Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte Distrito Sanitário Norte Centro de Saúde Jardim Felicidade

Documentos relacionados
Centro de Saúde Jardim Felicidade Distrito Sanitário Norte Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte 2013

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Processo de contratualização ao PMAQ 1º Ciclo 2011/2012

PROPOSTA DE REORIENTAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM UFMS: Formando Profissionais Integrados ao SUS.

Currículo - Lúcia Freitas


Planejamento Estratégico

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PEREIRA BARRETO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO, FERRAMENTA DE GESTÃO PARA A REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PIRIPIRI - PI

MINISTÉRIO DA SAÚDE GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Um Desafio Atual. Enfa. Andrea Lopes

Como atrair e reter talentos

Disciplina MSP 0670-Atenção Primária em Saúde I. Atenção Básica e a Saúde da Família 1

DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS Engenharia de Segurança do Trabalho. Programa de Ajuste Ergonômico OTIMO CASE de Sucesso

Os processos. Auditorias internas. Requisitos ISO 9001 S1E1

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA PSE

DESENVOLVIMENTO 2014 TEMA: CAPACITAÇÃO COMPARTILHADA: O CLIENTE EM FOCO: DESENVOLVENDO EQUIPES COM ALTA PERFORMANCE EM ATENDIMENTO

CAPACITAÇÃO PARA MULTIPLICADORES EM TESTES RÁPIDOS HIV E SÍFILIS, NO ÂMBITO DA RC

Seminário de Doenças Crônicas

INDICADORES E METAS A EXPERIÊNCIA DO CRER

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

ESCOLA E COMUNIDADE: CONSTRUINDO UM PLANO DE AÇÃO PARA MELHORAR OS ÍNDICES DE APRENDIZAGEM

Sistema de Gestão da Qualidade

A operacionalização da gestão de condicionalidades no Programa Bolsa Família (PBF) ocorre de forma:

A atenção obstétrica, neonatal, infantil e os desafios para alcançar os ODM 3, 4 e 5

A Relevância da Atenção. Especialidades

ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP EEUSP PROGRAMA NACIONAL DE REORIENTAÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE PRÓ-SAÚDE

Escolha os melhores caminhos para sua empresa

A ATENÇÃO PROGRAMADA PARA AS CONDIÇÕES CRÔNICAS

O Processo de Trabalho do ACS no cuidado à Pessoa com Doença Falciforme. Ana Paula Pinheiro Chagas Fernandes

CAPS AD III PORTÃO. Prefeitura Municipal de Curitiba Inauguração em Modalidade III em

ASSET 55. Como a gestão por meio da PAS 55 promove a excelência operacional e aumenta a rentabilidade da empresa?

Melhoria Continua da Qualidade

Secretaria Municipal da Educação e Cultura - SMEC SALVADOR MAIO/2003

Saúde Informa Nº 02 Distrito Sanitário Centro DSCe

Caminhos na estratégia. de saúde da família: capacitação de cuidadores de idosos

Estruturando Processo de Gestão de Projeto. José Renato Santiago

ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E A PROMOÇÃO DA SAÚDE NO TERRITÓRIO A SAÚDE ATUAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ DO SUL

CONSTRUINDO UMA NOVA PROPOSTA PARA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL

Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação PETI

DIREITO À VIDA A GESTÃO DA QUALIDADE E DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE PARA A MULHER E A CRIANÇA NO SUS-BH: a experiência da Comissão Perinatal


UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Projeto Saúde On-line

VIGILÂNCIA E PROMOÇÃO À SAÚDE

XXVI Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo

Agosto, 2012 VI Seminário Internacional de Atenção Básica Universalização com Qualidade

THALITA KUM PROJETO - CUIDANDO COM HUMANIDADE DOS ACAMADOS E DE SEUS CUIDADORES.

OSCIP -Expedicionários da Saúde. Projeto de Captação de Recursos

1 SADS- Serviço de Atendimento Domiciliar em Saúde. 1 Projeto Dengue. 1 Consultório na Rua. 1 Central de Ambulâncias

SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO - GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

PLANO OPERATIVO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO DO CAMPO E DA FLORESTA

Pompeia Santana Ipiranga

Fulano de Tal. Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 FINXS

MANUAL DO ALUNO PÓS-GRADUAÇÃO

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 9001:2015 Tendências da nova revisão

FUNÇÕES MOTORAS (Produtos e Serviços)

I Seminário Internacional de Atenção Primária em Saúde de São Paulo PARTE II

Outubro Carlos Eduardo Bizzotto Gisa Melo Bassalo Marcos Suassuna Sheila Pires Tony Chierighini

Modelo de Atenção às. Coordenação de Informação

Conheça formas de transformar o ambiente profissional em espaço de convivência harmônica e produtiva. Diálogos em construção...

