PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE EXTENSÃO PIBEX 2013-2014 ANEXO 02 MODELO DE PROJETO DE EXTENSÃO



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Transcrição:

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE EXTENSÃO PIBEX 2013-2014 ANEXO 02 MODELO DE PROJETO DE EXTENSÃO Título: Adoçando a vida: ampliando a assistência ao paciente diabético Colegiado/Setor Proponente: Colegiado de Medicina Coordenador: Prof. David Fernando de Morais Neri Equipe Nome Unidade Categoria Profissional Função no Projeto Heloísa Stefanin Vieira Discente de Medicina UNIVASF Jeanne Aiko de Souza Nakagawa Discente de Medicina UNIVASF Lana Loibman Discente de Medicina UNIVASF Nathalia Vendas Tomé Rolinho Discente de Medicina UNIVASF Eugamma Coelho da Silva Discente de Enfermagem UNIVASF Área temática: Saúde Linha de Extensão: Saúde Humana Estudante Voluntário Estudante Voluntário Estudante Voluntário Estudante Bolsista Estudante Voluntário Apresentação: Fundamentação Teórica O diabetes mellitus (DM) é um distúrbio crônico do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas caracterizado pelo quadro de hiperglicemia de jejum ou níveis plasmáticos de glicose acima de certos limites durante teste de tolerância á glicose. Consiste na resposta secretória defeituosa ou deficiente da insulina, que se manifesta pela utilização inadequada dos carboidratos (glicose). Apresenta sintomas gerais como poliúria, polidipsia, perda de peso, polifagia e visão turva (CECIL, 2010). A doença pode apresentar duas classificações que se diferenciam quanto a sua causa, evolução clínica e tratamento. DM tipo I, segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) indica a destruição das células beta que eventualmente leva a um estado de deficiência absoluta de insulina. Uma característica marcante é que têm

tendência à cetose e, obrigatoriamente requer insulina como tratamento. DM tipo II, que de acordo com FREITAS (2006), é responsável por 90% dos casos, habitualmente surge após os 40 anos de idade, apresentando graus variáveis de deficiência e resistência à ação da insulina. A resistência pode proceder ao aparecimento da deficiência insulínica que se acentua com a evolução da doença. Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não- cetótica é a sua complicação aguda clássica. O tratamento medicamentoso inicial é feito com hipoglicemiantes orais. Entretanto, pelo menos 30 % futuramente requererão insulinoterapia para obter um adequado controle glicêmico. Comumente, vêm associados à síndrome metabólica que se caracteriza pelo agrupamento de condições que implicam risco cardiovascular aumentado como obesidade central, hipertensão, dislipidemia e resistência insulínica. O DM representa um dos mais sérios problemas de saúde da atualidade, tanto em termos do número de pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade prematura, como dos custos envolvidos no seu controle e no tratamento de suas complicações. Estima-se que haja 246 milhões de pessoas com diabetes. Até 2025, esse número deve chegar a 380 milhões, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde. Esse expressivo aumento na prevalência do DM deve-se ao envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade (BRASIL, 2006). Em consequência das complicações crônicas micro e macrovasculares, os diabéticos apresentam, em comparação à população não diabética, uma elevada morbidade (risco aumentado para perda de visão, insuficiência renal em estágio terminal, amputação não traumática dos membros inferiores, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros) e uma mortalidade duas a quatro vezes maior. Essa evolução indesejada do DM poderia ser amenizada ou parcialmente evitada pelo diagnóstico, intervenções no estilo de vida e tratamento precoce da doença e de suas complicações. As intervenções no estilo de vida compreendem aconselhamento nutricional, orientação sobre atividades físicas e amplo programa de educação de pacientes e cuidadores, particularmente em caso de idosos. Devendo haver nesse processo o engajamento de uma equipe multidisciplinar (FREITAS, 2006). Justificativa: O Brasil, até 2025, deverá passar do oitavo para o quarto lugar no ranking mundial de pessoas maiores de 18 anos com diabetes. O número de brasileiros, nessa faixa etária, que vivem com a doença chegarão a 17,6 milhões quase 2,5 vezes mais que os atuais 7,3 milhões de adultos. O aumento significa cerca de 650 mil novos casos por ano, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde. Segundo relatórios do Hiperdia extraídos do Datasus, o município de Petrolina contém cadastrados do período de janeiro de 1999 a outubro de 2012, 837 pessoas cadastradas com DM, sendo 199 do tipo I e 638 do tipo II, prevalecendo mulheres acometidas. De janeiro a outubro de 2012, foram cadastrados

