilidade 27