Como quem pinta e borda as novas gerações e as lições sobre a interatividade

Documentos relacionados
Felipe Schadt 1. Para a parte seguinte do texto, Passarelli. Parte I - Modernidade versus contemporaneidade: o desafio nosso de cada dia.

Do hibridismo da Internet emerge uma cultura que é criada e recriada em um

Perfil dos clientes de Bibliotecas Universitárias: geração digital e serviços. Rosa Maria Andrade Grillo Beretta

O uso das TICs na aprendizagem: a experiência da Escola do Futuro. FEAC - CCE 30 de março de 2017

O Letramento é um fator que se faz cada vez importante nos dias de hoje;

Laboratório de criação de vídeos de bolso

NOVAS TECNOLOGIAS E O TRABALHO DOCENTE. Profa. Benilda Silva

Em 1945 Vannevar Bush,diretor do ministério de desenvolvimento e pesquisa científica dos Estados Unidos, escreve o artigo As we may think, como nós

Produção Textual na Cultura Digital

KIDS ONLINE BRASIL OBJETIVO E METODOLOGIA. Público-alvo. Abrangência geográfica. Tamanho da amostra (2017) Coleta de dados

NÃO ME ATRAPALHE, MÃE EU ESTOU APRENDENDO! COMO OS VIDEOGAMES ESTÃO PREPARANDO NOSSOS FILHOS PARA O SUCESSO NO SÉCULO XXI E COMO VOCÊ PODE AJUDAR?

Gêneros Jornalísticos

TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO: MUITO ALÉM DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, UM REPENSAR METODOLÓGICO

Sabrinna A. R. Macedo. Docência online: o papel do tutor e a importância do planejamento.

LISTA DE TRABALHOS APROVADOS

Ambiente Virtual de Aprendizagem: um olhar sobre processo de ensino e aprendizagem colaborativo.

Tecnologias Digitais e Práticas Pedagógicas Inovadoras

O HIPERTEXTO E A ESCRITA NO ENSINO SUPERIOR

SmartNews: aliando tecnologia à informação 1

Cultura das Mídias. Unisalesiano - aula 1-2º semestre 2017

Prof. Daniel Hasse. Multimídia e Hipermídia

Apresentando uma Arquitetura Pedagógica e Técnica Usada em Sinergia com Recursos Multimídia na Construção Cooperativa de Saberes

Os Blogs construídos por alunos de um curso de Pedagogia: análise da produção voltada à educação básica

PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO NA ESCOLA

Educação a Distância. O Computador na Educação EDU /2. Prof.ª Sandra Andrea Assumpção Maria Prof.ª Letícia Rocha Machado

A ATUAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Aprendizagem Colaborativa

"Era digital: o desafio da enfermagem para uma.

FORMAÇÃO TRANSVERSAL EM DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

CURSO: JORNALISMO EMENTAS º PERÍODO

Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. Ementas 2016

07/04/2015. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Prof. Esp. Fabiano Taguchi

Química Nova Interativa Novas tecnologias no Ensino de Química

Preparados para o novo varejo?

Curso de Extensão. Educação Integral e em Tempo Integral Proposta de Trabalho com Blogs. Profª Drª Roberta Pasqualli - IFSC

O CONTEXTO SOCIOTÉCNICO CONTEMPORÂNEO Diferentemente dos tradicionais meios de transmissão em massa, as tecnologias digitais são campo de

PANORAMA DA INTERNET NO BRASIL

Instrumento de avaliação de LDD de física

CULTURA DIGITAL NA ESCOLA: INDICADORES DO PERFIL DE ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS

Grade de disciplinas do curso

Reunião de Coordenação

UNIDADE 3. Ensino/aprendizagem e Novas tecnologias. Educação à distância: conceitos básicos. Olá turma! Bem-vindos de volta.

PED TECNOLOGIAS E EAD ORIENTAÇÕES ACADÊMICAS

H P I E P RMÍ M D Í I D A

Ciências da Computação Disciplina:Computação Gráfica

RESENHA: A COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO

Impresso e Internet: Interferências e Diferenças

PRODUZINDO CONTEÚDOS DIGITAIS

OBJETOS DE APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NO PNLD 2014 PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Faculdade de Educação (Faed) Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)

Fap Tecnologias Educacionais Trabalho de Final de Curso Blog Teach Me Now

Ambiente Hipermídia de Autoria Colaborativa: Construindo Alternativas de Inclusão Digital

Totalmente virtual, através do bate-papo do Facebook.

