Estado e a Financeirização da Assistência Médico-Hospitalar no Governo Lula*



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Transcrição:

Estado e a Financeirização da Assistência Médico-Hospitalar no Governo Lula* X Encontro Nacional de Economia da Saúde 27 de outubro de 2010 * O Trabalho Constitui um Capítulo de uma Coletânea sobre Saúde no Governo Lula (no prelo) Ligia Bahia Universidade Federal do Rio de Janeiro

Ponto de Partida: 1) O recorte e as abordagens correntes Entre as muitas dificuldades para situar o tema da política de saúde, especialmente a temática das relações entre o público e o privado no sistema brasileiro destacam-se: o desencaixe entre um recorte temporal relativamente estreito e recente e os processos de longo prazo que estruturam a conformação do subsetor privado de assistência à saúde; e a pontificação de modelos idealizados ou dotados de alto teor de economicismo, que esvaziam os conteúdos históricos e conflitivos das políticas;. Esses constrangimentos, especialmente quando contextualizados no novo ciclo de crescimento econômico do final dos anos 2000, nos inclinam a hipotecar a privatização da assistência à saúde à configuração econômica ditada pela globalização.

Ponto de Partida: b) Os pressupostos Pouca atenção tem sido conferida a agentes nacionais, quando se imputa aos processos de privatização na saúde total dependência de tendências e agentes internacionais. Dizer que o crescimento econômico deve-se à conjuntura econômica mundial e em especial ao fenômeno chinês e por analogia, ainda que espúria, estabelecer uma relação causal entre este e os movimentos setoriais provoca menos sensibilidades do que considerar os diversos tipos de intermediários e intermediações que as traduzem e reinterpretam em solo nacional. A retirada do debate sobre as relações contemporâneas entre o público e o privado na saúde de seus componentes conflituosos (portanto políticos) nutre equívocos sobre as fontes de dinamização daquilo que temos denominado mercado de assistência suplementar.

Ponto de Partida: b) Os pressupostos Usualmente o viés economicista à análise do mercado assistencial de saúde nos induz a acentuar na análise do sistema privado apenas os aspectos da demanda. A subtração das alterações da oferta, nas análises sobre privatização dos esquemas assistenciais de pré-pagamento e dos serviços de saúde, cede passagem a associações lineares com o poder de consumo dos indivíduos e famílias As afirmações causais: o mercado privado de assistência à saúde cresce porque a renda dos indivíduos e famílias aumenta invisibilizam políticas voltadas a estabelecer bases solidas para as atividades de comercialização de serviços e planos privados de saúde. A ênfase na variável demanda nas avaliações do subsistema privado simplifica excessivamente a equação sobre a dinâmica do mercado..

O Fio Condutor: Inspiração Teórica e Bases Empíricas Reflexões sobre a financeirização de esquerda (Grün, 2007 e 2009), contribui para explorar conexões entre recentes processos de aquisições, fusões e abertura de capitais de empresas de planos e seguros de saúde e a origem técnica-empresarial-politica dos atuais dirigentes da ANS. A mobilidade social ascendente, muito expressiva nos estratos de renda inferiores da população, não alavancou automaticamente reorganização das empresas privadas de saúde. Parece ter sido a segunda alma do governo petista (a expressão é de André Singer, 2010) continuidade ao pacto envolvendo juros altos, liberdade de movimento dos capitais e corte dos gastos públicos a principal propulsora das mudanças no setor suplementar.

O Fio Condutor: Inspiração Teórica e Bases Empíricas As informações coletadas, ainda provisórias e incompletas, foram extraídas do noticiário da grande imprensa, de veículos de divulgação especializados, documentos contábeis das empresas e consultas a informações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Acessoriamente buscaram-se referências legislativas sobre a participação do capital estrangeiro e empresas estrangeiras na atividade de assistência à saúde e posicionamentos de dirigentes da ANS subsidiaram o delineamento dos processos de financeirização enfocados.

O Fio Condutor: Inspiração Teórica e Bases Empíricas Grün sugere que a origem distinta dos novos banqueiros de investimentos daqueles oriundos da militância sindical conectados aos fundos de pensão gera tensões e estabelecem um gradiente de posições no campo financeiro. Os banqueiros de investimentos - apóiam-se na tese de que os problemas econômicos e sociais sempre decorrem de uma má alocação de recursos da sociedade; Os militantes políticos que atuam junto aos fundos de pensão -, possuem uma visão hierárquica da sociedade, necessitam legitimar a esfera financeira em outros espaços de sociabilidade (GOVERNANÇA)..

