O PREFEITO MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, DECRETA: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

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1 DECRETO N o DE 14 DE JANEIRO DE Regulamenta o art. 5 da Lei Municipal 618, de 16 de maio de 1990, na forma que indica e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, DECRETA: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art.1º. Este Decreto regulamenta a gratificação de produtividade do cargo de Auditor Fiscal, na forma do art. 5º, da Lei 618 de 16 de maio de 1990, objetivando a sua valorização profissional e o incremento da arrecadação normal, autuada e espontânea, no combate à sonegação, através do desenvolvimento de ações fiscalizatórias de forma preventiva, planejada e dirigida. Art.2º. A gratificação de produtividade contempla as atividades internas e externas de fiscalização tributária, as atividades técnico-administrativas do auditor fiscal dentro de suas atribuições. CAPÍTULO II DA GRATIFICAÇÃO DE PRODUTIVIDADE Art. 3º. O servidor ocupante do cargo efetivo de auditor fiscal perceberá gratificação de produtividade com base em pontuação, por atividade de fiscalização, produtividade fiscal e atividades técnico-administrativas, na forma das tabelas anexas. Art. 4º. A produtividade fiscal equivale a dez por cento do produto total da arrecadação decorrente de ação fiscal, notificação fiscal ou auto de infração, por ele lavrado, inclusive os inscritos na dívida ativa, desde que efetivamente pagos, que serão convertidos em pontos. 1º.Entende-se para fins deste Decreto: I como produtividade fiscal, o produto total decorrente do auto de infração, da notificação fiscal ou do pagamento efetuado após o início da ação fiscal; II como produto total da arrecadação, o valor recebido pela Fazenda Municipal, composto pelo valor principal do tributo, atualização monetária, multa de mora e juros de mora; Seção I Dos Pontos

2 Art. 5º. Para atribuição dos pontos da gratificação de produtividade serão consideradas o desenvolvimento das seguintes atividades: I - Atividades de fiscalização, que poderá ser: 1. Por estimativa; 2. Sumária; 3. Especial. II Produtividade Fiscal que compreende: 1. Auto de infração; 2. Notificação fiscal; 3. Ação fiscal. III Atividades técnico-administrativas: 1. Plantão Fiscal; 2. Coleta de dados e informações fiscais; 3. Reunião em órgãos colegiados; 4. Instrução e análise de processos; 5. Atividades de acompanhamento fiscal; 6. Cadastramento e recadastramento de contribuintes. IV Atividades especiais: 1. Elaboração de estudos e projetos para aprimoramento da administração e fiscalização tributária; 2. Outras atividades correlatas, desde que determinadas por ato próprio do Secretário da Fazenda. Art. 6º. Os pontos que compõem a remuneração dos auditores serão atribuídos com base nas atividades constantes neste Decreto, na quantidade e forma da Tabela de Pontuação de Produtividade, anexa, com o máximo de quinhentos pontos, por mês e por servidor. Parágrafo único O Auditor Fiscal que ocupar o cargo em comissão de Diretor de Departamento de Auditoria Fiscal fará jus ao máximo de pontos constantes neste Decreto. Art. 7º. Ficam limitados a duzentos e cinquenta pontos por mês, na composição da remuneração do auditor fiscal, os pontos provenientes das atividades de fiscalização, atividades técnico-administrativas. Art. 8º. Ficam limitados a duzentos e cinquenta pontos por mês, na composição da remuneração do auditor, os pontos provenientes da produtividade fiscal. Art. 9º. Os pontos que excederem, mensalmente, o limite máximo definido nos artigos anteriores, serão lançados em conta corrente individual, conta reserva de pontos, em favor do servidor, a serem utilizados para complementar a remuneração dos meses subsequentes, de acordo com critérios neste Decreto. Parágrafo único O prazo para lançamento de créditos na conta reserva de pontos do servidor será de noventa dias, a contar da data de apresentação do documento de quitação pela unidade competente da administração tributária.

3 Art. 10. O saldo da conta reserva de pontos de cada servidor, a ser aberta a partir da vigência deste Decreto, será zerado mensalmente, no prazo de vinte e quatro meses após cada lançamento na conta, deduzindo-se os valores utilizados para complementar a remuneração. 1º. Fica limitado a cinquenta por cento a utilização do saldo da conta reserva de pontos para compor a remuneração do servidor a título de gratificação de produtividade. Art.11. O controle da conta reserva de pontos de cada auditor, será realizado pelo Coordenador do Departamento de Auditoria Fiscal. Art. 12. Para fins deste Decreto, consideram-se as seguintes definições e termos: I atividade de fiscalização é aquela relacionada ao cumprimento de programas de fiscalização das receitas do município, classificadas em tipo: a) Por estimativa aquela que compreende a análise do documentário fiscal junto a contribuintes passíveis de enquadramento no regime de recolhimento por estimativa ; b) Sumária aquela que compreende a análise do documentário fiscal, composto de documento de arrecadação municipal, documento de retenção na fonte, notas fiscais e livro de apuração do ISSQN ; c) Especial aquela que compreende, além da análise do documentário fiscal acima relacionado, a análise contábil da receita sujeita à tributação, revisão de dados cadastrais e levantamento de dados para análise e monitoramento das transferências constitucionais. II Auto de Infração é o instrumento legal para a formalização do lançamento de ofício dos créditos tributários originários da obrigação principal ou acessória, quando não cumpridas pelo sujeito passivo. III Notificação Fiscal é o instrumento legal que antecede a lavratura do auto de infração. Tem por objeto exclusivo cobrar, de ofício, os créditos originários da obrigação tributária principal, sem a imposição da multa de infração. IV Ação Fiscal é o procedimento privativo do auditor fiscal que tem por objetivo o exame fisco-contábil de contribuintes, formalizado pelo Termo de Início de Ação Fiscal. V Atividades técnico-administrativas são tarefas internas e externas relacionadas à tributação e arrecadação das receitas municipais, compreendendo assessoramento, planejamento, organização, avaliação, controle, orientação, levantamento de informações, análise e inspeção, que se desenvolvem nas ações a seguir: a) Plantão Fiscal é a atividade de atendimento ao contribuinte, podendo ser externa ou interna, bem como a fiscalização no local do fato gerador, de atividades sujeitas à tributação

