Indicadores de desempenho de Saúde. Guia para a indústria de óleo e gás



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Indicadores de desempenho de Saúde Guia para a indústria de óleo e gás

OGP Informe Número 393 Fotos de cortesia do que se segue: cobertura (superior esquerda, inferior esquerda), páginas 2, 3, 4, 7 (fundo), 8, 9 (topo) e 13: Shutterstock.com; cobertura (superior direita, inferior direita), 1 (topo), 5 (topo), 7 (fundo), 9 (topo), 10, 11 e 15: istockphoto.com; página 1; 2007 Jupiterimages Corporation; página 9 (fundo); Burgess Blevins/Taxi/Getty Images.

Indicadores de Desempenho de Saúde Guia para a indústria de óleo e gás IPIECA Associação Internacional da Indústria de Petróleo para a Conservação Ambiental 5th Floor, 209 215 Blackfriars Road, London SE1 8NL, United Kingdom Telephone: +44 (0)20 7633 2388 Facsimile: +44 (0)20 7633 2389 E-mail: info@ipieca.org Internet: www.ipieca.org OGP Associação Internacional dos Produtos de Óleo e Gás Escritório de Londres: 5th Floor, 209 215 Blackfriars Road, London SE1 8NL, United Kingdom Telephone: +44 (0)20 7633 0272 Facsimile: +44 (0)20 7633 2350 E-mail: reception@ogp.org.uk internet: www.ogp.org.uk Escritório de Bruxelas: Boulevard du Souverain 165, 4th Floor, B-1160 Brussels, Belgium Telephone: +32 (0)2 566 9150 Facsimile: +32 (0)2 566 9159 E-mail: reception@ogp.org.uk internet: www.ogp.org.uk Este documento foi compilado em nome de OGP-IPIECA pelo Grupo de Trabalho para Indicadores de Desempenho de Saúde. Este Comitê de Saúde reconhece com gratidão a colaboração de: Irene Alfara (ARPEL); Alison Martin (BP); Craig Friedmann (Conoco Phillips); Ângelo Madero, Cláudio Zapador (ENI); Myron Harrison, Clarion Johnson (Exxon Móbil); Rob Cox (IPIECA); Fadhel Al-Ali (KPC); Ed Spoelker (Marathon); Don Smith (OGP); Suzanne Schunder-Tatzher (OMV); Moh d Hatta Usud, Abdul Rahman Hamzah (Petronas); Gabriel Saada (Saipem); Eimad Al-Jahdaly (Saudi Aramco); Alex Barbey (Schlumberger); e Faiyaz Bhojani (Shell). IPIECA/OGP 2007. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada num sistema de recuperação, ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópiador, de gravação ou de outra forma que seja, sem o prévio consentimento da IPIECA/OGP. Advertência: A informação aqui contida é oferecida em boa fé e exatidão, mas sem o endosso ou garantias de integralidade ou precisão. Os leitores são notificados pela presente que devem confiar nas suas próprias diligências quando determinam se devem, e como, concordar com as informações aqui contida. E mais, esta orientação não pretende substituir os avisos e alertas necessários e apropriados de médicos ou outro profissional. Este texto foi traduzido para o português por Paulo Rebelo (Petrobras) e revisto segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 16 de dezembro de 1990 e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009, aplicável à linguagem escrita dos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial.

Índice 1 Introdução 1 Histórico 2 Principais características dos IDSs (HPIs 1 ) 2 Custos 2 Responsabilidade pelo desempenho 3 Escopo 3 Adesão 3 Avaliando o desempenho qualitativa e quantitativamente 4 Indicadores de Desempenho de Saúde Nível 1 Implementação do Sistema de Gerenciamento de Saúde 4 Finalidade 4 Tipo de Indicador 4 Escopo 5 Avaliação de risco à saúde e planejamento 5 Higiene ocupacional e controle das exposições no local de trabalho 5 Gerenciamento de emergências médicas 5 Gerenciamento da saúde-doença no local de trabalho 5 Avaliação da aptidão para a tarefa e a vigilância da saúde 6 Avaliação do impacto na saúde 6 Relatórios de saúde e gestão de documentos 6 Interface com a saúde pública e a promoção da boa saúde 7 Indicadores de desempenho de saúde Nível 2 Indicadores pró-ativos 2 7 Avaliação de risco à saúde e planejamento 7 Higiene ocupacional e controle das exposições no local de trabalho 7 Gerenciamento de emergências médicas 8 Gerenciamento de saúde doença no local de trabalho (sem indicadores) 8 Avaliação da aptidão para a tarefa e a vigilância em saúde 9 Avaliação do impacto na saúde 9 Relatórios de saúde e gestão de documentos (sem indicadores) 9 Interface com a saúde pública e a promoção da boa saúde 11 Indicadores de Desempenho de Saúde Nível 3 Indicador reativo 3 11 Higiene ocupacional e controle das exposições no local de trabalho 12 Apêndice: Diretrizes sobre o escopo e a coleta de dados a respeito das taxas de frequência de doenças ocupacionais 12 Introdução 12 Definições 12 Identificação de doenças ocupacionais 1 Health Performance Indicators 2 Leading indicators 3 Lagging indicators 14 Referências e leitura complementar 15 Glossário de termos ii

