MANEJO DE PLANTAS DANINHAS EM CANA-DE-AÇÚCAR

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1 MANEJO DE PLANTAS DANINHAS EM CANA-DE-AÇÚCAR AZANIA, C. A. M. 1 ; AZANIA, A. A. P. M. 2 ; FURTADO. D. E Introdução A cultura da cana-de-açúcar destaca-se dentre as mais importantes cultivadas no Brasil, constituindo a matéria-prima da indústria sucroalcooleira. A importância desse setor na sociedade brasileira é demonstrada pelo grande potencial na geração de empregos diretos e indiretos, além das exportações de açúcar colaborarem com o equilíbrio da balança comercial. Esse fato colaborou para a atual expansão do setor sucroalcooleiro, que atingiu áreas onde jamais a cana-de-açúcar foi cultivada em larga escala comercial. A região Centro-Oeste do Brasil, principalmente o Estado de Goiás, almeja ser o novo celeiro agrícola para o setor sucroalcooleiro. A tecnologia agrícola e industrial que será aplicada nessa nova fronteira de cana-de-açúcar, em parte, é oriunda das experiências conquistadas ao longo do tempo pelas tradicionais unidades produtoras de açúcar e álcool do Estado de São Paulo. O sucesso da expansão do setor dependerá da qualidade e do treinamento da mão-de-obra empregada, especialmente conhecimento dos técnicos responsáveis. Nesse sentido, esse material tem como objetivo abordar os conhecimentos básicos necessários sobre uma das práticas culturais mais importantes à cana-de-açúcar: o controle das plantas daninhas. 2. Principais plantas daninhas Tiririca (Cyperus spp.), Grama-seda (Cynodon dactylon), Capim-braquiária (Brachiaria decumbens), Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea), Capim-colonião (Panicum maximum), Capim-colchão (Digitaria horizontalis), Capim-camalote (Rottboelia exaltata), Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), Corda-de-viola (Ipomoea spp.), Caruru (Amaranthus spp.), 3. Período crítico É muito importante conhecermos o período em que a comunidade infestante pode conviver com a cana-de-açúcar sem causar prejuízos ao perfilhamento, formação de colmos, características tecnológicas e produção. Esse período de convivência é variável 1/ Eng Agr., PqC Dr. - Instituto Agronômico de Campinas; 2/ Bióloga, doutoranda em Produção Vegetal - FCAV/UNESP; 3/ Eng a. Agr. a, estagiária em especialização em plantas daninhas Instituto Agronômico de Campinas

2 2 conforme a composição da comunidade infestante e já foi estudado por diferentes autores. Em teoria, qualquer cultura, inclusive a cana-de-açúcar, possui um período mais sensível no qual as plantas daninhas podem causar prejuízos. Essa fase é conhecida como período crítico e a cultura deve ficar sem a presença de plantas daninhas. Assim, a cultura que for mantida na ausência das infestantes durante o período crítico não sofrerá prejuízos, mesmo que antes ou após o período, as plantas daninhas estejam presentes. Para cana-de-açúcar, em plantio de 18 meses, o período crítico está entre o 2 o e 4 o mês após o plantio, enquanto que para cana de plantio de 12 meses ou soqueira, o controle o período crítico está entre 2 e 3 o mês após plantio ou colheita, respectivamente. Na prática, é difícil de mantermos a cana-de-açúcar na ausência das plantas daninhas apenas no período crítico. Nesse sentido, PITELLI & DURIGAN (1984) comentaram que o controle pode ser feito desde o período anterior à competição (PAI), além do período crítico de prevenção à interferência (PCPI). Aplicando esses conhecimentos no ciclo da cana-de-açúcar obtém-se o esquema proposto na Figura 1. Entretanto, como existem diferenças de velocidade de crescimento entre os cultivares, o controle para canade-açúcar após o plantio pode ser feito até os 120 dias. Os estudos sobre período de convivência entre plantas daninhas e cana-de-açúcar são funcionais, desde que o espaçamento (1,30 a 1,50 m) e a época de plantio (setembro a fevereiro) sejam respeitados. O aumento no espaçamento pode resultar em mais luz dentro do talhão com conseqüente infestação na cultura, entretanto, a redução no espaçamento pode prejudicar a cultura com a competição interespecífica (entre a própria cultura). O plantio na época recomendada proporciona maiores temperaturas e ocorrências de chuvas que estimulam o rápido crescimento e perfilhamento da cana, com conseqüente sombreamento do solo e redução de plantas daninhas. 4. Manejo de plantas daninhas Existem diferentes tipos de controles de plantas daninhas, mas, seja qual for apenas vai diminuir a incidência da comunidade infestante durante certo período. Não existe método que erradique as plantas daninhas da área, apenas diminuem a incidência das mesmas. Em alguns casos, como em floricultura e horticultura, existem erradicações de plantas daninhas, mas, em áreas extensas isso não é possível de ser realizado, respeitando os padrões de segurança humana e ao meio ambiente. Segundo DEUBER (1997), os manejos usados para controle de plantas daninhas são: preventivo, manual, cultural (rotação de culturas, consorciação, manejo populacional, manejo de palha), mecanizado, químico (costal, tratorizado, aéreo) e a combinação entre dois ou mais manejos.

3 3 PAI 1 O mês PCPI Restante do ciclo 2 4 o mês 5 18 o mês PTPI 1 4 o mês Período total de controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar (meses) plantio 18 meses PAI 1 O mês PCPI Restante do ciclo 2 3 o mês 3 12 o mês PTPI 1 3 o mês Período total de controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar (meses) plantio 12 meses e cana-soca PAI período anterior à interferência; PCPI período crítico de prevenção à interferência; PTPI período total de prevenção à interferência. AZANIA & AZANIA adaptado de Pitelli & Durigan (1984) Figura 1. Esquema do período de controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar para as condições de plantio 18 meses, plantio 12 meses e cana-soca. Instituto Agronômico, Ribeirão Preto, SP. Não existe método que seja o melhor para controlar as plantas daninhas, muitas vezes, o melhor controle se faz pela interação entre os métodos, principalmente quando se consegue reduzir custos. Em cana-de-açúcar, dentre todos os métodos, o químico é mais usual, principalmente em função da praticidade, economia e rapidez da aplicação. Entretanto, o controle químico é apenas um dos métodos de controle e os demais não devem ser esquecidos Manejo Integrado O manejo integrado é a combinação de diferentes práticas agrícolas que possam colaborar simultaneamente com o controle de plantas daninhas, pragas e doenças. Em cana-de-açúcar, o manejo integrado de plantas daninhas é a combinação de diferentes controles de plantas daninhas que objetivam maior eficácia e ao mesmo tempo a diminuição dos custos, prejuízos ao solo, água, homens, animais, etc. No caso de lavoura em implantação, ou seja, aquelas que serão plantadas pela primeira vez na área, o controle estará atrelado à cultura cultivada anteriormente. No caso

