PROGRAMA DE CONFORMIDADE FISCAL. Transparência dos Critérios de Conformidade Tributária do Estado de São Paulo

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Transcrição:

PROGRAMA DE CONFORMIDADE FISCAL Transparência dos Critérios de Conformidade Tributária do Estado de São Paulo 05 de setembro de 07

Pilares... 4 Simplicidade Transparência Relação de confiança 5 Concorência leal Segurança jurídica

Alinhado ao TADAT do FMI...

Ramo de atividade Governo do Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda 4 Perfis dos contribuintes Fatores de influência Atitude em relação ao cumprimento Estratégia de cumprimento Fatores sociológicos Fatores econômicos Fatores psicológicos Decide não cumprir Não quer cumprir, mas o faz se controlado Tenta cumprir, mas nem sempre consegue Disposto a cumprir Estratégias criam pressão para baixo Usar força da lei Dissuadir por detecção Ajudar a cumprir Facilitar Fonte: Tradução livre de Compliance Risk Management: Managing and Improving Tax Comliance. Forum on Tax Administration Compliance Sub-group Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE outubro de 004, pg 4.

Transparência dos Critérios de Conformidade Tributária do Estado de São Paulo Risco de descontinuidade de fornecedores Risco de passivos tributários não intencionais Risco de crédito Segurança Jurídica Vantagem competitiva aos contribuintes regulares com o Fisco Fomento a formação de cadeia de produção de fornecedores regulares com o Fisco Governo do Estado de São Paulo Secretaria da Fazenda 5

6 Critérios Classificação evidencia informações sobre o contribuinte: Adimplência: Se os recolhimentos ao Fisco Paulista estão sendo feitos na integralidade do que foi declarado (possui ou não débitos pendentes). Consistência: Se o que ele emite de Notas Fiscais está compatível com o que foi declarado ao Fisco Paulista (possui ou não indícios de sonegação intencional ou não). Regularidade dos fornecedores: Se as aquisições são feitas de fornecedores regulares nos critérios acima (adimplentes e sem inconsistências contábeis).

7 Classificação em função da exposição a riscos de passivos tributários Adimplência Consistência Regularidade fornecedores Majoritária do grupo A+ e A Majoritária do grupo A+, A e B Majoritária do grupo A+, A e B, em proporção menor do que a do grupo A Cadeia de fornecedores que não permite classificação como B Demais casos Cassado, com inscrição anulada, inapto

8 Protótipo Transparência dos Critérios de Conformidade Tributária A Transparência dos Critérios de Conformidade Tributária do Estado de São Paulo representa um marco no relacionamento fisco-sociedade. Por meio da iniciativa, a Fazenda Estadual passa a agregar valor aos contribuintes regulares, incentivando a conformidade tributária, a competição leal e melhoria do ambiente de negócios, o que resultará em maiores níveis de investimentos, produção, emprego e renda.

9 Possibilidades de uso do Cadastro I Facilitar avaliação de risco de descontinuidade de fornecedores em contratos II Facilitar avaliação de risco de crédito para instituições financeiras e fornecedores Agregar valor à marca de empresas fiscalmente responsáveis III Criar incentivos para empresas serem grupo A, tanto pela visibilidade de mercado, para acesso a procedimentos simplificados para cumprimento de obrigações acessórias e outros benefícios que possuem impacto financeiro para a empresa. IV

0 Transição gradual Aprovação da lei 80 após aprovação Ciclos de avaliação posteriores Contribuintes receberão individualmente situação junto à SEFAZ e têm período para regularização, adaptação da cadeia de fornecedores, etc Avaliação dos Reavaliação do contribuintes ranking com ciclos mensais, com ascensão mensal mas rebaixamento do rating apenas após ciclos em condições incompatíveis com o grupo Diretriz geral é de que o rebaixamento aconteça apenas com persistência de incompatibilidade com o grupo

Resultados esperados Considerando os patamares de adimplência atual Considerando as malhas fiscais Há boa probabilidade de ao menos 80% dos contribuintes com movimento serem classificados como ao menos C o que mostra que a maioria dos contribuintes é regular com o fisco

Tratamento diferenciado pela SEFAZ de acordo com exposição a riscos de passivos tributários Participação em Projetos de Capacitação para Profissionais da área contábil, fiscal e financeira Participação em Projetos de Simplificação de Obrigações Acessórias Auto regularização em substituição à 6 lógica da priorização do auto de infração 5 4 Benefícios Criação de espaço institucional para participação dos contribuintes nas decisões de médio e longo prazo do fisco paulista Instituição da Análise Fiscal Prévia e do Comitê de Garantia da Estabilidade da Aplicação da Lei Tributária Exigências de garantias para utilização de créditos acumulados de forma proporcional ao risco do contribuinte

