EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS



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Transcrição:

PPA 2012 2015

ESTADO DE PERNAMBUCO GOVERNADOR VICE-GOVERNADOR EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS JOÃO LYRA NETO SECRETÁRIOS SECRETARIA DA CASA CIVIL SECRETARIA DA FAZENDA SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO SECRETARIA DE TRANSPORTES SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SECRETARIA DE TURISMO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E DIREITOS HUMANOS SECRETARIA DAS CIDADES SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E ENERGÉTICOS PROCURADORIA GERAL DO ESTADO SECRETARIA DA CRIANÇA E DA JUVENTUDE SECRETARIA DE CULTURA SECRETARIA DE IMPRENSA SECRETARIA DE TRABALHO, QUALIFICAÇÃO E EMPREENDEDORISMO SECRETARIA DOS ESPORTES SECRETARIA DA MULHER SECRETARIA DA CASA MILITAR SECRETARIA DA CONTROLADORIA GERAL DO ESTADO SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO SOCIAL E REGIONAL SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DA COPA 2014 SECRETARIA DO GOVERNO SECRETARIA DE ASSESSORIA AO GOVERNADOR GABINETE DO GOVERNADOR SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE Francisco Tadeu Barbosa de Alencar Paulo Henrique Saraiva Câmara Ranilson Brandão Ramos Antônio Carlos dos Santos Figueira Anderson Stevens Leônidas Gomes José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira Isaltino José do Nascimento Filho Alexandre Rebêlo Távora Marcelino Granja de Menezes Wilson Salles Damazio Geraldo Julio de Mello Filho Alberto Jorge do Nascimento Feitosa Laura Mota Gomes Danilo Jorge de Barros Cabral João Bosco de Almeida Thiago Arraes de Alencar Norões Raquel Teixeira Lyra Fernando Duarte da Fonseca José Evaldo Costa Antônio Carlos Maranhão de Aguiar Ana Cristina Valadão Cavalcanti Ferreira Cristina Maria Buarque Mário Cavalcanti de Albuquerque Djalmo de Oliveira Leão Sileno Souza Guedes Luiz Ricardo Leite de Castro Leitão Maurício Rands Coelho Barros Ariano Vilar Suassuna Renato Xavier Thièbaut Sérgio Luís de Carvalho Xavier

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Secretário de Planejamento e Gestão Secretário Executivo de Planejamento, Orçamento e Captação Secretário Executivo de Desenvolvimento do Modelo de Gestão Secretário Executivo de Gestão Estratégica Secretário Executivo de Gestão por Resultados Gerente Geral de Planejamento e Orçamento do Estado Gerente de Orçamento de Estado Gerente de Suporte ao Planejamento Plurianual Gestor de Estudos Orçamentários, Acompanhamento e Avaliação Gestor de Elaboração Orçamentária, Articulação e Orientação Gestor de Aperfeiçoamento do Processo de Planejamento e Orçamento Elaboração do capitulo Novo Ciclo de Desenvolvimento do Estado: Alexandre Rebêlo Távora Edilberto Xavier de Albuquerque Júnior Maurício Serra Moreira da Cruz Jorge Luís Miranda Vieira Bernardo Juarez D Almeida Danielle Campello de Melo Augusto Silvio José de Oliveira Lins Nelsileine Borba de Queiroz Diógenes Prazin de Oliveira Tereza Cristina de Lima Lira Thereza Sônia Soares Cyreno Tânia Bacelar de Araújo Equipe de Servidores: Equipe de Consultores: Apoio Logístico Administrativo: Ana Maria Collier Matos, André Luiz Wanderley de Siqueira de Moura Leite, Breno Galindo Cavalcanti, Bruno Braga Gomes dos Santos, Carolina Magalhães Tenório Brito, Cristian Alves Pessoa, Cristiane Tarini Duarte e Nascimento, Érika de Souza Gouveia, Fabiano Oliveira da Mota, Gabriela Ramos Souza, Jorge Carlos Mattar, Katarina Pitombeira Bezerra dos Santos, Letícia Rêgo Barros, Marcelo Araújo Dantas, Márcia Teixeira da Silva, Natália Cezar Vieira Vita, Rodrigo Valença de Barros Corrêa, Sueli Barbosa da Silva, Taciana Maria Chacon Paes, Tâmara Cavalcanti de Almeida, Teonito Barbosa de Araújo, Victor Hugo Vita Barbosa, Vitor Carvalho Pinheiro Costa, Vladimir Campelo da Mota. Abérides Alves de Azevedo, Fabiana Gomes de Souza, Severino Pereira de Andrade. Alexandre Batista Cavalcanti Júnior, Dijanara Freitas Silva, Gabriella Oliveira de Lima Silva, Igor Carlos Silva Mendes, Guilherme Henrique Nascimento, Maria Aparecida Monteiro de Assis Correia, Maria José da Costa Barbosa, Maria Cristina Batista Cavalcanti, Sônia Correia da Silva

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO LEI Nº 14.532, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2011. Dispõe, em cumprimento ao que preceitua o art. 124, 1º, inciso IV, da Constituição do Estado de Pernambuco, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 31 de 27 de junho de 2008, sobre o Plano Plurianual do Estado, para o período 2012-2015, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A presente Lei dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2012-2015, apresentando o elenco das perspectivas e objetivos estratégicos, que norteiam a atuação da administração pública estadual, além dos programas, ações e subações, de forma regionalizada. 1º Para o cumprimento das disposições do Plano Plurianual 2012-2015 de que trata o caput, consideram-se: I - Perspectiva, opção estratégica que permite ao Governo e à sociedade visualizar o grau de contribuição para realização da visão de futuro, com o desenvolvimento social equilibrado, comprometido com a melhoria das condições de vida do povo e, com a preparação do Estado para o novo ciclo de desenvolvimento da economia de Pernambuco; II - Objetivo Estratégico, resultado que a administração pública estadual deseja alcançar nas áreas setoriais de atuação, estando consubstanciados em número de doze, agrupados segundo as perspectivas, relacionados nos Anexos que acompanham a presente Lei; III - Programa, conjunto articulado de ações, órgãos executores e pessoas motivadas para o alcance de um objetivo comum, podendo ser classificado em dois tipos: a) Programa Finalístico, aquele que resulta em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade pela administração pública estadual;