4 4 de áreas de pastagens para plantio de cana-de-açúcar, pode-se optar pelo controle químico seguido do cultural e depois plantio da cana. O controle químico pode ser com herbicida graminicida seguido de plantio de leguminosa e depois plantio da cana. Essa situação em época de seca pode ter o controle químico substituído pelo mecânico (grades e arados) para destruição da pastagem. Quando as áreas para plantio de cana-de-açúcar estiverem muito infestadas com tiririca, o controle mais indicado é o mecânico seguido do químico. Ocorre que a tiririca possui um emaranhado de raízes e tubérculos que dificultam a ação dos herbicidas, sendo, nesse caso, necessário destruir as raízes e tubérculos, esperar a brotação e entrar com o controle químico, que pode ser até com o uso de glifosato. Se o tempo for curto para esperar a brotação das tiriricas, pode-se plantar a cana e depois entrar com um herbicida indicado para ciperáceas. Em ambos os casos, a cana recentemente plantada pode ser submetida ao controle químico em pré-emergência total ou em pós-emergência, que dependendo da infestação pode ser até na forma de catação. Em todo caso, também se pode integrar o controle mecânico (adubação e controle de plantas daninhas simultaneamente) nas entre linhas pouco antes do fechamento da cultura. A cana também pode ser submetida ao manejo cultural, reduzindo o espaçamento que conseqüentemente proporciona o fechamento mais rápido da cultura. Nas áreas de reforma de canavial, uma opção é usar o controle químico para dessecar a soqueira e em seguida entrar com o manejo cultural. Nesse sistema, o controle químico é realizado com o glifosato e o manejo cultural com a sucessão da cultura por amendoim ou soja. Nesse caso, o controle das plantas daninhas no amendoim é realizado com herbicidas diferentes daqueles da cana e isso aumenta o espectro de controle sobre as plantas daninhas. Nas áreas de reforma de canavial infestadas com tiririca é indicado o controle mecânico seguido do químico (glifosato), conforme descrito anteriormente. A cana que será plantada também pode ser submetida ao controle químico em pré ou pósemergência, sendo este em área total ou catação. A soqueira, geralmente, apresenta menor intensidade de plantas daninhas, podendo o controle químico ser feito em catação nas reboleiras (pequenas áreas com plantas daninhas e de ocorrência isoladas dentro do talhão) e bordas do talhão. Em áreas de infestação muito baixas o manejo mecânico, na tríplice prática, pode ser suficiente. Já, nas áreas com maior infestação utiliza-se o controle químico com herbicidas em pré-emergência. Essas não são as únicas combinações entre métodos possíveis, mas, sim, algumas opções e exemplos de integração de métodos que podem ser usados para o controle das plantas daninhas. A escolha entre os diferentes métodos e suas integrações depende das

5 5 necessidades da área e da criatividade do técnico responsável, priorizando o controle com os menores custos possíveis. O controle das plantas daninhas, independente dos manejos adotados, sempre colabora com o controle de pragas e doenças da cultura. Ocorre que as plantas daninhas além dos prejuízos causados pela competição também podem ser hospedeiras de patógenos que causam doenças à cultura da cana-de-açúcar. Na Tabela 1 pode-se observar as plantas daninhas de maior ocorrência e os possíveis patógenos causadores de doenças que podem hospedar. Em vista aos problemas que as plantas daninhas podem causar, temos que optar por um tipo de controle, que deve ser manejado na época correta para evitar as perdas de produtividade Manejo preventivo É o método menos utilizado porque com as atividades freqüentes do setor sucroalcooleiro as medidas preventivas são esquecidas. Essas medidas podem aparentar ser insignificante, mas merecem uma atenção maior. Em cana-de-açúcar, devem-se priorizar como técnicas preventivas o cuidado com as mudas, torta de filtro, equipamentos e veículos. As mudas devem ser bem limpas e cortadas com cuidado, assim, além de prevenir ferimentos às gemas também se previne contra sementes ou partes vegetativas de plantas daninhas que possam se misturar às mudas e conseqüentemente infestar outras áreas. Esses cuidados devem ser iniciados nos viveiros de mudas, que devem estar ausentes de plantas daninhas. O planejamento do plantio deve ser bem realizado e inclusive deixar um tempo excedente para os possíveis atrasos na programação em função de chuvas. Quanto mais puder se evitar correrias, mais tempo teremos para dedicar as boas práticas agrícolas. A torta de filtro também pode tornar-se uma fonte rica de propagação de plantas daninhas, principalmente ciperáceas (Cyperus spp.). Essas espécies daninhas possuem notável capacidade de propagação que também podem ser observadas nas áreas de depósito de tortas. Já foram constatadas ramificações de tiririca saindo do solo e atingindo o topo dos montes de torta, com uma notável cadeia ramificada de tubérculos entre os montes do resíduo. Para evitar situações similares é imprescindível que as áreas de depósito sejam imunes de plantas daninhas, compactando bem o solo ou tomando medidas que possam evitar tais situações. Além das ciperáceas, também outras plantas daninhas tornam-se problemas, mesmo com as altas temperaturas de fermentação, sementes de plantas daninhas trazidas por pássaros, equipamentos ou até pela própria infestação local, podem resistir ao calor e contaminar áreas. Existem relatos de que sementes viáveis de plantas daninhas foram