Introdução Histórico A indústria de óleo e gás reconhece o potencial de perigos significativos à saúde, que são inerentes as suas operações e produtos. As Companhias na indústria assumiram muitos compromissos para alcançar a excelência no gerenciamento destes perigos e frequentemente estes compromissos excedem as obrigações regulatórias. Os indicadores para o desempenho de saúde são parte importante, para o efetivo gerenciamento e a promoção da saúde, no aprimoramento do desempenho de saúde. Geralmente, na indústria de óleo e gás, não existe nenhum conjunto de indicadores de desempenho aplicado, embora as companhias, ao produzirem seus relatórios, busquem o alinhamento com alguma recomendação nacional (por exemplo, OSHA 300 nos Estados Unidos da América). Em adição à regulamentação que existe em vários países para a emissão de relatórios, o uso e a avaliação dos Indicadores de Desempenho de Saúde (IDS 4 ), pelas companhias de óleo e gás, reforçam padrões consistentes de gerenciamento de saúde, nas operações das companhias que atuam globalmente, propiciando também pontos de referência de desempenho, com o objetivo de identificar e compartilhar as melhores práticas. O estabelecimento, a coleta e a disseminação de IDS têm benefícios diretos nos negócios, porque: A coleta de dados pode agir como um direcionador para dar suporte às melhorias no desempenho; Pode ajudar a demonstrar transparência e providenciar referência para uma ampla gama de públicos externos de interesse, com potencial de realçar a imagem corporativa; e A simplificação dos relatórios destes indicadores tem o potencial de reduzir custos administrativos em todas as companhias. (API/IPIECA, 2205) recentemente pactuada e o crescimento dos padrões de gerenciamento de saúde tais como OSHAS 18001. Tanto os documentos OGP como da API/IPIECA representaram uma posição acordada e foram endossados pelas companhias-membro das respectivas associações, por ocasião da sua publicação. Este documento foi elaborado com base nessa orientação inicial para proporcionar um conjunto mais prático e detalhado de indicadores de saúde autossustentáveis. Finalmente, é notório que esta abordagem pode envolver o uso de múltiplos protocolos de divulgação, especialmente em paises onde os regulamentos requerem formato específico de relatórios. De qualquer forma, o documento tenta definir a essência dos dados que são exigidos nos relatórios para atender os múltiplos públicos de interesse. Prevê-se que o documento facilitará uma substituição gradual dos critérios de múltiplos relatórios atualmente utilizados na indústria, por um padrão simples, consistente, e que por sua vez, permitirá a adoção de uma base única OGP-IPIECA para coleta de IDS para a indústria. O documento deverá ser usado para: Indústria de óleo e gás, incluindo a gestão, os empregados/empreiteiros e suas famílias; Associações nacionais e regionais da indústria de óleo e gás; Acionistas; Governo / autoridades reguladoras; Organizações não governamentais; e Público em geral e as comunidades do entorno das instalações industriais. Este documento atualiza a publicação da OGP Indicadores de Desempenho de Saúde, de 1999 (Relatório 6.78/290) no contexto da orientação para o relatório de sustentabilidade voluntária 4 Health Performance Indicators HPIs 1

Introdução Melhorar a moral da força de trabalho; Manter a credibilidade e confiança tanto dentro da companhia como do público em geral e dos públicos de interesses; Fornecer contribuição significativa para os relatórios de SMS internos e externos; Padrões de referência (benchmark); e Melhorar a relação custo-efetividade. Os IDS podem ser aplicados às atividades de saúde ocupacionais (relacionadas com o trabalho) e não ocupacionais. A única limitação do indicador reativo de doença ocupacional é ser uma medida pobre de desempenho de saúde porque a ausência de doenças, mesmo que por um período de anos, não é garantia que os perigos estão sendo identificados, que os riscos associados estão sendo efetivamente gerenciados, ou que não existirão no futuro problemas de saúde ou perda. Pode existir um considerável lapso de tempo entre a exposição aos perigos e o desenvolvimento dos efeitos à saúde. Por exemplo, a exposição a carcinogênicos (agentes causais de câncer) no local de trabalho podem causar efeitos que só poderão ser observados muitos anos depois da exposição. É claro que, são necessários sistemas de monitoração que deem um retorno rápido sobre o desempenho, antes que uma doença ou incidente ocorra e, portanto, são de especial importância o uso de sistemas de monitoramento pró-ativo e o uso de indicadores de vanguarda, onde possível. IDS podem ser usados para: Ajudar a proteger a saúde de empregados e de outros; Demonstrar o compromisso da gerência para uma melhoria contínua de saúde; Dar à linha gerencial, melhor entendimento das questões relevantes de saúde sob sua responsabilidade operacional; Permitir medição do desempenho comparada às metas pré-determinadas. Destacar assuntos de saúde importantes e fixar prioridades; Principais características dos IDS Os Indicadores de Desempenho de Saúde devem: Ser simples para identificar, coletar, medir compreender e usar; Ser eficientes em custo no uso de equipamentos, pessoal e tecnologia adicional; Fornecer indicações imediatas e consistentes do nível de desempenho dentro de faixas identificadas como normal e anormal; Ser relevante para a operação e entendido pela linha gerencial; e Proporcionar uma clara indicação de um meio para melhorar o desempenho Custos As ações tomadas para melhorar o desempenho precisam ser efetivas em custos. No curto prazo, é improvável que os processos associados com IDS resultem em benefícios financeiros, mas no médio e longo prazo, resultarão em economia e no controle de perdas. Responsabilidade pelo desempenho Para ser útil, o IDS deve ser de responsabilidade da gerência de linha. É essencial que os indicadores de desempenho não permaneçam unicamente com a área de saúde ou especialistas em SMS, mas que sejam parte de um sistema integrado gerido em conjunto com outras disciplinas especializadas (por exemplo, segurança, meio ambiente). Alguns indicadores podem ser requisitos legais, e neste caso um nível de desempenho será necessário para assegurar o cumprimento da exigência. 2

