Curso de Analista de Crime Oferta 2011



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Transcrição:

Curso de Analista de Crime Oferta 2011 Justificativa: Incrementar o caráter científico da formulação das políticas públicas de segurança. A análise de crimes compreende um conjunto de processos sistemáticos e analíticos que fornecem informações reais e pertinentes a padrões e tendências de crimes. É um campo de conhecimento relativamente novo para as organizações policiais, de uma maneira geral, e surge como resultado dos avanços tecnológicos que permitem analisar quantidades relativamente grandes de dados. Justifica-se o treinamento e formação de Analistas de Crimes porque a análise conduz a esforços voltados para a prevenção do crime. A análise é um recurso fundamental no planejamento de operações, atividades preventivas, processos investigativos, apreensões de criminosos e esclarecimento de crimes. Neste sentido, a análise de crime diz respeito a diversas funções do trabalho policial, como patrulhamento, operações, unidades táticas, investigação, planejamento, pesquisa, prevenção de crimes e outros serviços. Objetivos: Formar Analistas de Crime capacitando-os a analisar as informações contidas em bancos de dados de crime. Fundamentalmente, o analista será capaz de trabalhar com um grande volume de dados no sentido de identificar padrões e tendências de crimes que irão subsidiar as políticas públicas de segurança. Os profissionais formados serão capazes de manipular softwares estatísticos e de geoprocessamento para a produção e a análise de informações necessárias no planejamento de políticas de segurança. Pré-Requisito: O aluno deve dominar a informática no que diz respeito ao Word, Windows e Excel. Estrutura do Curso: Carga horária: 68 horas. Metodologia: algumas aulas expositivas e aulas práticas no laboratório de informática, local onde o curso é oferecido. Regime de trabalho: de forma intensiva, em uma e meia semanas letivas, com oito horasaula por dia, (de 5ª. a sáb, na primeira semana, e de 2ª. a 6ª. feira, na segunda semana), no horário de 8:00 às 12:00 e 13:30 às 17:30 horas. Vagas: máximo de 30, por turma Período: 03 a 11 de novembro de 2011

Programa do Curso: Aula introdutória e desenvolvimento de três (3) módulos: Aula Introdutória: A importância e as possibilidades oferecidas pelo geoprocessamento enquanto instrumento para controle, acompanhamento e avaliação de políticas voltadas para as questões de criminalidade e segurança pública. (4 horas) Módulo I: Geoprocessamento e Análise Criminal (Treinamento em Mapinfo) (27 horas) I - Conceitos Iniciais: Formatos e compatibilidade de arquivos de dados. Formas de visualização dos dados. Tipos de objetos geográficos. Operadores geográficos. Sistema de coordenadas geográficas. II Configuração do Mapinfo: Configuração de algumas propriedades do sistema, como as unidades de medida e padrão de endereçamento, e outros aspectos que podem facilitar a utilização do software. III Trabalhando com Tabelas: Visualização e sobreposição de níveis. Criação e alteração de tabela de dados. Atualização de dados utilizando diferentes tipos de operadores. IV Área de Trabalho: Gravação de sessões contendo janelas pré-formatadas. V - Controle de Níveis: Exibição personalizada de objetos e rótulos. VI Seleções e Consultas: Elaboração de consultas através de seleção simples e por SQL (Structured Query Language) para análise de informações. VII Geocodificação: Transformação de dados tabulares em objetos geográficos a partir da associação entre tabelas de endereçamento. Conhecimentos básicos do uso do GPS para coleta de dados pontuais e trilhas. VIII - Mapas Temáticos: Elaboração de mapas de diferentes estilos para exibir graficamente as informações.. IX Layout: Preparo do trabalho para a impressão. X - Uso do Software CrimeStat para construção de mapas de Kernel.