mais 86 novos casos de diabetes no programa Hiperdia. Para controle da doença, a promoção e a prevenção à saúde, há a necessidade de uma atuação direta com a coletividade, visando o autocuidado, principalmente através da educação em diabetes que, apesar de amplamente recomendada, ainda é incipiente na América Latina (GAGLIARDINO,2002). Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são portadores da doença, algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de complicações (BRASIL, 2006). De acordo com Brasileiro Filho (2000), a detecção e instrução terapêutica precoce reduzem a morbidade e a mortalidade, inclusive com repercussões positivas na redução dos custos com a doença. Para qualificar o cuidado ao paciente diabético, há necessidade de buscar estratégias efetivas mediante uma abordagem integral, envolvendo os elementos fisiopatológicos, psicossociais, educacionais e de reorganização da atenção à saúde. As estratégias educacionais devem atender os aspectos emocionais e sociais, isto é, o sistema de valores e crenças que orientam as atitudes e ações dessas pessoas e suas famílias (fonte de apoio emocional) em relação à própria saúde. O processo educativo deve resgatar as experiências e os conhecimentos que o diabético já possui, colaborando na construção de seu próprio conhecimento, aliado aos realizadores do projeto. O projeto em questão tem como propósito orientar à comunidade da microárea em estudo, proporcionando um aprendizado qualificado ao cuidado do paciente diabético a fim de esclarecer a importância da adesão ao tratamento, dando ênfase no tratamento não farmacológico, bem como distinguir os sinais, sintomas e diagnóstico desta patologia, partindo do pressuposto de que a falta de conhecimento e orientações dificulta a adesão ao tratamento. Dessa forma, espera-se ajudar os portadores de diabetes a diminuir as prováveis ocorrências provindas da patologia, como também a aumentar a adesão ao programa Hiperdia das UBS, resgatando a qualidade de vida desses pacientes e aumentando o conhecimento da comunidade a respeito da doença por meio do ensino nas escolas. A abordagem nas escolas também se justifica pelo fato de que o diabetes tipo 1, típico da infância e adolescência, está crescendo mundialmente cerca de 3% ao ano nessa faixa de idade, notadamente na fase pré-escolar, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF) (BRASIL, 2008) e o diabetes tipo 2, antes tido como uma doença de adulto, vem crescendo em crianças e adolescentes, como consequência da epidemia mundial de sedentarismo, obesidade e maus hábitos de consumo alimentar (BRASIL, 2008). Quanto aos realizadores do projeto, discentes e docentes, a pesquisa ajudará a enriquecer nossos conhecimentos quanto acadêmicos da área de saúde, fortificando o nosso preparo para a vida profissional e nos proporcionando conhecimento a cerca dos problemas da região quanto à Diabetes. Espera-se também que a qualidade de vida dos participantes do projeto (pessoas das localidades) melhore ao colocar em prática os ensinamentos do curso, possibilitando, talvez, a redução de complicações diabéticas atendidas pela rede de saúde do município de Petrolina.

