13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1. Perfil epidemiológico da sífilis gestacional em residentes de Ponta Grossa, 2010 a 2014

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Transcrição:

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Perfil epidemiológico da sífilis gestacional em residentes de Ponta Grossa, 2010 a 2014 A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, causada pelo Treponema pallidum, podendo ser transmitida para o feto por transmissão vertical. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil epidemiológico das gestantes com sífilis residentes em Ponta Grossa e a distribuição dos casos por Região de Saúde. Consiste num estudo epidemiológico, quantitativo, de corte transversal, com casos notificados de sífilis em gestante, residentes no município de Ponta Grossa - PR no período de 2010 a 2014. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. As variáveis selecionadas foram: faixa etária, raça cor da mãe, escolaridade da mãe, trimestre da gestação, classificação clínica, logradouro, bairro de residência, tratamento do parceiros e o motivo do não tratamento do parceiro. A amostra total foi composta por 105 casos notificados. A incidência de sífilis na gestação ainda é grande, mesmo com a ampliação do Programa Saúde da Família e com a Rede Mãe Paranaense, que intensificam o atendimento as gestantes. Thaís Carneiro Moroz (thaismoroz@hotmail.com) Paola De Paula (pa.oladepaula@hotmail.com) Caroliny Stocco (carolinystocco@hotmail.com) Regina Aparecida Rodrigues (reginadas@hotmail.com) Elaine Cristina Antunes Rinaldi (ecrisrinaldi@yahoo.com.br) PALAVRAS-CHAVE Gestação. Sífilis. Epidemiologia. Introdução A sífilis é uma infecção causada pelo Treponema pallidum, de transmissão sexual (sífilis adquirida), transmissão vertical, que se dá através da placenta (sífilis congênita), transmissão indireta (objetos contaminados) e por transfusão sanguínea. A sífilis é uma doença de fácil controle devido aos métodos diagnósticos existentes hoje, que apresentam alta sensibilidade e eficiência, além do baixo custo (DAMASCENO, et al, 2014). A transmissão vertical pode ocorrer em qualquer momento da gestação e pode gerar consequências graves como óbito perinatal, parto prematuro, hidrópsia fetal, anomalias congênitas e outras sequelas, porém, é a partir da 20ª semana que ocorrem as consequências mais graves (DAMASCENO, et al, 2014). Para a redução dos índices da sífilis congênita, é recomendada a realização de dois testes sorológicos (VDRL) durante a gravidez, sendo que o primeiro deve ser realizado no

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 inicio do acompanhamento do pré-natal, geralmente realizado com os exames de rotina para gestantes, e o segundo no terceiro trimestre da gestação, mesmo que o primeiro seja não reagente, pois a doença pode estar na sua forma latente. Também é recomendado um terceiro teste na maternidade no momento de admissão para o parto. Em caso de soro reagente o tratamento deve ser realizado por completo a fim de evitar a transmissão (RODRIGUES, et al, 2004). Hoje a sífilis na gestação é uma doença de notificação compulsória devido a sua elevada taxa de prevalência e de transmissão vertical, que varia de 30% a 100% sem o tratamento adequado (SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES-SP, 2008). A vigilância epidemiológica tem o objetivo de controlar, acompanhar e avaliar a transmissão vertical e o comportamento da infecção nas gestantes, para então planejar as medidas de tratamento, prevenção e controle (SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES-SP, 2008). Objetivos O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico das gestantes com sífilis residentes no município de Ponta Grossa, entre os anos de 2010 a 2014, e também a distribuição dos casos por Região de Saúde do município. Referencial teórico-metodológico Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, de corte transversal, com casos notificados de sífilis em gestante, residentes no município de Ponta Grossa - PR no período de 2010 a 2014. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN Net), quantificados e tabulados no Excel. As variáveis selecionadas foram: logradouro, bairro de residência, faixa etária, raça cor da mãe e escolaridade da mãe, trimestre da gestação, classificação clínica, tratamento do parceiro e motivo do não tratamento do parceiro. Essa pesquisa foi realizada dentro do projeto de extensão intitulado Acesso aos serviços de pré-natal e puericultura na Rede Mãe Paranaense em Ponta Grossa PR e fatores associados: contribuições do PET Redes de Atenção à Saúde. Resultados