4 municipal; b) Coleta de dados e informações fiscais é a atividade de levantamento de informações, para o planejamento do sistema de fiscalização municipal; c) Instrução e análise de processos é a atividade de instrução de processo administrativo fiscal; d) Reunião em órgãos colegiados é a atividade de participação em sessões do Conselho Municipal de Contribuintes, como membro, no julgamento de impugnações de lançamento. VI Atividades especiais são tarefas internas e externas relacionadas à elaboração de estudos e projetos voltados para o aprimoramento do sistema de fiscalização, levantamento de dados visando o planejamento das ações fiscais e atividades de fiscalização e tributação de caráter especial, por designação do secretário Municipal da Fazenda. Art Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo os seus efeitos a 02 de janeiro de Art Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o Decreto Municipal n , de 31 de outubro de Lauro de Freitas, 14 de janeiro de Márcio Araponga Paiva Prefeito Municipal Registre-se e publique-se. Márcio Rodrigo Almeida de Souza Leão Secretário Municipal de Governo

5 ANEXO ÚNICO DO DECRETO N o DE 14 DE JANEIRO DE TABELA DE PONTUAÇÃO DE PRODUTIVIDADE AUDITOR FISCAL DISCRIMINAÇÃO PONTUAÇÃO 1 - ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO 1.1 ESTIMATIVA 10 POR EMPRESA 1.2 SUMÁRIA SUMÁRIA SEM IRREGULARIDADE 10 POR EMPRESA SUMÁRIA ENCERRADA IRREGULAR 20 POR EMPRESA 1.3 ESPECIAL 30 POR EMPRESA 2 ATIVIDADES TÉCNICO-ADMINISTRATIVAS 2.1 PLANTÃO FISCAL ATÉ 75 PONTOS ATENDIMENTO AO CONTRIBUINTE - POR DIA 15 PONTOS DE TRABALHO PLANTÃO FISCAL EM ESTABELECIMENTOS 20 PONTOS 2.2 INSTRUÇÃO E ANÁLISE DE PROCESSOS ATÉ 125 PONTOS BAIXA DE INSCRIÇÃO CONTRIBUINTES DE ISS 10 PONTOS NÃO CONTRIBUINTES DE ISS 05 PONTOS AUTÔNOMO 05 PONTOS ISENÇÃO ISS 15 POR PROCESSO IPTU 05 POR PROCESSO OUTROS 05 POR PROCESSO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 20 POR PROCESSO CADASTRAMENTO E RECADASTRAMENTO DE IPTU TERRITORIAL 05 POR PROCESSO POR PROCESSO RESIDENCIAL/COMERCIAL/SERVIÇOS LANÇAMENTO POR AUTO DE 10 PONTOS INFRAÇÃO CONTESTAÇÃO/DILIGÊNCIAS DE AUTO DE INFRAÇÃO PELO PRÓPRIO AUTUANTE 05 POR PROCESSO DE OUTRO AUTUANTE 15 POR PROCESSO EDUCAÇÃO TRIBUTÁRIA PROCEDER A ORIENTAÇÃO 20 PONTOS TRIBUTÁRIA POR INTERMÉDIO DE CURSO E PALESTRAS OUTROS 05 PONTOS 2.3 COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES ATÉ 100 PONTOS FISCAIS PESQUISA EM CAMPO POR DIA DE 15 PONTOS TRABALHO PESQUISA INTERNA POR DIA DE 05 PONTOS

6 TRABALHO 2.4 REUNIÃO EM ORGÃOS COLEGIADOS 15 POR REUNIÃO 2.5 ATIVIDADES DE ACOMPANHAMENTO 25 POR EMPRESA FISCAL TOTAL DA SOMA DOS ITENS ATÉ 150 PONTOS 3 PRODUTIVIDADE FISCAL ATÉ 350 PONTOS PARTICIPAÇÃO DOS VALORES PAGOS EM: AUTO DE QUANTIDADE INFRAÇÃO/AÇÃO FISCAL/NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO VALOR DO PONTO 4 ATIVIDADES ESPECIAIS POR DESIGNAÇÃO DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DA FAZENDA PONTOS FISCAIS = 10% VALOR ARRECADADO VALOR DO PONTO ATÉ 150 PONTOS