TRANSIÇÃO DA ESCOLA PARA A VIDA ADULTA (TVA) DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS (NEE) DE CARÁCTER PERMANENTE

Documentos relacionados
EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Planificação de Actividades do Serviço de Psicologia e Orientação Ano Lectivo 2011/2012

Biblioteca de Escola Secundária/3ºC de Vendas Novas. Plano de acção Nota introdutória

Promover condições de empregabilidade das pessoas com deficiências e incapacidades, visando a consagração do direito de exercício pleno da cidadania.

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Programa Despiste e orientação Vocacional UNECA - TVA

PROGRAMA OPERACIONAL TEMÁTICO POTENCIAL HUMANO

I (Comunicações) CONSELHO

Auto-Regulação e Melhoria das Escolas. Auto-avaliação - uma PRIORIDADE. Auto-avaliação do Agrupamento de Escolas de Gil Vicente

LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA

Plano de Acção

A autoavaliação é o processo em que a escola é capaz de olhar criticamente para si mesma com a finalidade de melhorar o seu desempenho.

PROGRAMA EDUCATIVO INDIVIDUAL

Cursos de Dupla Certificação - A Experiência do Cinform/Cercilei. ESECS - Leiria

CONFERÊNCIA: FORMAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL FACE AOS DESAFIOS DO ALARGAMENTO DA ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA INCLUSIVA

ATIVIDADES DO SPO A - Apoio de natureza psicológica e/ou psicopedagógica a alunos e aos agentes educativos

Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas. Regulamento da Equipa de Educação Especial e Apoio Educativo

Programa Educativo Individual

Avaliação de Desempenho Docente

CLUBE DE EMPREGO SOCIOHABITAFUNCHAL PLANO DE ACTIVIDADES

CURSO DE EDUCAÇÃO Tecnológica em Intervenção em Toxicodependências

NA MATEMÁTICA TU CONTAS

OBJECTIVOS: Prevenção Participação Associativismo Reflexão LINHAS DE ACTUAÇÃO:

promovam a reflexão sobre temáticas fundamentais relacionadas com a aprendizagem da Matemática.

Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho, Valença PLANO ESTRATÉGICO PARA O ANO LETIVO

Plano de melhoria (2015/16)

Plano Nacional de Leitura

Educação Pré-Escolar

Câmara Municipal de Elvas. Plano de Acção. Conselho Local de Acção Social de Elvas

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. Documento de Apoio: Desagregação das medidas e das tipologias de atividades

Regulamento Interno de Funcionamento do Gabinete de Apoio à Qualidade (GAQ)

Plano de Acção do Departamento do 1.º Ciclo 2010 / 2011

TÓPICOS PARA A APRESENTAÇÃO DA ESCOLA

(Portaria nº266/2012, de 30 de agosto)

REGULAMENTO DO GABINETE DE GESTÃO DA QUALIDADE DA ESCOLA SUPERIOR DE DANÇA

Os desafios da Educação Inclusiva

Actividades de dinamização social e melhoria da qualidade de vida

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. Jardins de Infância da Rede Privada Instituições Particulares de Solidariedade Social RELATÓRIO DO JARDIM DE INFÂNCIA

Rede Social CLAS Fornos de Algodres C.L.A.S. CONSELH0 LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DO MUNICIPIO DE FORNOS DE ALGODRES

Agrupamento de Escolas de Alhandra, Sobralinho e S. João dos Montes

ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOAQUIM DE CARVALHO, FIGUEIRA DA FOZ PLANO DE AÇÃO B I B L I O T E C A E S C O L A R

1. Introdução AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA MAIA

Estratégias para a Saúde

Agrupamento de Escolas de Águeda PLANO DE ATIVIDADES Biblioteca Escolar 2013/2014 PLANO DE ATIVIDADES 2013/2014

Proposta de Revisão do Programa

Atividades de Apoio Educativo

PORTUGUÊS CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE ALUNOS. ENSINO BÁSICO (2.º e 3.º CICLOS) ENSINO SECUNDÁRIO

Objectivos e metas do Projecto Educativo 2010 / 2013

ACOLHER, REPARAR E PROMOVER

ASSSSUNTTO Cria Agência Nacional para a gestão das 2ªs fases dos programas de acção comunitária: Leonardo da Vinci e Socrates