Escopo Na diretriz de 2005, um total de cinco indicadores essenciais de saúde e segurança foram identificados; todavia, a intenção deste documento é de tratar apenas dos Indicadores de Desempenho de Saúde. Este documento adota uma abordagem hierárquica de 3 níveis consistindo de: Um Sistema de Gerenciamento de Saúde compreendendo um conjunto de oito elementos qualitativo. Indicadores pró-ativos relativos a cada um dos oito elementos (pode existir mais de um indicador para cada elemento do sistema); e Um indicador reativo, relativo à apenas um elemento a doença ocupacional. Adesão Este documento é uma orientação. Nem todos os indicadores serão adequados para uso por todas as companhias e em todas as situações. Em alguns casos, a coleta e divulgação dos dados ou dos critérios de desempenho podem ser proibidas, por lei. As Companhias devem decidir, caso-a-caso, o que adotar e, de fato, quando e em quais circunstâncias especiais, possam ser necessários indicadores adicionais. Avaliando o desempenho qualitativa e quantitativamente Deveria ficar bem claro quando um indicador é quantitativo, isto é, uma pontuação numérica ou uma percentagem dela derivada com a finalidade de medir o desempenho ou estabelecer comparação com referências entre companhias. Às vezes, dificuldades são encontradas, quando os avaliadores tentam quantificar o desempenho para fins de consolidação. Algumas Companhias usaram com sucesso o sistema de códigos de cores do semáforo para dar uma indicação visual em relação ao sistema global (isto é, seu grau de implementação, maturidade, sofisticação, etc.) e que reflita a medida da cobertura geral no âmbito da organização. Um exemplo vem exposto abaixo: Exemplo do sistema de código de cores do semáforo 5 Nível 4 Sistema para coleta e divulgação dos dados está implementado e consolidado. O Sistema é sustentado e apoiado por um processo de melhoramento contínuo. 100% Nível 3 Sistema para coleta e divulgação dos dados está implementado e consolidado. Sistema funcionando, procedimentos documentados e os resultados estão sendo medidos. Cobertura Nível 2 Sistema para coleta e divulgação dos dados está em ordem, mas não totalmente implantado e implementado. Nível 1 O sistema para coleta de dados está em desenvolvimento. 0% 5 Traffic-light system 3

Indicadores de Desempenho de Saúde Nível 1: Implementação do Sistema de Gerenciamento de Saúde Finalidade Na prática, todas as companhias da indústria de óleo e gás utilizam sistemas gerenciais como um meio principal de realizar melhorias contínuas no desempenho dos negócios. Isto inclui tipicamente um sistema direcionado para a situação de saúde dos empregados. Onde aplicável, o sistema pode ser estendido às comunidades da vizinhança. Nota: A legislação de cada país pode impedir a adoção de alguns indicadores. O atendimento à legislação local deve sempre ter precedência sobre os requisitos específicos do sistema de gerenciamento. Tipo de Indicador Qualitativo o posicionamento e pontuação têm por base a avaliação subjetiva da integridade do programa. As avaliações quantitativas de alto nível podem ser feitas tendo por base um sistema de códigos de cores semelhantes as do semáforo. Escopo Os relatores devem descrever a posição da companhia em termos de implementação do sistema de gerenciamento da saúde ocupacional e se o mesmo cobre completamente o conjunto de oito categorias a seguir apresentado. Um Sistema de Gerenciamento da Saúde é um processo que aplica uma abordagem sistemática e disciplinada para o gerenciamento de saúde nas atividades da companhia. Esta abordagem utiliza um processo cíclico que adquire experiência e conhecimento em um ciclo e os usa para melhorar e ajustar expectativas durante o ciclo seguinte. Os Sistemas Gerenciais devem transferir à estrutura da Companhia, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos e os recursos para implementar o gerenciamento de saúde, incluindo os processos para identificar as causas da origem do baixo desempenho, para prevenir recorrências e para direcionar as melhorias contínuas. O Sistema de Gerenciamento da Saúde pode ser integrado ao Sistema de Gerenciamento de Segurança e de Meio Ambiente e possivelmente também com o da Qualidade e de Previdência ou permanecer isolado. Convém notar que nada neste documento está conflitando com a OSHAS 18001 / 18002, que especifica os requisitos para um Sistema de Gerenciamento de Saúde Ocupacional e de Segurança 6. Esse sistema deve incluir, tipicamente, os requisitos para a determinação e o apoio a uma política, a comunicação desta política, e outras exigências prementes. Os elementos abaixo relacionados concentram-se unicamente nos aspectos implementáveis do Sistema de Gerenciamento de Saúde, e que seriam evidenciados por atividade característica nas seguintes áreas-chave: Avaliação de risco à saúde e planejamento; Higiene ocupacional e controle das exposições do local de trabalho; Gestão de emergências médicas; Gerenciamento da saúde-doença no local de trabalho; Avaliação da aptidão para a tarefa e a vigilância da saúde; Avaliação do impacto na saúde; Relatórios de saúde e gestão de documentos; e Interface com a saúde pública e a promoção da boa saúde. Estas características são detalhadas, a seguir. 6 Occupational Health and Safety Management System (OHSMS) 4