O Fio Condutor: Inspiração Teórica e Bases Empíricas Como foram exatamente, os esforços do Estado que garantiram, regularam e orquestraram a financeirização, seu desfecho poderá estimular agendas de desenvolvimento. No entanto, a administração da crise admite também cumplicidades e estímulos aos ganhos especulativos. Premidas pelas injunções fiscais e do pelo afastamento das funções de dinamizar a demanda efetiva e os lucros produtivos, as políticas econômicas constituem elementos públicos fundamentais para a reprodução macroeconômica da riqueza financeira (Braga, 2009).

Os Limites ( que é e o que não é o trabalho) O trabalho não objetiva responder perguntas sobre os nuances da financeirização, de resto exigentes de pesquisas mais aprofundadas e sim reunir e sistematizar informações iniciais sobre a financeirização na saúde. Para tanto, procurou-se constituir uma base empírica preliminar sobre processos de fusões e aquisições e abertura de capital de empresas de planos de saúde e laboratórios de análises clinicas. Linha de Base (pret-a-porter)

I. Do Pessimismo à Euforia: A Mudança de Atitude das Empresas de Assistência Médica Suplementar em Relação à Regulação no no Governo Lula FHC João Alceu Amoroso Lima (diretor da Fenaseg -Federação Nacional das Seguradoras): (...) o dever das seguradoras é zelar pela boa administração dos fundos. O seguro privado é suplementar. Saúde é direito de todos e dever do Estado. As pessoas que não têm um preço adequado na iniciativa privada devem procurar o SUS (Folha de São Paulo, 16/01/2002). Lula O crescimento do faturamento de Unimed s (19,1%) como a de Belo Horizonte (19,1%) acima daquele verificado para o número de clientes (14,3%) e a construção de hospitais no interior do país, como o investimento de 16 milhões para construção de um hospital de 68 leitos pela Unimed Vale do Rio Doce, conotam acertos de gestão e vitalidade dos investimentos (Saúde Business 20/08/2008 e 06/08/2007). A Hapvida, uma medicina de grupo, criada em 1979, a partir do hospital Antonio Prudente, situado em Fortaleza, investiu R$ 16 milhões em seu hospital, o São Lucas, pretendendo ampliar sua participação no mercado da Região Norte. Além disso comprou a empresa Santa Clara, que na época possuía 58 mil clientes em Pernambuco e realizou uma fusão com o plano de saúde São Lucas de Maceió (Saúde Business 19/12/2007, 19/03/2008 e 02/09/2008).

2. Sucessos e Fracassos na Trajetória de Reconfiguração Empresarial na Bolsa de Valores A Amil (cujo valor de mercado em janeiro de 2011 era R4 R$ 5,8 bilhões) é a empresa que se firmou como líder dos processos mais recentes de reconfiguração do mercado de assistência suplementar. Outras empresas que integram o segmento saúde do setor consumo cíclico da Bovespa são: Dasa (valor de mercado R$ 4,6 bilhões); Fleury (valor de mercado R$ 3,3 bilhões); Odontoprev (valor de mercado R$ 4 bilhões); Tempo Participações (valor de mercado R$ 700 milhões); Biomm (empresa de Biotecnologia ações na Bovespa em 2002); Cremer (distribuidora e fabricante de produtos médicos hospitalares que lançou ações em 2008). Além dessas organizações a Medial também direcionou suas estratégias para a abertura de ações na Bovespa em 2006. Mas enfrentou problemas e, em 2009, foi comprada pela Amil. (Bovespa, 2011).

