A Cultura da Cana-de-Açúcar

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Transcrição:

A Cultura da Cana-de-Açúcar Saul Carvalho 15. Plantas Daninhas 1. Importância do controle de plantas daninhas em cana 2. Período crítico de prevenção da interferência 3. Estratégias de controle das plantas daninhas em cana 3.1. Controle antes do plantio 3.2. Controle após o plantio 3.2.1. Pré-emergentes e/ou pós-emergentes inicial 3.2.2. Pós-emergentes 4. Controle de beiradas ou bocas de talhões 1

15. Plantas Daninhas 15.1. Importância Cerca de 1000 espécies no mundo competição / alelopatia/ problemas na colheita Segunda cultura em consumo de herbicidas Brotação lenta / grandes espaçamentos Crescimento inicial lento / residual Daninhas C4 (pastagens / tiririca) Ciclo longo 15. Plantas Daninhas 15.1. Importância Plantas daninhas interferem quantidade e massa de colmos qualidade do material colhido número de cortes viáveis Plantas daninhas aumentam os custos 30% para cana-soca 15 a 25% para cana-planta Lorenzi(1988; 1995) 2

Tipo de infestação limitante GRAMÍNEAS ANUAIS: Capim-colchão - Digitaria spp Capim-marmelada - Brachiaria plantaginea Capim-pé-de-galinha - Eleusine indica Capim-carrapicho - Cenchrus echinatus Capim-amargoso - Digitaria insularis Capim-camalote - Rottboelia exaltata Capim-pé-de-galinha CHUVA DE SEMENTES 3

GRAMÍNEAS PERENES: Capim-braquiária - Brachiaria decumbens Capim-colonião - Panicum maximum Grama-seda - Cynodon dactylon Capim-massambarámassambará - Sorghum halepense Capim-fino - Brachiaria purpuracens FOLHAS LARGAS: Caruru - Amaranthus spp Picão-preto - Bidens pilosa Beldroega - Portulaca oleracea Apaga-fogo - Althernalthera ficoidea Carrapichinho - Acanthospermum australe Carrapicho-de-carneiro - Acanthospermum hispidum Mentrasto - Ageratum conyzoides Falsa-serralhaserralha - Emilia sonchifolia Corda-de-viola - Ipomoea spp Guanxuma - Sida spp Poaia-branca - Richardia brasiliensis CIPERÁCEAS Tiririca - Cyperus rotundus COMELINÁCEAS Trapoeraba - Commelina benghalensis Corda-de-viola 4

Kuva et al. (2000) Perdas de colmos industrializávies de 45%, quando comparado com áreas livres de tiririca Catunda et al. (2000) Perdas são resultantes da competição por água, luz e nutrientes, e também por alelopatia LEVANTAMENTO DO BANCO DE TUBÉRCULOS 5

0,25 m 0,25 m 0,25 m 1308 tubérculos vivos Área amostrada = 0,25x0,25x0,25 6

Modalidade de Cultivo PLANTIO DE CANA DE ANO E MEIO CORTE-SAFRA PLANTIO DE CANA DE ANO JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. MANEJO EM CANA-PLANTA MANEJO EM CANA-PLANTA Alta temperatura Alta precipitação Dias longos Grande pressão de ervas curtos MANEJO EM SOQUEIRAS Baixa temperatura Alta temperatura Baixa precipitação Dias curtos Baixa pressão de ervas Alta precipitação Dias curtos longos Grande pressão de ervas Gramíneas / folhas largas folhas largas Folhas largas /gram. mm 140 120 100 80 60-40 Extrato do Piracicaba Balanço Hídrico - SP Mensal PLANTIO DE CANA DE ANO E MEIO http://ce.esalq.usp.br/dce/nurma.htm PLANTIO DE CORTE-SAFRA CANA DE ANO 40 JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. 20 0 MANEJO EM MANEJO EM -20CANA-PLANTA CANA-PLANTA MANEJO EM SOQUEIRAS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez DEF(-1) EXC 7

15.2.. Período de interferência P.T.P.I. P.A.I. P.C.P.I. - cana-de-ano 90 dias - cana-de-ano e meio 120 a 180 - cana-soca úmida 60 dias - cana-soca seca depende do clima - cana-de-ano 25 dias - cana-de-ano e meio 30 dias - cana soca úmida 20 dias - cana-soca seca depende do clima Interferência das plantas daninhas na cultura da cana - Redução do rendimento de 0 a 86% da produtividade potencial no Brasil Interferência de 86% Interferência de 0% 8