Amigos da mãe: Identificação da gestante em risco psíquico

Os serviços, objetos desse termo de referência, deverão ser desenvolvidos em 03 (três) etapas, conforme descrição a seguir:

Como a Tecnologia pode democratizar o acesso à saúde

Fundação Vanzolini O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NA SAÚDE E A ACREDITAÇÃO. Departamento de Certificação

A Rede de Atenção à Saúde Mental no Paraná. Coordenação Estadual de Saúde Mental Abril 2014

SAÚDE. Coordenador: Liliane Espinosa de Mello

O Programa de Intervenção Pedagógica:

QUALIFICAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS DE SAUDE. Rita Maria B. R. Kaluf (11)

A Atenção Primária à Saúde

ESF Estratégia de Saúde da Família GESTÃO DE PESSOAS. 40 Relatório de Gestão Copyright. Proibida cópia ou reprodução sem autorização do IABAS.

CONTROLE INTERNO. Rossana Guerra, CIA, CRMA.

Mobilização Social. Núcleo de Mobilização Social da Assessoria de Comunicação Social - SES/MG

XVIII JORNADA DE ENFERMAGEM EM HEMODINÂMICA.

Elinar Maria Stracke

Integração de sistemas de gestão na busca de negócios sustentáveis

REDE SÃO CAMILO. Seminário Nacional de Acreditação CBA - JCI. Assistência Segura ao Paciente: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Pratica Assistencial

PORTARIA Nº 876/GM, DE 16 DE MAIO DE p. DOU, Seção1, de , págs. 135/136

Liziane Castilhos de Oliveira Freitas Departamento de Planejamento, Orçamento e Gestão Escritório de Soluções em Comportamento Organizacional

Discussão de Cases- Boas Práticas CLINIPAM CLÍNICA PARANAENSE DE ASSISTÊNCIA MÉDICA CENTRO DE QUALIDADE DE VIDA

Proposta de Programa- Quadro de Ciência, Tecnologia e Inovação L RECyT,

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

PROPOSTA DE UM MODELO DE IMPLANTAÇÃO DA REGULAÇÃO ONCOLÓGICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Dra. Daiane da Silva Oliveira

O Farmaceûtico na Atenc ão Primaŕia à Sau de: educação continuada como estrateǵia de transformac ão

Plano de Ação de Vigilância Sanitária

Rede Cegonha no RS Componente 1 Pré-natal

Linhas de Cuidado na Perspectiva de Redes de Atenção à Saúde

Sociedade para o Desenvolvimento da Tecnologia da Informação. CRISE FISCAL x OPORTUNIDADES DE MELHORIA NO ATENDIMENTO AO CIDADÃO

RSC e Valor Compartilhado Uma nova forma de ver a relação com a comunidade.

Oficina 1 Análise sobre os PDTI s e alinhamento com Governança de TI (GRG e ATHIVA)

Transcrição:

Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte Distrito Sanitário Norte Centro de Saúde Jardim Felicidade 2013

Elisane A. Santos Rodrigues Gerente do CS Jardim Felicidade Cláudia Caroline de Oliveira Fonseca Enfermeira PSF do CS Jardim Felicidade Ana Letícia Pimenta de Barros - Ginecologista de apoio do CS Jardim Felicidade José Eustáquio de Freitas Agente Comunitário de Saúde da equipe branca do CS Jardim Felicidade Josei Karly S. C. Motta Enfermeira, Coordenadora Distrital da Estratégia Gestão Clínica no DISAN Coloboradora: Fernanda Gomes dos Reis Médica, Coordenadora da Estratégia Gestão Clínica do DISAN

Solimões Inaugurado em 1989 4 ESF Possui 69 profissionais 10.854 pessoas Censo 2010 12.317 pessoas, dados dos ACS (Maio 2012) 60,55% Muito elevado risco 27,6% Elevado risco 11,8% Médio risco (IVS 2012)

Fonte: Centro de Saúde Jardim Felicidade, 2013

Significa tomar decisões e agir utilizando todos os meios para atingir o objetivo principal: A qualidade clínica. Gestão centrada no usuário do sistema de saúde.

ENVOLVIMENTO E RESPONSABILIZAÇÃO DE TODOS

Competências ( Saber ); Processo de Trabalho ( Fazer ); Rede ( Interagir ).