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO b) Programa de Apoio Gerencial e Tecnológico, que abrange ações de gestão, manutenção, de suporte tecnológico e apoio à ação governamental ou, ainda, àquelas não tratadas nos programas finalísticos. IV - Ação, operação da qual resultam produtos representados por bens ou serviços para atender aos objetivos de um programa; V - Subação, menor nível de detalhamento da ação, utilizado especialmente para especificar a localização física ou objetos contidos na ação; 2º A localização espacial das subações é feita respeitando-se a divisão do Estado em 12 (doze) Regiões de Desenvolvimento, quais sejam: I - Região de Desenvolvimento Sertão de Itaparica - RD 01: Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Itacuruba, Jatobá, Petrolândia, Tacaratu; II - Região de Desenvolvimento Sertão do São Francisco - RD 02: Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Orocó, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande; III - Região de Desenvolvimento Sertão do Araripe - RD 03: Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena, Trindade; IV - Região de Desenvolvimento Sertão Central - RD 04: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova, Verdejante; V - Região de Desenvolvimento Sertão do Pajeú - RD 05: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaraci,Ingazeira, Itapetim, Quixabá, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo,Tuparetama; VI - Região de Desenvolvimento Sertão do Moxotó RD 06: Arcoverde, Betânia, Custódia, Ibimirim, Inajá, Manari, Sertânia; VII - Região de Desenvolvimento Agreste Meridional RD 07: Aguas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Buíque,Caetes, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iatí, Itaíba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina,Paranatama, Pedra, Saloá, São João, Terezinha, Tupanatinga, Venturosa; VIII - Região de Desenvolvimento Agreste Central RD 08: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Caruaru, Cupira, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano, São Joaquim do Monte, Tacaimbó; IX - Região de Desenvolvimento Agreste Setentrional RD 09: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho,João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho, São Vicente Ferrer, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lério, Vertentes; X - Região de Desenvolvimento Mata Sul - RD 10: Água Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de Maria, Catende, Chã Grande, Cortês, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos, Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, São Benedito do Sul, São José da Coroa Grande, Sirinhaém, Tamandaré, Vitória de Santo Antão, Xexéu; XI - Região de Desenvolvimento Mata Norte - RD 11: Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Chã de Alegria, Condado, Ferreiros, Glória de Goitá, Goiana, Itaquitinga, Itambé, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Macaparana, Nazaré da Mata, Paudalho,Timbaúba, Tracunhaém, Vicência; XII - Região de Desenvolvimento Metropolitana - RD 12: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife, São Lourenço da Mata, Fernando de Noronha. Art. 2º O Anexo I trata da contextualização do novo ciclo de desenvolvimento do Estado, do modelo de gestão, e do processo participativo da elaboração do Plano Plurianual. Art. 3º O Anexo II trata da estratégia 2012-2015 para o Estado, seus objetivos estratégicos e a estrutura programática, devidamente regionalizada, dos órgãos. Art. 4º Os valores financeiros contidos na presente Lei estão calculados a preços correntes. Art. 5º Serão realizadas revisões anuais do Plano Plurianual de que trata esta Lei, através de leis específicas. 1º Fica o Poder Executivo autorizado, através da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado, a compatibilizar os valores dos Programas,

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Ações e Subações do Plano Plurianual PPA 2012-2015, às alterações que vierem a ser procedidas na Lei Orçamentária Anual, do exercício de 2012. 2º As subações descritas no Anexo II da Lei de que trata o caput, constituem meras indicações informativas, podendo ser redistribuídas ou acrescidas de novas, diretamente no sistema corporativo e-fisco, através da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado, respeitadas as finalidades das ações. Art. 6º O Poder Executivo apresentará a Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco, por ocasião da abertura de cada sessão legislativa, relatório anual de ação de governo, do exercício anterior, apresentando os resultados obtidos e ações alcançadas na estratégia de Governo. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, contando seus efeitos a partir de 1º de Janeiro de 2012. Palácio do Campo das Princesas, Recife, 9 de dezembro do ano de 2011, 195º da Revolução Republicana Constitucionalista e 190º da Independência do Brasil. EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS Governador do Estado ALEXANDRE REBÊLO TÁVORA FRANCISCO TADEU BARBOSA DE ALENCAR PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA THIAGO ARRAES DE ALENCAR NORÕES

ANEXO I

ÍNDICE APRESENTAÇÃO... 3 1. O NOVO CICLO DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO... 4 1.1. O CONTEXTO MUNDIAL... 4 1.2. O CONTEXTO NACIONAL... 5 1.3. A TRAJETÓRIA EXITOSA DE PERNAMBUCO... 7 1.4. OS DESAFIOS A ENFRENTAR NO PERÍODO 2012 2015... 13 2. O MODELO DE GESTÃO TODOS POR PERNAMBUCO... 15 2.1. ANTECEDENTES E AVANÇOS DO MODELO TODOS POR PERNAMBUCO... 15 2.2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS MOTIVADORES PARA A CONSTRUÇÃO... 15 2.3. NOVOS PARADIGMAS DO MODELO INTEGRADO DE GESTÃO DO PODER EXECUTIVO TODOS POR PERNAMBUCO... 17 2.4. IDÉIAS FORÇA DO MODELO INTEGRADO DE GESTÃO DO PODER EXECUTIVO TODOS POR PERNAMBUCO... 20 2.5. REFERENCIAIS METODOLÓGICOS DO MODELO INTEGRADO DE GESTÃO DO PODER EXECUTIVO TODOS POR PERNAMBUCO... 21 2.6. INTEGRAÇAO DO MODELO COM A ESTRUTURA ORÇAMENTÁRIA FORMAL... 23 3. ELABORAÇÃO DO PPA E PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO... 27 3.1. MUDANÇAS NA ESTRUTURA PROGRAMÁTICA DO PLANO PLURIANUAL... 27 3.2. PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NAS ESCOLHAS DO PLANO... 28 3.3. INCORPORAÇÃO DAS PROPOSTAS E SUGESTÕES AO PLANO PLURIANUAL... 30