Avaliação de risco à saúde e planejamento Geralmente entende-se por avaliação do risco à saúde a que se relaciona às atividades intramuros. São identificados o local de trabalho, os perigos à saúde dos produtos e do ambiente, avaliados seus riscos e elaborado um plano de saúde para todas as atividades, operações e produtos existentes. Isto acontece durante o estágio de desenvolvimento de todos os novos projetos e produtos, antecedendo as modificações nas plantas industriais ou nos processos, e antes da aquisição ou alienação de locais, de arrendamentos, de plantas ou de outros processos ou materiais, para direcionar mudanças nas condições de saúde pública e ambiental. O plano de saúde direciona-se a todos os riscos identificados, e é periodicamente revisado e avança ao encontro do conjunto de metas internamente fixado. Higiene ocupacional e controle das exposições no local de trabalho O ambiente do local de trabalho deve satisfazer as exigências legais e não ser prejudicial à saúde. O conhecimento em saúde e em higiene ocupacionais é usado para avaliar todos os perigos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos, e psicológicos e também para orientar sobre a implementação de controles apropriados e práticas de trabalho que eliminem ou minimizem as exposições. A monitoração da exposição no local de trabalho vem sendo usada para confirmar a efetividade das medidas de controle em andamento. O armazenamento de material, a rotulagem, e as fichas de segurança são mantidos atualizados. Os empregados são treinados para compreender os riscos à saúde, as medidas preventivas e os procedimentos de emergência associados com seu trabalho. No local de trabalho devem ser mantidos registros adequados para auditoria e para demonstrar conformidade. Gerenciamento de emergências médicas Providências são tomadas para o gerenciamento de emergências médicas associadas com as operações e as atividades da companhia. Existe um plano de emergência com base em recomendação médica competente e no nível de risco, e alinhado com precauções existentes no local. O plano é integrados com outros procedimentos de emergência, que são efetivamente comunicados e regularmente praticados com simulações e, quando necessário, revisados. Um processo é estabelecido para assegurar que as lições aprendidas são executadas como resultado de simulações ou de incidentes. Tempos de resposta adequados são determinados para primeiro socorro, cuidado médico emergencial e evacuação, e recursos adequados têm sido disponibilizados para cumprir estes prazos.todo o quadro de pessoal é provido com os números de contato para assistência médica de emergência em cada local de trabalho e durante viagens. Gerenciamento da saúde-doença no local de trabalho Os empregados têm acesso aos profissionais de saúde ocupacional que podem ajudar a mitigar, eficazmente, os efeitos de doença sobre sua habilidade para trabalhar, incluindo os serviços de reabilitação e o retorno ao trabalho pósdoença ou pós-lesão. Um sistema é estabelecido para dar acesso aos cuidados de saúde em nível primário, secundário e de emergência, bem como para aconselhamento e assistência ao empregado, onde apropriado. Avaliação da aptidão para a tarefa e a vigilância da saúde A condição de saúde do empregado é compatível com o trabalho que ele desenvolve, e isto é confirmado, quando necessário, por avaliações. Existe uma lista de verificação de tarefas para diferentes categorias de trabalho, e são realizadas avaliações de saúde/vigilância por profissionais competentes que têm conhecimento do trabalho a ser realizado. As avaliações médicoocupacionais admissional, de mudança de função e periódicas são conduzidas conforme preconizado por requisitos legais e pelos riscos à saúde associados com tarefas específicas. Quando possível, o trabalho é adaptado de maneira que os indivíduos sejam mais incluídos do que desnecessariamente excluídos do trabalho. A 5