Trajetória da Amil Sucessos e Fracassos na Trajetória de Reconfiguração Empresarial na Bolsa de Valores Ano Aquisições e Fusões/ Outros Investimentos IPO* (valor arrecadado)/ Valor das Ações 2002 Compra da Amico São Paulo empresa de medicina de grupo com 300 mil clientes e criação da Dix- Amico em 2003 2006 Compra da carteira de clientes de seguro saúde (42 mil clientes) da Porto Seguro Saúde Compra da Semic Rio de Janeiro empresa de medicina de grupo com cerca de 100 mil clientes 2007 Clinihauer, Paraná fundada em 1969 com 120 mil clientes incluindo o hospital Milton Muricy e a rede de laboratórios Cendilab. Valor estimado R$ 120 milhões. MedCard São Paulo 61.200 clientes incluindo 1 hospital e 2 centros médicos Blue Life São Paulo 150 mil clientes Life System São Paulo 55 mil clientes. Valor da compra R$ 60 milhões + pagamento R$ 50 milhões de dívidas Venda da Farmalife para a Dograsmil (rede de farmácias do Rio de Janeiro) As ações AMIL3 começaram a ser negociadas na Bovespa 2008 Ampla (Sistema Ipriranga) São Paulo 29 mil clientes Casa de Saúde Santa Lúcia Rio de Janeiro Hospital de Clinicas SK Steckelberg Ltda Brasília com 78 leitos. Valor da compra R$8,5 milhões + R$ 5,5 milhões de dívidas 2009 Medial empresa de medicina de grupo posição líder com 1,4 milhões de clientes. Valor da compra R$ 1,2 bilhão Hospital 9 de Julho (São Paulo) 2010 Hospital Pro-Cardiaco Rio de Janeiro com 110 leitos (Rio de Janeiro). Valor da compra 98,4 milhões Hospital Samaritano Rio de Janeiro com cerca de 100 leitos (Rio de Janeiro). Valor da compra R$ 180 milhões Excelsior Pernambuco empresa de medicina de grupo com 132 mil clientes. Valor da compra R$ 50 milhões Assinatura de memorando de entendimento entre a Dasa (Diagnósticos da América S.A.), com a MD1 Diagnósticos, empresa do ramo de análises clínicas e diagnóstico por imagens da Amil. A intenção era realizar uma reorganização societária de ativos: os laboratórios Sérgio Franco; a Clínica de Diagnóstico por Imagem CDPI, a clínica de ressonância CRMI e a Pro Echo Cardiodata Serviços Médicos. A Dasa iria adquirir fatias de 10% da Pro Echo, 28% da CRMI e 16,5% da CDPI, por R$ 88,2 milhões. Dasa (Diagnosticos da America) controle de 26% das ações pela Amilpar R$ 1.400.700.000 (IPO) Valor da Ação Abertura R$18,00 Valor médio da ação 30 de novembro R$15,66 Valor médio da ação 28 de novembro R$8,22 Valor médio da ação 28 de novembro R$12,82 Valor da compra R$ 140 milhões + R$ 171 milhões dividas Valor médio da ação 28 de novembro R$16,87

Trajetória da Medial Sucessos e Fracassos na Trajetória de Reconfiguração Empresarial na Bolsa de Valores Ano Aquisições e Fusões/ Outros Investimentos (vendas) Receita/Valor Arrecado Lançamento das Ações 2006 Lançamento Ações na Bovespa R$ 750 milhões arrecadados com o lançamento de ações na Bovespa 2007 Amesp medicina de grupo localizada em São Paulo (500 mil clientes) valor R$ 253 milhões E-Nova plano odontológico valor R$ 2,1 milhões Laboratórios Endomed valor R$ 5,3 milhões 2008 Sport Club Corinthians (R$16,5 milhões) Grupo Saúde medicina de grupo localizada em Pernambuco valor 49% das cotas R$17 milhões SAE Laboratórios localizado em São Paulo valor R$ 12, 3 milhões Previsão de construir 2 hospitais 650 leitos em São Paulo R$1,58 bilhão (receita) 6,7 milhões Ebtida* 19,4 milhões lucro 17,8 milhões Ebitda* Prejuízo R$ 162 mil 2009 Prejuízo 1,1 milhão no primeiro trimestre de 2009 Valor das Ações Presidência, Conselho Consultivo, Consultorias (estratégia) R$ 22,10 Luiz Kaufmann* (Presidente) (expandir investimentos) Membros Externos do Conselho: Alcides Lopes Tápias; Antonio Kandir; Betania Tanure de Barros. McKinsey (americana) Gradus (brasileira, que auxiliou a integração da Brahma com a Antarctica) R$ 21,05 Emílio Carazzai*** (Presidente) Refrear investimentos Henning Von Koss*** (Presidente) Membros Independentes do Conselho: Alcides Lopes Tapias; Antonio Kandir; Betania Tanure de Barros e Gustavo Fernandes Moraes.