Objetivos: -Geral: Disseminar informações esclarecedoras a respeito do DM 1 e 2 na comunidade( etiologia;sintomas, sinais,diagnóstico, tratamento farmacológico e não farmacológico); Promover a participação dos portadores da doença e seus familiares no tratamento do diabetes, estimulando o desenvolvimento do processo grupal e buscando possibilitar-lhes assumir o papel de sujeitos de sua história; Conduzir os portadores de diabetes à reflexão e elaboração das implicações afetivo-emocionais da doença, à construção da identidade individual e coletiva de portador de diabetes, ao desenvolvimento de estratégias de vivências plenas da afetividade e ao estabelecimento dos vínculos grupais, o que acarreta maior adesão ao tratamento e integração grupal; Trabalhar os fenômenos grupais a fim de alcançar o fortalecimento do grupo, o reconhecimento dos próprios membros enquanto parte deste e implicá-los na mobilização pela busca de melhorias no atendimento oferecido pelos órgãos públicos aos portadores de diabetes da cidade. -Específicos: Discutir a temática junto aos pacientes da UBS; Esclarecer, aos envolvidos, sobre a doença, sinais, sintomas e tratamento; Proporcionar troca de experiências entre os participantes do grupo, contribuindo no tratamento da doença, na prevenção de agravos e na promoção da saúde; Perceber a importância do apoio familiar no tratamento e controle do diabetes, como também no suporte emocional; Orientar sobre a socialização dos direitos sociais, particularmente o direito à saúde, implicando a disponibilização pelo SUS da insulina, seringas, fitas para controle da glicemia e agulhas adequadas; Compreender os limites no atendimento ao usuário por parte da rede de serviços públicos do município. Metas: Avaliar o conhecimento dos estudantes das instituições de ensino selecionadas a respeito da diabetes mellitus; Promover maior esclarecimento a cerca da doença na comunidade a fim de diminuir sua incidência nas microáreas envolvidas no projeto Minimizar os riscos das complicações relacionadas á enfermidade, através do esclarecimento da doença e formas de tratamento; Relatar as maiores dificuldades encontradas pelos pacientes diabéticos na adesão ao tratamento e as limitações do serviço de saúde que acabam por dificultar o auxílio aos mesmos.

Auxiliar na elaboração de propostas que possam diminuir as limitações do serviço em relação aos portadores dessa síndrome metabólica. Promover uma maior interação entre cuidadores e pacientes. Resultados Esperados: Envolver os familiares e os portadores de diabetes, elucidando-os quanto à relevância dessa patologia devido aos danos ao individuo e prejuízos à qualidade de vida promovidos pelo seu agravamento, por meio dos escolares participantes do projeto. Obter melhoras na assistência integral aos pacientes diabéticos. Publicar um artigo sobre a ação desenvolvida neste projeto. Metodologia: A pesquisa será estruturada a partir de estudo analítico-descritivo, com abordagem qualitativa. A opção pelo estudo qualitativo parte da compreensão de que ele trabalha com o universo de significados, motivações, aspirações, crenças, valores, atitudes dos atores, o que corresponde a um espaço mais profundo de relações e dos fenômenos que não podem ser traduzidos à operacionalização de variáveis definidoras dos estudos quantitativos (MINAYO, 1994). A metodologia utilizada foi a problematizadora, com referencial teórico de Paulo Freire, em que o indivíduo é responsável não só por desvelar a realidade, mas, também, por transformar esta realidade, pela ação prática sobre ela. (FREIRE, 1980 e 1987). O projeto pode ser subdividido em três etapas a serem especificadas a seguir, variando em sua abordagem, público-alvo e local de atuação. A primeira etapa ocorrerá nas escolas públicas de nível fundamental situadas nas proximidades das UBS (ao total de 3, abarcando os bairros da Areia Branca, Centro e Vila Eduardo). O trabalho será realizado com duas turmas de cada escola, do 7º ano, selecionadas em conjunto com a direção das escolas. A seleção dessa classe deve-se à faixa etária ter maior maturidade para compreensão e fixação do tema a ser abordado (Diabetes melitus). Serão aplicados em um primeiro momento questionários semi-estruturados para nos nortear dos conhecimentos que eles possuem. O questionário (ANEXO I) contemplará as seguintes informações: conhecimento prévio sobre diabetes quanto à sua etiologia; quadro clínico; fatores de risco; tratamento farmacológico e não farmacológico, em um total de dez questões objetivas. Em um segundo momento ocorrerá uma palestra educativa e em seguida uma dinâmica como ferramenta de fixação do conteúdo exposto e também para avaliarmos o conhecimento adquirido pelos alunos das unidades. A segunda etapa ocorrerá nas Unidades Básicas de Saúde (UBS s). Cada uma será contemplada com três

