Certificado digitalmente por: RUY CUNHA SOBRINHO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.659.177-0, DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA. RELATOR: DES. RUY CUNHA SOBRINHO APELANTE: ROSANNA CATTALINI ADMINISTRADORA DE BENS S/A APELADO: MUNICÍPIO DE CURITIBA. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ITBI. INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL PELOS SÓCIOS MEDIANTE INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS. CONFUSÃO PATRIMONIAL QUE NÃO PODE SER PRESUMIDA. ART. 156, 2º, I DA CF. RECONHECIMENTO DA IMUNIDADE CONSTITUCIONAL. ILEGALIDADE DO ATO COATOR. Recurso provido. VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 1.659.177-0, do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba- 4ª Vara da Fazenda Pública, em que é Apelante ROSANNA CATTALINI ADMINISTRADORA DE BENS S/A e apelado MUNICÍPIO DE CURITIBA. Rosanna Cattalini Administradora de Bens S/A impetrou mandado de segurança junto ao primeiro grau indicando por coator ato do Diretor do Departamento de Rendas Imobiliárias da Secretaria de Finanças do Município de Curitiba, a fim de determinar ao Município que Página 1 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 2 reconheça a imunidade tributária sobre a integralização do capital social com bens imóveis pertencentes aos sócios. Na petição inicial argumentou que é empresa que administra participações em outras sociedades e que dentre suas atividades não está o aluguel e corretagem de imóveis. Menciona que em 23/07/2012 alterou o contrato social para aumentar o capital social da empresa, integralizando bens imóveis de propriedade dos sócios, além de uma quantia em dinheiro. Que, ao requerer a imunidade do imposto sobre a transmissão de bens imóveis junto ao Município, teve seu pedido indeferido, ao argumento de que a empresa estaria inativa há vários anos, além de que haveria confusão patrimonial entre os bens da empresa impetrante e os da empresa Cattalini Empreendimentos Imobiliários, de propriedade da sócia Rosanna Cattalini. Sustentou que a empresa não estava inativa, apenas não recebeu receitas no período. Requereu a concessão de liminar. Em decisão inicial, o juízo indeferiu a liminar (mov. 13-projudi). Embargos de declaração pela impetrante (mov. 15- projudi), que restaram rejeitados (mov. 17-projudi). Notificada, a autoridade apontada como coatora prestou informações (mov. 34), apontando que a empresa não preenche os requisitos para fazer jus à imunidade; a inexistência de direito líquido e certo; que a prática é utilizada para blindagem patrimonial. O Ministério Público de primeiro grau opinou (mov. 37) pela sua não intervenção no feito. A sentença foi proferida no mov. 40, decidindo o juízo de primeiro grau pela denegação da segurança, argumentando, em apertada síntese, que a pessoa jurídica estava inativa nos últimos dois anos e a incorporação correspondeu a mais de 50% do capital social. Inconformada, a impetrante recorre a este Tribunal (mov. 45) sustentando, em síntese: a impossibilidade de incidência do ITBI na Página 2 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 3 integralização de direitos ao capital social; que o imposto não deve incidir porque o objeto social da empresa não contempla a exploração de venda ou locação de propriedades imobiliárias; que a empresa não estava inativa, apenas não recebeu receitas; que não há confusão patrimonial. Contrarrazões no mov. 58. A Procuradoria-Geral de Justiça se manifestou pelo I. Procurador Adolfo Vaz da Silva Junior, entendendo pelo provimento do recurso (fls. 11/18). É o relatório. VOTO. Discute-se na presente insurgência a possibilidade de reconhecimento da imunidade constitucional em favor da impetrante, empresa de administração de participações em outras sociedades. A imunidade não foi reconhecida em primeiro grau. Consoante relatado, a impetrante requer a reforma da sentença que indeferiu a segurança, ao argumento de que restaram preenchidos os requisitos autorizadores. Tenho que o recurso voluntário merece provimento, como se verá a seguir. Dita o art. 156, II, 2º, I, da Constituição Federal: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; (...) 2º - O imposto previsto no inciso II: Página 3 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 4 I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. A doutrina observa que a legalidade tributária não se conforma com a mera autorização da lei para cobrança de tributos; requerse que a própria lei defina todos os aspectos pertinentes ao fato gerador, necessários à quantificação do tributo devido em cada situação concreta que venha a espelhar a situação hipotética descrita na lei.1 E, ao analisar a situação fática apresentada nos autos, verifica-se que é caso de expressa previsão legislativa. Isso porque, pela redação do citado artigo, verificase que a regra é a incidência do imposto sobre a transmissão de bens. No inciso I do parágrafo 2º há duas exceções, que dizem respeito àqueles bens utilizados para integralização de capital social, bem como daqueles decorrentes de extinção da pessoa jurídica. A