Trajetória da Medial Sucessos e Fracassos na Trajetória de Reconfiguração Empresarial na Bolsa de Valores Os Presidentes da Medial Luiz Kaufmann, graduado em engenharia. Presidente e CEO da Medial Saúde, Sócio da GP Investimentos, Diretor Presidente da Aracruz Celulose, Diretor Geral do Grupo Multiplic e Vice-Presidente do Conselho Diretor do Banco Multiplic, Vice-Presidente Executivo do Grupo Petropar e Diretor Geral da Arthur D. Little Emilio Carazzai, graduado em direito, Presidente da Caixa Econômica Federal e Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Presidente da Medial Saúde, Diretor Executivo da Quadrivium Corporate Consulting, Presidente do Banco Pine, Diretor de Planejamento da BompreçoPar, consultor da Booz Allen & Hamilton, e Secretário Executivo. Henning Von Koss graduado em Administração de Empresas, Presidente do Grupo Bayer e da Bayer HealthCare. Membro do conselho das Câmaras da Indústria Farmacêutica da Colômbia e Venezuela e foi também Vice Presidente para a América Latina da Bayer MaterialScience.

Trajetória da Tempo Participações A Tempo Participações tampouco figura entre os casos de sucesso de empresas que abriram seu capital. Esta empresa formada incialmente pela CRC-Connectmed, prestadora de serviços de administração de planos de saúde de autogestão, adquiriu em 2001 da AIG a Gama Saúde e diversos planos odontológicos. Em 2007 já sob o formato atual passou a integrar o grupo GP Investiments, referência em private equity na América Latina que não obteve o esperado sucesso com a aquisição da rede odontológica Imbra. Por sua vez, a Tempo voltou suas atividades ao atendimento domiciliar (comprou em 2007 a MED LAR e em 2008 a empresa paulista Staff Builders). Investiu também na compra de planos odontológicos como o Associl, OralTech e OdontoEmpresa. Ainda em 2009 criou uma joint venture com a Assist-Card especializada no mercado de assistência de viagens (Gazeta Mercantil, 2008) e comprou a seguradora de saúde do Unibanco por R$ 55 milhões. Tendo sido vencedora em licitações para ofertar assistência médica e odontológica para servidores públicos do Governo do Mato Grosso, Senado Federal e Infraero, em julho de 2010 anunciou uma associação com a Caixa Econômica Federal que criaria uma empresa de seguro saúde (Caixa Seguro Saúde) administrada pela Tempo (controle de 25% das ações). Essa oportunidade daria continuidade à trajetória de crescimento da empresa. Mas, pouco tempo depois, em outubro, O GP investimentos anunciou a venda da Tempo. O banco de capital suíço UBS foi contratado para negociar a venda de até 100% do capital da empresa, cujo valor foi estimado em R$ 900 milhões (Valor Econômico, 2010). As ações da Tempo caíram de R$5,40 em 2008 para R$ 4,00 no inicio de 2011 (Bovespa, 2011). Sucessos e Fracassos na Trajetória de Reconfiguração Empresarial na Bolsa de Valores

3. Uso de Recursos Próprios e Associações com Bancos de Investimentos A articulação com bancos de investimentos, especialmente o BTG Pactual, liderado por André Esteves, liderado por Andre Esteves, parece ter se firmado com um dos pilares de dinamização do mercado. Foi essa a estratégia que ao lado da concessão de empréstimos do International Finance Corporation IFC (IFC International Finance Corporation) vinculado ao Banco Mundial permitiu ao Grupo D Or ampliar velozmente sua rede de estabelecimentos hospitalares e tornar-se a maior empresa independente de hospitais privados do Brasil. Até 2006 a rede D Or estava composta por três hospitais (Barra D Or, Copa D Or e Quinta D Or) e 56 unidades de diagnóstico (Lab s) e localizava-se no Rio de Janeiro.