Mitigação de riscos com operações fiscais 6 5 4 Regra monitoramento e auto regularização, com direito a Análise fiscal prévia sem perda da espontaneidade (operações fiscais como último recurso) Regra monitoramento e auto regularização, com operações fiscais apenas pontualmente. Regra monitoramento e ainda fora do grupo de prioridade da fiscalização, mas operações fiscais prioritárias em regra para os últimos dois exercícios Operações fiscais com maior intensidade Foco da fiscalização, consumindo junto com o Grupo E a maior parte da capacidade fiscalizatória disponível (operações fiscais em regra para 5 exercícios) Idem ao D, com possibilidade de atuação junto ao MP, etc.

4 Pré verificação fiscal e arbitragem 6 5 4 I II III Análise prévia Contribuintes A+ e A não terão operações fiscais iniciadas sem realização análise fiscal prévia (mitigação de risco de passivos tributários). O processo consiste em realização de trabalhos analíticos ou de campo por parte do AFR, com o intuito de verificar a conformidade fiscal, mas sem perda da espontaneidade e sem possibilidade de lavratura de AIM. Autorregularização ou questionamento Contribuinte poderá acatar recomendações do AFR responsável e autorregularizar-se OU questionar o entendimento via Comitê de Garantia da Estabilidade da Aplicação da Legislação Tributária, que funcionará como espaço para soluções de divergências no intuito de evitar a necessidade de autos de infração. Análise por CCQT A decisão do CCQT será vinculante em relação ao caso sua decisão não pode ser ignorada em eventual operação fiscal futura, sob pena de nulidade do AIM. Feita a análise pelo Comitê e mantido o relatório parcial ou integralmente, o contribuinte terá 0 dias para efetuar os ajustes e comprovar o recolhimento de diferenças ao Fisco, sem perda dos benefícios da espontaneidade. Findo o prazo e sem comprovação da adequação e recolhimentos devidos pelo contribuinte, a DEAT abrirá operação fiscal com base no relatório do pré verificação fiscal, deixando o contribuinte a partir de então de gozar dos benefícios da espontaneidade.

5 Crédito acumulado 6 5 4 Modelo atual Contribuinte que submete pedido de utilização de crédito acumulado precisa apresentar garantia de 50% do valor pleiteado Modelo proposto Contribuintes dos grupos A+, A, B e C não precisarão apresentar garantias ou o farão em menor proporção Haverá redução do custo financeiro atual para muitos contribuintes

6 Relacionamento Fisco - Contribuintes 6 5 4 Contribuintes do Grupo A+ poderão participar de canal institucional de diálogo com o Fisco Paulista, colaborando diretamente na definição de prioridades de ações de simplificação de obrigações acessórias, automação de sistemas, procedimentos, etc. Criação de espaço e abertura ao diálogo institucional como forma de melhorar os canais de relacionamento e possibilitar relação mais transparente do Fisco com os contribuintes (mudança radical na cultura de relacionamento fisco-contribuinte).

7 Investimentos em projetos de simplificação 6 5 4 Os contribuintes do Grupo A poderão semestralmente participar da escolha de projetos junto à Universidades Paulistas e Centros de Pesquisa, públicos ou privados, para receberem recursos de fomento do Estado. Os projetos deverão ter como foco a solução de problemas apontados pelos contribuintes como sendo prioritários de enfrentamento pelo Fisco Paulista, nas seguintes linhas: I Simplificação de obrigações acessórias via automatização e integração de sistemas. II Desenvolvimento de soluções relacionadas a meios de pagamento. Compliance Tributário via inovações tecnológicas. III

8 Investimentos em capacitação 6 5 4 Os contribuintes do Grupo A participarão semestralmente da escolha de projetos junto a Universidades Paulistas e Centros de Ensino, públicos ou privados, para receberem recursos para realização de programas de capacitação. Os projetos devem ser voltados a profissionais da área contábil, fiscal ou financeira, visando capacitação e certificação na área de Compliance Tributário. A certificação seguirá metodologia e regras estipuladas pela SEFAZ, em conjunto com as entidades de classe representantes dos diferentes segmentos dos contribuintes paulistas e das Universidades e Centros de Pesquisa.

9 Próximo passo Iniciar Consulta Pública Receber sugestões de aprimoramento Obter apoio institucional de diferentes segmentos da sociedade.