6 6 encontradas nas fezes de ruminantes, significando que mesmo as altas temperaturas do rumem e aparelho digestivo não foram suficientes para inviabilizar as sementes. Sementes de corda-de-viola precisam ficar submetidas a cinco minutos em ácido sulfúrico para que o tegumento seja diminuído e facilitar a germinação, conquanto se não sobreviveriam ao calor da fermentação da torta de filtro? A vinhaça é outro subproduto que também pode trazer problemas com a infestação das plantas daninhas, principalmente em áreas onde sua distribuição é através de canais. Esses canais devem ser sempre limpos, pois as sementes ou pequenas partes vegetativas das plantas daninhas podem ser levadas junto com a vinhaça e distribuídas pelos talhões. Outro fator é a limpeza de equipamentos, ferramentas e veículos ao transitarem entre áreas diferentes. A correria para cumprir metas de programação nem sempre permite que seja realizada uma limpeza quando as máquinas chegam em uma área nova. Nesses casos, podem ser trazidas sementes e partes vegetativas de plantas daninhas que infestarão ainda mais a área. Assim, será mais econômico ter um protocolo de cuidados, como a lavagem das máquinas antes de entrarem em nova área, do que gastar mais com herbicidas para controlar plantas daninhas como tiriricas e corda-de-viola, introduzidas em áreas que antes não as possuíam Manejo manual Esse método consiste na capina e é usado para limpar bordas de talhões ou arranquio de touceiras dos capins colonião, marmelada e braquiária, entre outras plantas que escaparam ao controle químico. O repasse manual nos canaviais é uma prática usada quando por qualquer imprevisto, chuva por exemplo, a mão-de-obra fica ociosa, então, é comum utilizá-la para capinas. Atualmente, esse trabalho pode ser substituído pela catação química com equipamento costal e herbicida Manejo cultural As práticas culturais de manejo das plantas daninhas, por si só, podem não apresentar excelentes controles, mas, quando integradas a outros métodos de controle tornam-se uma excelente opção. A seguir, serão descritas algumas dessas práticas culturais. Condições edafoclimáticas: A principal medida desse tipo de manejo é a escolha correta das variedades às condições edafoclimáticas. Quando as variedades estão adaptadas ao solo e clima, o desenvolvimento e, conseqüentemente, o fechamento da cultura ocorre mais rápido, diminuindo a incidência de plantas daninhas. Nesse sentido, é muito importante a caracterização dos solos e clima conforme proposto por AMBICANA (2005) e alocar as variedades adequadas a cada ambiente de produção.

7 7 Rotação de culturas: Essa técnica de manejo cultural se refere ao plantio de culturas como amendoim e soja ou adubação verde nas áreas de reforma de canavial, proporcionando, além de outros benefícios, o controle das plantas daninhas, especialmente gramíneas. O plantio das culturas ou adubação verde ocorre no período ocioso entre o último corte da cana-de-açúcar e a época propícia para o novo plantio. Esse período geralmente ocorre entre setembro a fevereiro, nas condições da região Centro Sul. Para as técnicas de sucessão ou consorciação de culturas é necessário evitar a aplicação de herbicidas de efeito residual muito longo como hexazinone, tebuthiuron e picloram, que devem ser evitados nos 24 meses antecedentes ao plantio da cultura em sucessão. A sucessão de culturas pode ser realizada em área total após a erradicação das soqueiras da cana-de-açúcar, proporcionando maior proteção ao solo, que permanece mais tempo protegido das infestantes. Nesse sistema, o produtor usa herbicidas cujo modo de ação são diferentes àqueles usados na cana-de-açúcar, conferindo controle sobre um maior número de espécies daninhas a serem controladas. Essa prática torna-se uma excelente fonte de renda e como exemplo pode-se citar o município de Jaboticabal, SP, como uns dos maiores produtores de amendoim do Brasil. Quando se utiliza adubação verde, os ganhos são os mesmos, exceto a fonte de renda que deixa de ser grãos para ser nutrientes incorporados ao solo. A consorciação de culturas, embora pouco usada, também pode ser um método de controle de plantas daninhas. Nessa prática utiliza-se com maior freqüência o feijão que é plantado nas entre linhas da cana-de-açúcar, sendo utilizado duas linhas de feijão de 0,50m em cada entre linha de cana de 1,50m. Nesse caso, os herbicidas para controle das plantas daninhas têm que ser seletivos para as duas culturas e uma opção seria o metolachlor. A meiosi é outra técnica, atualmente bastante difundida, que colabora no controle cultural de plantas daninhas. A técnica consiste em plantar 12 a 15 linhas de soja ou adubos verdes e três linhas de cana-de-açúcar. Após a colheita dos grãos ou incorporação da adubação verde a cana estará em idade de muda, que será usada para formar o novo canavial. Esse sistema economiza o transporte com mudas e o herbicida que pode ser usado é o sulfentrazone, devido ser seletivo à cana e soja. Técnicas de plantio: A profundidade excessiva, o não cruzamento pé e ponta, número de gemas inferior a 12 ou superior a 16 gemas por metro de sulco, presença de bainha nas mudas, posição das gemas no sulco, sanidade das mudas são fatores que atrasam a brotação e conseqüentemente o fechamento da cana, prejudicando o controle das plantas daninhas. Brotação, perfilhamento e arquitetura foliar: As variedades que apresentam ótima brotação ou perfilhamento devem ter o cronograma de colheita planejado para o período de

8 8 maior ocorrências pluviométricas. Nesse período ocorre maior intensidade de infestações daninhas e a rápida brotação proporciona o fechamento mais rápido das entrelinhas e conseqüentemente melhor controle cultural de plantas daninhas. Na escolha das variedades, sempre que possível, deve-se optar por aquelas que apresentem arquitetura foliar que dificultam mais a entrada de luz e conseqüentemente diminui a incidência de plantas daninhas. Tolerância a defensivos agrícolas: Escolher variedades tolerantes a herbicidas e inseticidas porque a cana demora a desintoxicar-se e nesse meio tempo a cultura cresce mais lentamente e perde a capacidade de competição com as plantas daninhas. Cobertura morta: A palha oriunda da colheita da cana-crua pode liberar substâncias alelopáticas e impedir a entrada de luz, que dificultam o surgimento das plantas daninhas. Entretanto, são necessárias variedades mais adaptadas à colheita de cana-crua, principalmente aquelas que apresentem melhor brotação sobre a palha. Trânsito de máquinas: Evitar o pisoteio das soqueiras por ocasião da colheita, pois danifica as raízes com posterior prejuízo à brotação e formação de colmos, ocasionando a entrada de luz no canavial e maior incidência de plantas daninhas. Espaçamento: A diminuição do espaço entre as linhas de cana-de-açúcar facilita o fechamento do canavial e favorece o controle das plantas daninhas. O espaçamento deve ser escolhido em função da arquitetura foliar das canas, fertilidade do solo, potência e bitola dos tratores e veículos, etc. Adubação: Adubos nitrogenados favorecem o perfilhamento e posterior fechamento da cana-de-açúcar, facilitando o controle das plantas daninhas. Entretanto, não se deve acrescentar adubos nitrogenados sem realizar o controle efetivo das plantas daninhas porque essas infestantes absorvem os nutrientes do solo mais rápido que a cultura. Pragas e nematóides: Em áreas onde se aplicou o inseticida carbofuran não se pode aplicar certos herbicidas como clomazone e tebuthiuron. As associações desses herbicidas e inseticidas causam grande efeito tóxico às plantas da cultura Manejo mecanizado O manejo mecanizado consiste no revolvimento do solo com grades de disco ou haste antes da sulcação, após e antes a emergência da cultura. O preparo de solo quando realizado em área com plantas daninhas emergidas contribui indiretamente com o controle. Nessa prática as sementes que estão em profundidade no solo são expostas à camada superficial, ficando essas na área de ação dos herbicidas posteriormente aplicados. Essa prática, mesmo que indiretamente, contribui com a diminuição do banco de sementes de plantas daninhas do solo. Entretanto, se não forem aplicados herbicidas após o manejo mecânico, torna-se conveniente realizá-lo mais próximo do fechamento da cultura.