APRESENTAÇÃO No inicio do primeiro ciclo de gestão, em 2007, o cenário encontrado era o da subutilização dos instrumentos de planejamento público, do qual o plano plurianual e orçamento são peças principais. Elaborar o Plano Plurianual e, por conseguinte, os orçamentos, com foco em estratégias identificadas através de processo integrado e participativo de priorização, e depois executá lo de acordo com tais metas, foram necessidades consideradas fundamentais para implantação de novo paradigma na gestão pública estadual de Pernambuco: a gestão por resultados. A inexistência de instrumentos que permitissem explicitar o planejamento estratégico real das ações de governo; o uso dos instrumentos formais existentes apenas como forma escritural de execução orçamentária; a ausência de estruturas voltadas ao ciclo de gestão e avaliação das políticas públicas e ao seu controle social, fragilizado pela inexistência de instâncias formais com esta finalidade; a falta de recursos necessários para garantir a unidade no processo de planejamento, no estabelecimento de metas e planos, e na eficácia do monitoramento e da avaliação de resultados; todos foram elementos dificultadores do atendimento das necessidades básicas da população por parte de administrações estaduais anteriores a 2007, e considerados pela atual administração obstáculos à ação pública eficaz e mensurável, metas essenciais de uma gestão voltada para resultados. Como forma de superar as dificuldades encontradas, foi criado o Modelo de Gestão Todos por Pernambuco Gestão Democrática e Regionalizada, com foco em Resultados. Sob a égide deste modelo, o Estado de Pernambuco investiu fortemente na modernização da Gestão Pública como meio mais eficaz para cumprir com os compromissos assumidos com a população no programa de governo. Com o sucesso de sua implantação, o Governo agora se depara com novos desafios para o modelo: consolidar o desenvolvimento econômico e social iniciado na gestão passada, concretizar o alcance territorial das ações de governo, aprofundar os mecanismos participativos do processo de planejamento e aprimorar o processo de formalização da estratégia de governo. Vale salientar, que para o Governo de Pernambuco, a formalização dos seus objetivos e metas no Plano Plurianual, é mais do que o cumprimento de uma exigência constitucional. É, antes de tudo, uma oportunidade ímpar de incorporar e transformar as demandas da população em ação concreta e direcionar a atividade dos órgãos da administração pública estadual ao encontro da demanda social. Este documento oficial passa a ter vida, pois além de cumprir uma obrigação constitucional foi construído utilizando um processo ativo de participação popular, que o referenda. Esta forma de construção do Plano Plurianual, utilizando como subsídio as demandas da população, num quantitativo de aproximadamente vinte e seis mil propostas e o compromisso de, na medida do possível, atendê las, de forma racional, transparente, com alta aderência programática com o programa de governo e coerência metodológica com as ferramentas de gestão utilizadas para monitorar a ação de governo, representa um avanço significativo e inovador no âmbito da administração pública brasileira. 3

1. O NOVO CICLO DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO O PPA 2012 2015 vai contribuir para consolidar o novo ciclo de desenvolvimento que se instalou no Brasil e em especial em Pernambuco. Trata se, portanto, de avançar a partir da trajetória exitosa da primeira década do século XXI, apesar das dúvidas e ameaças advindas de um cenário mundial que se tornou adverso nos anos finais da década e que não sinaliza para uma solução de curto prazo, como se verá a seguir. Mas espera se que o Brasil possa resistir a impactos mais profundos desta crise e que Pernambuco mantenha o ritmo de crescimento recente e aprofunde as conquistas sociais alcançadas. 1.1. O CONTEXTO MUNDIAL O momento em que se elabora o presente PPA é marcado por um contexto adverso em escala mundial. Num estágio muito avançado da globalização, a exacerbação do movimento de financeirização da riqueza gerou em 2007, segundo o FMI, um montante de ativos financeiros quase quinze vezes superior ao Produto Nacional Bruto de todos os países do mundo. O movimento de tais ativos, em ambiente de ampla desregulamentação, alimentada pela onda liberal que correu mundo afora no final do século XX, terminou por desaguar numa crise que eclode nos Estados Unidos, em 2008. De lá para cá, a incapacidade de coordenar esforços consistentes para evitar o pior, faz a crise se prolongar, gerando consequências ainda pouco previsíveis em sua profundidade. O que está diante de todos é a face mais dura da crise: um contingente de cerca de 205 milhões de desempregados no mundo, dos quais 44 milhões na Europa e 14 milhões nos Estados Unidos. Este é um dos dados que atestam o impacto maior da crise nos chamados países desenvolvidos. Mas o ambiente mundial não está marcado apenas por uma crise financeira de grandes proporções. A crise ambiental, por exemplo, é igualmente grave, pois diante de resultados como o aquecimento global ou das cada vez mais frequentes tragédias resultantes de fenômenos naturais, como a que viveu o Japão recentemente, as mudanças seguem muito lentas e insuficientes. Elas estão a requerer um novo padrão de relação das sociedades humanas com a natureza, o que passa, inclusive por uma alteração profunda no modelo consumista e de desperdício inaceitável que serviu de referência a muitas sociedades nos últimos séculos. Para além dessas crises, outras transformações profundas vêm se processando no ambiente mundial, como a marcha na direção da chamada sociedade do conhecimento. Ela se associa a mudanças importantes de paradigmas tecnológicos, como a transição da era da eletro mecânica para a era da eletrônica ou como a crescente importância da produção agrícola com base na genética abrindo espaço para os transgênicos e na biologia base da agricultura orgânica, ambas questionando a era da agricultura baseada na química. Tais mudanças caminham mais rápido num mundo que ficou mais próximo, por conta da revolução nos meios de comunicação, baseadas no uso de novas tecnologias de comunicação e informação. Neste contexto de crise ambiental, econômica e social, e de alterações importantes nos padrões que foram hegemônicos nos séculos anteriores, uma boa nova é o debate sobre o próprio conceito de desenvolvimento. Cada vez mais se questiona que o desenvolvimento seja apenas um processo de 4