Módulo II: O Uso de Estatísticas Descritivas para a Análise de Crime (18 horas) I - Fontes de dados disponíveis na rede sobre criminalidade, violência e justiça criminal. Fontes secundárias: dados oficiais Produção de dados: observações diretas, surveys de vitimização, observações experimentais. II - Bases de dados sobre crime no Brasil (lidando com os dados de homicídio) SUS e IBGE. O que os dados dizem sobre homicídio e população Comparando regiões do Brasil Tabelas e gráficos comparando as regiões metropolitanas brasileiras III Matriz de dados de criminalidade Conhecendo bases de dados Manipulação de variáveis IV Crimes violentos em uma região metropolitana Comparando regiões da cidade V - Comparando regiões Selecionando apenas alguns casos do banco Comparando médias e ANOVA Construindo gráficos comparativos. Representação gráfica: Boxplots. Módulo III: Teorias Criminais e Noções de Análise (18 horas) A Aplicação de Teorias Criminológicas: Teoria Ecológica (padrões geográficos); Desorganização Social; Atividades Rotineiras/Estilo de Vida (evolução das taxas de crimes e vitimização); B Simulações e Estratégias de Ação Estudos Situacionais Caso 1: Homicídios e Dados Sóciodemográficos Descrição do Problema:

Determinadas vilas e favelas apresentam uma grande concentração de homicídios. No entanto, não parece haver, por parte dos gestores e operadores de segurança pública, uma compreensão mais aprofundada sobre as causas e os padrões de distribuição e de recorrência desse fenômeno. Em decorrência disso, o enfrentamento desse problema dá-se, ainda, segundo uma lógica epidemiológica, pautando-se basicamente pela identificação de hotspots de homicídios e o conseqüente direcionamento, para estes locais, de grandes esforços de policiamento ostensivo e investigativo. Por enquanto, muito pouco se sabe do caráter cíclico da violência nessas comunidades, ou sobre como mortes ocorridas em outros pontos da cidade podem exercer influências sobre a dinâmica criminal local. Nesse sentido, torna-se fundamental desenvolver um novo modelo de abordagem para esse problema. Um modelo que, seguindo as diretrizes da inteligência policial, ofereça melhores subsídios para os processos de tomada de decisões. Teoria: Desorganização Social, Associação Diferencial, Laços Sociais. Dados: a) localização espacial dos homicídios; b) localização das principais gangues (simulação, com dados de número de envolvidos, principal droga comercializada, datas de prisões dos líderes, datas de brigas com gangues rivais); c) setores censitários (com informações sociodemográficas); d) área de abrangência da gangue (simulação polígono); e) localização das favelas (onde se encontram as gangues); Resultado Esperado: a) evolução temporal dos homicídios nos últimos anos; b) concentração dos homicídios em algumas favelas da cidade; c) forte correlação entre densidade populacional e homicídios; número de jovens do sexo masculino com idade até 24 anos e homicídios; proporção de mulheres responsáveis pelo domicílio e homicídios; d) crescimento da mancha de homicídios naquelas área dominadas por gangues que disputam o domínio da região com outra gangue rival (por isso, temos que associar a data das disputa com as datas dos homicídios); Sexo, idade, endereço das vítimas de homicídios na cidade como um todo e nos aglomerados (com a saturação dos hotspots com policiamento ostensivo, muitos conflitos entre gangues se transferiram para fora dos aglomerados. Muitos jovens passaram a morrer fora de suas áreas de atuação. Com a variável endereço da vítima, pode-se compreender com mais acuidade o impacto desses conflitos na comunidade local); f) mostrar que nas favelas onde uma única gangue atua, há uma certa harmonia com poucas mortes violentas entre os jovens associados aos grupos; g) compreender o caráter cíclico da violência entre os grupos e identificar os eventos-chave que dispararam ou colocaram fim aos ciclos de violência entre as gangues;

h) trabalhar na projeção de cenários dessas dinâmicas criminais locais e em sistemas de alarme (associados a determinados eventos) que poderão ser utilizados para facilitar os processos de monitoramento e tomada de decisão. Caso 2: Roubos no Hipercentro e o Efeito da Redução por Causa da Revitalização e da Implantação de Câmeras Descrição do Problema: Roubos no hipercentro separados entre o período anterior às câmeras e à revitalização. Teoria: Atividades Rotineiras. Dados: a) Crimes violentos contra o patrimônio; b) localização dos centros comerciais e tipos de mercadorias comercializadas; c) horário de funcionamento e dia da semana; d) localização das principais avenidas (tipo de circulação); e) localização das câmeras de vídeos no hipercentro da cidade. Resultado esperado: a) Evidência de uma forte correlação espacial entre crimes contra o patrimônio e centros comerciais; b) mostrar que determinados crimes contra o patrimônio estão fortemente correlacionados com áreas comerciais; c) mostrar correlação entre horário das ocorrências e horário de funcionamento dos centros comerciais, bem como dia da semana; d) mostrar evidências de dissuasão do crime em função do monitoramento de vídeo. Caso 3: Crimes Violentos (Patrimônio) em Áreas Comerciais e Principais Avenidas Descrição do Problema: Algumas regiões nas cidades agregam, em um mesmo território, áreas de favelas e centros comerciais de intensa movimentação e, nas áreas de favelas, a polícia registra, todos os anos, taxas desproporcionalmente altas de homicídios. Na área comercial, por outro lado, os registros dão conta de altas taxas de crimes violentos contra o patrimônio. Ambas as modalidades criminosas demandam formas bastante específicas de prevenção e de repressão. Nesse sentido, torna-se fundamental compreender aspectos como a distribuição e a freqüência desses delitos, assim como o perfil de vitimização imposta por essas dinâmicas criminais. Teoria: Atividades Rotineiras.