3. Uso de Recursos Próprios e Associações com Bancos de Investimentos Ano Investimentos Unidades da Federação Valor/ Tipo de Participação 2006 Hospital Badim (Tijuca) Rio de Janeiro 2007 Hospital Joari (Campo Grande), Hospital Real Cordis (Bangu), Hospital Bangu (Bangu), Hospital Provita (Cascadura), Hospital Israelita (Tijuca), Hospital Rio de Janeiro (Vila Valqueire) 2008 Hospital Esperança Hospital Prontolinda Hospital São Marcos 2010 Associação com o BTG Pactual Obtenção de recursos junto ao IFC Hospital e Maternidade Brasil (249 leitos) Hospital e Maternidade Assunção Hospital São Luis (3 unidades hospitalares 803 leitos) Venda do Lab s para o Fleury Rio Janeiro de Pernambuco (50%) (50%) (gestão) São Paulo (Santo André) (São Bernardo) (São Paulo) Compra de debêntures transformáveis em ações e direito a uma vaga no conselho de administração do Grupo D Or R$ 55 milhões (valor estimado R$ 1,030 bilhão) R$1,04 bilhão O grupo D Or terá 15% de participação no controle acionário e 1 vaga no conselho de administração

Grupo D OR Uso de Recursos Próprios e Associações com Bancos de Investimentos Diretoria Jorge Moll (Presidente) Graduado em medicina, fundador e principal proprietário José Roberto Guersola (Vice-Presidente) Graduado em medicina. ClaudioTonello (Diretor de Marketing Corporativo) Graduado em marketing, diretor do Grupo Pão de Açucar, vice-presidente Comercial e Marketing da Carl Zeiss Vision, diretor Comercial do Makro Atacadista, diretor de Marketing do Grupo Bertin e da, Johnson&Johnson. Roberto Martins Informação sobre graduação não disponível. Representante do BTG Pactual, Sócio do BCG Pactual, diretor Financeiro das Lojas Americanas. Outros membros da Família Moll

4. São 2 Estratégias, mas não necessariamente representam visões diferenciadas ou projetos societários distintos... A adoção de estratégias de capitalização diferenciadas pelos hospitais, e as empresas de planos e seguros e as unidades de diagnóstico podem ser explicadas apenas pelas restrições dos marcos legais sobre a busca de financiamento via oferta de ações. A constituição brasileira em seu artigo 199, inciso 3º veda a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. A Lei 9656/98 que regulamentou as empresas de planos e seguros de saúde permitiu que pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior constituíam ou participem do capital, ou do aumento do capital, de pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob as leis brasileiras para operar planos privados de assistência à saúde. Embora polêmica a abertura do capital de empresas como DASA e Fleury encontram respaldo no fato de não serem prestadores diretos de serviços. Entretanto à abertura de capitais de hospitais na bolsa de valores não seria tão simples. Em 2009, o Senador Flexa Ribeiro do PSDB apresentou o Projeto de Lei nº 259 propondo alterar a Lei nº 8.080, para permitir a participação de empresa e de capital estrangeiro na assistência à saúde incluindo instalação, operacionalização ou exploração de: a) hospital geral; b) laboratórios de análises; clínicas, de anatomia patológica e de genética humana; c) serviço de fisioterapia; d) serviço de diagnóstico por imagem; e) ações e pesquisas de planejamento familiar; f) seguro-saúde e plano privado de assistência à saúde; g) hospital geral filantrópico; h) serviço de saúde sem finalidade lucrativa, mantido por empresa para atendimento de seus empregados e dependentes.

5. E a ANS? FHC Interiorização dos Conflitos na ANS Mito ANS X Mercado Lula No primeiro mandato do governo Lula, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa endureceu o discurso em relação ao reajuste de preços dos planos individuais e anunciou o fechamento das duplas portas de entrada dos hospitais. A nomeação, para Presidente da ANS, de um sanitarista integrante do PT, e outros técnicos militantes das hostes do SUS personificaram as perspectivas de aproximação da ANS às políticas emanadas pelo Ministério da Saúde. Nessa mesmo momento, a indicação de um executivo do mercado indicado pelos outros partidos situados no centro-direita da coalizão governamental, para a diretoria de operadoras, sinalizou a reocupação dos espaços conquistados no governo do PSDB e estimulou interpretações opostas, que logo cederam vez a um terceiro desdobramento o aplacamento dos conflitos com as empresas reguladas. Seguiram-se acordos sobre reajustes de preços que praticamente puseram fim às polêmicas públicas entre a ANS e as entidades de representação das empresas de planos e seguros de saúde. Paralelamente, a Casa Civil da Presidência da RepublicaRepública, na época dirigida por José Dirceu, por meio do Decreto 4.979 de 2004, que regulamentou o artigo 230 da Lei sobre o Regime Único dos Servidores procurou atribuir exclusividade à GEAP (Fundação de Seguridade Social) na oferta de planos de saúde para os servidores públicos da União. Essa estratégia e sua possível sinergia com o provimento de previdência complementar para os funcionários públicos, pós reforma da Previdência Social, terminaria por dotar o Brasil de um fundo de pensão semelhante, guardadas as devidas proporções, àqueles americanos (como por exemplo, o CalPERS - California Public Employees' Retirement System).