9 9 Após o plantio da cana-de-açúcar, o manejo mecanizado pode ser feito antes ou após a emergência da cultura, mas, sempre após a emergência das plantas daninhas, que devem estar entre 10 a 15 cm de altura para evita propagação por sementes e partes vegetativas. Os equipamentos devem ser adaptados ao espaçamento da cultura e sempre ser usados em condições de solo seco, evitando o pegamento das plantas daninhas. O manejo mecânico, geralmente, é realizado conjuntamente com as práticas de adubação e escarificação da cana-de-açúcar, usando o equipamento denominado tríplice operação. O controle mecânico deve ser realizado em combinação com outros métodos, principalmente o químico Manejo químico Em cana-de-açúcar, entre todos os métodos, o químico é mais usual principalmente em função da praticidade, economia e rapidez da aplicação. Os herbicidas podem ser aplicados em plantio pré-incorporado (ppi), pré-emergência e pós-emergência Aplicação em ppi A aplicação de herbicidas em ppi é menos usual, devendo ser realizada em área total com pulverizador de barra tratorizado logo após o plantio e cobertura dos toletes no sulco. Esse tipo de aplicação consiste em aplicar o herbicida, geralmente a trifluralina, sobre o solo antes da emergência das plantas daninhas, seguido da incorporação com grade leve, entre 5 a 8 cm de profundidade, sem prejudicar os toletes no sulco. A aplicação pode ser realizada em duas operações tratorizadas, sendo a pulverização e grade leve separadamente. A aplicação em ppi, embora possa envolver mais equipamentos, ainda pode ser interessante pelo menor custo do herbicida. Entretanto, podem ser adaptados equipamentos com pulverizador e grade integrados. Nesse segundo caso, o herbicida é pulverizado e em seguida incorporado na mesma prática cultural Aplicação em pré-emergência A aplicação de herbicidas em pré-emergência deve ser realizada em área total a partir de pulverizador de barra e trator, antes da germinação das plantas daninhas. Essa modalidade de aplicação pode ser realizada em cana-planta ou soca (condição de canacrua ou queimada). A aplicação dos herbicidas em pré-emergência requer solo livre de torrões e preferencialmente úmido no momento da aplicação. Nesse tipo de aplicação, quando se conhece a flora infestante, por levantamento previamente realizado, pode-se utilizar produtos mais específicos às plantas daninhas da área. Entretanto, se não for conhecida a

10 10 composição da comunidade infestante, deve-se usar herbicidas que tenham um amplo espectro de controle de plantas daninhas. Essa modalidade de aplicação ocorre, geralmente, logo após o plantio, antes da emergência da cultura e plantas daninhas. Na escolha dos herbicidas deve-se optar pelos seletivos, ou seja, aqueles que seguram a sementeira das plantas daninhas e não prejudicam a cultura. Porém, alguns herbicidas podem ser aplicados na pré-emergência das plantas daninhas mesmo quando a cana está no inicio da brotação, fase conhecida como esporão. Ocorre que a seletividade de alguns herbicidas é suficiente para não prejudicar a cana mesmo no início da brotação. Em cana-planta, não existe a presença da camada de palha porque é destruída no processo de erradicação da soqueira e preparo do solo. Nessas condições, são necessários herbicidas com poder residual para garantir o controle das plantas daninhas durante o período total de prevenção, ou seja, até o terceiro ou quarto mês, conforme a época de plantio (Figura 1). Nesses casos, existem herbicidas registrados para cana-de-açúcar com poder residual entre 6 a 12 meses, como a mistura de diuron+hexazinone ou tebuthiuron, respectivamente. Esses herbicidas devem ser aplicados com o solo úmido para garantir a melhor eficácia. Para as condições do Estado de São Paulo, a umidade no solo para áreas de cana-planta não é difícil de ser conseguida porque o período de plantio coincide com a época mais chuvosa do ano, geralmente entre outubro a março. A umidade no solo, nesse período, associada à temperaturas mais elevadas, também favorecem a germinação rápida das sementes de plantas daninhas. Entretanto, para conseguir a condição de préemergência, a equipe de aplicação deve agir de maneira rápida e eficaz. Nessas ocasiões, cursos de treinamento e conscientização oferecidos pela Empresa são de grande importância. Na soqueira, podem ocorrer duas condições distintas: soqueira oriunda da colheita sem a prévia queima da cana ou soqueira oriunda da prévia queima do canavial. Atualmente as áreas de colheita sem a prévia queima do canavial estão aumentando significativamente, merecendo maior atenção quanto a escolha dos herbicidas e seu modo de aplicação. A palha interfere na intensidade de luz, temperatura e umidade sobre o solo, modificando totalmente a flora daninha. As plantas daninhas germinam mais nos pontos onde a camada de palha é menos densa, formando reboleiras da comunidade infestante. Nessas áreas a aplicação em pré-emergência não é recomendada e, geralmente, são feitas em catação química, ou seja, aplica-se o herbicida em jato dirigido apenas nas reboleiras de plantas daninhas (pós-emergência). Em soqueiras com a presença de camada de palha, alguns herbicidas podem ser aplicados em área total, a partir de pulverizador de barra e trator na condição de pré-

11 11 emergência das plantas daninhas. Alguns dos herbicidas registrados para cana-de-açúcar e indicados à condição de pré-emergência podem ser aplicados sobre a camada de palha porque possuem mobilidade e conseguem atingir o solo, sendo esse conhecimento oriundo do sistema de plantio direto realizado em outras culturas. A maioria dos herbicidas indicados nas aplicações em pré-emergência, seja em cana-planta ou soqueira exigem umidade suficiente no solo para garantir a eficácia de controle. Entretanto, para áreas de soqueira que coincidem com o período chuvoso, geralmente entre setembro a novembro, nas condições do Estado de São Paulo, pode-se usar a maioria dos herbicidas indicados para cana-planta. Para as soqueiras do período seco do ano, geralmente entre maio a agosto, são poucos os herbicidas indicados para solo seco, entre eles podem-se destacar imazapic, amicarbazone e isoxaflutole. Por outro lado, esses herbicidas de período seco são mais eficazes quando aplicados nas soqueiras sem a camada de palha, ou seja, diretamente sobre o solo. Nesse período, para soqueiras com a presença da camada de palha não se recomenda a aplicação em pré-emergência em área total, devido a menor umidade no solo e a palha dificultarem que o herbicida atinja o solo. Ocorre que se o herbicida for aplicado sobre a palha em época de pouca umidade, o ingrediente ativo ficará depositado sobre a camada de palha superficial e qualquer vento, comum no outono e inverno no Estado de São Paulo, poderá deslocar essa camada de palha superficial causando falhas de controle em reboleiras Aplicação em pós-emergência A aplicação em pós-emergência ocorre quando se aplica o herbicida após a emergência das plantas daninhas. A pós-emergência também pode ser classificada em pós-emergência inicial ou tardia, dependendo do estágio de crescimento das plantas daninhas. Em cana-planta, geralmente não existe a camada de palha e a germinação e emergência das plantas daninhas ocorre mais uniforme sobre a área. Nesses casos, quando não for possível a aplicação em pré-emergência, essa poderá ser em pósemergência e em área total a partir de pulverizador de barra e trator. O solo livre da camada de palha recebe toda a luminosidade e precipitação necessária à germinação das plantas daninhas, ficando toda a área com uma comunidade infestante razoavelmente uniforme. Assim, seja para cana-planta ou soqueira, as condições de aplicação de herbicida são as mesmas, ou seja, as aplicações podem ser realizadas em área total. O produtor apenas opta pela aplicação em pré ou pós-emergência, conforme a