ampliação da riqueza econômica e se avança na direção de cobrar o diálogo da dimensão econômica com a ambiental, a social, a cultural. Não é por acaso que um indiano Amarthya Sen mereceu um Prêmio Nobel pela defesa de um novo conceito de desenvolvimento, e que a preocupação com o desenvolvimento sustentável vem crescendo, com o apoio de importantes instituições, no cenário mundial. Como ressaltou a Presidente Dilma, em seu discurso recente na abertura da Assembléia Geral da ONU, o mundo vive um momento extremamente delicado e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade histórica. O desafio colocado pela crise é o de substituir teorias defasadas, de um mundo velho, por novas formulações para um mundo novo. E é nessa direção que tem marchado o Brasil. Com a crise afetando mais duramente os países ditos desenvolvidos, países considerados em desenvolvimento vêm ganhando espaço no cenário mundial, em especial o BRICS. Portanto, uma mudança na geopolítica mundial também está em curso, e ela abriu espaço para o G 20, em lugar do G 7, sinalizando para um mundo mais multipolar que o que vigorou no pós Segunda Guerra Mundial e em especial após a queda do muro de Berlim. Portanto, o contexto mundial marcado por instabilidade, crises, e grande sofrimento para muitos, deixa um alerta de preocupação e obriga a todos a conviver com a incerteza, mas clama, sobretudo por novos posicionamentos. E o Brasil tem se reposicionado adequadamente neste ambiente. 1.2. O CONTEXTO NACIONAL O Brasil vem sendo pouco afetado pela crise financeira, resultado de mudanças que vinha realizando desde a redemocratização, mesmo tendo ela coincidido com o momento da crise da dívida externa que cobrou pesado preço à sociedade nacional, em especial aos brasileiros mais pobres. Entre erros e acertos, a sociedade brasileira foi buscando novos rumos e logrou não apenas domar a hiperinflação, mas experimentar um novo padrão de crescimento. Experimentou fazer dialogar a ampliação da produção e dos investimentos produtivos com a redução da pobreza e com um início da diminuição da profunda desigualdade social e regional que sobrara como herança do padrão anterior. Assim, a primeira década do século XXI ficou marcada por uma melhoria significativa do ambiente macroeconômico, como mostram os principais indicadores neste campo, mas igualmente pela retomada do crescimento econômico em novas bases e pela melhoria do perverso quadro social nacional, ao mesmo tempo em que a democracia se firmava. E o mundo começou a ver o País de outra maneira, o que revela, por exemplo, a significativa entrada de Investimento Direto do Estrangeiro (IDE) nos anos recentes, em volumes só inferiores aos da China. Com a inflação sob controle, o salário mínimo em rápida elevação em termos reais, um elenco consistente de políticas sociais e um padrão de crescimento que foi capaz de voltar a criar empregos formais e fazer crescer a renda do trabalho, a demanda das classes populares foi despertada. Isso porque todas estas tendências se associaram a ampliação e democratização do crédito mesmo num contexto de elevadas taxas de juros. O potencial representado pela demanda insatisfeita de amplas camadas da sociedade brasileira estimulou o consumo de alimentos, vestuário e calçados, mas surpreendeu a muitos ao dinamizar o consumo de bens duráveis (motos, máquinas de lavar, 5

DVDs, televisor a cores, geladeiras) acionando a produção de segmentos importantes da indústria moderna que o país implantara na segunda metade do século XX. Neste quadro, entre 2004 e 2010, criam se 12,6 milhões de empregos formais, chegando a um contingente de ocupados formalmente 40,3% maior que no início do período, ao mesmo tempo em que a renda per capita brasileira cresce mais de 25% em termos reais, a taxa de desemprego nas áreas metropolitanas caiu mais que a metade entre 2003 (10,9%) e 2010 (5,3%), registrando uma redução relativa de 37% da pobreza. A partir de 2004 e até a crise de 2008/09, a economia brasileira mostra taxas de crescimento significativas (chegando a 6,1% em 2007) e o dinamismo do mercado interno estimula os investimentos produtivos, ao mesmo tempo em que a redução da relação Divida/PIB (de 51,3% em 2002 e 55% em 2003 para 36% em 2008) abre espaço para um programa de investimento governamental o PAC. As taxas de investimento melhoram, e passam a crescer acima das do consumo, sinalizando a confiança dos empresários na consistência da trajetória experimentada pelo país. Paralelamente, o dinamismo do mercado mundial de commodities estimulara as exportações brasileiras, gerando crescentes saldos comerciais e nas transações correntes do Balanço de Pagamentos. Neste contexto, a antiga vulnerabilidade externa se reduz e o país passa a acumular reservas internacionais em volume significativo (cerca de US$ 240 milhões às vésperas da crise recente e US$ 335 bilhões em junho de 2011). Outro dado importante é que o Brasil reorienta suas exportações, tornando se menos dependente dos mercados dos países ditos desenvolvidos, o que lhe permite ser menos impactado quando vem a crise e o comércio mundial é duramente impactado. Com bancos públicos recuperados e sólidos, o país enfrenta bem o pico da crise de liquidez e mantém o sistema de crédito funcionando adequadamente, ao mesmo tempo em que políticas públicas anticíclicas estimulam o consumo. A crise faz o PIB declinar em 2009 ( 0,6%), mas a recuperação vem rápida, tanto que em 2010 o país tem sua economia crescendo a 7,5% a.a. No prolongamento do ambiente mundial desfavorável, no entanto, a economia brasileira desacelera em 2011 e as projeções não são muito otimistas para os próximos anos, apesar do contrapeso que representam os investimentos da Petrobrás, por conta da exploração do petróleo no Pré sal. Se a crise mundial atua como uma ameaça, os propósitos do PPA do Governo Federal para 2012 2015 operam como um alento para o Nordeste e em especial para Pernambuco, visto que a Visão de Futuro ali contida abre espaço para a consolidação do movimento de transformação por que vem passando este Estado, posto que deixa claro o objetivo estratégico de construir um país regionalmente e socialmente menos desigual, como revela a visão de futuro interna do país, que afirma querer ser reconhecido: Por seu modelo de desenvolvimento sustentável, bem distribuído regionalmente, que busca a igualdade social com educação de qualidade, produção de conhecimento, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental. Trata se de uma imagem de futuro que dialoga diretamente com propósitos do PPA estadual para o mesmo período. 6