encontros. O público-alvo da intervenção será selecionado do cadastro dos participantes do Hiperdia de cada UBS. Assim, será possível durante as nossas atividades realizar uma tabela com dados qualitativos e quantitativos dessas regiões, como faixa etária e sexo dominantes e a divisão em DM tipo 1 e tipo 2. As atividades serão círculos de discussão em sala comunitária de fácil acesso. No primeiro encontro, será realizada uma dinâmica de apresentação para eliminar as tensões e proporcionar um ambiente de cordialidade e atenção mútua. Posteriormente, serão abordadas informações essenciais sobre a doença, como características, dieta, estilo de vida, cuidados gerais com a insulinoterapia e o uso dos hipoglicemiantes orais. Para essa abordagem será usado cartaz ilustrativo, com escritos e figuras para elucidar a discussão. No segundo encontro, o tema abordado será à vivência com a doença. Os portadores e seus cuidadores serão convidados a relatar suas experiências de vida, sentimentos gerados no momento da descoberta e adaptação ao tratamento, bem como as principais dificuldades diárias encontradas pelos pacientes e seus cuidadores no controle da diabetes. Durante os encontros, os acadêmicos estarão abertos a questionamentos acerca dos temas levantados pelos próprios participantes. A avaliação dos encontros será baseada nesses questionamentos e na participação dos convidados. No terceiro encontro será realizada uma festa de confraternização entre os participantes do projeto, reafirmando, acima de tudo, a responsabilidade que têm com uma alimentação saudável e de qualidade. Na terceira etapa a equipe de acadêmicos organizará um evento social voltado para a campanha de prevenção à diabetes, voltada à população de um dos bairros envolvidos, previamente escolhido, não somente aos participantes do Hiperdia que já vinham participando do projeto, possibilitando a transmissão de informações através de palestras e debates multidisciplinares, exames complementares (medidas do índice glicêmico, aferição da pressão arterial) e ênfase na prevenção da doença, realizando uma atividade de promoção de saúde. Ao final, os dados serão organizados, tabulados e apresentados sobre a forma de percentuais descritivos simples. Serão utilizados recursos dos programas Microsoft Word e Excel for Windows 2007. A análise dos dados será realizada a partir de estudos recorridos na literatura científica sobre as temáticas. Referência Bibliográfica: BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO BÁSICA. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica\ Ministério da Saúde. Secretária de Atenção Básica à Saúde. Caderno de Atenção Básica n 16 serie A: Normas e Manuais Tecnicos. Departamento de Atenção Básica Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL.Ministério da Saúde. Dia Mundial do Diabetes. 2008. Disponível em: www.saude.gov.br BRASIL.Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização 2008. Disponível em:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=1457 BRASILEIRO FILHO,Geraldo. Patologia.6ª edição - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. CECIL- Tratado de Medicina Interna- 23ª Edição, ano 2010. DATASUS. Sistema de Informação de Atenção Básica-Situação de Saúde-Pernambuco. Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br. FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática de libertação - uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Moraes, 1980. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido.17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987 FREITAS, Elizabete Viana de., et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 2ª edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. GAGLIARDINO, J. J. et al. Avaliação da qualidade da assistência ao paciente diabético na América Latina. Diabetes Clínica, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 46-54, 2002. MINAYO,M.C.de S O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.3 ed.são Paulo:Hucitec/Abrasco, 1994. Público-Alvo: Diabéticos cadastradados nas UBS, cuidadores dos pacientes diabéticos, escolares do 7º ano do ensino fundamental e comunidade das microáreas envolvidas. Nº de Pessoas Beneficiadas 250 Cronograma de Execução Evento Período Observações Levantamento Bibliográfico Janeiro à Março /2013 Revisão de literatura sobre a temática, elaboração dos matérias a serem utilizados nas escolas(slides/dinâmica) e Período de coleta de dados:atividades educativas nas escolas Período de Coleta de dados: Atividades na UBS na UBS(dinâmica ). Abril e Maio de 2013 Aplicação de questionário e palestra informativa. Julho e Agosto de 2013 Tabulação dos dados Setembro de 2013 Dinâmica de grupo, palestra informativa,relatos de experiências dos portadores da doença e familiares e confraternização. Evento na Comunidade Outubro de 2013 Promoção da prevenção do diabetes(palestras e exames complementares) Análise dos dados Novembro de 2013 Elaboração do Relatório Final e construção de artigo para publicação Dezembro de 2013