12 12 sua programação de colheita ou plantio ou opta pelo cultivo mecânico (controle de plantas daninhas através de grades, etc). Na condição de cana-planta, os herbicidas deverão, além de controlar as plantas daninhas já existentes, garantir um residual no solo que permita o não surgimento de mais infestantes durante o período total de prevenção (Figura 1). Nesses casos, muitos herbicidas recomendados para a aplicação em pré-emergência também podem ser usados na pós-emergência, entretanto, outros apenas são indicados para uma única condição. Na condição de soqueira oriunda da queima prévia do canavial, as recomendações são as mesmas que para cana-planta, no período de maior ocorrências de chuvas. Nesse caso, o período de controle das plantas daninhas deve ser de até 90 dias após a brotação da cana-de-açúcar. Para as soqueiras oriundas da colheita sem a prévia queima do canavial, a camada de palha não permite a emergência uniforme de plantas daninhas na área, surgindo as infestantes em manchas, denominadas de reboleiras. A camada de palha, para alguns cultivares de cana, pode atingir entre 15 a 20 t ha -1, impedindo a germinação de muitas espécies. Esta filtra a luminosidade que atinge a superfície do solo, aumenta a umidade e diminui a temperatura. Nessas condições, muitas espécies de plantas daninhas não germinam, entretanto, outras espécies são estimuladas a germinarem, entre as quais destacam-se as Ipomoea spp. (corda-de-viola), Merremia spp. (corda-de-viola), Euphorbia heterophylla (leiteiro), dentre outras. Esse sistema de cultivo de cana sugere que as aplicações dos herbicidas sejam em pós-emergência e dirigidas, uma vez que os herbicidas recomendados para cana não são muito eficientes sob a camada de palha. Esse tipo de manejo proporciona o uso de equipamentos costais manuais ou pressurizados, sistema de mangueira com dispositivo na ponta e, no futuro equipamentos capazes de localizar as reboleiras e pulverizar somente nos locais necessários (agricultura de precisão). A escolha do herbicida deve ser criteriosa e nunca baseada em apenas uma única variável, deve-se evitar a escolha dos herbicidas unicamente em função do custo. Essa escolha deve considerar principalmente a cultura e a comunidade infestante presente na área e seus respectivos estágios de crescimento, tipo de solo, custo. Após a escolha de um herbicida deve-se respeitar a dose recomendada e as condições climáticas no momento da aplicação, ser cauteloso com misturas em tanque devido aos problemas com sinergismo e antagonismo e regular o equipamento de aplicação. O herbicida escolhido não deve ser aplicado durante muitos anos na mesma área para evitar problemas com resistência de plantas daninhas. Nesse sentido, não se deve aplicar por mais de duas vezes consecutivas o mesmo herbicida ou outro que tenha o mesmo modo de ação.

13 13 5. Manejo químico de plantas daninhas 5.1. Cana-planta No caso de lavouras em implantação, ou seja, aquelas que terão a cana-de-açúcar plantada pela primeira vez na área, o controle estará atrelado à cultura cultivada anteriormente. No caso de áreas de pastagens para plantio de cana-de-açúcar, pode-se optar pelo controle mecânico, especialmente as grades, para destruição das gramíneas. Então, após a emergência das plantas daninhas, quando atingirem entre 10 a 15 cm, pode-se fazer uso do controle químico aplicando de preferência um herbicida não seletivo, a exemplo do glifosato ou paraquat. Essas duas práticas, não necessariamente devem ser realizadas uma única vez, podendo ser realizadas em duas ou até três vezes. Embora possa parecer desperdício de tempo e recursos, essa prática vai proporcionar a redução do banco de sementes da área e conseqüentemente o produtor terá menores problemas com emergência de plantas daninhas após o plantio. Após a dessecação das plantas daninhas, independente do número de vezes em que o produtor usou o controle mecânico seguido do químico, pode-se realizar o plantio da cana-de-açúcar e em seguida intervir novamente com o controle químico. Nesse caso, deve-se optar por herbicidas residuais, aplicados de preferência em pré-emergência da cultura e plantas daninhas. Os herbicidas devem abranger principalmente plantas daninhas gramíneas, devido à origem da área ser pastagem. Os escapes de plantas daninhas serão comuns nesse tipo de área, podendo ser corrigidos com a catação química ou manual. No caso de catação química, a aplicação deve ser feita com herbicida seletivo à cana-de-açúcar e dirigida sobre a planta daninha. Existem outras sugestões para esse tipo de área: uso de controle químico diretamente sobre a pastagem, seguido do controle mecânico (podem ser inclusas até as etapas de subsolagem, escarificação e grades), plantio e controle químico; eliminação da pastagem apenas com o controle mecânico, plantio da cana-de-açúcar e controle químico em pré-emergência; uso do controle químico sobre a pastagem, controle cultural (plantio de adubo verde, cujas raízes podem quebrar camadas compactadas no solo, além de proporcionar adição de nutrientes ao solo), controle mecânico com roçadeiras sobre as leguminosas, plantio da cana e controle químico. Na verdade, essas são sugestões, não existe um receituário único, cada área tem suas particularidades, que merecem ser estudadas e respeitadas e assim aplicar o melhor manejo. Essas mesmas práticas agrícolas podem ser adaptadas às áreas de implantação de cana-de-açúcar, antes ocupadas por outras culturas como café, citrus, pinus, eucalipto e até culturas anuais. No caso de culturas arbóreas, os implementos usados nas etapas de