Nível 1: Implementação de um Sistema de Gerenciamento de Saúde vigilância à saúde é desempenhada, onde requerido pela legislação, ou onde o trabalho é reconhecido como associado com o desenvolvimento de um problema de saúde, para o qual existe um método já validado de teste. Avaliação do impacto na saúde Em geral, entende-se que a avaliação do impacto na saúde relaciona-se geralmente com as atividades extramuros. Os IDSs são iniciados durante o estágio de desenvolvimento de todos os novos projetos e expansões. Os dados basais de referência são estabelecidos a partir da situação demografica prévia, da saúde da comunidade, da qualidade do ar, do solo e da água, anteriores ao inicio de um novo projeto. Os avaliadores do impacto na saúde são indicados para trabalhar junto aos avaliadores de impacto social e ambiental, para delinearem a faixa e o tipo dos perigos e os potenciais benefícios do novo projeto/expansão. Os públicos externos de interesse são identificados, e a equipe do produto/projeto se comunica e consulta a eles regularmente. Parcerias são desenvolvidas com empreendimentos conjuntos, empreiteiras e o governo local para criar uma abordagem comum do custo-efetividade, para o gerenciamento de saúde. rotina de apresentações das medições gerenciais, financeiras, de negócios e de estrutura. Por sua vez, estes dados são agregados para constituir parte do processo do planejamento anual de negócio. Interface com a saúde pública e a promoção da boa saúde Uma interface efetiva entre a saúde pública e a saúde ocupacional é mantida para mitigar os grandes riscos do negócio e identificar fontes de informações epidemiológicas. As comunicações são mantidas com o governo local e autoridades de saúde para planejar uma resposta em tempo hábil para surtos de doenças infecciosas. Um programa está disponível, no local, para identificar desfechos de saúde do empregado e desenvolver programas para educar a respeito da prevenção/limitação do dano. Onde for conveniente, este programa deve ser estendido além da força de trabalho, para o interior das comunidades; exemplos podem incluir HIV, tuberculose, tabagismo, obesidade, doenças cardíacas, malária e programas de vacinação. Relatórios de saúde e gestão de documentos As informações de saúde em todas as operações e produtos cumprem exigências legais e são precisas, seguras e prontamente disponibilizadas. Registros de dados sobre matéria-prima, processos, produtos, locais de trabalho e tarefas são mantidos, bem como a monitoração e a avaliação das atividades, tais como as avaliações de risco à saúde, e a monitoração dos locais de trabalho e da exposição individual. Incidentes significativos de saúde ou tendências são investigados. Dados pessoais de saúde são considerados confidenciais de acordo com qualquer legislação sobre o acesso e proteção de dados. Os registros de saúde são mantidos por no mínimo 40 anos após o trabalhador ter se desligado do emprego. Categorias e casos de doença ocupacional são regularmente acompanhados e analisados, e fazem parte da 6

Indicadores de Desempenho de Saúde Nível 2: Indicadores Pró-Ativos Os indicadores de nível 2 fornecem dados para apoiar os indicadores do nível 1. Avaliação de risco à saúde e planejamento A percentagem das avaliações de risco à saúde (ARSs 7 ) concluídas, em relação à população total, em estudo Definição: Percentagem que mede a proporção de ARSs concluídas, no prazo, em relação à necessidade identificada numa frequência ou cronograma acordado, conforme exigido por padrões e procedimentos escritos. Escopo: Identificação, em um local específico, do número de ARSs que deveriam ser concluídas para avaliar todos os riscos à saúde, relevantes, neste local de trabalho. Avaliações fora do prazo não são computadas em relação ao total. Avaliações concluídas veem expressas como percentagem do total necessário. O avaliador deve proceder a julgamento sobre a qualidade da ARS e não contar, em relação ao total, aquelas que o risco não tenha sido adequadamente avaliadas, em relação ao total. Finalidade: Uma medida semiobjetiva que, no decorrer do tempo, permitirá à empresa rastrear quão abrangente é a avaliação do risco à saúde no local de trabalho. A garantia da qualidade e o melhoramento contínuo podem ser incluídos no processo de avaliação por meio de auditoria. Higiene ocupacional e controle das exposições no local de trabalho A percentagem de pessoas em risco que tenham concluído um adequado programa de treinamento e educação, para sensibilização da saúde relacionada ao trabalho Definição: A proporção de pessoas elegíveis (aquelas identificadas por uma ARS como sendo expostas a um perigo para o qual a educação/treinamento específicos são considerados como adequados), que concluíram o treinamento exigido pelos padrões e procedimentos da companhia. Escopo: Este indicador é calculado definindo-se a coorte (o número de pessoas em um local específico que estão expostas a um perigo) e calculando a percentagem que recebeu o treinamento apropriado. Finalidade: Este indicador relaciona uma medida objetiva de atendimento ao controle exigido, para um perigo ou risco. A coorte deve ser especificamente definida e direcionada para locais selecionados ou por perigo ou risco da atividade: treinamento genérico não são normalmente qualificados. Gerenciamento de emergências médicas Simulados de emergências médicas são realizados sistematicamente, com padrão definido, em todos os locais. 7 HRA Health Risk Assessment Definição: Os exercícios médicos de emergência são conduzidos em uma programação/frequência definida e o desempenho desses simulados é avaliado em relação a sua aderência a um padrão prédefinido. 7

Nível 2: Indicadores Pró-Ativos Escopo: A percentagem de simulados que são realizados em comparação com o número/ frequência exigidos nos procedimentos e padrões escritos. Percentagem em conformidade com o tempo de resposta definido Definição: como acima Escopo: Dos simulados realizados, o indicador é a percentagem em conformidade com o tempo de resposta definido para uma categoria específica de emergência médica. Gerenciamento da saúde-doença no local de trabalho (Nenhum indicador) Avaliação da aptidão para a tarefa e a vigilância em saúde A identificação de funções/tarefas com exigências física, mental e social especificas e o processo para avaliar a qualificação do trabalhador para cumprir as exigências com ou sem restrição ou limitação Definições: A proporção de indivíduos identificados, por funções/tarefas, como necessitando de avaliação de aptidão para a tarefa que eles fazem e que foram efetivamente submetidos a esta avaliação. Escopo: A presença ou ausência de um sistema para identificar tais grupos, a definição de grupos impactados e respectiva exigência de intervenção, de um processo para revisar e monitorar a entrada, a saída e o retorno ao emprego nestes grupos, para assegurar a aptidão à tarefa. Finalidade: Uma medida de conformidade objetiva com um requisito de controle para perigo. A percentagem de uma coorte definida, de empregados sob risco, que se submeteu a uma adequada vigilância de saúde em relação à exposição ao perigo Definições: A proporção de indivíduos identificados como sendo potencialmente expostos a um perigo à saúde que tenha se submetido à vigilância de saúde. Escopo: A vigilância de saúde é um termo genérico que cobre procedimento e investigações para avaliar a saúde dos trabalhadores, com a finalidade de detectar e identificar quaisquer anormalidades. A vigilância de saúde é apropriada, onde exposição potencial a um perigo, no local de trabalho, tem um efeito conhecido na saúde e existe uma medida validada e reproduzível do impacto biológico. Os perigos incluem um vasto espectro de agentes químicos, físicos e biológicos, que podem ser dividido em perigos relacionados com a indústria, em geral, tais como ruído, radiação, benzeno e também exposições em locais específicos, tais como os processos relacionados às substâncias químicas. A vigilância deve ser realizada quando uma exposição for identificada ou se pode ser razoavelmente esperada, ou para atender requisito legal. Os procedimentos de avaliação da saúde podem incluir, mas não estão limitados aos exames médicos, à monitoração biológica, aos exames radiológicos, questionários ou a uma revisão dos prontuários de saúde. 8