Por sua vez, o PPA Federal sinaliza para um cenário onde o crescimento da economia brasileira se manteria em torno dos 5% a.a., puxado pela taxa de investimento (cerca de 10% a.a.) e pelo consumo das famílias, que deve se ampliar num ritmo de 5,1% em 2012 para 5,6% a.a. em 2014 e 2015. Como o desempenho da economia de Pernambuco tem se situado acima do nacional, trabalha se aqui com a continuidade desta tendência, o que se justifica pela trajetória seguida pelo desenvolvimento estadual nos últimos anos, a seguir explicitada. 1.3. A TRAJETÓRIA EXITOSA DE PERNAMBUCO O ambiente no qual se elabora o presente PPA é portador de muitas possibilidades, dadas as mudanças operadas na realidade pernambucana nos anos recentes. De uma situação de grande dificuldade enfrentada nas décadas finais do século XX, o Estado se reposiciona e aparece hoje como um dos mais atraentes locais para se investir e para se viver, no Brasil. AS DIFICULDADES DAS DÉCADAS FINAIS DO SÉCULO XX Pernambuco não engatara bem no período do II Plano Nacional de Desenvolvimento, da era Geisel. Ao contrário de estados como a Bahia ou Maranhão, que sediaram investimentos de porte, Pernambuco teve que pensar uma alternativa própria e está aí a origem do Complexo Portuário Industrial de SUAPE. O mergulho do Brasil na crise da dívida externa nos anos 80 do século XX, crise esta que afetou principalmente o setor público brasileiro, fragilizando o, coincidiu com a consolidação do processo de abertura política que consegue se firmar, mesmo num ambiente econômico adverso. Consegue, assim, a sociedade brasileira, reduzir o grau de adesão do país à cartilha neoliberal que se impunha mundo afora. Mesmo assim, não escapamos de um processo de privatização amplo, de uma abertura comercial e financeira rápida e do desmonte do Estado, acossado por uma dívida pública que crescia rapidamente, impondo cortes nas políticas públicas. Pernambuco continua, nesse contexto, sem grandes oportunidades e sofre, especialmente na sua indústria, os impactos negativos do contexto nacional. A privatização do Sistema Siderbrás, por exemplo, atinge seu parque metal mecânico pelo ônus dos custos de transportes advindos do fim dos subsídios cruzados antes existentes. Por sua vez, a abertura comercial rápida e consequente acirramento da concorrência, em especial com a China, leva de roldão outros segmentos, como o têxtil e confecção (esta sobrevivendo após estratégia de informalização num Pólo do Agreste do Estado). O Resultado: sua economia não acompanha sequer o dinamismo apresentado pelo Nordeste (perde peso relativo na Região, enquanto o Ceará avança) e experimenta uma taxa de crescimento de 1,97% a.a. do período 1985 2005, menor que a taxa média de 2,2% a.a. exibida pelo Brasil no seu conjunto. Embora focos de resistência tenham surgido como a expansão do pólo de fruticultura em Petrolina, a germinação do complexo de Tecnologia da Informação (TIC) que se consolida no Porto Digital, a consolidação do pólo de serviços modernos (saúde, serviços às empresas, serviços ligados ao 7

turismo, cultura e entretenimento, entre outros) e a recuperação da sua antiga função de pólo de logística/distribuição, a situação estadual era reveladora de grandes dificuldades. A crise de sua base industrial permite falar numa nítida tendência a desindustrialização após todo o esforço feito pela SUDENE. Um indicador claro desta tendência é que o peso da indústria de transformação declina fortemente na economia estadual (de 25% em 1985 para 11% em 2005). Esse ambiente não permite avanços significativos no quadro social, apesar de conquistas importantes trazidas pela Constituição Federal de 1988, como a que estendeu a previdência ao meio rural e trouxe a cobertura do Estado aos sertanejos pernambucanos e nordestinos que assistiam atônitos ao fim da cultura do algodão (única fonte de renda monetária da maioria dos produtores do semi árido). Pernambuco chega ao final do século XX com vários indicadores sociais inferiores aos de outros estados do Nordeste, como ocorre com a mortalidade infantil (61,8 mortes em mil crianças nascidas vivas), índice superior a media regional (59 mortes), com a esperança de vida ao nascer de 62,7 anos, portanto menor que a do Nordeste (64,8 anos) e que a de todos os outros estados nordestinos (exceto Alagoas). O quadro da educação básica era inaceitável, ainda em meados da primeira década do século XXI. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) do Ministério da Educação, a rede estadual de Educação Básica de Pernambuco apresentava baixíssimos indicadores de aproveitamento escolar, tendo alcançado, em 2005, o pior desempenho dentre os Estados do País no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nos anos finais do ensino fundamental (5ª a 8ª séries), com a nota 2,4. O desempenho dos estudantes do Ensino Médio, considerado a última etapa da educação básica, também apresentava resultados abaixo da média nacional, com IDEB de 2,7. A RETOMADA DO CRESCIMENTO E SUAS CAUSAS Mudanças importantes ocorrem na realidade pernambucana na primeira década do século XXI, associadas, sobretudo, a retomada de políticas nacionais muitas delas favoráveis às regiões mais pobres do país, a alterações em duas políticas da Petrobrás (a de refino e a de compras), à redefinição do padrão de crescimento da economia nacional, entre outras. O conjunto dos estados do Nordeste passam a apresentar forte dinamismo no consumo das famílias (lideram, junto com os do Norte, as vendas no comércio varejista, segundo dados do IBGE/PMC), a ter taxas de crescimento do emprego formal superiores à media nacional (6,3% contra 5,4%, entre 2003 e 2010), a ver o valor do rendimento médio real das pessoas de 10 anos ou mais de idade apresentar taxa anual de crescimento (6,2% entre 2004 e 2009 contra 4,5% da média nacional, segundo a PNAD 2009, produzida pelo IBGE), entre outros indicadores favoráveis. Pernambuco também é impactado positivamente pelo avanço das políticas de transferência de renda, pela importante elevação real do salário mínimo, pela ampliação e democratização do crédito ao consumidor, que estimulam o consumo das famílias, em especial o consumo popular. A partir de 2004 passa a apresentar elevadas taxas de crescimento das vendas no varejo, medidas pela Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE (7,2% em 2004, 14% em 2005, 6,2% em 2006, 9,9% em 2007). O 8

dinamismo do consumo atrai o investimento, tanto de empresas locais como de grandes empresas nacionais e mundiais. Em 2005, o PIB estadual cresce (4,2%), acima da média nacional (3,2%). E a partir daí, mantém esta trajetória, como mostra o Gráfico a seguir. Brasil, Nordeste, Pernambuco: Taxas de Crescimento Anual do PIB (2000 2010) Fonte:IBGE; Condepe/Fidem; BNB/Etene/Ciest ¹Dados estimados, sujeitos a retificação depois de consolidados. Um fato relevante da construção desta nova trajetória foi a decisão da Petrobrás de instalar em SUAPE a Refinaria Abreu e Lima, como resultado da sua nova política de refino (pela qual deixava de ampliar suas velhas refinarias). Logo em seguida, sua nova política de compras começa a estimular a retomada da indústria naval do país e Pernambuco atrai um estaleiro de grande porte para SUAPE. Associada à presença da refinaria, unidades da cadeia da petroquímica destinam se ao Estado. Um antigo propósito de atrair projetos estruturadores começava a se mostrar realidade. A existência de SUAPE se revela fator relevante na construção deste novo momento da vida econômica estadual. O esforço de longos anos, em meio a um contexto adverso, começava a dar sinais de retorno. Um porto moderno e estrategicamente localizado no coração do mercado nordestino e com excelente acessibilidade a grandes mercados no exterior, e dotado de uma excelente retro área industrial chama a atenção dos investidores. Importante também o momento em que vivia o Governo Estadual, com finanças equilibradas e uma administração que, adotando o planejamento estratégico e a gestão por resultados, se mostra segura dos rumos a imprimir a seu trabalho e cobra eficácia e eficiência dos gerentes, servidores e colaboradores. Negociando bem e realizando o prometido, gera um ambiente de credibilidade que impacta favoravelmente os empreendedores que buscam o Estado. 9