Dados: a) crimes violentos (contra pessoa e contra o patrimônio); b) localização dos centros comerciais (polígonos) e tipos de mercadorias comercializadas (pensar alguns tipos, feiras livres, comércios de equipamentos eletrônicos, lojas em geral, etc.); c) horário de funcionamento e dia da semana; d) estimar um número de pessoas circulando durante o horário comercial; e) localização das principais avenidas (tipo de circulação) e das favelas (tipo de drogas comercializadas). Resultado esperado: a) mostrar que não existe nenhuma relação entre crimes contra pessoa e centros comerciais, mas que existe uma forte correlação espacial entre crimes contra o patrimônio e centros comerciais; b) mostrar que alguns crimes contra o patrimônio (como assaltos a transeuntes) são fortemente correlacionados com áreas comerciais de feiras livres nas calcadas e crimes como assaltos e roubos a estabelecimentos comerciais acontecem mais freqüentemente nos centros comerciais de equipamentos eletrônicos; c) mostrar correlação entre horário das ocorrências e horário de funcionamento dos centros comerciais, bem como dia da semana; d) mostrar a forte correlação entre furtos a transeuntes no domingo na região do centro da cidade e o horário de funcionamento da feira hippie. Outras situações, exemplificadoras de uso da análise de crimes, poderiam ser usadas para treinamento, caso sejam mais afeitas aos interesses do grupo de alunos, como, por exemplo: Furtos em Proximidades de Favela Este problema poderia ser assim descrito: Além de fomentar conflitos entre gangues de jovens, a dinâmica associada ao tráfico de crack faz com que as localidades às margens de pontos de venda da droga tornem-se zonas quentes de criminalidade contra o patrimônio. O alto poder entorpecente do crack faz com que o usuário tenha que consumir a droga repetidamente para manter seu efeito. Essa dinâmica de consumo do crack provoca duas conseqüências diretamente observáveis: 1 - Os pontos de venda da droga ficam sempre repletos de usuários, o que provoca desorganização e deterioração local, além de aumentar o potencial de conflitos na região; 2 - Como os usuários de crack precisam fazer uso da droga, várias vezes em curtos intervalos de tempo, acabam praticando crimes de furto e roubo nas redondezas para obter dinheiro e manter o vício. Obs.: Os exemplos serão dados com base na realidade de BH e sua região metropolitana podendo, posteriormente, serem trabalhados pelo participante com dados relativos à sua cidade-estado de origem.

Orçamento e Informações: O custo do curso é de R$1.390,00 (hum mil e trezentos e noventa reais) por aluno. Para quem fizer a matrícula antecipada, o curso pode ser pago em até 4 parcelas. Em 4 vezes: julho, agosto, setembro e outubro. (R$347,50 cada parcela) Em 3 vezes: agosto, setembro e outubro. (R$463,34 cada parcela) Em 2 vezes, setembro e outubro. (R$695,00 cada parcela) Para quem pagar em outubro, o pagamento é único: R$1.390,00 É necessário um mínimo de 10 alunos pagantes para que o curso aconteça. O custo do curso inclui um pequeno coffe-break pela manhã e à tarde. Lanches maiores, almoço e hospedagem correm por conta do aluno. Se o candidato precisar alojamento em BH, podemos indicar telefones e e-mails de hotéis e pousadas com melhores preços, mais próximos à UFMG.