14 14 arranquio das árvores e preparo de solo simultaneamente contribuirão com o manejo mecânico das plantas daninhas, especialmente expondo as sementes que estavam em profundidade no solo à superfície e diminuindo o banco de sementes do solo. Após o plantio, pode-se aplicar herbicidas residuais em pré-emergência e em área total, nos casos de escape de plantas daninhas pode-se utilizar catações químicas ou manejo mecânico, uso de grades nas entrelinhas da cana-de-açúcar. Nesse caso, as grades destroem as plantas daninhas germinadas nas entrelinhas e soterram as plantas daninhas nas linhas da cultura. Essa prática deve ser feita quando as plantas daninhas apresentarem poucos centímetros de altura e em épocas mais secas para evitar o pegamento e disseminação pela área. Nas áreas de reforma de canavial, uma opção é usar o controle químico para dessecar a soqueira e em seguida entrar com o manejo cultural ou diretamente com o plantio da cana-de-açúcar. Nesse sistema, o controle químico é realizado com o glifosato e o manejo cultural com a sucessão da cultura por adubos verdes, amendoim ou soja. Nesse caso, o controle das plantas daninhas no amendoim ou soja permitem a melhor rotação de herbicidas, podendo amenizar os problemas com resistência de plantas daninhas à herbicidas, além de proporcionar melhor controle de plantas daninhas. Geralmente entre os meses de agosto a março, as áreas de reforma de canavial ficam ociosas e muitos produtores otimizam esse período plantando amendoim ou soja. Essa prática é muito freqüente no município de Jaboticabal, SP, devido ao plantio do amendoim, colocando o município entre os maiores produtores de amendoim do Brasil. Nas áreas cuja infestação por ciperáceas (Cyperus spp.) ou gramíneas for muito elevada, aproveita-se da ocasião do novo plantio para controle dessa espécie daninha. Nesse caso, o controle mais utilizado é o mecânico para destruição das soqueiras, então, espera-se a brotação das ciperáceas quando estiverem entre 10 a 15 cm de altura e aplicase o controle químico. A tiririca possui um emaranhado de raízes e tubérculos que dificultam a eficácia dos herbicidas, sendo, nesse caso, necessário destruir as raízes e tubérculos, esperar a brotação e entrar com o controle químico, que pode ser com glifosato. A cana recentemente plantada pode ser submetida ao controle químico em pré ou pós-emergência total, que dependendo da infestação pode ser até na forma de catação. Em todo caso, também se pode integrar o controle mecânico (tríplice operação: escarificação, adubação e controle de plantas daninhas simultaneamente) nas entre linhas pouco antes do fechamento da cultura. Nessa prática, as sementes que estão em profundidade no solo são expostas à camada superficial, ficando essas na área de ação dos herbicidas posteriormente aplicados. Essa prática, mesmo que indiretamente, contribui com a diminuição do banco de sementes do solo. Entretanto, se não forem aplicados herbicidas

15 15 após o manejo mecânico, torna-se conveniente realizá-lo mais próximo do fechamento da cultura e em época seca Soqueiras O sistema de colheita de cana-de-açúcar com a prévia queima do canavial deve ser extinto até o ano de Entretanto, ano a ano as áreas de cana-de-açúcar colhidas sem a prévia queima do canavial tendem a aumentar gradativamente. A camada de palha, deixada sobre a soqueira remanescente, impede a germinação de inúmeras plantas daninhas, mas, onde esta é menos densa (clareiras) as plantas daninhas germinam e desenvolvem-se. Entretanto, como essas clareiras ocorrem de forma aleatória na área, as plantas daninhas ficam distribuídas em reboleiras. Por outro lado, outras espécies de plantas daninhas, especialmente algumas gramíneas e corda-de-viola, conseguem sobressair à camada de palha. Nesse sentido, é recomendado empregar variedades com maior quantidade de palha, porque apenas as camadas mais densas é que conseguem impedir a germinação das plantas daninhas. Esse sistema de cultivo de cana sugere que as aplicações dos herbicidas sejam em pós-emergência e dirigidas, uma vez que os herbicidas recomendados para cana não são muito eficientes sob a camada de palha. Esse tipo de manejo, conforme já comentado, requer o uso de equipamentos costais manuais ou pressurizados, sistema de mangueira com dispositivo na ponta e no futuro, equipamentos capazes de localizar as reboleiras e pulverizar somente nos locais necessários (agricultura de precisão). Esse tipo de aplicação é conhecido como catação ou capina química, e atualmente esse sistema de cultivo necessita de mais opções de herbicidas graminicidas para aplicação em pós-emergência, uma vez que as gramíneas já instaladas no canavial rompem a camada de palha. Em sistema de cana-crua com alta incidência de plantas daninhas podese aplicar herbicida, indicado para uso sobre a palha, em pré-emergência em área total. As plantas daninhas que escaparem podem ser controladas com catação química em jato dirigido. No sistema de cana-de-açúcar colhida sem a prévia queima do canavial, o produtor deve atentar-se mais ao controle das plantas daninhas no momento do plantio. Nessa ocasião, a ausência da camada de palha possibilita ações de controle mais eficientes, podendo aplicar herbicidas residuais em pré-emergência em área total, catações químicas e ou uso da tríplice prática (controle mecânico). Assim, quanto mais eficiente for o controle das plantas daninhas na ocasião do plantio, menores serão as incidências de plantas daninhas na soqueira. Nesse caso, somente a camada de palha exercerá um excelente controle, que pode ser complementado por catações químicas em pós-emergência.

16 16 No início da safra, entre os meses de maio e julho, os produtores geralmente não se preocupam com o controle das plantas daninhas nas soqueiras, por acreditarem que temperaturas baixas e menor ocorrência de chuvas não promovam a germinação e desenvolvimento da comunidade infestante. Nesse período, as plantas daninhas dicotiledôneas são predominantes, enquanto que as plantas daninhas gramíneas são predominantes no período de primavera e verão. Nessa época, pode-se realizar o manejo mecânico nas entrelinhas da cultura apenas com o uso de grades bem na superfície do solo, que destroem as plantas daninhas e soterram aquelas na linha. O uso de hastes em profundidade não é recomendado em épocas secas, para evitar o revolvimento do solo em profundidade com conseqüente perda de umidade do solo. Entretanto, para esse período do ano, se os produtores de cana-de-açúcar optarem pelo controle químico, devem utilizar herbicidas que interfiram o mínimo possível sobre o desenvolvimento das soqueiras e garantam o controle das plantas daninhas no momento propício. Outra característica que esses herbicidas devem apresentar é a capacidade de esperar o período das chuvas, sendo que no mercado já existem alguns herbicidas para estas situações. Muitos produtores, que fizeram um bom controle por ocasião do plantio, não necessitam fazer controle de plantas daninhas no período seco, devido a infestação ser baixa, então, aguardam a época das chuvas e aplicam herbicidas. Na época seca, outros produtores aproveitam as áreas de aplicação de vinhaça, uma vez que o período coincide com o período de safra, para aplicarem herbicidas, aproveitando a umidade que o subproduto deixa no solo. Essa linha de estudo necessita de mais pesquisas para comprovar a eficiência. 6. Principais herbicidas para cana-de-açúcar Em cana-de-açúcar, dentre todos os métodos, o químico é mais usual principalmente em função da praticidade, economia e rapidez da aplicação. Os herbicidas podem ser aplicados com equipamento costal (manual ou pressurizado em capinas químicas em reboleiras e bordas de talhões), aplicação tratorizada ou aérea. A escolha do herbicida deve ser criteriosa e nunca baseada em apenas uma única variável, deve-se evitar a escolha dos herbicidas unicamente em função do custo. Essa escolha deve considerar principalmente a cultura e comunidade infestante presente na área e seus respectivos estágios de crescimento, tipo de solo, custo. Após a escolha de um herbicida deve-se respeitar a dose recomendada e as condições climáticas no momento da