O POTENCIAL HUMANO PARA de NOVEMBRO 2012

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR Ano Lectivo 2012/2013

Planificação de Actividades do Serviço de Psicologia Ano Lectivo 2010/2011

Questionário aos Pais e Encarregados de Educação 2015

TIC e Inovação Curricular História de algumas práticas

Bem-vindo(a)s Encarregados de Educação 12 e 13 de outubro 2015

Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Programa EaSI. Antonieta Ministro

Autonomia e Gestão Novos Desafios

BIBLIOTECAS ESCOLARES

Construir o Futuro (I, II, III e IV) Pinto et al. Colectiva. Crianças e Adolescentes. Variável. Nome da prova: Autor(es): Versão: Portuguesa

José Luís Ramos CIEP/CC TIC da Universidade de Évora

INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO

AGRUPAMENTO ESCOLAS SANTOS SIMÕES PLANO DE MELHORIA

PLANO DE INTERVENÇÃO

PENSAMENTO CRÍTICO EM REDE NO ENSINO SUPERIOR: REFLEXÕES DE UM PROJETO DE PARTILHA E DIVULGAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS EM INOVAÇÃO DIDÁTICA

Plano de formação do IEFP. 2007

Plano. para a Implementação Vertical. Ensino Experimental das Ciências

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ELIAS GARCIA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

100 Limites. Orientadora do projecto : Professora Paula Correia. São Brás de Alportel. Trabalho apresentado junto do Concelho Executivo

Certificação de entidades formadoras Focus na qualidade

Plano de Melhoria para 2015/2016

A Taxa de Insucesso Escolar verificada no Concelho, revela-se bastante elevada quando comparada com a registada a nível nacional. De referir também,

EB1/PE DE ÁGUA DE PENA

DIREÇÃO DE SERVIÇOS DO DESPORTO ESCOLAR

Regulamento do Programa de Tutorias

NCE/14/00876 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

Plano de Ações de Melhoria

COOPERAÇÃO EM REDE E PARCERIAS INTERNACIONAIS INOVADORAS EM MATÉRIA DE EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM DE PESSOAS ADULTOS

PLANO DE ACÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR

Manual Técnico Das Equipas Locais de Intervenção

FAMALICÃO INCLUSIVO. Município de Vila Nova de Famalicão

A Educação para os Media em Portugal

Medida de apoio à inovação

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MOURA REGIMENTO INTERNO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Clube da Proteção Civil

Descrição do Curso de Verão

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO. Entre. a Direção-Geral da Educação Ministério da Educação e Ciência

DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E REABILITAÇÃO

CONSERVATÓRIO DE MÚSICA CALOUSTE GULBENKIAN DE BRAGA

Grau I. Perfil Profissional. Grau I

AGRUPAMENTO VERTICAL DE OURIQUE

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ AFONSO

III. Sistema de Monitorização

República de Moçambique Ministério da Educação e Cultura INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO/ACREDITAÇÃO DE CICLOS DE ESTUDO EM FUNCIONAMENTO (AACEF) (Ensino Universitário)

PLANO DE ACÇÃO, DO ANO DE 2005

Transcrição:

TRANSIÇÃO DA ESCOLA PARA A VIDA ADULTA (TVA) DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS (NEE) DE CARÁCTER PERMANENTE Francisco José Pires Alves: docente de Educação Especial e doutorando da UPT. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do seu trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego. art. 23º, n.º 1 Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) 1

TVA: ENQUADRAMENTO LEGAL E GRUPO ALVO DL n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio. Artigo 14.º / Plano individual de transição (PIT) 1 SemprequeoalunoapresenteNEEdecarácterpermanentequeoimpeçamdeadquirirasaprendizagens e competências definidas no currículo deve a escola complementar o PEI com um PIT destinado a promover a TVA e, sempre que possível, para o exercício de uma actividade profissional com adequada inserção social, familiar ou numa instituição de carácter ocupacional. Quando deve ser elaborado um PIT?Três anos antes da idade limite de escolaridade obrigatória, o PEI deve ser complementado com um PIT. O que é um PIT?Consubstancia o projecto de vida do aluno, para uma vida em sociedade; Perspectiva um processo dinâmico, a curto, médio e longo prazo. Deve responder às expectativas dos pais e do jovem. GRUPO-ALVO: A TVA constituiu-se um imperativo legal no apoio especializado aos jovens com NEE (Currículo Específico Individual), a integrar obrigatoriamente na distribuição de serviço e nos objectivos dos projectos educativos dos estabelecimentos de ensino nacionais. O PEI é o documento que fixa e fundamenta as respostas educativas e respectivas formas de avaliação. Documenta as necessidades educativas especiais da criança ou jovem, baseadas na observação e avaliação de sala de aula e nas informações complementares disponibilizadas pelos participantes no processo. 2