imunidade tributária, instituto perseguido pela impetrante, é definida, segundo Paulo de Barros Carvalho, como a classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas no texto da Constituição Federal, e que estabelecem, de modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas. -- 1 AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro, 16ª ed. Saraiva- São Paulo: Saraiva 2010.p. 133. Página 4 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 5 Especificamente quanto à imunidade consagrada no art. 156, 2º, I da Constituição Federal, necessário colacionar um exemplo trazido pela doutrina2, a título de esclarecimento interpretativo: Assim, exemplificando, se uma pessoa ingressar no quadro de sócios de uma pessoa jurídica, (que não tenha por atividade preponderante a exploração comercial de imóveis), e integralizar a sua parcela do capital social com imóveis, não haverá incidência do ITBI, embora se trate de uma transmissão onerosa inter vivos. Como se vê, apesar de o texto constitucional utilizar a expressão não incide, trata-se de uma imunidade tributária. E a hipótese fática dos autos encontra guarida na hipótese citada. Ao analisar os autos, verifica-se que a impetrante alterou o estatuto social em 19/03/2012, possuindo como objeto social a administração de participações em outras sociedades, com vedação expressa a atividades imobiliárias (mov. 1.4-projudi). Na mesma alteração, houve a incorporação de capital social com dinheiro e bens imóveis, dentre eles o imóvel residencial da sócia gerente. Ao requerer a concessão da imunidade administrativamente, o Município de Curitiba negou o benefício por entender que há confusão patrimonial e a tentativa de blindagem dos bens, além de que a empresa estaria inativa. Ocorre que os motivos ensejadores da negativa pelo fisco não devem prevalecer, pois, ao contrário do que decidiu o magistrado a quo, a empresa não está inativa, como pode ser visto nos 2 BONAVIDES, Paulo. MIRANDA, Jorge. AGRA, Walber de Moura. Comentários à Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro: Forense, 2009. P. 1881. -- Página 5 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 6 registros ficais. Trata-se de ausência de receitas no período, o que não justifica a negativa. Passando adiante, não há que se falar também em provas concretas de confusão patrimonial. Isso porque a titular dos bens imóveis integralizados é a sócia gerente da impetrante, além de que a ocupação de imóvel comum de outra empresa administrada pelos mesmos sócios também não é motivo impeditivo da concessão da imunidade, por ausência de previsão legal. Ressalte-se ainda que o raciocínio do dispositivo legal quanto à percentagem de integralização do capital restou desvirtuado pela sentença, já que a integralização de capital não pode ser considerada atividade da empresa para fins do art. 37, 1º do CTN, pois não se trata de receita propriamente dita. Nesse sentido foi o parecer da Procuradoria Geral de Justiça3: E, no caso, desde a sua abertura até a data da impetração do writ, não houve receita capaz de inferir a atividade da empresa, inexistindo, portanto, prática de atividade locatícia, mercantil ou de compra e venda de imóveis, situações motivadoras da incidência do ITBI, não podendo a integralização de bem por sócio ser considerada atividade da empresa para os fins do 1º do art. 37 do CTN, uma vez não se tratar de receita. Ainda, a inatividade da pessoa jurídica não pode ser levada em conta quando do reconhecimento ou não da imunidade, descabendo o fisco emitir presunções contrárias ao interesse da contribuinte somente com base no fato de haver inatividade empresarial. 3 P. 15 Página 6 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 7 Com relação à aplicação do art. 36 do CTN, é importante salientar que não existe conflito deste com a norma constitucional. Não obstante as diferenças de palavras, a norma a rigor é a mesma. 4 Dita o mencionado artigo: Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior: I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos. Pela leitura do artigo, vê-se que a incorporação de bem do sócio ao patrimônio da empresa está sujeito à imunidade. E é o caso dos autos. E, conforme já dito, a empresa não tem previsão de atividades de corretagem prevista em seu contrato social. E não há, por parte do Município, qualquer prova no sentido de que a empresa pratica fraude para blindagem patrimonial. Dessa forma, a aplicação da imunidade constitucional é medida que se impõe. Nesse sentido já julgou o Superior Tribunal de Justiça: TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO ANULATÓRIA DE -- 4 MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao Código Tributário Nacional, São Paulo: Atlas, 2003. P. 337. -- Página 7 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 8 LANÇAMENTOS TRIBUTÁRIOS, REFERENTES AO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS (ITBI). TRANSFERÊNCIA DE BENS PARA INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL DE PESSOA JURÍDICA. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE, À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DO CTN E DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL, BEM COMO DIANTE DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS, AFIRMOU A IMPOSSIBILIDADE DE SE AFASTAR A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, PREVISTA NO ART. 156, 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, POR MOTIVO DE INATIVIDADE DA EMPRESA AUTORA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. I. Agravo interno interposto contra decisão publicada em 29/03/2016, que, por sua vez, julgara recurso interposto contra decisão que inadmitira o Recurso Especial, publicada na vigência do CPC/73. II. No presente caso, em sede de Apelação em Ação Anulatória, à luz da Constituição Federal, do CTN e da legislação tributária municipal, bem como diante do contexto fático-probatório dos autos, o Tribunal de origem deu parcial provimento à Apelação da parte autora, para reformar parcialmente a sentença e julgar procedente, apenas em parte, o pedido inicial, a fim de desconstituir os créditos tributários, relativos ao ITBI, ante o reconhecimento da imunidade tributária, prevista no art. 156, 2º, da Constituição Federal. Nesse contexto, considerando que a Corte de origem, em face das provas dos autos, não reconheceu presente, in casu, a hipótese fática a que se refere o art. 37, 1º, do CTN, afigura-se inadmissível, em Recurso Especial, o exame dos pressupostos fáticos necessários para se afastar a imunidade tributária, prevista no art. Página 8 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 9 156, 2º, da Constituição Federal, em vista do óbice contido na Súmula 7/STJ, que guarda correspondência com a Súmula 279/STF. Precedente do STF: ARE 660.434 AgR/RS, Rel. Ministro JOAQUIM BARBOSA, SEGUNDA TURMA, DJe de 20/03/2012. III. Agravo interno improvido. (AgInt no AREsp 780.620/RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/11/2016, DJe 22/11/2016) Desta 1ª CC: REEXAME NECESSÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - ITBI - INTEGRALIZAÇÃO DE BEM IMÓVEL NO CAPITAL SOCIAL DA EMPRESA - POSSIBILIDADE - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA - ARTIGO 156, 2º, I DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ART. 36, I, DO CTN - OUTORGA UXÓRIA CONFERIDA NO CONTRATO SOCIAL - SEGURANÇA CONCEDIDA - SENTENÇA MANTIDA EM SEDE DE REEXAME NECESSÁRIO. (TJPR - 1ª C.Cível - RN - 1625324-4 - Região Metropolitana de Londrina - Foro Regional de Ibiporã - Rel.: Rubens Oliveira Fontoura - Unânime - - J. 14.02.2017) AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO.MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO QUE INDEFERIU A MEDIDA LIMINAR POSTULADA PELA IMPETRANTE. PLEITO DE RECONHECIMENTO DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA COM FULCRO NO ARTIGO 156, 2º, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (ITBI). IMUNIDADE QUE SOMENTE SE CARACTERIZA QUANDO O IMÓVEL SOBREVÉM AO PATRIMÔNIO DA PESSOA JURÍDICA COMO FORMA DE PAGAMENTO DO CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO PELOS SÓCIOS. NÃO OCORRÊNCIA. BEM ADQUIRIDO DIRETAMENTE PELA PESSOA JURÍDICA DE TERCEIROS Página 9 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 10 ESTRANHOS AO SEU QUADRO SOCIETÁRIO.NEGÓCIO JURÍDICO DE COMPRA E VENDA QUE A PRINCÍPIO CONSTITUI FATO GERADOR DO ITBI. AUSÊNCIA DE RELEVÂNCIA SUFICIENTE NA FUNDAMENTAÇÃO DA IMPETRANTE. MEDIDA LIMINAR QUE, ADEMAIS, PERMITIRIA À IMPETRANTE REGISTRAR O IMÓVEL EM SEU NOME SEM O PAGAMENTO DO IMPOSTO EM DISCUSSÃO.IRREVERSIBILIDADE DA MEDIDA.IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA LIMINAR PLEITEADA. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (TJPR - 1ª C.Cível - AI - 1591097-5 - Curitiba - Rel.: Fabio Andre Santos Muniz - Unânime - - J. 25.10.2016) De minha relatoria: TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.ITBI. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO AFASTADA. EMPRESA RECÉM CRIADA.POSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DA ATIVIDADE PREPONDERANTE NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS DE ATIVIDADE DA EMPRESA, NOS TERMOS DO ART. 37, 3º DO CTN. INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL PELOS SÓCIOS MEDIANTE INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS. ART. 156, II, 2º, CF. RECONHECIMENTO DA IMUNIDADE CONSTITUCIONAL. ILEGALIDADE DO ATO COATOR Recurso não provido. Sentença mantida em sede de reexame necessário. (TJPR - 1ª C.Cível - ACR - 1611571-4 - Curitiba - Unânime - - J. 07.02.2017) Sendo assim, o recurso voluntário comporta provimento, razão pela qual a sentença deve ser reformada. Página 10 de 11
1ª CCív. / TJPR Apelação Cível nº 1.659.177-0 fl. 11 DECISÃO Diante do exposto, acordam os integrantes da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em dar provimento ao recurso voluntário, para o fim de conceder a segurança almejada. Participaram do julgamento os Juízes Substitutos em Segundo Grau FERNANDO CESAR ZENI e EVERTON LUIZ PENTER CORREA. A sessão foi Presidida pelo Desembargador SALVATORE ANTONIO ASTUTI. Curitiba, 09 de maio de 2017. Des. Ruy Cunha Sobrinho Relator Página 11 de 11