Glutamina Reduz o dano intestinal na retocolite ulcerativa Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) é uma doença decorrente da inflamação crônica do cólon, comprometendo um ou mais dos seus segmentos, preferencialmente os distais, ou toda a sua extensão, incluindo o final do íleo (2). É caracterizada por episódios recorrentes de inflamação, sendo quase sempre de forma contínua, ou seja, sem áreas normais de mucosa entre as porções afetadas (4). Etiologia O processo inflamatório é de etiologia desconhecida. No entanto, estudos recentes incluindo modelos animais de inflamação intestinal, identificaram interações entre: susceptibilidade genética, sistema imune e fatores ambientais (3). Incidência Estável em todos os países onde a incidência consegue ser mensurada, havendo evidente predomínio em jovens, em torno da 2ª até a 4ª década de vida, com segundo pico a partir dos 55 anos (2). Patogenia Muitos pacientes permanecem em remissão por longos períodos, mas a probabilidade de permanecer sem recidiva, por dois anos, é de apenas 20%. As recidivas geralmente ocorrem na mesma região do cólon das outras agudizações (4). As manifestações clínicas mais comuns são diarréia, sangramento retal, eliminação de muco nas fezes e dor abdominal (4). Nutr Hosp. 2003 Mar-Apr;18(2):57-64.
Nutrição farmacológica nas doenças inflamatórias intestinais (12) Campos FG, Waitzberg DL, Teixeira MG, Mucerino DR, Kiss DR, Habr-Gama A. Department of Gastroenterology, Colorectal Surgery Unit, Hospital das Clinicas, University of Sao Paulo Medical School, Sao Paulo, Brasil. fgcampos@osite.com.br As doenças inflamatórias intestinais, colite ulcerativa e doença de Crohn são doenças inflamatórias intestinais de etiologia desconhecida. O decréscimo da absorção de alimentos ingeridos pela via oral, a mal-absorção, a perda acelerada de nutrientes, o aumento das necessidades e as interações drogasnutrientes causam deficiências nutricionais e funcionais que requerem correção através da terapia nutricional. Os objetivos de diferentes formas de terapia nutricional são corrigir os distúrbios nutricionais e modular a resposta inflamatória, influenciando dessa forma na atividade da doença. A intervenção nutricional pode melhorar os resultados terapêuticos em alguns indivíduos. Entretanto, devido ao custo e complicações de tais terapias, a seleção cuidadosa é necessária. A nutrição parenteral total tem sido utilizada para corrigir e prevenir distúrbios nutricionais e para promover um descanso durante a atividade da doença, principalmente nos casos de fístula digestiva com uma alta atividade. Essa terapia deveria ser reservada para pacientes que não toleram a nutrição enteral. A nutrição enteral é efetiva na indução da remissão clínica da doença em adultos e na promoção do crescimento em crianças. Recentes pesquisas têm focado no uso de nutrientes específicos como tratamento primário. Embora alguns dados indiquem que glutamina, ácidos graxos de cadeia curta, antioxidantes e imunomodulação com ácidos graxos ômega-3 são importantes alternativas terapêuticas no manejo das doenças inflamatórias intestinais, os efeitos benéficos reportados já têm sido traduzido para dentro da prática clínica. A real eficácia desses nutrientes ainda necessita ser avaliada através de triagens prospectivas e randomizadas PMID: 12723376 [PubMed - indexed for MEDLINE]
Glutamina: terapia alternativa com efeitos benéficos no tratamento das doenças inflamatórias intestinais (12). Os objetivos de diferentes formas de terapia nutricional nas doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são: Correção dos distúrbios nutricionais; Modulação da resposta inflamatória, influenciando dessa forma na atividade da doença. A intervenção nutricional pode melhorar os resultados terapêuticos em alguns indivíduos. Entretanto, devido ao custo e complicações de tais terapias, a seleção cuidadosa é necessária. A nutrição enteral é efetiva na indução da remissão clínica da doença em adultos e na promoção do crescimento em crianças. Recentes pesquisas têm focado no uso de nutrientes específicos como tratamento primário. Glutamina Embora alguns dados indiquem que glutamina, ácidos graxos de cadeia curta, antioxidantes e imunomodulação com ácidos graxos ômega-3 são importantes alternativas terapêuticas no manejo das doenças inflamatórias intestinais, os efeitos benéficos reportados já têm sido traduzido para dentro da prática clínica. Nutr Hosp. 2003 Mar-Apr;18(2):57-64. Nutr Hosp. 2003 Mar-Apr;18(2):57-64.