TVA: REVISÃO DA LITERATURA: Principais concepções O conceito de TVA figura em vários documentos nacionais e internacionais com explicações ligeiramente diferentes. UNESCO (1994) Declaração de Salamanca p. 34 MARTINEZ RUEDA (1999) COSTA et. al.(2004) Os jovens com NEE precisam de ser apoiados para fazer uma transição eficaz da escola para a vida activa. As escolas devem ajudá-los a tornarem-se activos economicamente e proporcionar-lhes as competências necessárias na vida diária e profissional. A TVA é um fenómeno socialmente relevante nas sociedades ocidentais, no qual aparecem dificuldades associadas ao processo de inclusão social das jovens gerações. Refere-se que até aos anos 80 do século XX, não há qualquer tipo de alusão aprofundada ao conceito de TVA. A partir da década de 90, a TVA começou a fazer parte das agendas de trabalhos, principalmente por parte de responsáveis educativos de várias nações. Em 1994, o Instituto de Inovação Educacional iniciou um projecto no âmbito da TVA, numa primeira fase intitulado "currículos funcionais". Como resultado desse trabalho foram editados os primeiros livrosemanuaisdeapoioàsescolasnessaárea. Ainda na década de 90, com a publicação do DL n.º 319/91, de 23 de Agosto, houve por todo o país estabelecimentos de ensino que desencadearam mecanismos para trabalhar a TVA. AFONSO (2005) A implementação de todo o processo de TVA deve ser feita por um grupo de elementos que envolvem não somente o professor de educação especial, mas também o do ensino regular e outros técnicos constituindo o que se pode considerar uma equipa multidisciplinar que funcione verdadeiramente de forma articulada. Ref.: Elaboração própria(2011) 3

TVA: REVISÃO DA LITERATURA Principais concepções (continuação) SORIANO et. al. (2002, 2006) Estudo de 16 países Europeus, pertencentes à Agencia Europeia para o desenvolvimento em NEE. VALÉRIO et. al. (2006) DGIDC/ LIVRO - NECESSIDADES ESPECIAIS DE EDUCAÇÃO: PRÁTICAS DE SUCESSO Encontro Internacional de Educação Especial - Lisboa, 7 de Junho 2008 ALVES (2009) Ref.: Elaboração própria(2011) ATVAédefinidacomopartedeumlongoecomplexoprocesso,queenglobaasfasesdavida deumapessoaequenecessitadeserorientadadaformamaisapropriada. Os tipos de recursos ou a organização da escola não devem interferir com ou impedir que se realize tal processo. A transição da escola para o emprego deve implicar uma contínua participação do aluno, o envolvimento das famílias, a coordenação entre todos os serviços envolvidos e uma estreita colaboração com o sector do emprego. AECAEdeVianadoCastelodesenvolveudesde1991umprojectodeTVAdosJovenscomNEE, junto das Escolas do seu concelho. Como resultado desse plano de trabalho foi publicado pela Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) um modelo de boas práticas pedagógicas, resultante das experiências de aprendizagem integrada [exemplo de uma aluna da Escola EB 2,3 Frei Bartolomeu dos Mártires]. Cor Meijer, Director da European Agency for Development in Special Needs Education anunciou que a TVA(Transition from School to Working Life) será um dos temas prioritários previstos no trabalho da Agência Europeia, no período compreendido entre 2007 a 2013. AEscolaEB2,3deMonçãodesenvolveudesde1992umprojectodeTVAdosJovenscomCEI. Publicação do livro: Transição da escola para a vida adulta: jovens com necessidades educativas especiais / Guia de apoio para a comunidade educativa. Experiências de aprendizagem integrada: 4 jovens envolvidos no processo de TVA. 4

REVISÃO DA LITERATURA Desenvolvimento da TVA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR Principais estratégias de apoio e implementação MEDIDAS E POLÍTICAS ALUNO: PARTICIPAÇÃO PIT ESCOLA, FAMÍLIA, EMPRESAS, COMUNIDADE INTERESSES COMPETÊNCIAS APOIO EXTERNO 5