Proposta: Este indicador requer a identificação preliminar dos empregados sob risco de exposições ocupacionais potencialmente nocivas e então, todos estes empregados necessitam ser submetido a uma metódica vigilância da saúde. A vigilância é usada como uma realimentação cíclica para identificar áreas potenciais de problemas e a efetividade das estratégias preventivas existentes nos locais de trabalho. Os resultados da vigilância devem ser usados para promover e proteger a saúde do indivíduo, a saúde coletiva no local de trabalho, e a saúde da população trabalhadora exposta. Avaliação do impacto na saúde (AIS 8 ) A descrição das avaliações do impacto na saúde concluídas para projetos novos Definição: O estabelecimento de um sistema para avaliar o impacto potencial de uma política, projeto ou operações da companhia, sobre a saúde das comunidades locais. Escopo: O avaliador deve descrever o sistema ou programas de AISs que a companhia tem de executar, quer como parte de avaliações de impacto abrangente ou como avaliação independente. As avaliações deveriam ser consistentes, através das operações da companhia e escalonadas por tamanho do projeto, risco potencial e por local. Para projetos, a função de saúde deveria estar envolvida durante o planejamento, detalhamento de engenharia e construção, até o ponto de partida. Relatórios de saúde e gestão de documentos (Nenhum indicador) Interface com a saúde pública e a promoção da boa saúde A descrição de como a companhia gerencia a interface entre os empregados em diferentes locais e a situação da saúde pública nesses locais. Definição: A existência de práticas e programas para entender os riscos gerais de saúde e as experiências que afetam a força de trabalho local. Escopo: O avaliador deve descrever quaisquer processos e programas que a companhia possui, para identificar os problemas gerais de saúde da força de trabalho, quais são mais significantes em cada local e as abordagens usadas para tratar estes problemas de saúde. Este indicador diz respeito aos problemas de saúde na força de trabalho, sejam eles relacionados ou não, com o trabalho. Podem incluir os assuntos de saúde que são prevalentes na comunidade onde os negócios são localizados. As fontes de informações podem incluir as fontes Finalidade: É importante a compreensão dos potenciais impactos sobre a saúde, da política e dos projetos de mudanças em operações nas comunidades locais, pois assim, cada impacto pode ser então prevenido ou apropriadamente gerenciado. Isto não pode ser efetivamente realizado, sem o diálogo preliminar e continuado com a comunidade afetada. 8 Health impact assessment - HIA 9

Nível 2: Indicadores Pró-Ativos oficiais de saúde pública local, os dados de absenteísmo médico, os dados sobre benefícios de saúde, informações provenientes das clínicas de saúde conveniadas com as companhias, as informações de avaliação do impacto na saúde, o conhecimento sobre incidentes relacionados ao trabalho e dados resumidos do risco à saúde pessoal do empregado e os dados de bem-estar. O programa para compreender os problemas de saúde da força de trabalho variará muitíssimo, segundo a localidade. Finalidade: Entender o perfil de saúde da força de trabalho local (por exemplo, diagnósticos mais frequentes, preocupações de saúde e riscos do estilo de vida) pode auxiliar em identificar oportunidades para melhorar a saúde do empregado e de sua família, a produtividade do empregado e o desempenho dos negócios da companhia. Doenças transmissíveis são sérias ameaças à saúde do empregado, em várias áreas do mundo nas quais a indústria de óleo e gás opera. HIV/AIDS é um bom exemplo de questão de saúde da força de trabalho que requer atenção especial em algumas áreas do mundo. Em outros locais, as principais preocupações com a saúde do empregado podem ser muito diferentes, por exemplo, abuso de substância, doença cardiovascular, obesidade ou lesões relacionadas ao trânsito. Embora não exista uma abordagem uniforme, avaliações de doenças potenciais, problemas de saúde na força de trabalho e as causas das perdas dos dias de trabalho, podem determinar os mais importantes assuntos e as medidas preventivas apropriadas, em cada local. A percentagem de locais nos quais as preocupações com a saúde dos empregados são representadas em um grupo apropriado, por exemplo, círculo de saúde, comitê de saúde e de segurança Definição: A extensão na qual as preocupações com a saúde individual e coletiva do empregado, podem ser ouvidas, discutidas e as ações, sobre as mesmas, tomadas pelo empregador. Escopo: A presença ou ausência de um sistema para ter voz sobre assuntos de saúde. Finalidade: O diálogo com os empregados é um método efetivo para obtenção do bom entendimento de oportunidades para melhorar o desempenho. 10