15.3. Controle -Tipo de sistema de plantio - Eficácia de controle - Tolerância da cultura - Cultura a ser utilizada na rotação e adjacentes - Limitação de equipamento -Tipo e grau de infestestação -Textura do solo e M.O.S. -Umidade do solo -Custo -Gerenciamento da usina (Utilização de diferentes momentos de aplicação) 15.3. Controle 15.3.1. Controle antes do plantio -Cultivo mínimo (eliminação química de soqueiras) - herbicidas não-seletivos glyphosate principalmente - cana com altura entre 40 a 70 cm - formulação de glyphosate influencia nos resultados - plantio deve ser realizado em torno de 20 a 30 após aplicação - a dose do herbicida é função da tolerância varietal 3,0 a 5,0 L/ha 9

Uso de glyphosate para destruição química de soqueiras Atentar para: Dose Formulação Variedade Estádio fenológico glifosato Cana-de-açúcar Controle de plantas daninhas perenes Áreas ocupadas por pastagens: - capim-braquiária - capim-colonião - destruição da propagação vegetativa 10

tiririca Imazapyr (Contain) na reforma do canavial aplicar 2,0 l/ha em pré ou pós preparar o solo 07 a 20 daacom grade e subsolador terraceamentoapós 90 dias esperar mínimo de 90 dias e precipitação de 90 mm no período monitorar a área após plantio 11

Esquema de desinfestação com o herbicida imazapic Rotação de culturas na reforma Sistema de meiose Vantagens no controle de plantas daninhas nas áreas de meiose: - efeito alelopático da soja sobre plantas daninhas - controle da tiririca (trabalho Copersucar) - menor uso de herbicidas nas linhas de plantio - menores riscos de plantas daninhas resistentes - redução do banco de sementes de plantas daninhas 12

15.3. Controle 15.3.2. Pré-plantio incorporado Necessidade de incorporação do herbicida: - volatilidade - fotodecomposição - baixa solubilidade Trifluralin Várias Premerlin 600 CE 3,0 1,5-2,0 Áreas com alta infestação de gramíneas, principalmente capim colonião e capim-braquiária (redução do banco de sementes) 13

15.3. Controle 15.3.3. Controle após o plantio Seletividade: - Resposta diferencial das espécies a um herbicida - > diferença de tolerância entre a cultura e a planta daninha > segurança de aplicação seletiva - Fator relativo para uma interação herbicida - pl. daninhacultura - condições edafoclimáticas - mais correto é dizer se determinado tratamento, e não um herbicida especificamente, é seletivo para a cultura - é fundamental conhecer a fenologia da cultura e os momentos de definição do potencial de produção. 14

15.3. Controle 15.3.3.1. Pré-emergentes Considerações de uso Solo limpo e destorroado Umidade no solo Efeito residual no solo até final do PTPI A dose aplicada depende do tipo de solo Conhecimento prévio da infestação de plantas daninhas Quando o controle é ótimo a cultura não perde rendimento por matocompetição e fitotoxicidade Palhada x herbicida x eficiência 15.3. Controle Herbicidas na seca e semi-seca Características relacionadas a herbicidas de semi-seca e seca: Ausência de volatilidade Longo período de controle (120 dias) Não degradado pela luz solar - fotodecomposição Alta solubilidade Baixa adsorção aos colóides do solo (MOS a argila) 15

Inibidores da Fotossíntese (Fotossistema II) - tebuthiuron (combine ou Perflan) - Usado mais em cana-planta e nas primeiras soqueiras - Afeta culturas em rotação até dois anos após - Produto tolerante a solo seco - hexazinone + diuron (Velpar K ou Advance) - Advance usado em período chuvoso - Velpar K pode ser usado em condições de meia seca - metribuzin (Sencor) - Utilizado na época das chuvas - Excelente seletividade para a cultura - Alta solubilidade Herbicidas inibidores da biossíntese de carotenos - clomazone e isoxaflutole - clomazone (Gamit) - usado em mistura com ametryne (Sinerge) - eficiente no controle de colonião e grama-seda - isoxaflutole - IFT (Provence) - pode ser utilizado em soca seca - produto ativo é o deketonitrilo (hidrólise do IFT) - tolerante ao cultivo 16

Herbicidas destruidores de membranas (PROTOX) - Sulfentrazone (Boral) - controle da tiririca e outras planas daninhas - dependente de umidade no solo, porém alta adsortivide e persistência - Oxyfluorfen (Goal) - baixa solubilidade - Muito usado no nordeste na época das chuvas Herbicidas inibidores do crescimento inicial - Pendimethalin (Herbadox) - controle de gramíneas, usado em altas doses apresenta controle de folhas largas - Metolachlor (Dual), alachlor (Laço) e acetochlor (Fist) - Ação complementar no controle de gramíneas em mistura com outros produtos. Dependem de umidade no solo. Herbicidas inibidores da síntese de aminoácidos (ALS) Imidazolinonas - Imazapyr (Contain) - controle da tiririca e grama-seda ( desinfestação do solo ) - Período seco dose baixa 0,5 l/ha - Pré-emergência total das plantas daninhas e cana - Imazapic (Plateau) - Pré-emergência total das plantas daninhas e cana - Controle de tiririca em soqueiras - Utilizado no período seco - Bom comportamento sobre a palha de cana 17