REVISÃO DA LITERATURA -PRINCIPAIS BARREIRAS E FACILITADORES DECORRENTES DO PROCESSO DE TVA BARREIRAS - Falta de coordenação nas práticas educativas; - Políticas passivas. FACILITADORES - Implementação de políticas legislativas flexíveis; - Regulamentações nacionais e projectos locais; - Informação aos empregadores e organizações de voluntários. -Superprotecção do aluno. -ConteúdodoPEI; - Acreditação. - Falta de formação dos profissionais envolvidos; - Falta de regras claras na equipa pluridisciplinar; - Falta de comunicação entre os profissionais; - Falta de uma linguagem comum. - Sistemas fechados (escola e o mercado de trabalho). - Respeito pelas aspirações e os desejos dos jovens, -O envolvimento dos alunos e dos pais; -Estratégias educacionais claras e perfil de competências; - Opções abertas e informação clara. - PIT, desenvolvimento de um portefólio e avaliação regular; - Abordagem multidisciplinar, certificados e iguais oportunidades. -Existênciadeumarededeapoio; - Definição de tarefas; - Envolvimento dos empregadores e organizações de emprego; - Organização flexível e medidas de formação; -Base de dados de emprego; -Procedimentos do sistema educativo(rigidez na avaliação, falta coordenação entre escolas com o emprego); -Barreiras estruturais(financiamento, administrativas, falta de cooperação); -Barreiras legais(os diferentes sistemas legislativos na educação ou a legislação contraditória que orienta diferentes serviços). - Processo precoce e orientação adequada; - Apoio flexível; - Uma pessoa de referência e respectivo acompanhamento. Ref.: Adaptado de Soriano(2002, 2006) 6

REVISÃO DA LITERATURA RECOMENDAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE TVA - Construir redes(podem ser sociais ou profissionais, incluindo as organizações de pais); - Definir medidas criativas (as escolas devem estabelecer contactos com empresas e mostrar-lhes como algumas escolas têm procedido para integrar alunos com deficiência); - Aumentar o sistema dual (o princípio de combinar a teoria naescola comaprática nas empresasparece ser eficaz e necessita de ser implementado para todos os alunos); - Medidas de apoio (são necessários recursos pessoais e materiais, financeiros e técnicos para apoiar não só as empresas mas também os empregadores); - Melhorar a comunicação dentro do sector; - Acompanhamento (as escolas precisam de acompanhar os alunos, pelo menos uma vez, quando entram na vidadetrabalhoparamantercontacto comoqueestãoafazer); - Reforçar os Serviços de Orientação Vocacional. Ref.: Adaptado de Soriano(2002, 2006) -Certificação por entidade competente (de forma a que a formação não seja tão redutora e permita a expansão e enriquecimento ao longo da vida); - Dificuldade em se encontrarem empresas onde os alunos desenvolvem a Área Vocacional. Ref.: Adaptado de Valério et. al. (2006) DGIDC / Livro - Necessidades Especiais de Educação: Práticas de Sucesso 7

INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA: ESTUDO DE CASO (2008/2009) DESENVOLVIMENTO DE PROJECTOS DE TVA UM AGRUPAMENTO DE ESCOLAS / CONCELHO DE MONÇÃO 4 ALUNOS COM CEI: EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM INTEGRADA 8

INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA: Plano de estudos e carga horária dos alunos (9.º ano de escolaridade) envolvidos no processo de TVA Área de TVA Disciplinas partilhadas com as suas Turmas Áreas curriculares específicas partilhadas na sala de apoio e outros espaços escolares Total da carga horária: em blocos por semana Área de Projecto Formação Cívica TIC :por semana Educação Moral Educação Física Educação Musical Educação Tecnológica Educação Visual Tipologia Empresa do concelho de Monção Autonomia Educação Musical Educação Visual Actividades da Vida Diária Corte e Costura Cidadania Ateliê e Manualidades Carpintariaa Homem e Ambiente Matemática Língua Portuguesa Alunos: 1 1 1,5 0,5 1,5 0,5 1 18 Blocos = 7 blocos (36 aulas) A 1 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 4 Blocos no Bar 1 1,5 0,5 1,5 0,5 1 18 Blocos = 6 blocos (36 aulas) 4 Blocos na Pastelaria B 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1,5 0,5 1,5 0,5 1 18 Blocos = 6 blocos (36 aulas) 4 Blocos na Carpintaria C 1 1 0 1 1 1 0 1 2 0 0 1 1 0 1,5 0,5 0 17 Blocos = 4 blocos (36 aulas) 6 Blocos no Hipermercado D 1 1 0 0 0 1 1 2 0 1 2 Ref.: Alves (2009) 9

INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA: Recolha de dados: inquérito Dificuldades na TVA Aspectos comuns Questionários Falta de meios de transporte gratuitos; aos alunos; docentes, pais; empresários. Falta de informação, materiais e equipamentos; Falta de apoio das instituições públicas; Falta de aceitação das empresas relativamente à inserção profissional dos alunos com CEI. Aspectos facilitadores na TVA Aspectos comuns Existência de experiências de aprendizagens integradas; Existência de factores de vida da escola que podem influenciar o sucesso dos alunos e o processo de transição; Existência de formas de coordenação e de avaliação no desenvolvimento do processo; TVA: valoriza a educação e a aprendizagem dos alunos com CEI; TVA: adquirir competências académicas e profissionais; TVA: facilita a inserção profissional. 10

RESULTADOS: PRINCIPAIS SUGESTÕES (TVA) PLANO DE MELHORIA (INTERVENÇÃO) Alunos Docentes Pais Empresários ESPECÍFICAS Aceitação efectiva dos colegas, um maior convívio e apoio nas aprendizagens da escola; Leccionação de actividades, de acordo com as motivações dos seus colegas. Mais apoio dos Conselhos de Turma, excluir conceitos e rótulos estigmatizantes, mais empenho dos docentes e conhecê-los melhor; Criação de oficinas de formação na escola e actividades mais específicas na TVA. Apoio directo das famílias nos estágios; A promoção de estágios no seio familiar. Financiamento e incentivos fiscais para as empresas envolvidas no processo de TVA; Maior responsabilização das empresas; Apoio da autarquia. COMUNS Actividades de TVA na escola mais direccionadas para os estágios; Apoio directo nos estágios de técnicos especializados; Prosseguir estudos após a conclusão da escolaridade básica. Promover a sua própria formação profissional; Prosseguir estudos após a conclusão da escolaridade básica. 11

Propostas do estudo: que poderão contribuir para um melhor funcionamento do processo de TVA, nas comunidades educativas e no sistema de ensino nacional - Propor às escolas que disponibilizem materiais, equipamentos e apoios financeiros às empresas na dinamização de actividades de TVA; - Propor às autarquias que distingam as empresas pelas práticas de acolhimento nos estágios dos alunos com CEI; - Contemplar a temática da TVA nos currículos dos cursos do ramo educacional no Ensino Superior; - Propor ao Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua e aos Centros de Formação locais, a realização de acções de formação sobre TVA para professores, pessoal não docente e técnicos especializados no âmbito da EE; -ProporaosAgrupamentosdeEscolaseàrededeentidadesformadorasnoâmbitodosistemanacionalde qualificações, a implementação da formação modular, regulada pela portaria n.º 230/2008, de 7 de Março, que permite aos alunos com CEI, com idade inferior a 18 anos, elevar as suas qualificações, desde que estejam, comprovadamente inseridos no mercado de trabalho ou em centros educativos. A formação modular poderá ser uma forma de facultar alguma formação profissional certificada aos referidos jovens; - Propor às pequenas e médias empresas (PME) e às grandes superfícies comerciais, a divulgação de informação sobre TVA e uma consequente formação específica, de proponentes a responsáveis laborais para trabalharem com os alunos com CEI nos estágios; - Sensibilizar as Associações de Pais, em cooperação com as escolas, autarquias, serviços de emprego e da segurança social para a necessidade de proporcionarem informação e formação às famílias, que tem a seu cargoaeducaçãodosalunoscomcei; - Promover áreas de discussão nas páginas da internet e blogues das Associações de Pais, Agrupamentos de Escolas, Câmaras Municipais, Associações Comerciais e Industriais, Governos Civis.(...) 12

LIVRO PUBLICADO TRANSIÇÃO DA ESCOLA PARA A VIDA ADULTA: JOVENS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS TVA: ESTÁGIO NUMA CARPINTARIA. ACTUALMENTE TRABALHA NA EMPRESA. TVA: ESTÁGIO NUM BAR HOJE TRABALHA NO LOCAL. OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO! 13