ITCMD Imposto sobre transmissão causa mortis e doações. Rubens Kindlmann

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CAPÍTULO. Competência Tributária. Competência Tributária Comum

Transcrição:

ITCMD Imposto sobre transmissão causa mortis e doações Rubens Kindlmann

Introdução Nas constituições anteriores, os Estados tinham a competência para instituir impostos sobre a transmissão de bens imóveis e direitos reais sobre imóveis, a qualquer título. Mas a CF/88 inovou, autorizando aos estados a competência para tributar apenas a transmissão causa mortis e a doação de quaisquer bens ou direitos.

O imposto no CTN O CTN é limitado a tratar do imposto sobre a transmissão a qualquer título (inclusive o causa mortis) de bens imóveis e de direitos reais, mas deixa de disciplinar especificamente o imposto cuja transmissão seja a causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos. (Art. 35 a 42 do CTN) Não houve nenhuma outra lei complementar sobre o tema, fazendo com que Estados e DF exerçam a competência legislativa plena em relação aos bens móveis e intangíveis. (art. 24, 3º e 4º da CF)

A transmissão, neste caso, é sinônimo de sucessão. E Sendo a transmissão causa mortis tem-se um FG específico: a sucessão por morte Transmissão causa mortis O art. 1074 do CC: Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários Morte Presumida: Súmula 331, STF: É legítima a incidência do Imposto de Transmissão Causa Mortis no inventário por morte presumida.

Súmula 112, STF. O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão Transmissão causa mortis TRIBUTÁRIO. IMPOSTO CAUSA MORTIS. FATO GERADOR. ART. 106 DO CTN. INAPLICABILIDADE. LEI ESTADUAL Nº 10.705/00. IRRETROATIVIDADE. 1. O fato gerador do imposto causa mortis dá-se com a transmissão da propriedade ou de quaisquer bens e direitos e ocorre no momento do óbito. Aplicação da lei vigente à época da sucessão. 2. Afasta-se a aplicação do artigo 106 do CTN, em razão de que o imposto cobrado não se enquadra em qualquer de suas hipóteses. 3. Recurso especial provido. (STJ. Resp 628.715-SP 2ª T. Min Castro Meira j. 11.10.05 DJU 07.11.05, p.203)

Doação Código Civil: Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Sumula 328, STF: É legítima a incidência do impôsto de transmissão inter vivos sôbre a doação de imóvel. Portanto, não se confunde com o ITBI O momento da incidência, na doação, é no momento da transmissão do bem ou direito ao donatári

Doação Como o imposto incide sobre a transmissão (gratuita) de qualquer bem ou direito, é imprescindível que ocorra a mudança (jurídica) de sua titularidade, da pessoa do doador para o donatário, com espírito de liberalidade, e efetivo animus donandi, mediante o empobrecimento do doador e o enriquecimento patrimonial do donatário (Paulsen, Leandro. Impostos federais, estaduais e municipais. 4. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2008, pág. 200)

A incidência do imposto ocorrerá sobre a transmissão (causa mortis ou doação) de bens imóveis, móveis e intangíveis. Quaisquer bens ou direitos Quando a CF menciona quaisquer bens ou direitos dá maior amplitude do que a redação anterior do texto constitucional. Redação da CF/67 Art. 24 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal decretar impostos sobre: I - transmissão, a qualquer título, de bens imóveis por natureza e acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como sobre direitos à aquisição de imóveis;

Momento do Fato Gerador No causa mortis, o FG se dá com a transmissão da propriedade Na doação de bens móveis, a tradição do bem. Na doação de imóveis, o registro no CRI

Em caso de alimentos para filhos menores, constitui o dever de sustento Doação de Alimentos Para filhos maiores, deixa-se de manter a obrigação alimentar, podendo haver alimentos desde que se atenda à necessidade e razoabilidade. Doação de vários imóveis/bens a um mesmo filho, descaracterizando o caráter alimentar, pode se caracterizar como doação

A meação não está sujeita à tributação mas, havendo entrega a um dos cônjuges de bens cujo valor seja superior ao da meação sem característica de compensação financeira entre eles, há doação, incidindo o ITCMD sobre essa diferença. Na separação Judicial TRIBUTÁRIO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO POR DOAÇÃO SEPARAÇÃO JUDICIAL MEAÇÃO. 1. Na separação judicial, a legalização dos bens da meação não está sujeita a tributação. 2. Em havendo a entrega a um dos cônjuges de bens de valores superiores à meação, sem indícios de compensação pecuniária, entende-se que ocorreu doação, passando a incidir, sobre o que ultrapassar a meação, o Imposto de Transmissão por Doação, de competência dos Estados (art. 155, I, da CF). 3. Recurso especial conhecido e provido. (STJ. Resp 723.587-RJ 2ª T. Min Eliana Calmon, DJU 6.6.05)

Progressividade A progressividade não está prevista na Constituição, mas está estabelecida na resolução nº9/92 que estabeleceu a alíquota máxima do imposto em 8% O STF reconhece a progressividade, mesmo sem o amparo constitucional mas contrapõe alguns critérios usados pelos estados

