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Transcrição:

ORLANDO MARCELO MARIANI¹, LEONARDO LAMARCA DE CARVALHO¹, ELAINE CRISTINA STUPAK¹, DANIEL KAN HONSHO¹, CRISTIANE DOS SANTOS HONSHO¹ 1- Universidade de Franca UNIFRAN ARTRODESE TEMPORARIA BILATERAL PARA A CORREÇÃO DE LUXAÇÃO DE COTOVELO - RELATO DE CASO RESUMO Uma cadela da raça Cocker Spaniel com dois meses de idade foi diagnosticada com luxação congênita do cotovelo bilateralmente. Foi instituído tratamento cirúrgico para redução e estabilização da articulação úmero-radio-ulnar, obtendo-se retorno da função de ambos os membros torácicos. Palavras chave: artrodese, cotovelo, luxação ABSTRACT A Cocker Spaniel Bitch race with two months old was diagnosed with congenital luxation of elbow bilaterally. Surgical treatment was established for reduction and stabilization of the humerus-radioulnar articulation, obtaining return of function of both forelimbs. Key-words: fusion, elbow, luxation INTRODUÇÃO A luxação congênita do cotovelo pode ser considerada como uma das principais causas não traumáticas de claudicação de membro 1800

anterior que afeta cães recém-nascidos (Valastro et al., 2005; Piermattei, 2009; Mcdonell, 2004). Ao nascimento, ou logo após este, é observada a deformidade do membro torácico, o diagnóstico pode ser feito com base nos achados de exame ortopédico e radiográfico. O exame de imagem radiográfico é imprescindível para confirmar a moléstia e diferencia-la de outras doenças do desenvolvimento como a ectrodactilia e fechamento prematuro da linha fisária distal da ulna (Mcdonell, 2004; Webster et al., 2012). O presente trabalho teve como objetivo relatar o caso de um paciente canino com luxação lateral congênita bilateral de cotovelo, que foi tratada cirurgicamente através da colocação de pino transarticular, apresentando retorno da função normal de ambos os membros. RELATO DE CASO Passou por consulta uma cadela da raça Cocker spaniel, com dois meses de idade, pesando 2 kg, e histórico de dificuldade deambulatória e deformidade bilateral em membros torácicos desde o nascimento, sem progressão ou histórico de trauma. Ao exame físico geral notou-se alteração postural e desvio valgus em membros torácicos. Demais parâmetros apresentavam-se dentro da normalidade. Ao exame ortopédico detectou-se em ambas as articulações do cotovelo, ausência de dor, aumento de volume local, incapacidade de realizar movimentos de flexão e extensão, bem como desvio lateral do olecrano, característico de luxação lateral de cotovelo bilateral. Não foram observadas outras alterações ortopédicas. Os exames de sangue como hemograma, função renal e hepática, e proteínas totais, estavam sem alterações dignas de nota. 1801

Realizou-se imagens radiográficas nas projeções médio-lateral e crânio-caudal de ambas articulações afetadas, onde pode-se observar luxação lateral de cotovelo, bilateral. Instituiu-se inicialmente, o tratamento conservativo, porém tal tratamento não foi considerado satisfatório, sendo assim optou-se pelo tratamento cirúrgico. Para a intervenção cirúrgica o animal passou por padrões anestésicos de rotina como a medicação pré anestésica, indução e manutenção. As articulações úmero-radio-ulnar direita e esquerda foram acessadas por meio da abordagem da região supracondilar do úmero e da porção úmero-ulnar caudal do cotovelo. Após a redução da luxação, as articulações mantiveram-se reduzidas mediante a aplicação de um pino introduzido a partir do terço médio caudal do olecrano em direção ao terço distal do corpo do úmero. Após estabilização, o excesso de pino foi cortado e suturou-se a fáscia, subcutâneo e pele. Os pinos seriam removidos em 21 dias, porém aos 12 dias de pósoperatório houve migração do pino introduzido no membro torácico direito, o mesmo foi removido com 13 dias de pós-operatório, não havendo luxação da articulação do cotovelo direito. O pino localizado em membro torácico esquerdo foi removido com 21 dias de pós-operatório não observando luxação após sua remoção. DISCUSSÃO A afecção acomete principalmente raças caninas de pequeno e médio porte, neste caso o paciente era da raça Cocker spaniel, que esta entre as raças mais afetadas (Rahal et al., 2000; Mcdonell, 2004;). 1802

A etiologia específica da luxação ainda é considerada uma incógnita, porém existe algumas hipóteses que tentam desvendar a origem do problema, segundo Piermattei (2009) a luxação congênita do cotovelo pode ser causada pela aplasia do ligamento colateral lateral levando à hipoplasia dos processos coronóide e ancôneo, e fossa troclear rasa. São reconhecidos três tipos de luxação congênita da articulação do cotovelo, sendo elas: Úmero-radial (tipo 1), úmero-ulnar (tipo 2) e a combinação úmero-radial e úmero-ulnar (tipo 3) (Mcdonell, 2004). O paciente do presente relato apresentava luxação congênita do tipo 3. Neste caso optou-se pela aplicação de um pino transarticular em cada cotovelo, que proporciona uma artrodese temporária, podendo causar certa rigidez articular impedindo que o cotovelo realize os movimentos de flexão e extensão com o máximo de amplitude, porém é uma técnica menos invasiva e com menor tempo de recuperação pós-operatória quando comparada às técnicas que envolvem osteotomia, sendo assim acredita-se que as vantagens superam as desvantagens (Piermattei, 2009). Segundo Rahal (2000) casos de luxação bilateral, onde ambos os membros foram operados no mesmo tempo cirúrgico apresentaram melhores resultados em comparação aos realizados em tempos cirúrgicos diferentes, pois no pós-operatório o animal tende a poupar o membro operado, prejudicando a recuperação do mesmo e quando se opta pela cirurgia bilateral concomitante força o animal a usar ambos os membros operados de forma precoce, desta forma optou-se por realizar o procedimento cirúrgico em ambos os cotovelos no mesmo tempo cirúrgico. CONCLUSÂO 1803

A aplicação cirúrgica de um pino transarticular a partir da ulna em direção à epífise distal de úmero bilateralmente em um único tempo cirúrgico demonstrou-se ser um tratamento eficaz neste caso específico de luxação cotovelar congênita. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS McDONELL, H.L. Unilateral congenital elbow luxation in a Cavalier king Charles Spaniel. Can Vet J 2004;45:941 943. PIERMATTEI, D.L.; FLO, G.L.; DECAMP, E.C.; Ortopedia e tratamento de fraturas de pequenos animais. 4.ed. Barueri: Manole, 2009, p. 369-382. RAHAL, S.C.; DE BIASI, F.; VULCANO, L.C.; NETO, F.J.T. Reduction of humeroulnar congenital elbow luxation in 8 dogs by using the transarticular pin. The Canadian Veterinary Journal, Botucatu, v. 41, p. 849-853, 2000. VALASTRO, C. ; BELLO, A.; CROVACE, A. Congenital elbow subluxation in a cat. Veterinary Radiology & Ultrasound, Bari, v. 46, n. 1, p. 63-64, 2005. WEBSTER, N.; ALLAN G.; LAMPEN, G.; MUNRO, Z. Radiographic features of presumed congenital subluxation of the radio head in three Newfoundland littermates. Journal of Small Animal Practice, v. 53, p. 365-366, 2012. 1804