Em paralelo, o Programa de Aceleração do Crescimento PAC, lançado pelo Governo Federal, traz para Pernambuco grandes obras (Ferrovia Transnordestina, interligação de bacias partindo das margens pernambucanas do Rio São Francisco, duplicação da BR 101 no litoral oriental nordestino, amplo programa de infraestrutura hídrica proposto pelo Governo Estadual, entre outras). Pouco depois, os investimentos em habitação do programa Minha Casa, Minha Vida começam a ser realizados. A construção civil explode. Sua produção, que cresceu 15,7% em 2009, se amplia em 26,1% em 2010 e 30% no primeiro semestre de 2011, segundo dados do IBGE. Já o emprego formal no setor cresceu 23,7% entre 2005 e 2010 contra 7% da media estadual e entre junho de 2010 e junho de 2011 cresceu 37% contra 9,6% da média do Estado, segundo dados do Ministério do Trabalho (RAIS). Por fim, a sinergia que se cria entre o Governo federal, o estadual, o empresariado, as universidades, as entidades da sociedade civil, as agências de financiamento, entre outras instituições, gera um clima positivo. Ele atinge o estado de ânimo da população e é claramente percebido pelos que aqui chegam, pensando em investir. O BLOCO DE INVESTIMENTOS E SUAS CARACTERÍSTICAS O principal vetor das mudanças é, sem dúvida, o bloco de investimentos públicos e privados que o Estado foi capaz de atrair nos últimos anos. São investimentos na base produtiva de Pernambuco, que está sendo reorganizada, e na infraestrutura econômica, urbana e educacional, que está sendo ampliada e requalificada. Isso sem incluir os investimentos previstos para que a Região Metropolitana do Recife sedie a Copa 2014 (R$ 1,6 bi). Esse valor inclui a construção da Arena (R$ 600 milhões) e a construção de habitações e investimentos na melhoria da mobilidade da RMR (com um terminal de metrô e a implantação de um sistema de corredores exclusivos para ônibus). A dinâmica tem sido tão forte que é difícil medir o tamanho do bloco de investimentos produtivos em instalação e confirmados para os próximos anos, pois a cada dia surge um novo empreendedor confirmando sua presença no Estado ou anunciando a expansão de seus negócios. Um número atual é o divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento através da Renai, que estima em US$ 33 bi o montante de investimentos anunciados para Pernambuco. A Empresa SUAPE anuncia, só na área do seu complexo, investimentos da ordem de US$ 22 bi. Tais números dão a dimensão do impacto esperado numa economia cujo PIB em 2008, medido pelo IBGE era de R$ 70,4 bilhões. Por sua vez, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destina a Pernambuco R$ 62,3 bilhões, para investimentos na infraestrutura de logística, energética e urbana/social. Na logística se destaca a Ferrovia Transnordestina (que ligará SUAPE ao interior do Brasil graneleiro que pulsa a oeste do Nordeste) e a duplicação de BRs como a 101 e a 408 (que melhoram a acessibilidade da Região Metropolitana do Recife respectivamente no sentido norte sul e leste oeste). Na infra estrutura energética se destaca a refinaria de petróleo, ao lado da ampliação da rede de gasodutos e de investimentos que assegurem a oferta de energia elétrica. E na infraestrutura social e urbana merecem referência, além do impulso dos investimentos em habitação, os investimentos destinados a buscar a universalização do acesso à energia elétrica (Luz para Todos), e ao saneamento (abastecimento de água e esgoto) ao lado da urbanização de áreas pobres do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, entre outras. 10

Ainda, no que se refere aos investimentos públicos, cabe uma referência ao esforço realizado pelo Governo Estadual. Num ambiente de receita em ascensão, impulsionada pelo bom desempenho da economia, e mantendo as despesas com pessoal dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (51,2 % em 2006 e 51,8% em 2010) e com a relação Dívida/Receita Corrente Líquida em declínio (67,5% em 2006 para 48,8% em 2010), o Governo amplia sua capacidade de investimentos. Os investimentos e inversões financiados com convênios passam de uma média de R$ 196 milhões no período 2003 2006 para R$ 596 milhões, em 2010. Já os investimentos e inversões financiadas com operações de crédito que implicam em dispor de contrapartida pulam de um patamar médio de R$ 82,2 milhões em 2003 2006 para uma média de R$ 840 milhões em 2009 2010. Só em SUAPE, os investimentos executados pela Empresa (com recursos próprios e do Poder Executivo) passaram de uma média de R$ 173 milhões em 2003 2006 para R$ 1,023 bi, no período 2007 2010. No que diz respeito aos investimentos produtivos, a característica mais importante é que eles se concentram na atividade industrial, justamente aquela que enfrentou maiores problemas nas décadas finais do século XX. Pode se afirmar, assim, que o Estado vive um novo ciclo de industrialização. E este novo ciclo impulsiona mudanças importantes: i) introduzem no tecido econômico estadual segmentos novos, como a indústria de petróleo & gás, a naval, a petroquímica, a automobilística, a farmacoquímica; e ii) redefinem segmentos tradicionais como o alimentar, o têxtil, a metal mecânica, a indústria de material elétrico. A importância do Porto de SUAPE e a localização estratégica no Nordeste Brasileiro, por sua vez, vêm consolidando Pernambuco como o maior centro logístico do Nordeste, com cerca de 60 centrais de distribuição e mais de 100 centrais de importação. Um lócus estratégico da atividade de distribuição tem se consolidado como outra marca de Pernambuco. A expansão da movimentação de cargas pelo Porto de SUAPE é um indicador desta potencialidade: de 4,3 milhões de toneladas em 2005 para 9 milhões de toneladas em 2010, mais que dobrando em cinco anos. No que se refere a contêineres, a movimentação passa de 179 mil em 2005 para 326 mil em 2010, um crescimento de 82% no período. A DINÂMICA DO EMPREGO O impacto social mais importante da trajetória recente de Pernambuco é observado no comportamento do mercado de trabalho, em especial no que se refere à criação de empregos formais. Como se destacou anteriormente, o Nordeste apresentou um excelente desempenho na criação de empregos formais no país, segundo dados do Ministério do Trabalho (através da RAIS). Dos 10,8 milhões de novos postos formais criados entre dezembro de 2005 e dezembro de 2010 no Brasil, o Nordeste responde por 2,2 milhões, o que representa 20,3% (percentual bem superior ao peso do PIB regional no total nacional). Pernambuco, por sua vez, cria 441,1 mil oportunidades de emprego formal neste mesmo período, que coincide com o da retomada mais firme do crescimento de sua economia. Passa de um contingente de 1,095 milhões de empregos para 1,536 milhões, o que representa um crescimento de 40% no estoque de empregados em apenas cinco anos, o que o situa entre os estados líderes do ritmo de crescimento do emprego no país. 11