Indicadores de Desempenho de Saúde Nível 3: Indicador Reativo Esta seção fornece dados para apoiar os indicadores do Nível 1. Existe apenas um único indicador reativo, em parte porque a ênfase deve ser sobre os indicadores pró-ativos, mas também porque as definições de doenças ocupacionais estabelecidas são as únicas que cumprem os critérios exigidos. Higiene ocupacional e controle das exposições no local de trabalho A eficiente notificação da doença relacionada com o trabalho Definição: A taxa de incidência de doença ocupacional (TIDO 9 ) é expressa por milhão de horas-homem de exposição. Escopo e finalidade: Refere-se ao Apêndice da página seguinte. 9 Occupational illness frequency rate - OFIR 11

Apêndice Diretrizes sobre o escopo e a coleta de dados a respeito das taxas de frequência de doença ocupacional Introdução A eficiente notificação da doença relacionada ao trabalho é um elemento chave no gerenciamento efetivo dos riscos ocupacionais à saúde, em diferentes países e companhias. Os relatórios de saúde ocupacional, por ocasião de sua redação, são desiguais e incompletos. Isto se deve às diferenças na legislação, na cultura e nas práticas de saúde ocupacional. Esta diretriz proporciona uma abordagem de consenso, que auxiliará as companhias na produção de dados harmonizados. Definições Doença ocupacional: uma doença ocupacional é qualquer condição anormal ou distúrbio em um empregado, exceto o resultante de uma lesão ocupacional causado por exposição a fatores ambientais associados ao emprego. Isto inclui, tanto as doenças crônicas como as enfermidades agudas. Elas podem eventualmente ser causadas por: inalação, absorção, ingestão ou contato direto com o perigo, bem como a exposição a perigos físicos e psicológicos. Comunicação: incluirá os casos de notificação compulsória à autoridade legal, como parte dos sistemas nacionais e todos os outros casos com julgamento profissional competente, do médico do trabalho, como sendo relacionado ao trabalho. Frequência: o número de casos incidentes de doenças ocupacionais, por milhão de horas trabalhadas, por ano. Relacionada ao trabalho: onde a estimativa de probabilidade, que o caso foi causado pelo trabalho ou por fatores ambientais relacionados ao trabalho é de 50 por cento ou mais. Apenas os casos novos (incidência) são comunicáveis, isto é, os casos novos diagnosticados durante o ano que está sendo reportado. Casos existentes só são comunicados se forem diagnosticados pela primeira vez durante o ano em análise. Também é útil guardar a documentação referente aos casos existentes (prevalência), mesmo que estes não sejam comunicados como parte deste sistema. Exacerbações ou recorrências de doenças ocupacionais ou gerais pré-existentes são reportadas se causadas por novas exposições no trabalho (vide abaixo, explicação adicional). Os casos devem ser notificados, resultem ou não, em tempo perdido no trabalho. Uma lesão: (isto é, não se trata de doença ocupacional) é causado por um único acidente e tem consequências imediatas. Identificação de doenças ocupacionais A fim de facilitar a compreensão, notificação, investigação e o acompanhamento das doenças ocupacionais, elas são frequentemente classificadas em uma das categorias abaixo. Uma orientação adicional para a distinção entre uma doença ocupacional e uma lesão, a notificação, a detecção e o diagnóstico da doença ocupacional são informados nas referências. Doença Respiratória Asma, silicose, asbestose, alveolite. Doença cutânea Dermatite de contato (alérgica ou irritante). Distúrbio nos membro superior e do pescoço Isto inclui distúrbios nos membros superiores, associadas a um trauma repetitivo e cumulativo. 12

Problemas nas costas e distúrbios nos membros inferiores Isto inclui problemas nas costas e distúrbios nos membros inferiores associados a traumatismos repetidos e/ou cumulativos. Câncer e doença maligna no sangue Mesotelioma, câncer na bexiga, leucemia. Intoxicação Intoxicação por chumbo, mercúrio, arsênio, cádmio, monóxido de carbono, sulfeto de hidrogênio. Perda de audição induzida por nível elevado de pressão sonora Casos que se enquadram nos critérios legais nacionais ou da companhia. Doença infecciosa e evitável Malária, intoxicação alimentar, hepatite infecciosa, doença dos legionários. Os casos de doenças infecciosas (como a malária, por exemplo), são comunicados se ocorrem entre trabalhadores não imunes, tais como os viajantes a serviço para áreas onde a doença é endêmica. Notas: 1. A frequência de doenças ocupacionais é uma medida de incidência, significando que apenas casos novos devem ser reportados. 2. Uma deficiência física ou mental de um empregado ou uma condição física ou mental pré-existente, não interfere na notificação de doença ocupacional subsequentemente contraída. Se em tais circunstâncias uma doença tem como causa ou umas das causas principais a exposição ocupacional, o caso deve ser comunicado sem considerar a condição física e mental pré-existente do empregado. 3. O denominador por milhões de horas trabalhadas tem sido selecionado a fim de ser coerente com os relatórios estatísticos de segurança industrial. 4. Em algumas jurisdições a lei local pode vetar a coleta e comunicação de dados sobre doença e lesões e/ou revelar esses dados ao empregador. Doença mental Depressão, distúrbios pós-traumáticos. Outras doenças ocupacionais Distúrbios devidos a agentes físicos (excluídos os materiais tóxicos), exaustão térmica, hipotermia, entorses. 13

