Universidade Paulista UNIP. Curso Superior de Educação Física. Atividade Motora Aplicada à População Especial

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Transcrição:

Universidade Paulista UNIP Curso Superior de Educação Física Atividade Motora Aplicada à População Especial Alex de Carvalho Ferreira RA: A39IDI2 Allan de Souza Silva RA: B6659C8 Danilo Luis Peres RA: B761717 Dayane Reis RA: B647930 Denilson Marques Lourenço RA: B820829 Lucas Resende RA: B613AA0 Matheus Soares Mariano RA: B584JE8 Sueli Leme RA: B84CEG4 Campinas/SP 2016

HIV HIV é a sigla em inglês do "Vírus da Imunodeficiência Humana". Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus altera o DNA destes linfócitos fazendo cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, o HIV rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. COMO SE PEGA O HIV Como o HIV, vírus causador da Aids, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a doença pode ser transmitida de várias formas: Sexo sem camisinha. Por ser vaginal, anal ou oral; De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa; Transfusão de sangue contaminado com o HIV; Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados. Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. AIDS A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado. Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.

TEMPO DE SOBREVIDA DE UM INDIVÍDUO PORTADOR DO HIV Até o começo da década de 1990, a AIDS era considerada uma doença que levava à morte em um prazo relativamente curto. Porém, com o surgimento do coquetel (combinação de medicamentos responsáveis pelo atual tratamento de pacientes HIV positivo) as pessoas infectadas passaram a viver mais. Esse coquetel é capaz de manter a carga viral do sangue baixa, o que diminui os danos causados pelo HIV no organismo e aumenta o tempo de vida da pessoa infectada. O tempo de sobrevida (ou seja, os anos de vida pós-infecção) é indefinido e varia de indivíduo para indivíduo. A PESSOA PODE TER O VÍRUS HIV E NÃO DESENVOLVER NENHUM SINTOMA DA AIDS A doença assintomática é o período entre a infecção e o aparecimento de sinais e sintomas relacionados à AIDS. Este período poderá variar de pessoa para pessoa; poderá ser em média de seis meses a 10 anos, pois o sistema imunológico pode ficar preservado e com contagens normais de linfócitos CD4. É importante lembrar que, mesmo que a pessoa não apresente sintomas, ela estará infectada, podendo assim, transmitir o vírus para outras pessoas. Por isso, sempre que passar por alguma situação de risco, a pessoa deverá procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) para realizar o exame anti-hiv. FATORES QUE CAUSAM RESULTADOS FALSO-POSITIVOS Alguns dos exames existentes no Brasil para diagnosticar a infecção pelo HIV buscam anticorpos anti-hiv nas amostras de sangue. Apesar de sua eficácia, podem apresentar resultados falso-positivos em alguns casos. Por isso, é importante o paciente se submeter a um novo teste. Especialistas de laboratórios identificaram alguns fatores que interferem no resultado dos exames. São eles: Vacina contra influenza A H1N1; Artrite reumatoide; Doenças autoimunes (lupus eritematoso sistêmico, doenças do tecido conectivo e esclerodermia); Infecção viral aguda; Aquisição passiva de anticorpos anti-hiv (de mãe para filho); Tumores malignos; Múltiplas transfusões de sangue; Entre outros.

JANELA IMUNOLÓGICA Janela imunológica é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da AIDS e a produção de anticorpos anti-hiv no sangue. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV e os exames irão detectar a presença dos anticorpos, o que confirmará a infecção pelo vírus. O período de identificação do contágio pelo vírus depende do tipo de exame (quanto à sensibilidade e especificidade) e da reação do organismo do indivíduo. Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada de 30 a 60 dias após a exposição ao HIV. Porém, existem casos em que esse tempo é maior. O teste de 120 dias serve apenas para detectar os casos raros de soroconversão, isto é, quando há mudança no resultado. Se um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. Portanto, é recomendado esperar de 30 a 60 dias e fazer o teste novamente. É importante que, no período de janela imunológica, a pessoa sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe seringas, pois, se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o HIV para outras pessoas. Tipos de exames EXAMES PARA HIV/AIDS Os testes para diagnóstico da infecção por HIV são produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, e realizados gratuitamente nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em outras unidades das redes pública de saúde, incluindo um grande número de maternidades ou pelo Disque Saúde (136). TESTE ELISA É o mais realizado para diagnosticar a doença. Nele, profissionais de laboratório buscam por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Se uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é fornecido para o paciente. Caso seja detectado algum anticorpo anti-hiv no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. São usados como testes confirmatórios, o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o Imunoblot. O Elisa é feito com uma placa de plástico que contém proteínas do HIV absorvidas ou fixadas nas cavidades em que cada amostra de soro ou plasma (que são frações do sangue) será adicionada. Após uma sequência de etapas, em que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura óptica, em um equipamento denominado leitora de Elisa.