5. E a ANS? Durante o segundo mandato de Lula os Ministros da Saúde indicados pelo PMDB mantiveram, com uma exceção, os mesmos nomes nos cargos de direção da ANS. A troca de um diretor de estirpe sanitarista por outro não alterou a essência da composição política da instituição. No entanto o projeto de qualificação das empresas, antes categorizado como essencial para a mudança na garantia de acesso e qualidade para os segmentos populacionais vinculados aos planos de saúde, perdeu vitalidade. Mesmo assim, os esforços para ampliar as coberturas encontraram outra via de passagem. Em 2007, a inclusão negociada e progressiva de procedimentos, proposta com a Resolução Normativa nº 167, inaugurou uma dinâmica mais aberta nos debates sobre as relações entre acesso, utilização de serviços e preços (ANS, 2007). Simultaneamente, os projetos e os depoimentos de um dos diretores da ANS em prol das empresas de planos e seguros tornaram-se mais audíveis. As proposições de estímulos à capitalização das empresas de planos e seguros, criação de fundo garantidor acompanhados da tese sobre a falência do setor público foram expostas em diversos fóruns sobre o sistema de saúde no Brasil. Posteriormente, mesmo no contexto da crise econômica mundial as noticias sobre os resultados das empresas de planos e seguros de saúde conotavam otimismo: Apesar da crise, planos odontológicos continuarão a crescer e Apesar da crise econômica, Unimed-BH expande em 13,3% (Sinog, s/d e Saúde Business 19/02/2010).

5. E a ANS? Entre 2008 e 2009, provavelmente imersos nas previsões sobre o crescimento econômico e com as lides sobre as negociações de coberturas, dirigentes da ANS encararam as intensas transformações na configuração econômica e financeira de empresas como uma espécie de evolução natural positiva. Acredito que hoje o setor já se adaptou ao processo de regulação. O próprio nível de aquisições e fusões em andamento e a abertura do capital de algumas operadoras mostram que o setor já conseguiu reciclar esse primeiro momento (...) (Santos, 2008).

5. E a ANS? No entanto, a interpretação sobre a origem interna dos processos de financeirização, que poderiam seguir seu curso com a garantia de calmaria, parece não ter convencido os empresários. No processo de indicação do novo presidente da ANS em 2010, as pontes estabelecidas entre interesses plasmados em torno da formação e ampliação de fundos de capitalização, e de hospitais que são plataformas de incorporação tecnológica foram fortalecidas, inclusive pelas afinidades desses agentes com autoridades influentes na área econômica. Essa coalizão claramente nucleada pela lógica dos mercados financeiros logrou indicar para dirigir a ANS o mesmo executivo da Qualicorp, empresa de administração de planos de saúde, que a capitalizou mediante associação com o fundo americano de private equity General Atlantic, em 2008. Coerente com sua base de apoio, o atual presidente da ANS propôs, no inicio de 2011, a criação de um novo produto que auferirá o mesmo tratamento tributário da previdência complementar, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

Considerações Finais Durante o governo Lula, especialmente no segundo mandato, ocorreram transformações estruturais no mercado de planos e seguros de saúde suportadas pela capitalização e participação de fundos de investimentos. As estratégias adotadas pelas empresas são singulares, mas apóiam-se na lógica de priorização de resultados de curto prazo, em vez daquelas que seriam muito mais produtivas para o próprio crescimento econômico como pesquisa, formação e capacitação da força de trabalho e cultivo de relações duradouras com prestadores de serviços e indústrias do setor. O denominador comum da atuação das empresas enfocadas ao longo do trabalho foi a opção pela alternativa mais barata a compra da capacidade instalada existente. A concentração das empresas nas cidades e regiões com maior renda acompanhou-se pelo aumento dos preços após as aquisições

Considerações Finais Essas estratégias conformam, para além dos efeitos, mais do que decantados, sobre a distribuição da renda, uma política de o aumento dos ativos financeiros em detrimento do investimento na expansão real da oferta de ações e serviços de saúde. Paradoxalmente, a justificativa para obtenção de empréstimos junto ao Banco Mundial para a Rede D Or é a necessidade de apoiar redes de cuidados de saúde e prestadores de serviços que ofertem serviços a preços acessíveis de saúde em regiões carentes.