Importante ressaltar que do ponto de vista da localização dos novos postos de emprego criados, os dados do Ministério do Trabalho aqui referidos indicam que as maiores taxas de crescimento do emprego formal entre 2005 e 2010 se deram em regiões de muito baixa densidade econômica. Este é o caso do Sertão Central que passa de um estoque de 8.608 empregos para 20.270, um acréscimo de 11.662 empregos, registrando, assim, um crescimento de 135,5% entre 2005 e 2010. Já no Sertão do Araripe, os 12.906 empregos formais existentes foram ampliados em mais 7.202, o que representa acréscimo de 55,8%. Já no Sertão do Moxotó foram adicionados 5.593 empregos formais no mesmo período, um acréscimo de 54% em relação ao estoque existente em 2005. A presença de grandes obras nas proximidades (Ferrovia Transnordestina e Projeto de Interligação de Bacias) é um dos vetores mais importantes de criação de novas oportunidades de emprego formal no interior do estado. Já no mercado formal da RMR foram acrescidos 297 mil empregos, o que representou acréscimo de 41% no estoque anterior. Em paralelo, a taxa de desemprego média mensal declina no espaço metropolitano de 13,2% em 2005 para 8,7% em 2010 (medida na média dos doze meses) enquanto o rendimento médio real das pessoas ocupadas cresce de R$ 930,64 para R$ 1.094,29 no mesmo período, segundo o IBGE/Pesquisa mensal de emprego. Como se vê, o mercado de trabalho se dinamiza, o que estimula os pernambucanos a se qualificarem para acessar as novas oportunidades. OS AVANÇOS NA EDUCAÇÃO E NO COMBATE À VIOLÊNCIA A educação tem sido uma preocupação importante, especialmente frente a sua nova realidade econômica. Segundo o IBGE na sua última PNAD (2009) a força de trabalho pernambucana tinha 6,6 anos de estudo, em média, colocando a em patamar acima da média nordestina (6,3 anos), mas ainda abaixo da média nacional (7,5). Esta preocupação é menor quando se trata da força de trabalho com nível superior de escolaridade, posto que na população com mais de 25 anos e com diploma de nível superior, Pernambuco (com 6,8%) situa se bem no Nordeste, atrás apenas da Paraíba (7,5%), embora tenha índice ainda inferior à média nacional (9,5%). Investimentos importantes foram feitos nos anos recentes na interiorização da oferta de ensino superior, desde a criação da UNIVASF (situada em Petrolina/Juazeiro da Bahia) até a implantação de campi novos pela UFPE Universidade Federal de Pernambuco, UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco e a UPE Universidade de Pernambuco, além da expansão e interiorização da rede de Institutos Federais de Ensino. (Isso vem beneficiando jovens residentes nas proximidades de cidades como Caruaru, Vitória de Santo Antão, Garanhuns, Serra Talhada, entre outras). O investimento estratégico realizado pelo Governo estadual se deu na formação de nível médio (seu dever Constitucional), com a significativa ampliação da rede de escolas médias e profissionais, o que contou com o apoio Federal. Com a implantação do Programa de Educação Integral (Lei Complementar 125/2008) se está consolidando uma rede de escolas de alta qualidade em horário integral (08 horas diárias) e semi integral (média de 6 horas diárias). Em 2010 haviam no estado 173 escolas (65 em horário integral e 108 em horário semi integral) que atendem a 67.371 alunos em 116 municípios, incluindo o Distrito de Fernando Noronha. 12

Dentre os avanços sociais associados ao novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco, merece destaque os alcançados na luta contra a violência. Os indicadores de violência colocavam Pernambuco entre os estados do Brasil em situação mais grave. As dificuldades econômicas que enfrentara e a elevação do desemprego nos anos finais do século XX explicam em parte o agravamento da situação. Mas era preciso um diagnóstico mais multicausal e uma ação pública ampla e coordenada. O Pacto pela Vida foi a resposta buscada para enfrentar este desafio, e os avanços alcançados estimulam a perseguir este caminho. O ano de 2010 foi o quarto consecutivo de redução da taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais CVLI no Estado, sendo a melhor da série histórica desde 1996. Dezembro de 2010 registrou 25 meses consecutivos de redução dessa taxa, quando o Estado apresentou a menor taxa absoluta mensal observada desde 1996. No acumulado de 2006 até dezembro de 2010, 1.916 vidas foram salvas. 1.4. OS DESAFIOS A ENFRENTAR NO PERÍODO 2012 2015 Para o período do próximo Plano Plurianual, aqui apresentado, o novo ciclo inaugurado em Pernambuco sinaliza para o enfrentamento de alguns desafios importantes. Eles influíram na escolha das prioridades e na definição dos objetivos estratégicos para este novo momento. Dentre os desafios a enfrentar, destacam se: A CONSOLIDAÇÃO DO NOVO CICLO DE CRESCIMENTO ECONÔMICO Com maior interiorização, e crescente valorização da dimensão ambiental e a significativa ampliação do grau de integração das empresas locais nas cadeias produtivas novas e existentes no estado. O contexto adverso de crise a escala mundial torna este desafio ainda maior e certamente o comportamento do Brasil nesses próximos anos será fundamental para definir os avanços possíveis em Pernambuco, dado o alto grau de integração existente entre a economia nacional e a estadual. Como se espera que o Brasil resista bem e use seus potenciais para continuar numa trajetória de crescimento, Pernambuco deve manter seus esforços para consolidar este novo ciclo que já sinalizou seu poder de transformação da realidade herdada do passado recente. A INCLUSÃO DOS PERNAMBUCANOS NUM MERCADO DE TRABALHO EM TRANSFORMAÇÃO Em destaque, a importância do investimento em formação técnica e profissional. O Governo criou uma Secretaria com a finalidade de coordenar seus esforços nesta área. O investimento neste campo é estratégico e a mobilização de recursos federais e de outras fontes vai merecer prioridade. Uma vantagem a ser potencializada é a boa estrutura de oferta já instalada no Estado, representada pelas Universidades, Sistema S, rede estadual, entre outras. Pernambuco vai ampliar a estrutura pública para a educação tecnológica e fortalecer o ensino superior, pois tais investimentos reforçam diferenciais competitivos que o Estado já apresenta. A interiorização do conhecimento e o incentivo à produção científica e tecnológica são itens centrais desta agenda nos anos do PPA ora apresentado. 13