17 17 aplicação, ser cauteloso com misturas em tanque devido aos problemas com sinergismo e antagonismo e regular o equipamento de aplicação. O herbicida escolhido não deve ser aplicado durante muitos anos na mesma área para evitar problemas com resistência de plantas daninhas. Os principais herbicidas usados em cana-de-açúcar podem ser verificados pela Tabela 1. No sistema tradicional de cana queimada, a aplicação pode ser realizada com equipamento tratorizado nas condições de pré-plantio incorporado (PPI), pré-emergência (PRÉ) ou pós-emergência (PÓS). Os herbicidas em incorporação podem ser aplicados após o plantio da cana, pois, o revolvimento de terra no momento da sulcação deixará muitas sementes na linha da cultura prejudicando o desenvolvimento da mesma. Após o plantio, deve-se aplicar o herbicida e em seguida incorporá-lo ao solo à profundidade de 3-4 cm. Essa prática é comum de ser feita com equipamentos que tenham o pulverizador e a grade trabalhando conjuntamente, reduzindo também os custos. A aplicação dos herbicidas em pré-emergência requer solo livre de torrões e preferencialmente úmido no momento da aplicação. Nesse tipo de aplicação, quando se conhece a flora infestante, por levantamento previamente realizado, pode-se utilizar produtos mais específicos às plantas daninhas da área. Entretanto, se não for conhecida a composição da comunidade infestante, deve-se usar herbicidas que tenham um amplo espectro de controle de plantas daninhas. Essa modalidade de aplicação ocorre, geralmente, logo após o plantio, antes da emergência da cultura e plantas daninhas ou no mais tardar no início da emergência. A condição de pós-emergência ocorre sempre após a germinação das plantas daninhas, que pode ser antes ou depois da brotação da cana. Nesse caso, a escolha do herbicida pode ser também facilitada pelo levantamento das plantas daninhas, realizado em outros anos. Em todo caso, nessa condição de aplicação, pode-se intervir com herbicidas de espectro de controle mais restrito às espécies presentes na área. Essa modalidade de aplicação também permite a opção de aplicar ou não o herbicida em área total, dependendo da infestação da área. Nos casos em que a área apresenta menor incidência de plantas daninhas, mais típicas de soqueiras, o controle químico pode ser feito em catação, ou seja, apenas nas reboleiras onde se tem o mato. Para controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar, existem diferentes herbicidas registrados para uso no Brasil. Na Tabela 1 estão apresentados alguns herbicidas, bem como seu nome comercial, plantas daninhas que controlam, dose e persistência no solo.