GLUTAMINA A GLUTAMINA é o aminoácido livre mais abundante no tecido muscular. Apresenta importante função anabólica, promovendo o crescimento muscular. Este efeito pode estar associado à sua capacidade de captar água para o meio intracelular, o que estimula a síntese protéica (6). É classificada como um aminoácido semi-essencial ou condicionalmente essencial (7). Mecanismo de Ação GLUTAMINA reduz o dano intestinal na colite ulcerativa (1,5). Esse mecanismo parece estar relacionado com a redução das concentrações de IL-8 e do TNF-alfa nos tecidos colônicos inflamados, promovendo redução da severidade da doença (5). Outro mecanismo propõe que a GLUTAMINA modifique a translocação bacteriana. Segundo estudo realizado em ratos Sprague-Dawley, a translocação bacteriana foi menor em incidência (p < 0.05) e no número de unidades formadoras de colônias (p < 0.05) nos grupos que receberam a suplementação de GLUTAMINA (5). Além desses mecanismos, a GLUTAMINA pode levar a um aumento da síntese de glutationa no intestino, mantendo a integridade da mucosa intestinal através da amenização do estresse oxidativo (7). Posologia 4 a 21 g ao dia (7). Indicação Tratamento coadjuvante da retocolite ulcerativa (7). Efeitos adversos Doses de até 21 g ao dia parecem ser bem toleradas. Efeitos adversos reportados são principalmente gastrintestinais e não são comuns (7). Com a redução da translocação bacteriana/microbiana, ocorre o decréscimo das infecções oportunistas no intestino (7). Contra-indicações Hipersensibilidade à GLUTAMINA (7).
FORMULÁRIO 1 Suplementação de GLUTAMIMA e de outros nutrientes 1. Flaconetes de GLUTAMINA Glutamina Adicionar o conteúdo de um flaconete em 1 copo d água e tomar imediatamente após o preparo, 3 vezes ao dia. 2. Shake hiperprotéico 25 com GLUTAMINA Glutamina Vegesoy isolated 30 g Vegesoy fiber Lecitina de soja Edulcorante qs Aroma qs Adicionar o conteúdo de um sachê em 1 copo d água (250 ml) e tomar imediatamente após o preparo, 1 a 2 vezes ao dia. 3. Cápsulas de Ômega-3 (11) INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Shake hiperprotéico 25 Porção ~ 30 g % VD (*) Valor energético 99 kcal = 415,8 4,95% kj Carboidratos 0,8 0,275% Proteínas 25,1 g 33,5% Gorduras totais 0,167 g 0,3% Gorduras Traço Traço saturadas Colesterol Zero Zero Fibra alimentar 2,8 11,2% Sódio 227 mg 9,4% (*) % de Valores Diários com base em uma dieta de 2000 calorias ou 8400 kj. Associado ao tratamento com sulfassalazina, 4,5 g de óleo de peixe ao dia decrescem o estresse oxidativo em pacientes com colite ulcerativa (8). Nutrition. 2003 Oct;19(10):837-42. Óleo de peixe 1 g - Óleo rico em ácidos graxos Ômega- 3 Tomar 2 cápsulas 2 a 3 vezes ao dia. 600 mg de Florabiotic AB contêm: Lactobacillus acidophilus 50 mg (equivale a 600 milhões de UFC) Bifidobacterium bifidum 50 mg (equivale a 600 milhões de UFC) Frutooligassacarídios 500 mg A terapia com probióticos melhora a qualidade de vida de pacientes com colite ulcerativa com anastomose bolsa-anal ileal (9). 4. Efervescentes de Florabiotic AB Florabiotic AB 600 mg - Lactobacillus acidophilus + Bifidobacterium bifidum + FOS. Efervescente qsp 1 UN - Veículo. Adicionar o conteúdo do sachê em 1 copo d água. Tomar imediatamente após o preparo, em jejum, antes do café-da-manhã.
FORMULÁRIO 2 Manejo convencional 1. Cápsulas de Sulfassalazina + ácido fólico Sulfassalazina 1, - Antiinflamatório intestinal (10). Ácido fólico 1,25 mg - Vitamina do complexo B. Tomar 1 cápsula 2 vezes ao dia (2). 2. Cápsulas de Deflazacort Deflazacort 45 mg - Corticosteróide (10). Tomar 1 cápsula ao dia (2). 3. Cápsulas de Prednisona Prednisona 40 mg - Corticosteróide (10). Tomar 1 cápsula ao dia (2). 4. Cápsulas de Budesonida Budesonida 3 mg - Corticosteróide (10). Tomar 1 cápsula 3 vezes ao dia (2). 5. Cápsulas de Mesalazina (5-ASA) Períodos de atividade da doença (2). Mesalazina 1,2 g - Fração ativa da molécula de sulfassalazina. Antiinflamatório intestinal (10). Tomar 1 cápsula 2 vezes ao dia (2). 6. Cápsulas de Mesalazina (5-ASA) Mesalazina 800 mg a 1000 mg - Fração ativa da molécula de sulfassalazina. Antiinflamatório intestinal (10). Tomar 1 cápsula 2 vezes ao dia (2). 7. Cápsulas de Azatioprina Azatioprina 2 a 2,5 mg/kg -Imunossupressor. Tomar 1 cápsula ao dia (2). Manutenção nas fases de acalmia (2).