A GARANTIA DE UMA VIDA MELHOR PARA TODOS Será dada ênfase à prestação dos serviços de saúde, cuja oferta vem sendo significativamente ampliada e requalificada desde o período anterior, com a construção de novos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) na Região Metropolitana do Estado de Pernambuco. Consolidar este esforço na maior área urbana do estado e estendê lo ao interior é um objetivo que vai mobilizar o Governo nos próximos anos. Em paralelo, continuarão a ser priorizadas ações que atuam na expansão e na melhoria da qualidade da oferta hídrica. O objetivo é universalizar o acesso dos pernambucanos à água e ao esgotamento sanitário para seus usos residencial e comercial. A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA, DAS DESIGUALDADES E DA MISÉRIA Na agenda central das políticas públicas estaduais estará a ampliação do controle permanente dos índices de criminalidade, a redução das desigualdades e o engajamento no esforço do Governo Federal na construção de um Brasil sem miséria. Nesse sentido, se buscará a ampliação da cobertura social aos mais pobres, a melhoria do acesso destes pernambucanos aos serviços públicos (especialmente educação, água e energia) e implementar se ão iniciativas que promovam sua inclusão produtiva. O ambiente criado pelo novo ciclo de desenvolvimento em curso ajudará nesta tarefa. A VALORIZAÇÃO DA DIMENSÃO AMBIENTAL DO DESENVOLVIMENTO A sustentabilidade ambiental num momento de intensa expansão da economia é um desafio que vai ganhar dimensão, tanto que neste campo também se criou uma nova Secretaria de Estado. O Brasil sediará a Rio + 20 neste período e a agenda ambiental deve ganhar força. O grande desafio será o de conciliar o rápido crescimento econômico, com instalação de empresas e geração de empregos, com o respeito à dinâmica da natureza. Paralelamente se estimulará a utilização de fontes de energia não poluentes e se promoverão iniciativas que estimulem a preservação ambiental e o uso adequado do patrimônio natural do Estado. 14

2. O MODELO DE GESTÃO TODOS POR PERNAMBUCO 2.1. ANTECEDENTES E AVANÇOS DO MODELO TODOS POR PERNAMBUCO Implantado e em funcionamento desde março de 2008, o Modelo Todos por Pernambuco trouxe à Gestão Pública no Estado um conjunto de novas rotinas e práticas que, tendo sido estabelecidas e internalizadas, vêm sendo rigorosamente cumpridas, desde então, por toda a máquina pública, elevando a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação do governo e, consequentemente, trazendo resultados para a Sociedade. O Modelo vem organizando as iniciativas do Governo para estruturar as atividades de suporte e apoio ao processo gerencial em todo o ciclo de gestão que vai desde o diagnóstico às correções de curso. A partir dos resultados alcançados com a sua implantação, podemos afirmar que o Modelo representou para o Estado, um passo fundamental para ampliar a capacidade de fomentar desenvolvimento com mecanismos de melhor distribuição das riquezas geradas, seja para as regiões menos favorecidas no território estadual, seja para as camadas sociais historicamente excluídas dos benefícios gerados. O Modelo Todos Por Pernambuco, a partir de sua implementação, introduziu novos paradigmas para o processo de Planejamento Estratégico do Estado: primeiramente, ao entender que a definição da estratégia precede a ação, selecionou e disseminou intensamente um conjunto de Objetivos a serem perseguidos ao longo da gestão, orientando, de forma sinérgica, a ação de todo o Governo, invertendo a lógica de planejamento até então vigente na máquina pública, que se baseava em planos estratégicos desenvolvidos isoladamente pelos órgãos e depois agrupados. Em paralelo, reaproximou as atividades de Planejamento e Orçamento alinhando dinamicamente os instrumentos formais de planejamento (PPA, LDO e LOA), que antes não guardavam sintonia. E também rotinizou, na máquina pública, um conjunto de tarefas e procedimentos para cada uma das etapas do Ciclo de Gestão de Políticas Públicas (Formulação, Implementação, Monitoramento e Avaliação), rotinas essas que são trabalhadas e acompanhadas pari passu pelo Governo. Tendo havido o cuidado de primeiramente implantar, depurar e consolidar as novas práticas para depois oficializá las em um arcabouço legal, em setembro de 2009 foi promulgada a Lei Complementar 141, que instituiu oficialmente o Modelo Integrado de Gestão do Poder Executivo no Estado, sendo composto pelos Sistemas de Controle Social (CEDES, Comitês de Articulação Regional, Comitês de Articulação Municipal), de Planejamento e Gestão, de Gestão Administrativa e de Controle Interno, todos funcionando em Rede, além do Núcleo Integrado de Gestão, responsável pela condução do Modelo. 2.2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS MOTIVADORES PARA A CONSTRUÇÃO Eleito ao final de 2006 com a proposta de mudança no estilo de desenvolvimento prevalecente no Estado, o Governo adotou como diretriz central para suas ações estratégicas a interiorização do desenvolvimento, com conseqüente inclusão social e reequilíbrio econômico. Para tanto, logo após a eleição, já nos primeiros dias de novembro de 2006, foi iniciado um trabalho de avaliação do quadro geral do Estado e da situação da administração pública estadual, que redundou em alterações na estrutura organizacional do Poder Executivo, protagonizando algumas áreas onde o Governo não 15