18 18 Tabela 1. Principais herbicidas recomendados para uso em cana-de-açúcar, condições de aplicação, doses, espectro ação e persistência no solo. Herbicidas 2,4-D 2,4-D + picloran alachlor alachlor + atrazine. ametryn ametryn + clomazone ametryn + trifloxysulfuron sodium amicarbazone atrazine atrazine + simazine clomazone Diuron diuron + hexazinone diuron + paraquat diuron + MSMA glifosato imazapic imazapyr isoxaflutole Características PRÉ (2,5 a 3,5 L ha -1 ): picão-preto, caruru. PÓS (1,0 a 1,5 L ha -1 ): picão-preto, guanxuma, leiteiro, corda-de-viola, trapoeraba, caruru, beldroega. JATO DR (1% v/v): tiririca em pré-florescimento. Persistência solo: 10 dias Marcas: Aminol 806, Capri, DMA 806 BR, 2,4-D 806 Nufarm, Herb D-480, Navajo, U46 D-Fluid 2,4-D. PRÉ (3,0 a 4,0 L ha -1 ): trapoeraba e beldroega PÓS (3,0 a 4,0 L ha -1 ): picão-preto, guanxuma, corda-de-viola, trapoeraba, caruru, beldroega. Marca: Dontor PRÉ (5,0; 6,0 e 7,0 L ha -1 ) caruru, guanxuma, trapoeraba e capins: marmelada, carrapicho, colchão, colonião, pé-de-galinha. Persistência solo: 40 a 70 dias Marcas: Alaclor Nortox, Laço CE PRÉ (7,0; 8,0 e 9,0 L ha -1 ) apaga-fogo, caruru, picão-preto, guanxuma, trapoeraba, corda-de-viola e capins: marmelada, carrapicho, colchão, pé-de-galinha. Marca: Boxer PRÉ/PÓS (5,0; 6,0 e 7,0 L ha -1 ): caruru, trapoeraba, guanxuma, corda-de-viola e capins: braquiária, marmelada, colchão, pé-de-galinha, carrapicho, colonião. Persistência solo: 60 dias Marcas: Ametrina Agripec; Gesapax 500; Herbipak 500 BR; Metrimex 500 SC PRÉ/PÓS (5,0 L ha -1 ): picão-preto, beldroega, trapoeraba, corda-de-viola e capins: braquiária, marmelada, colchão, carrapicho, colonião, grama seda. Marcas: Sinerge CE PÓS (1,75 a 2,0 kg ha -1 ): caruru, trapoeraba, picão-preto, guanxuma, corda-de-viola, beldroega, tiririca e capins: braquiária, marmelada, camalote, colchão, carrapicho. Marca: Krismat PRÉ/PÓS (1,5 a 2,5 kg ha -1 ): caruru, trapoeraba, guanxuma, corda-de-viola, capins: braquiária, marmelada, colchão, pé-de-galinha, carrapicho, colonião Marca: Dinamic PRÉ/PÓS (4,0 a 5,0 kg ou L ha -1 ): caruru, trapoeraba, guanxuma, corda-de-viola, capins: marmelada, pé-degalinha, carrapicho, colchão. Persistência solo: 60 dias Marcas: Atrazina Nortox 500 SC; Gesaprim 500; Gesaprim GRDA; Siptran 500 SC. PRÉ (3,6; 5,8 e 6,8 L ha -1 ): apaga-fogo, caruru, trapoeraba, picão-preto, guanxuma, corda-de-viola e capins: marmelada, colchão, pé-de-galinha, carrapicho. Marcas: Extrazin SC PRÉ/PÓS (1,8 a 2,2 L ha -1 ): caruru, trapoeraba, guanxuma, corda-de-viola e capins: braquiária, marmelada, carrapicho, pé-de-galinha, colchão, camalote, grama-seda. Cuidado com culturas vizinhas. Persistência solo: 150 dias Marca: Gamit 360 CS PRÉ (5,0; 6,5 e 8,0 kg ou L ha -1 ): apaga-fogo, caruru, trapoeraba, guanxuma, corda-de-viola e capins: braquiária, marmelada, carrapicho, pé-de-galinha, colchão, colonião. Persistência solo: 90 dias Marcas: Cention SC; Diuron 500 SC Agripec; Diuron Nortox 500 SC; Herburon 500 BR; Karmex. PRÉ/PÓS (2,0 a 3,0 kg ha -1 ): caruru, picão-preto, trapoeraba, guanxuma, corda-de-viola, beldroega e capins: braquiária, marmelada, colchão, pé-de-galinha, colonião. Persistência solo: 150 dias Marcas: Velpar K WG; Advance, Hexaron WG. PÓS (2,0 a 3,0 L ha -1 ): caruru, picão-preto, trapoeraba, guanxuma, beldroega e capins: marmelada, colchão, grama-seda, pé-de-galinha, carrapicho. Marca: Gramocil PÓS (8,0 a 10,0 L ha -1 ): apaga-fogo, caruru, picão-preto, trapoeraba, guanxuma, corda-de-viola, tiririca e capins: braquiária, marmelada, colchão, pé-de-galinha, carrapicho, massambará. Marca: Fortex PÓS: dose depende do fabricante e formulação do produto, geralmente entre 0,5 a 5,0 L ha -1 : não seletivo, qualquer planta. Erradicação de soqueira: 4 a 7 L ha -1. Marcas: Glifos; Glifosato 480 Agripec; Glifosato Agripec 720 WG; Glifosato Atanor; Glifosato Nortox; Glifosato Nortox WG; Glifosato Nufarm; Gliter; Gliz 480 SL; Gliz 480 NA; Pilarsato; Polaris; Round up NA; Round up Original; Round up Transorb; Round up WG; Scout NA; Trop; Trop NA. PA (350 g ha -1 ): entre 30 a 45 dias antes do plantio em área infestada com tiririca em desenvolvimento. PRÉ (150 a 210g ou ha -1 ): caruru, guanxuma, corda-de-viola, picão-preto, tiririca e capins: braquiária, marmelada, pé-de-galinha, colchão, colonião. Persistência solo: 180 dias Marca: Plateau PRÉ (0,5 a 0,8 L ha -1 ): da cultura e plantas daninhas: apaga-fogo, caruru, picão-preto, trapoeraba, cordade-viola, tiririca e capins: marmelada, colchão, carrapicho, grama-seda. Persistência solo: 180 dias Marca: Contain CANA-PLANTA (80+80 e g ha -1 )* SOQUEIRA-SECA (200 a 250; 250 a 300 e 300 a 350 g ha -1 ) SOQUEIRA-ÚMIDA (100, 125 e 150 g ha -1 ): caruru, guanxuma e capins: braquiária, marmelada, pé-de-

19 19 metribuzin MSMA sulfentrazone tebuthiuron trifloxysulfuron sodium galinha, carrapicho, colchão, colonião. Persistência solo: 30 dias Marca: Provence 750 WG PRÉ/PÓS (3,0 a 4,0 L ha -1 ): apaga-fogo, caruru, picão-preto, guanxuma, corda-de-viola e capins: braquiária, marmelada, pé-de-galinha, carrapicho, colchão. Persistência solo: 30 a 60 dias Marca: Sencor 480 JATO DR (2,5 a 4,0 L ha -1 ): caruru, picão-preto, guanxuma, corda-de-viola e capins: braquiária, marmelada, péde-galinha, carrapicho, colchão, colonião e massambará. Evitar as partes verdes da cultura, cana com mais de 50 cm. Marcas: Volcane; Dessecan; MSMA Sanachen PRÉ (1,2 a 1,6 L ha -1 ): caruru, guanxuma, corda-de-viola, picão-preto, trapoeraba, tiririca e capins: braquiária, marmelada, pé-de-galinha, colchão, colonião, grama-seda. Persistência solo: 180 dias Marca: Boral 500 SC PRE(1,6 a 2,4 L ha -1 ): caruru, guanxuma, corda-de-viola, picão-preto, trapoeraba e capins: braquiária, marmelada, pé-de-galinha, colchão. Persistência solo: 12 a 14 meses Marcas: Perflan 800 g/kg; Combine 500 g/l; Tebuthiuron Sanachen 500 SC. PÓS (30 g ha -1 ): caruru, corda-de-viola, picão-preto e tiririca (10 a 15 cm). Para tiririca aplicar 2,4-D e após 3 semanas trifloxysulfuron sodium. Marca: Envoke OBS. Doses menores para solo arenoso ou com pouca infestação. PA (Preparo da Área); * (Aplicação seqüencial). AZANIA & AZANIA adaptado de Rodrigues & Almeida (2005) 7. Referências bibliográficas AZANIA, C. A. M.; AZANIA, A. A. P. M. Cana: Limpa e Lucrativa. Caderno Técnico Cultivar Grandes Culturas, Pelotas, n.79, p.3-10, CASAGRANDE. A. A. Tópicos de morfologia e fisiologia da cana-de-açúcar. Jaboticabal: Funep, p. DEUBER, R. Ciência das plantas infestantes: Manejo. Campinas, v.2, 1997, 285p. PITELLI, R. A.; DURIGAN, J. C. Terminologia para períodos de controle e convivência das plantas daninhas em culturas anuais e bianuais. CONGRESSO BRASILEIRO DE HERBICIDAS E PLANTAS DANINHAS, 15, 1984, Belo Horizonte. Resumos... Belo Horizonte: SBCPD, p.37. PROCÓPIO, S. de O.; SILVA, A. A. da; VARGAS, L.; FERREIRA, F. A. Manejo de plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar. Viçosa, 2003, 150p. RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. S. de. In: Guia de herbicidas. 4 ed. Londrina: s. n., p.

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