Herbicidas pré-emergente e vinhaça - Mistura de ametryne e vinhaça é viável (Blanco et al. 1981) - Aplicação da vinhaça antes ou após o herbicida é favorável Aplicação de herbicidas em área de cana-crua - A palhada reduz a infestação de plantas daninhas, principalmente gramíneas - Efeito sobre a incidência de luz e temperatura do solo que influi diretamente na quebra de dormência das sementes de plantas daninhas - a palha pode dificultar a transposição do herbicida até o solo Amendoim-bravo Euphorbia heterophylla 18

Corda-de-viola Ipomoea quamoclit trapoeraba Commelina benghalensis 19

Buva Conyza bonariensis Herbicida pré-emergente x cultivo Aplicação de herbicida antes do cultivo 20

Aplicação do herbicida após o cultivo 15.3.3.2. Pós-emergentes 21

Necessidade da operação de sistematização da entrelinha para a colheita mecânica quebra-lombo Operação de sistematização para a colheita quebra-lombo - Qual o efeito no herbicida? - Quebra da dormência da semente de planta daninha? - Reforça a necessidade a segunda aplicação de herbicida na cana-planta 22

29/07/2015 Pós-emergentes: Estádio fenológico Herbicida Estádio fenológico 3-4 folhas 3-4 folhas Idade (Dias) Menor Maior Relação PA/PR Maior Menor Cutícula Menor Maior Solo (H2O) Maior Menor - MSMA - isolado ou combinado com outros produtos - Produto de contato - Sem efeito residual - Produto arseniacal Dependente de luz e a destruição de membranas é rápida Controle em pós-emergência tardia de folhas largas e estreitas anuais Seletividade: jato dirigido Absorção foliar (simplástica - floema) Translocação restrita (Contato) Não apresenta resíduo no solo (sorvido e inativado) Alta intensidade luminosa, temperaturas altas (>21ºC) e alta UR aumentam a eficácia Absorção lenta (8 horas sem chuva) 23

- 2,4-D (normalmente em mistura com outros produtos) - mimetizador das auxinas - controle de folhas largas - efeito residual curto Aplicação solo (amina) e foliar Translocação xilema e floema (apossimplástica) Deriva de pequenas quantidades são fitotóxicas Não persistem no solo por mais de uma safra Seletividade: metabolização, arranjo do tecido vascular, translocação etc. Sintomatologia: - formação de raízes aéreas e inibição de raízes normais - deformações com entumecimento - rachaduras em raizes e caules - epinastia e curvatura do caule e pecíolo das plantas - paralização do crescimento, clorose dos meristemas e morte (lenta) Controle folhas largas - glyphosate 24

- Halosulfuron (Sempra) - sulfoniluréira (inibidor da ALS) - controle em pós-emergência da tiririca Paraquat Aplicação foliar Sem atividade no solo Translocação reduzida = contacto Absorção rápida (30 minutos sem chuva) Ação mais rápida na luz Toxicidade elevada para mamíferos Seletividade em aplicações dirigidas Sintomatologia: - necroses rápida e morte de celulas ( 1 a 2 dias) Controla folhas estreitas e largas 25

DANOS NA COLHEITA MECANIZADA : CORDA-DE-VIOLA Rendimento da colhedora velocidade de operação Embuchamento Limpeza da máquina, manutenção BAIXO RENDIMENTO NA COLHEITA!! 26

15.4. Controle de beiradas ou bocas de talhões 27

Controle em canais de vinhaça 28

Limpeza de carreadores 15.5. Considerações Finais - O controle preventivo na reforma do canavial é uma técnica indispensável de manejo - A umidade do solo é fator fundamental para a eficácia e seletividade dos herbicidas pré-emergentes - Fatores agronômicos e culturais devem ser considerados na aplicação dos herbicidas - Herbicida de pós-emergência tardia deve ser utilizado em situações de correção e não como prática usual de manejo - Manejo integrado de plantas daninhas considerando medidas preventivas, físicas, mecânicas, culturais e químicas. 29

16. Visão Geral a. Sistematização da área / terraceamento b. Gradagens c. Corretivos / torta de filtro d. Aração (grade aradora) e. Subsolador f. Grade niveladora g. Sulcador adubador h. Plantio i. Adubação* / inseticidas / nematicidas j. Cobridor k. Herbicida pré-emergente l. Operação de quebra-lombo m. Adubações de cobertura n. Herbicidas* / Fungicida** o. Maturadores** p. Colheita 16. Visão Geral Rehagro, 2012 30