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 A amostra total foi composta por 105 casos notificados. Através dos dados analisados, podemos verificar, conforme a tabela 1, que a proporção de sífilis na faixa etária de 20 à 29 anos é a mais alta com 49,52%, seguida da faixa etária de 15 a 19 anos com 28,57%. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, a sífilis é uma doença cujas taxas de prevalência variam de acordo com a época, região e perfil populacional. Comparando com estudos realizados em gestantes vinculadas ao Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis, o resultado das variáveis são diferentes dos resultados do município de Ponta Grossa, no estudo realizado pela Secretária Municipal de Saúde de Minas Gerais em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, a incidência de sífilis foi maior entre adolescentes de 14 anos, por exemplo (RODRIGUES, et al, 2004). A proporção de sífilis em relação a idade pode ser relacionada com a falta de ações em torno do planejamento familiar (RODRIGUES, et al, 2004). Podemos notar também que a maior parte dos casos notificados de sífilis na gestação ocorrem durante o segundo trimestre da gestação, isso demonstra que o acompanhamento e a captação precoce da gestante não está ocorrendo de forma adequada. Em relação a raça cor da mãe, 76,19% são mães brancas enquanto 20% são pardas. Conforme outras variáveis analisadas percebe-se que 84,76% dos casos foram classificados como sífilis primaria. Quanto ao nível de escolaridade da mãe, 39,05% da proporção de sífilis são em mães que tem o nível de escolaridade entre 5ª a 8ª série incompleta do Ensino Fundamental, enquanto 20,95% são em mães com o Ensino Médio incompleto. Também nota-se que em 50,48% dos casos de sífilis o parceiro não é tratado, e 22,86% relatam que o motivo do não tratamento do parceiro é o fato de não ter mais contato com a gestante. Estudos apontam que é necessária a notificação obrigatória dos parceiros contaminados, porém, a maneira mais eficaz para a reduzir a incidência da sífilis é a utilização de preservativo (RODRIGUES, et al, 2004). Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia é necessário intensificar ações de prevenção a sífilis, sendo assim, é necessário que ocorra identificação precoce das gestantes, o acesso aos serviços de acompanhamento ao pré-natal, com a realização de um número adequado de consultas, e programas que disseminem informações sobre o papel protetivo dos preservativos. Estas variáveis nos mostram que a sífilis não é detectada logo no começo da gestação, e isso pode ser devido a falta de testes diagnósticos no momento do pré-natal. Além de que o não tratamento do parceiro pode contribuir muito para a transmissão da doença.

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 Já em relação às Regiões de Saúde de Ponta Grossa, conclui-se que a Região Santa Paula teve maior proporção de sífilis com 20%, seguida da Região de Nova Rússia com 19,05%. Pode-se deduzir que as ações desenvolvidas pela rede de saúde nessas regiões não estão sendo suficientes, e também, é necessário estar atento aos índices socioeconômicos dessas Regiões, pois, como afirma Rodrigues, et al., 2004, esses fatores influenciam nas altas taxas de sífilis. e tratamento. Tabela 1: Casos de sífilis gestacional segundo a faixa etária da mãe, trimestre da gestação, classificação VARIÁVEIS Idade da mãe PRINCIPAIS FREQUÊNCIAS 15 a 19 anos 28,57% 20 a 24 anos 49,52% Trimestre da gestação Classificação clínica Tratamento do parceiro Motivo do não tratamento do parceiro 2º trimestre 54,29% 1º trimestre 22,86% 3º trimestre 22,86% Primária 84,76% Latente 10,48% Não 50,48% Sim 48,57% Parceiro não teve mais contato com a gestante 22,86% Parceiro com sorologia reagente 12,38% Raça cor mãe Branca 76,19% Parda 20% Escolaridade da 5ª a 8ª série 39,05% Ensino médio 20,95% mãe incompleta do EF incompleto Fonte: Secretaria Municipal de Saúde. Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN Net). 2010 a 2014. REGIÃO DE SAÚDE Tabela 2: Casos de sífilis gestacional de acordo com as Regiões de Saúde 2010 2011 2012 2013 2014 Total N % Nova Rússia 2 4 2 6 6 20 19,05% Uvaranas I 2 0 4 7 4 17 16,19%

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 Uvaranas II 1 1 2 8 7 19 18,10% Oficinas 0 0 1 5 5 11 10,48% Santa Paula 2 2 2 7 8 21 20% Esplanada 1 1 2 8 5 17 16,19% Fonte: Secretaria Municipal de Saúde. Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN Net). 2010 a 2014. Considerações Finais Conclui-se que a incidência de sífilis na gestação ainda é grande, mesmo com a ampliação do Programa Saúde da Família e com a Rede Mãe Paranaense, que estabelece a intensificação do atendimento as gestantes. Nota-se a importância das medidas de prevenção como o uso do preservativo e diagnóstico, visto que a triagem e detecção precoce da sífilis são fundamentais para o tratamento, também a diminuição do numero de parceiros, juntamente com o tratamento adequado tanto nas mulheres quanto nos parceiros é fundamental, além da ampliação do conhecimento da população sobre o processo saúde-doença. Referências DAMASCENO, B.A.; MONTEIRO, L.M.D.; RODRIGUES, L.B.; BARMPAS, D.B.S.; CERQUEIRA, L.R.P.; TRAJANO, A.J.B. Sífilis na gravidez. Revista HUPE. Rio de Janeiro. 2014. GOUVEIA, A.I.; COSTA, J.B. Sífilis na gravidez. Revista SPDV. 2013 MATIDA, L.H.; GIANNA, M.C. Enfrentamento Desigual da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis. Boletim Epidemiológico Paulista, volume 3, 2006. RODRIGUES, C.S.; GUIMARÃES, M., D., C. Positividade para sífilis em puérperas: ainda um desafio para o Brasil. Revista Panam Salud Publica, 2004. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES-SP. Sífilis congênita e sífilis na gestação. Revista Saúde Pública, 768-72, 2008. SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOGIA. Sífilis: Aumento na incidência da doença preocupa especialistas. Disponível em: http://www.infectologia.org.br/sifilis-aumento-naincidencia-da-doenca-preocupa-especialistas/ Acesso em: 24 de Jun de 2015.