Acompanhamento e Avaliação Indicadores: Estimativa de representatividade perante o total de pessoas diabéticas na comunidade. Controle do número de participantes da ação. Dados coletados através dos questionários aplicados. Relatórios elaborados a partir das ações em grupo. Sistemática: Ao fim de cada ação, os integrantes do projeto se encontrarão em reuniões agendadas para analisar e relatar os fatos transcorridos. Após a aplicação dos questionários, os envolvidos tabularão os dados, afim de melhor verificar a realidade dos locais de intervenções. Confecção semestral de relatórios das atividades desenvolvidas durante o projeto para avaliação das ações descritas, que será entregue à Pró-Reitoria de Extensão -PROEX ao final das atividades. Custeio Bolsa de Extensão Proposta Orçamentária Rubrica Justificativas Valor (R$) Empenho na organização dos eventos relacionados ao projeto; R$ 400,00/ mês Material de Consumo 600 Fotocópias do questionários R$ 200,00 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica 08 Cartolinas (a serem fixadas na UBS), 08 pincéis atômicos R$20,00 Total R$ 5.020,00 Co-Financiamento (Informe se o Projeto terá outro financiamento além do PIBEX 2013/2014) Agências de Fomento Outros Quais: Quais: Coordenador do Projeto (assinar e datar) Coordenador do Colegiado/Setor (assinar e datar)

Questionário Semi-estruturado sobre o Diabetes Mellitus ANEXO I 1. O que Diabetes? a) É uma doença em que ocorre aumento da glicemia. b) É uma doença causada por bactéria. c) É uma doença causada por vírus. d) É uma doença do fígado. 2. Quais os sintomas de um paciente diabético? a) Sede intensa, tosse, perda de peso, visão embaçada. b) Sede diminuída, ganho de peso, o paciente urina com mais frequência, queda de cabelo. c) Sede intensa, perda de peso, visão embaçada, o paciente urina com mais frequência, aumento do apetite. d) Manchas avermelhadas na pele com perda da sensibilidade, sede intensa, aumento do apetite. 3. O que contribui para o aparecimento do diabetes tipo II? a) Ingestão de frutas, verduras, carnes, falta de exercícios físicos, beber muita água. b) Praticar exercícios físicos, ingestão de frituras e muitos doces, exposição ao sol. c) Falta de exercícios físicos, exposição ao sol, beber muita água. d) Falta de exercícios físicos, ingestão de alimentos gordurosos e muito calóricos e obesidade. 4. Quais mudanças de hábitos de vida contribuem para o controle do diabetes tipo II? a) Praticar exercícios físicos, diminuir a ingestão de alimentos gordurosos e muito calóricos, ingerir mais frutas, legumes e verduras, tratamento da obesidade. b) Ingerir legumes e verduras, ficar exposto ao sol matinal, praticar exercícios físicos. c) Tomar antibióticos. d) Ficar em repouso, ingerir bastante líquido, tomar dipirona em caso de febre. 5. Caso o paciente suspeite ter diabetes, o que ele deve fazer? a) Apenas mudar os hábitos de vida, sem precisar ir à unidade básica de saúde (UBS) consultar o médico. b) Ir à UBS para consulta com o médico e equipe multidisciplinar para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. c) Apenas procurar ajuda de psicóloga para mudar os hábitos de vida. d) Ir ao Hospital de Traumas. 6. Como confirmar que uma pessoa tem diabetes? a) Realizar uma radiografia(raio x). b) Exame de sangue para medir a glicemia. c) Fazer teste de sensibilidade cutânea. d) Eletrocardiograma. 7. Se não fizer o tratamento adequado, o que pode vir a acontecer com o paciente diabético? a) Nada, o diabetes não tratado não causa nenhum problema ao paciente. b) Perda de visão, insuficiência renal, amputação não traumática dos membros inferiores, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. c) Risco aumentado para perda de visão, insuficiência renal em estágio terminal, muita tosse, queimação no estômago, escorrimento nasal.

d) Pode levar a cegueira e amputação dos membros, mas não causa problemas do coração. 8. Como a família pode ajudar o paciente diabético? a) Suporte emocional, auxílio e supervisão da adesão ao tratamento e mudança de hábitos de vida, suporte na reeducação alimentar. b) Lembrar ao paciente a todo tempo da sua doença e discriminá-lo por isso. c) Proibi-lo de comer qualquer alimento com açúcar. d) Comer doces na frente do paciente diabético para ajuda-lo a ter força de vontade em continuar o tratamento. 9. O que você achou desse questionário? a) Gostei, porém achei as perguntas muito difíceis. b) Gostei e as perguntas foram fáceis de responder. c) Não gostei porque não sabia responder. 10. Você acha que a palestra feita pelos estudantes da UNIVASF lhe ajudou a entender mais sobre a Diabetes Mellitus? a) Sim b) Não