Referências Bibliográficas 1. Biondo-Simoes Mde L, Sech M, Corbellini M, Schimarelli G, Veronese C, Ramos L, Collaco LM. [Comparative study of the evolution of inflammatory colitis treated with an elemental diet, glutamine and 5-ASA. An experimental study in rats] Universidade Federal de São Paulo - EPM-UNIFESP. Arq Gastroenterol. 1998 Apr-Jun;35(2):116-25. 2. Prado, F. C; Ramos, J; Valle, J. R. Atualização Terapêutica 2003. 21ª edição. Artes Médicas 3. Márquez, L.R. A Fibra Terapêutica. AP Americana de Publicações. 4. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas. retocolite ulcerativa. Disponível em: http://www.sbn.org.br/portarias/portaria39ii.htm Acesso em: 06/12/2005. 5. Ameho CK, Adjei AA, Harrison EK, Takeshita K, Morioka T, Arakaki Y, Ito E, Suzuki I, Kulkarni AD, Kawajiri A, Yamamoto S. Prophylactic effect of dietary glutamine supplementation on interleukin 8 and tumour necrosis factor alpha production in trinitrobenzene sulphonic acid induced colitis. Department of Nutrition, University of the Ryukyus, Okinawa, Japan. Gut. 1997 Oct;41(4):487-93. 6. Enciclopédia Wikipédia Glutamina. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/glutamina Acesso em: 06/12/2005. 7. PDR Health L-Glutamine. Disponível em: http://www.pdrhealth.com/drug_info/nmdrugprofiles/nutsupdrugs/lgl_0125.shtml Acesso em: 06/12/2005. 8. Barbosa DS, Cecchini R, El Kadri MZ, Rodriguez MA, Burini RC, Dichi I. Decreased oxidative stress in patients with ulcerative colitis supplemented with fish oil omega-3 fatty acids. Laboratory of Biochemistry, Londrina State University, Londrina, Parana, Brazil. Nutrition. 2003 Oct;19(10):837-42. 9. Lammers KM, Vergopoulos A, Babel N, Gionchetti P, Rizzello F, Morselli C, Caramelli E, Fiorentino M, d'errico A, Volk HD, Campieri M. Probiotic therapy in the prevention of pouchitis onset: decreased interleukin-1beta, interleukin- 8, and interferon-gamma gene expression. Policlinico S. Orsola, Department of Internal Medicine and Gastroenterology, University of Bologna, Italy. kmlammers@hotmail.com Inflamm Bowel Dis. 2005 May;11(5):447-54. 10. Korolkovas, A.. Dicionário Terapêutico Guanabara. Edição 2003/2004. Editora Guanabara Koogan. 11. Olszewer, E. Clínica Ortomolecular. Editora Rocca Ltda., 2000. 12. Campos FG, Waitzberg DL, Teixeira MG, Mucerino DR, Kiss DR, Habr-Gama A. Pharmacological nutrition in inflammatory bowel diseases. Department of Gastroenterology, Colorectal Surgery Unit, Hospital das Clinicas, University of Sao Paulo Medical School, Sao Paulo, Brasil. fgcampos@osite.com.br Nutr Hosp. 2003 Mar-Apr;18(2):57-64.
Apoio Farmacotécnico 1. Shake hiperprotéico 25 aroma chocolate Aroma chocolate Cacau em pó 1, 1, Modo de preparo 2. Shake hiperprotéico 25 aroma morango Aroma morango 0,01 3, Modo de preparo 3. Shake hiperprotéico 25 aroma baunilha Aroma baunilha Extrato natural de baunilha 2 g 1 g
Modo de preparo 4. Shake hiperprotéico 25 aroma chocolate e coco Aroma chocolate Aroma coco Cacau em pó 1 g 1 g 1 g Modo de preparo 5. Shake hiperprotéico 25 aroma banana Aroma banana 1 g Modo de preparo
6. Shake hiperprotéico 25 aroma cappuccino Aroma cappuccino 2 g Modo de preparo Lista de Fornecedores Glutamina Cápsulas oleosas de óleo de peixe Deflazacort Prednisolona Budesonida Sulfassalazina Mesalazina Ácido fólico Azatioprina Linha vegesoy aromas SP Farma, Via Farma Elaborado por www.consulfarma.com Direitos Autorais Protegidos pela Lei 9610 de 19 de Fev. de 1998. Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotados na clínica, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários devidamente inscritos em seus C.R.s.