WEBQUEST NO ENSINO DE FÍSICA: UMA EXPERIÊNCIA EM TURMAS DA 3º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Composição do material

Raquel Cristina de Souza e Souza (Colégio Pedro II / Universidade Federal do Rio de Janeiro) Simone da Costa Lima (Colégio Pedro II / Universidade

LETRAMENTO DIGITAL DOCENTE: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA DO CURSO A DISTÂNCIA DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA. SALVADOR BA SETEMBRO de 2013

UNIDADE 3. Ensino/aprendizagem e Novas tecnologias. Educação à distância: conceitos básicos. Olá turma! Bem-vindos de volta.

PERCURSO FORMATIVO CURRÍCULO PAULISTA

TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO: MUITO ALÉM DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, UM REPENSAR METODOLÓGICO

Tecnologia na Educação: da

O WebSeminário em Educação para uma interação online

Palavras-chave: Formação Continuada. Múltiplas Linguagens. Ensino Fundamental I.

Unidade de Revisão. Responsável pelo conteúdo: Prof. Dra. Vitória Dib

Carta Global de Mídia

Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia ISSN: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Minicurso 08 Os serviços de informação no contexto das mídias móveis: possibilidades e desafios

COMUNICAÇÃO SOCIAL JORNALISMO E MULTIMEIOS

Aluno(a): / / Cidade Polo: CPF: Curso: ATIVIDADE AVALIATIVA PESQUISA E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PED)

Cultura Digital e Formação de Professores para o Ensino Superior. Vani Moreira Kenski PPGE/USP

ROBÓTICA PEDAGÓGICA LIVRE E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA EXPERIÊNCIA FORMATIVA

Palavras Chaves: Ensino de Matemática, Material Digital, Tecnologia.

ÍNDICE. A animação é uma maneira de se criar ilusão, dando vida a objetos inanimados. Conheça o projeto... Os motivos... Nossa equipe...

DECLARAÇÃO DE HAVANA. 15 ações de COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO/ ALFIN...

Letramento Digital - Comunicação. Profa. Reane Franco Goulart

TÍTULO: O DIÁLOGO DO ESCRITOR NACIONAL COM O LEITOR ATRAVÉS DA CONVERGÊNCIA DE MEIOS

GT-3 DIDÁTICA, CURRÍCULO E POLÍTICA EDUCACIONAL REALIDADE VIRTUAL NA EDUCAÇÃO: as TICs e a renovação pedagógica

O Impacto da Internet na Disseminação da Informação Científica e na Potencialização da Inovação Tecnológica no Brasil

Curso Online de E-commerce. Plano de Estudo

O USO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM NO AMBIENTE TELEDUC COMO APOIO AO ENSINO PRESENCIAL NO CONTEXTO DA MATEMÁTICA

Comunicação Digital Empresarial MANUAL DO CURSO

EXPLORANDO A LITERATURA NO ENSINO MÉDIO POR MEIO DOS RECURSOS DIGITAIS

Design de material didático Gama. L.N.

MOOC como possibilidade de socialização do conhecimento no movimento de Ciência Aberta. Cássio R. F. Riedo 27/11/15.

[ICIA46] - Fundamentos Históricos e Epistemológicos da Ciência da Informação

As tecnologias de informação e comunicação. jovens. Teresa Kazuko Teruya

A EXPERIÊNCIA DE UM EVENTO ENTRE A SABEDORIA COLETIVA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO

LIDERANÇA SINDICAL e suas REDES SOCIAIS

SISTEMAS MULTIMÍDIA PROF MOZART DE MELO

Espaço da página em que, on line, a programação da TV Correio e da Rede Record é transmitida.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. A inserção das tecnologias da informação e comunicação em currículos da Licenciatura em Química

AULA 7: ORALIDADE E LETRAMENTO

Tendências em Marketing Digital

O que são TICs? 1

A PUCRS NA CULTURA DIGITAL

Gestão de Mídias Sociais

ISSN nº Vol. 3, n. 4, Julho-Setembro Aline Deanne Santana de Carvalho 1 José Carlos de Miranda 2, 3

Qualidades de um vendedor Unimed: Atitude Respeito Parceria Ética Disciplina Determinação Confiança Honestidade Valores Dedicação

CADERNOS VIRTUAIS A Cultura Digital Presente na Sala de Aula

A aplicabilidade das ferramentas da web 2.0 na Biblioteca do IFRJ- Campus Rio de Janeiro

Transcrição:

Como quem pinta e borda as novas gerações e as lições sobre a interatividade Como quem pinta e borda as novas gerações e as lições sobre a interatividade: resenha do estudo sobre Gerações Interativas Brasil - crianças e adolescentes diante das telas Por Else Lemos Resultado de investigação que envolveu mais de 18 mil respondentes entre crianças e jovens com 6 a 18 anos em todo o Brasil, Gerações Interativas Brasil é um estudo que oferece as bases para pensar o futuro da chamada "inovação educativa". Por meio de surveys, foi possível traçar um amplo panorama que vai das formas de acesso à Internet, ao celular, à TV e aos videogames às práticas de acompanhamento e controle desses usos por parte dos pais e escolas. O cruzamento de variáveis como idade, gênero, região, práticas de uso, tipologias "de telas" e cenários traz uma rica gama de informações e análises sobre as gerações interativas no Brasil. Como parte de um estudo mais abrangente iniciado internacionalmente em 2005 no âmbito do Projeto Gerações Interativas, este novo estudo (2012) em contexto brasileiro, é certamente, uma grande contribuição para pensarmos no futuro das formas de ensinar, aprender, ensinar a aprender e aprender a ensinar, além de

reforçar o grande desafio ético e educacional a se enfrentar no tocante à orientação para o "uso responsável das telas digitais". No capítulo 1, a publicação apresenta conceitos essenciais para a compreensão contextual de nossa sociedade em rede. Temas como comunidades virtuais de aprendizagem, cibercultura, interatividade, blogs, prosumers (produtores + consumidores) permeiam a narrativa e são destacados por meio de hiperlinks que explicam cada termo, favorecendo o entendimento geral da leitura proposta e do cenário em que o estudo se dá. Também nesta seção, apresenta-se o escopo geral do estudo, público-alvo e metodologia adotada, reforçando-se a pertinência dos surveys estatísticos para esse tipo de estudo. Fala-se, também, sobre o formato dado ao texto, que é uma "versão impressa em hipertexto", daí a opção por destaques dispostos lateralmente ao longo de todo o texto. O capítulo 2, O hibridismo do contexto contemporâneo conectado, destaca os conceitos de rede como sistema de comunicação pela interligação entre computadores e outros tipos de dispositivos, e o de redes sociais, este numa perspectiva antropológica que compreende redes sociais como estruturas compostas por pessoas ou organizações que, conectadas, compartilham valores, ideias, propósitos e objetivos comuns. A distinção entre esse conceito abrangente e o de redes sociais on-line merece atenção, visto que é grande a confusão de muitos ao referir-se a redes sociais on-line apenas como redes sociais. As redes sociais on-line são o locus virtual em que diferentes redes sociais se conectam, e há diferentes tipos de redes, como é o caso das redes de relacionamentos (ex.: Facebook). Toda a discussão conceitual desta parte do relatório dá-se em torno do conceito de rede, mediação, relações de poder e novos papéis de personagens que atuam

como interagentes, e não como meros usuários passivos, a exemplo do que acontecia no contexto da comunicação de massa do século XX. Vivemos em uma sociedade em rede, permeada pela convergência, pelo hibridismo e pela própria organização em rede. Como afirma o relatório, a organização em rede é, sobretudo, fruto de um processo histórico que permeia a sobrevivência ou seja, mais que sistemas, redes são pessoas que anseiam por conversar, compartilhar conhecimentos e pensamentos críticos. (Passarelli & Junqueira, 2012, p.18). Não é sem razão que o relatório destaca o conceito de personas, cunhado por Sherry Turkle em 1995 para designar o fenômeno cibercultural em que, no contexto da web, as pessoas podem se apresentar sob diferentes alcunhas, identidades ou personas (e efetivamente o fazem). A possibilidade de ser mais de um, de ser quem se quer ser, fascinante e instigante, reina na rede. Outro conceito de grande relevância para contextualizar o estudo é o de comunidades virtuais, proposto por Howard Rheingold em 1993 para designar os ambientes de interação coletiva nos quais as personas criam, trocam ideias e interagem. As ideias diferentes, mas não necessariamente conflitantes, desses dois estudiosos, são também um ponto de atenção no relatório: Turkle enfoca a questão da centralidade da tecnologia na vida contemporânea e fala sobre intimidade e solidão; já Rheingold vê impactos positivos da vida on-line sobre a vida off-line. Para ele, o on-line não é necessariamente alienante e pode, inclusive, fomentar novas formas de interação off-line. Outro tema fundamental para o estudo é a questão da interface, ou seja, da superfície de contato que faz essa mediação entre interagente e o equipamento. As telas, cada vez mais táteis e bem-definidas, invadem o espaço contemporâneo de maneira irrevogável. Pode-se dizer que já não se fazem mais crianças como antigamente as crianças de hoje agem em relação à tela com a