TESTE WESTERN BLOT De custo elevado, o Western Blot é confirmatório, ou seja, indicado em casos de resultado positivo no teste Elisa. Nele, os profissionais do laboratório procuram fragmentos do HIV, vírus causador da AIDS. Para a realização do Western Blot, utiliza-se uma tira de nitrocelulose em que serão fixadas proteínas do HIV. O soro ou plasma do paciente é adicionado, ficando em contato com a tira de nitrocelulose. Depois da adição de vários tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura visual, pelo profissional do laboratório. TESTE DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA PARA O HIV-1 Também confirmatório, o teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1 permite detectar os anticorpos anti-hiv. Nele, o soro ou plasma do paciente é adicionado a uma lâmina de vidro que contém células infectadas com o HIV, fixadas nas cavidades. Após uma sequencia de etapas, em que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio da leitura em um microscópio de imunofluorescência. TESTE RÁPIDO Possui esse nome, pois permitem a detecção de anticorpos anti-hiv na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos. Por isso, pode ser realizado no momento da consulta. Os testes rápidos permitem que o paciente, no mesmo momento que faz o teste, tenha conhecimento do resultado e receba o aconselhamento pré e pós-teste. O teste rápido é preferencialmente adotado em populações que moram em locais de difícil acesso, em gestantes que não fizeram o acompanhamento no pré-natal e em situações de acidentes no trabalho. HIV E ATIVIDADE FÍSICA Após o surgimento dos primeiros casos da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), no início da década de 80, acreditou-se por muitos anos que o repouso e a preservação das reservas energéticas, evitando-se a prática de atividades físicas fosse o procedimento mais recomendável para portadores da doença. Isto se justificava em virtude da grande perda de peso observada, levando a crer que a prática de exercícios físicos agravaria o processo de emagrecimento. Com avaliação e acompanhamento médico, a prescrição, por um profissional de Nutrição, de uma dieta que vise a compensar e preparar o organismo para a prática de atividades físicas mais intensas e o planejamento de um programa criterioso de exercícios físicos, por um profissional de Educação Física, o portador de HIV/AIDS só tem a ganhar, não apenas em termos objetivos de melhoria do estado geral de saúde, como também em aspectos subjetivos de qualidade de vida e integração social. Os exercícios físicos indicados para os portadores de HIV/AIDS, de modo geral, são os aeróbicos e de resistência muscular localizada. Por este motivo, a musculação é considerada

a modalidade mais recomendada para os portadores da síndrome, até mesmo pela própria facilidade de monitoramento das condições gerais do praticante. Devem ser associados também exercícios de alongamento e flexibilidade, bem como exercícios que objetivem o incremento do equilíbrio e da percepção e inteligência cinestésicas. Para os soropositivos, o programa de exercícios deve ser sempre individualizado, com metas e limites claramente definidos, associado a um monitoramento constante e igualmente programado programa de monitoramento. Também a observação da relação carga e repouso deve ser extremamente respeitada, pois o portador de HIV/AIDS não pode se sujeitar aos indesejáveis efeitos do sobretreinamento (overtraining). BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA -Ganho de força muscular: A infecção pelo vírus do HIV pode levar à perda de força e resistência muscular, além de afetar as funções neuromusculares, gerando inclusive problemas de perda de equilíbrio, o que pode ser combatido através de um trabalho específico de exercícios físicos. -Aumento da massa magra, gerando ganho de peso pela hipertrofia muscular e melhor proporção estética. -Aumento do Apetite e consequente melhora na digestão. -Melhora nos padrões de sono: O relógio biológico se torna mais regulado. -Melhora na aptidão cardiovascular: A infecção pelo HIV diminui a capacidade aeróbica e gera sensação de fadiga. O ganho de condicionamento físico pode aliviar consideravelmente tais efeitos. -Combate à síndrome da lipodistrofia: mudanças na distribuição de gordura pelo corpo que pode afinar braços e pernas. -Fortalecimento do sistema imunológico: Já é cientificamente comprovado que os exercícios físicos também aumentam o número de linfócitos T ou CD4, o que permite ao sistema imunológico responder melhor às doenças oportunistas que acometem os soropositivos. Em diversos países, inclusive no Brasil, desenvolvem-se cada vez mais políticas públicas e programas de saúde voltados para o estímulo e apoio à prática de exercícios físicos pelos soropositivos. Neste cenário, é essencial o papel do Profissional de Educação Física como único agente de saúde capacitado para a aplicação segura de um programa de treinamento adequado. Portanto, da mesma maneira que a prática de exercícios físicos é importante para qualquer pessoa, como meio de promoção da saúde e da qualidade de vida, o mesmo se aplica aos portadores de HIV/AIDS, constituindo uma importante ferramenta para sua longevidade e suas capacidades biológica, psicológica e social. OBRIGADO