RESOLUÇÃO Nº 9, DE 1992 Estabelece alíquota máxima para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de que trata a alínea a, inciso l, e 1º, inciso IV do art. 155 da Constituição Federal. O SENADO FEDERAL resolve: Resolução 9/92 Art. 1º A alíquota máxima do imposto de que trata a alínea a, inciso I, do art. 155 da Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1º de janeiro de 1992. Art. 2º As alíquotas dos impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber, nos termos da Constituição Federal. Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário. Senado Federal, 5 de maio de 1991. SENADOR MAURO BENEVIDES Presidente

Jurisprudência AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE DE LEI ESTADUAL SOBRE PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS. GRAU DE PARENTESCO COMO PARÂMETRO PARA A PROGRESSIVIDADE: IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (STF RE 854869 AgR/PE. Min Carmen Lucia, 2ª T., Dje 04.09.15)

Jurisprudência AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE DE LEI ESTADUAL SOBRE PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DE IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS. GRAU DE PARENTESCO COMO PARÂMETRO PARA A PROGRESSIVIDADE: IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O critério de grau de parentesco e respectivas presunções da proximidade afetiva, familiar, sanguínea, de dependência econômica com o de cujus ou com o doador, não guarda pertinência com o princípio da capacidade contributiva. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - RE 602256/PE. Min Edson Fachin, 1ª T., DJe 01/03/16)

Artigo 6º - Fica isenta do imposto: I - a transmissão "causa mortis": a) de imóvel de residência cujo valor não ultrapassar 5.000 (cinco mil) UFESPs e os familiares beneficiados nele residam e não tenham outro imóvel; (R$ 125.350,00) Isenções na lei Paulista Lei 10.705/00 UFESP para 2017: R$ 25,07 b) de imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) UFESPs, desde que seja o único transmitido; (R$ 62.675,00) c) de ferramenta e equipamento agrícola de uso manual, roupas, aparelho de uso doméstico e demais bens móveis de pequeno valor que guarneçam os imóveis referidos nas alíneas anteriores, cujo valor total não ultrapassar 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs; (R$37.605) d) de depósitos bancários e aplicações financeiras, cujo valor total não ultrapassar 1.000 (mil) UFESPs; (R$25.070) e) de quantia devida pelo empregador ao empregado, por Institutos de Seguro Social e Previdência, oficiais ou privados, verbas e prestações de caráter alimentar decorrentes de decisão judicial em processo próprio e o montante de contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participações PIS-PASEP, não recebido em vida pelo respectivo titular; f) na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário tiver sido o instituidor;

II - a transmissão por doação: a) cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) UFESPs; (R$ 62.675,00) b) de bem imóvel para construção de moradia vinculada a programa de habitação popular; Isenções na lei Paulista Lei 10.705/00 c) de bem imóvel doado por particular para o Poder Público. 1º - Para fins de reconhecimento das isenções previstas nas alíneas "a", "b" e "c" do inciso I, e na alínea "a" do inciso II, poderá ser exigida a apresentação de declaração, conforme dispuser o regulamento. 2º - Ficam também isentas as transmissões "causa mortis" e sobre doação de quaisquer bens ou direitos a entidades cujos objetivos sociais sejam vinculados à promoção dos direitos humanos, da cultura ou à preservação do meio ambiente, observado o seguinte: 1 - o reconhecimento dessa condição deverá ser feito, de forma cumulativa, pela Secretaria da Fazenda e, conforme a natureza da entidade, pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, pela Secretaria da Cultura ou pela Secretaria do Meio Ambiente, de acordo com disciplina a ser estabelecida pelo Poder Executivo; 2 - deverão ser observados os requisitos do artigo 14 do Código Tributário Nacional e os demais previstos na legislação tributária.

Artigo 10 - O valor do bem ou direito na transmissão "causa mortis" é o atribuído na avaliação judicial e homologado pelo Juiz. Observações na lei paulista 1º - Se não couber ou for prescindível a avaliação, o valor será o declarado pelo inventariante, desde que haja expressa anuência da Fazenda, observadas as disposições do artigo 9º, ou o proposto por esta e aceito pelos herdeiros, seguido, em ambos os casos, da homologação judicial. 2º - Na hipótese de avaliação judicial ou administrativa, será considerado o valor do bem ou direito na data da sua realização. 3º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, às demais partilhas ou divisões de bens sujeitas a processo judicial das quais resultem atos tributáveis.

Observações na lei paulista Artigo 11 - Não concordando a Fazenda com valor declarado ou atribuído a bem ou direito do espólio, instaurar-se-á o respectivo procedimento administrativo de arbitramento da base de cálculo, para fins de lançamento e notificação do contribuinte, que poderá impugná-lo. 1º - Fica assegurado ao interessado o direito de requerer avaliação judicial, incumbindo-lhe, neste caso, o pagamento das despesas. 2º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, às demais partilhas ou divisões de bens sujeitas a processo judicial das quais resultem atos tributáveis.

Rubens Kindlmann Contatos Kindlmann rubens@kindlmann.com.br