desenvoltura de quem pinta e borda seja no sentido da perícia, seja no sentido da leveza quase peralta de quem brinca com a tela. Neste trecho, evidencia-se a problematização do conceito de usuário, internauta, prosumidor como alguém que deixa de ser apenas alguém que recebe para ser alguém que reage, protagoniza e assegura seu espaço no processo comunicativo. Esse novo personagem é quem dá vida a uma Internet que é artefato e lugar onde a cultura é revivida, remixada e criada por muitos, efetivamente (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 19). Por fim, as literacias emergentes entram em debate. A crítica à visão reducionista do que seja inclusão digital dá início à discussão, que esclarece: inclusão digital trata não apenas do acesso às ferramentas digitais, mas também dos usos e apropriações dos conteúdos distribuídos na web 2.0 pelos internautas. (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 19). Portanto, não se trata meramente de oferecer os meios, mas de favorecer o uso crítico e ético desses meios. Segundo o relatório, em 2011, América Latina e Caribe apresentavam uma das mais altas taxas de penetração da Internet entre suas populações, destacandose pelo seu elevado índice de crescimento (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 19-21), motivado principalmente pela expansão do acesso em casa e no trabalho (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 22). Pesquisa Ibope Nielsen Online de 10/04/2012 trazia a informação de que 79,9 milhões de brasileiros estavam conectados à Internet então. O relatório destaca o trabalho realizado pelo NAP Escola do Futuro / USP por meio do projeto AcessaSP, reforçando a distinção que os pesquisadores desse núcleo fazem das ondas na sociedade em rede (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 22). A primeira, vivida com o início da popularização do acesso à Internet, voltava-se para a inclusão digital (como acesso aos meios). Já a segunda onda, atual, conta com forte presença de nativos digitais, o que favorece novas

preocupações e orientações para o debate sobre a apropriação e o uso dos meios. É o momento de se debater, portanto, práticas e hábitos, sobretudo nas dimensões social, ética e educacional. A adoção do termo literacia, pouco usado no Brasil, justifica-se pela necessidade de superação da mera noção de letramento e alfabetização, propondo-se pensar em um processo contínuo de evolução. (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 23). O termo é definido como o conjunto de competências relacionadas à leitura, escrita e cálculo nas mais diferentes formas de representação. Nesse sentido, mais do que exclusivamente uma habilidade, a literacia passa a ser vista como um continuum em construção, que repercute diretamente sobre a vida das pessoas em sociedade. (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 23). Diante disso, o conceito de literacias abrange diversas capacidades, que envolvem pesquisa, interpretação, escolha, compartilhamento, habilidade para navegar por um ambiente multidimensional e rico em linguagens multimídia. Paul Gilster (1997) define literacia digital como a habilidade de entender e utilizar a informação de múltiplos formatos e proveniente de diversas fontes quando apresentada por meio de computadores. (apud Passarelli & Junqueira, 2012, p. 18). Outro conceito de destaque é o de Yoram Eshet-Alkalai, que propôs um modelo de identificação de literacias digitais como literacias da informação (habilidades de identificar, localizar, avaliar, organizar, criar e comunicar informações), fotovisuais (habilidades de decodificar interfaces visuais), de reprodução (habilidades de reprodução de informações), de pensamento hipermídia (habilidades de interagir com estruturas não lineares e hipermidiáticas) e socioemocionais (habilidades de compartilhamento de informações e emoções na rede) (Passarelli & Junqueira, 2012, p. 25). Os atores em rede e as literacias emergentes são, sem dúvidas, de grande relevância para que possamos repensar as práticas educativas das gerações interativas diante das telas, e inspiram novas formas de pensar o ensinar, o

aprender, o ensinar a aprender e o aprender a ensinar. Trata-se, portanto, de um estudo de inquestionável relevância para o pesquisador que deseja conhecer melhor o contexto brasileiro contemporâneo no tocante às práticas e usos das telas. Referência: PASSARELLI, B. & JUNQUEIRA, A.H. Gerações Interativas Brasil - crianças e adolescentes diante das telas. São Paulo: Escola do Futuro/USP, 2012. (cap. 1 e 2 p. 13-28).