CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 14/09/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 05 Espécies Tributárias É Necessário entender a natureza do tributo para identificar a sua espécie. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO O empréstimo compulsório está disciplinado no Art. 148 da Constituição Federal e no Art. 15 do CTN. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". O empréstimo é obrigatório, visto que é dotado de compulsoriedade, ao ser compreendido como tributo. Apenas as situações dos incisos I e II do art. 149 da CF que autorizam a União criar Empréstimo Compulsório
- Objetivo é proporcionar recursos para arcar com os impactos dessas situações, sendo que a lei que instituir o empréstimo compulsório definirá as formas e prazos para pagamento e vigência. Observação: Somente pode ser criado por Lei Complementar Federal. 1 - Calamidade Pública ou Guerra: Não obedece o princípio da anterioridade, será cobrado de forma imediata 2 - De investimento Público (urgente e relevante interesse nacional): As finalidades do empréstimo compulsório são taxativas. CONTUIBUIÇÕES As contribuições pressupõem uma vinculação. Funciona como uma espécie de financiamento de determinado fundo, para buscar uma finalidade; Em tese a destinação do dinheiro da contribuição não pode ser desviada ***exceto tredestinação Em suma a ideia da contribuição é contribuir com o dinheiro para obter um retorno. GERAIS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III,
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. DE SEGURIDADE SOCIAL 1 Nominada: contribuinte é o empregado, empregador e empresas. CSLR Contribuição social sobre o lucro. Receitas possuem vinculação 2 Residual Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: São contribuições que podem ser criadas, desde que seja por lei complementar; Art. 195, 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 3 De previdência do funcionalismo público estadual, distrital e municipal. São relativas as contribuições por regime próprio de previdência; Exemplo: SPPREV. Art. 149, 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO CIDE Em determinadas situações é o Estado que injeta dinheiro na economia. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III,
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. CIDE COMBUSTÍVEL Art. 177, 4 da Constituição Federal. A alíquota deste tributo pode ser diferenciada em razão do uso; - Pode haver redução ou restabelecimento da alíquota por ato do executivo (Exemplo: decreto). - A CIDE combustível é exceção ao Princípio da Anterioridade, logo, não se aplica a anterioridade, prevista no art. 150, II, B CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS Exemplos de órgãos de categoria que cobram a contribuição: CRECI, CREA, CRM, COEN etc. - Órgão fiscalizador ganha direito a criar esse tipo de contribuição. - Caso haja inadimplência, o contribuinte sofrerá a execução fiscal. - A arrecadação é revertida para o fomento da categoria.
Também se incluem nesta categoria o sistema S Exemplo: sesi, senai e etc. Observação: a OAB não se inclui, posto que não é autarquia, é uma entidade sui generis. CONTRIBUIÇÃO PARA ILUMINAÇÃO PUBLICA MUNICIPAL E DISTRITAL Novidade em nosso ordenamento jurídico. Posto que antes era cobrado por meio de taxa, porém não era admitido, visto que o serviço não poderia era divisível. Este quadro que viabilizou a criação da Contribuição de iluminação. A contribuição é utilizada para o fundo a fim de fomentar a iluminação;
- A contribuição vem junto com a conta de luz, esta forma foi uma opção do município para viabilizar a arrecadação, mas a lei de cada ente que irá disciplinar a sua forma de ser. CIPE ou COSIP art. 149ª da CF Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Observação: Cada município define o critério de cobrança. TREDESTINAÇÃO
É o desvio da destinação original da receita de determinados tributos; DRU: desvinculação das receitas da União Abrange os seguintes tributos: impostos, taxas, multas, contribuições Em razão da desvinculação de determinado percentual do tributo, o contribuinte tentou requerer a repetição do indébito do percentual desvinculado, porém, tal tese não prosperou. A fundamentação se baseou no critério de vinculação das receitas dos tributos, sustentando que no momento que a receita do tributo não era utilizada para a sua finalidade, perderia a sua razão de ser, assim o pagamento seria indevido. Esta decisão obteve repercussão geral BONS ESTUDOS!!!! Prof. Ramiru Louzada