Considerações Finais Nos documentos das empresas voltados a atrair investimentos internacionais, nem o O SUS, e nem mesmo a legislação que regurla as empresas de planos e seguros de saúde foram sequer mencionados nos documentos das empresas voltados a atrair investimentos internacionais. Entre os argumentos arrolados encontram-se o crescimento economico e o estágio do mercado caracterizado como pequeno diante do potencial de consumidores e fragmentado utilizados para atrair investimentos internacionais e as comparações com o sistema de saúde brasileiro ao americano. Graças à opacidade que as transações financeiras produzem os fracassos das estratégias de capitalização das empresas e suas consequências assistenciais não integraram os discursos dos empresários nem de autoridades reguladoras. Assim, o otimismo em relação aos acertos das empresas contrasta com o menosprezo ou descarte do sistema público. Entretanto, a expansão da oferta de serviços laboratoriais aos governos é uma estratégia explicitada pelas empresas de diagnóstico, que já atuam na rede pública de diversos estados brasileiros.

Considerações Finais As tensões entre a financeirização via private equities ou fundos de pensão apenas tangenciaram o debate sobre as politicas regulatórias. A proposiçao de elevar o status da Geap a de uma instância de asseguramento públicaprivada não saiu do papel. Ironicamente, o que volta ao centro da agenda é a constituição de um fundo de capitalização privado que busca pela assistência à saúde catalizar a previdência complementar privada com a participação dos novos banqueiros de investimentos. Interações dessas mudanças no plano politico adquiraram adquiriram concretude no final de 2010. O atual presidente da ANS sustenta propostas políticas e projetos societários para o País cujas diferenças com as diretrizes e princípios do SUS não são cosméticas. As teses que sustentam fundamentam que as riquezas da sociedade se tornam mais produtivas nas mãos de particulares não foram contestadas pelas autoridades públicas da saúde. Hoje, a ANS, dotada com mais recursos humanos e financeiros e bem mais próxima aos centros decisórios das políticas econômicas, maximiza e legitima a financeirização.

Regulação: Notas para o Debate no Brasil Políticas Sociais Estado Corporativista Bi-Fronte (Getúlio) Desenvolvimentismo Tripé Estado, Trabalhadores e Empresários Regulação Corporativista Politicas Sociais para Integração no Capitalismo Questionamento do Desenvolvimentismo Collor - FHC Focalização Para os Pobres Políticas Socais para os Incluir os Excluídos (teste de meios) Desenvolvimentismo Lula Dilma Erradicação da Miséria e???????????????????

Regulação: Notas para o Debate no Brasil Crescimento Econômico e Aumento de Empregos Formais Estado Corporativista Não foi Substituído pelo Modelo Agência Neo-Corporativismo à Brasileira? Corporativismo de Negócios? Para a Saúde: Subsídios à Oferta e Subsídios à Demanda Segmentos C e D Planos Privados de Saúde ou SUS?

Regulação: Notas para o Debate no Brasil Uso do sentido forte ou fraco do termo Regulação? Lacunas: Atuação Junto ao Cade Atuação Junto ao Judiciário Atuação Junto ao Congresso Nacional As Agências Existem; deslocar o interesse da pergunta; O que é? De onde vem? Para as interrogações de como estão atuando, como se exerce a regulação

Regulação: Notas para o Debate no Brasil Demanda Oferta Procura de bens e serviços Provisão de Serviços de Saúde Geração de RHs Geração de recursos financeiros Regulação Geração de recursos tecnológicos Regulação

Regulação: Notas para o Debate no Brasil Sistema Político e Padrão da Burocracia Brasileira: Capacidade do Executivo (Presidência da Republica) de montar e remontar estruturas administrativas vinculadas ao projeto político presidencial em detrimento dos arranjos burocráticos mais perenes) Capital políticoburocrático acumulado por cada Presidente Carreira da classe política está orientada para os postos do Executivo Deslocar a pergunta: o Brasil é ingovernável? Para a interrogação: Que estrutura de governo se vincula com essa governabilidade?