Habilidades e atitudes Resolubilidade Desenvolvimen -to profissional contínuo COMPETÊNCIA PROCESSO Interrelação e integração das múltiplas competências Reengenharia de processos Rede assistencial Coordenação do cuidado pela APS Continuidade e integralidade do cuidado REDE

Gerenciamento de casos Diretrizes Clínicas e Linhas de Cuidado Registro e Monitoramento Gerenciamento de Risco e segurança do paciente Gestão Clínica *Auditoria Clínica (Foco do trabalho) Gerenciamento de condições crônicas Atendimento Compartilhado

1 Apresentação da proposta do gestao clinica em saude da mulher (PN) ao gerente da UBS e aos facilitadores da unidade. Apresentação da proposta aos profissionais da ESF Participação dos facilitadores nos Alinhamentos 2 Municipais. (para conhecimento das ferramentas) Encontros na UBS envolvendo referência técnicas, facilitadores e profissionais da ESF. 3 Auditoria clínica * (Enfoque deste trabalho) Análise dos resultados e propostas de ação

Fotos 1, 2, 3: Alinhamento Institucional, Belo Horizonte, 2012

Ferramenta para melhorar a qualidade da assistência; Permite um padrão de excelência com base nas melhores evidências; Caráter educativo e não punitivo, favorecendo crescimento da ESF e do serviço uma vez que é incorporado as diretrizes, linhas guias e protocolos. Enfim, serve para PENSARMOS em como está a assistência das nossas gestantes.

Verificar se estamos fazendo a coisa certa, do jeito certo; Capacitação permanente, de acordo com as demandas da equipe; Melhorar o processo de trabalho em equipe; Otimizar a utilização dos recursos disponíveis; Mensurar os resultados através do ciclo de PDSA (Planejamento, Desenvolvimento, Revisão e Ajuste)

1 Discussã o prévia do conceito e objetivos da Auditoria. Foco no PN. 2 Avaliar 15 prontuários de cada ESF de puérperas jan a set de 2012: Definição dos itens a serem pesquisados 3 Consolidação e análise dos dados obtidos 4 Propostas de ação, construção de melhorias 5 Sustentação

Existe registro de consulta de puerpério? Existe orientação sobre contracepção? Esquema vacinal (DT) completo? Exames de rotina avaliados? Identificação de riscos gestacionais? Gestante acompanhada (mínimo 6 consultas)?

P1 - Existe registro de consultas de puerpério? 18,3% 81,7% Sim Não Fonte: Centro de Saúde Jardim Felicidade, Belo Horizonte, 2012

81,7% SIM 18,3% NAO Fonte: Centro de Saúde Jardim Felicidade, Belo Horizonte, 2012

26,7% 73,3% Sim Não Fonte: Centro de Saúde Jardim Felicidade, Belo Horizonte, 2012

95,0% Sim Não 5,0% Fonte: Centro de Saúde Jardim Felicidade, Belo Horizonte, 2012

100%

33,3% 66,7% Sim Não Fonte: Centro de Saúde Jardim Felicidade, Belo Horizonte, 2012

Os dados foram comparados aos indicadores extraídos do sistema de informação, demonstrando que os registros em prontuários apresentam melhores resultados. O uso das ferramentas Auditoria Clínica e Registro Clínico promoveu o conhecimento sobre os ciclos de melhoria no planejamento, execução, revisão, ajustes e mudanças no processo de trabalho com base nos resultados obtidos. Apontou-se para a necessidade de promover ações que favoreçam a captação oportuna da gestante, realização das 6 consultas de PN, melhoria dos registros no SISREDE.

Próximos passos... Atendimento compartilhado MOTIVAÇÃO COM OS ACERTOS COMBATE AO DESPERDÍCIO DE TEMPO COMBATE AO DESPERDÍCIO DE RECURSOS REDUÇÃO DE ATENDIMENTOS INDIVIDUAIS CICLOS DE AUDITORIA MULTIPROFISSIONAL APRENDER COM EVENTOS E ERROS EM RELAÇÃO À SEGURANÇA DO PACIENTE

Garantir a organização da agenda com horários para discussão dos casos clínicos; Profissionais motivados; Melhoria da alimentação do SISREDE.

Esta experiência provocou: discussão das diretrizes institucionais; a necessidade de capacitação da equipe; no registro de informações no sistema; aprimorar o acompanhamento do prénatal para garantir, no mínimo, 6 consultas às gestantes, promovendo a qualidade da assistência à mulher.

1 - BELO HORIZONTE, Secretaria Municipal de Saúde. Pré Natal e Puerpério. Protocolos de Atenção à Saúde da Mulher. Belo Horizonte, 2009. 2 - BELO HORIZONTE, Secretaria Municipal de Saúde. Gestão Clínica: Saúde da Mulher, Sexual e Reprodutiva. Atenção Pré Natal Segundo Ciclo. Alinhamento Municipal. Belo Horizonte, 2012. 3 - MENDES, E.V., SHIMAZAKI, M. E. Oficina sobre gestão da clínica. Belo Horizonte: Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, 2006. 32 p. (Mimeografado). 4 - NICE, National Instute for Clinical Excelence. Principles for Best Practice in Clinical Audit. Radcliff Medical Press, 2002

OBRIGADA!!! claudiacof@yahoo.com.br