Referências e leitura complementar API. Five-point Approach to Addressing Workplace Ergonomics. (August, 2004). API/IPIECA (Endossado by OGP). (2005). Oil and Gas Industry Guidance on Voluntary Sustainability Reporting: Using Environmental, Health & Safety, Social and Economic performance Indicators. Birley, M. (1995). The health impact assessment of development projects. London: HMSO. CDC. Guidelines about SARS for Persons Travelling to Areas Where SARS Cases Have Been Reported. (April 2004). www.cdc.gov/ncidod/sars/travel_advice.htm Health and Safety Executive. Draft Suite of Management Standards on Work-related Stress (January 2003). Health and Safety Executive. Real Solutions, Real People: A Managers Guide to Tackling Work-related Stress. www.hse.gov.uk/stress/index.htm International Labour Organization. Technical and Ethical Guidelines for Workers Health Surveillance (September 1997). IPIECA (2003). HIV/AIDS Management Tools for the Oil and Gas Industry. IPIECA (2005). A Guide to Health Impact Assessments in the Oil and Gas Industry. Occupational Safety and Health Act, OSHA, USA, 1986. Recordkeeping Guidelines for Occupational Injuries and Illnesses. OGP Report No. 6.78/290, June 1999. Health Performance Indicators. OGP. Substance Abuse: Guidelines for Management (June 2004). United Nations Programme on HIV/AIDS / Global Business Council / Prince of Wales Business Leaders Forum (2000). The Business Response to HIV/AIDS: Impact and Lessons Learned. www.businessfightsaids.org Gothenburg Consensus Paper. Health impact assessment: main concepts and suggested approach. Brussels:WHO European Centre for Health Policy,WHO Regional Office for Europe (1999). International Labour Organization (2001). An ILO Code of Practice on HIV/AIDS and the World of Work. www.ilo.org/public/english/protection/trav/aids/ index.htm 14

Glossário de termos AIS (HIA 10 ) API 11 CDC 12 EHSMS 13 IDS (HPI 14 ) Indicadores próativos Indicadores reativos SGS (HMS 15 ) SMS (HSE 16 ) TIDO (OIFR 17 ) Vigilância em saúde Avaliação do impacto na saúde Instituto Americano do Petróleo Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América Sistema de Gerenciamento para Segurança, Meio Ambiente e Saúde Indicador de Desempenho de Saúde Medidas de desempenho que representam as consequências de ações anteriormente tomadas Uma medida que, se adotada, auxilia para alcançar melhoria de desempenho Sistema de Gerenciamento na Saúde Segurança, Meio Ambiente e Saúde Taxa de Incidência de Doença Ocupacional Termo genérico que cobre procedimento e investigações para avaliar a saúde dos trabalhadores com a finalidade de detectar e identificar quaisquer anormalidades. Vide página 8. 10 HIA Health Imapact Assessment 11 API American Petroleum Institute 12 CDC US Centers for Disease Control and Prevention 13 EHSMS Environmental, Health and Safety Management System 14 HPI Health Performance Indicator 15 HMS Health Mangement System 16 HSE Health, Safety and Environment 17 OFIR Occupational Illness Frequency Rate 15

Membros da Associação OGP/IPIECA Membros de Companhia ADNOC AgipKCO Amerada Hess Anadarko Petroleum Corporation BG Group BHP Billiton BP Cairn Energy Chevron CNOOC ConocoPhillips Dolphin Energy DONG ENI ExxonMobil Gaz de France GNPOC Hellenic Petroleum Hocol Hunt Oil Company INPEX Holdings Japan Oil, Gas & Metals National Corporation Kuwait Oil Company Kuwait Petroleum Corporation Mærsk Olie og Gas Marathon Oil Nexen NOC Libya Oil & Natural Gas Corporation OMV OXY Papuan Oil Search Ltd PDO Perenco Holdings Ltd Persian LNG PetroCanada Petrobras Petropars Ltd Petronas Petrotrin Premier Oil PTT EP Qatar Petroleum RasGas Repsol YPF Saudi Aramco Shell International Exploration & Production SNH Cameroon Sonatrach Statoil-Hydro TNK-BP Management TOTAL Tullow Oil Wintershall Woodside Energy Yemen LNG Associação e Membros da Associação Australian Institute of Petroleum American Petroleum Institute ARPEL ASSOMINERARIA Baker Hughes Canadian Association of Petroleum Producers Canadian Petroleum Products Institute CONCAWE Energy Institute European Petroleum Industry Association Halliburton Institut Français du Pétrole IADC IAGC IOOA M-I SWACO NOGEPA OLF PAJ Schlumberger South African Petroleum Industry Association UKOOA WEG World Petroleum Council International Association of Oil & Gas Producers (OGP) (Associação Internacional dos Produtores de Óleo e Gás) A OGP representa a indústria upstream de Óleo e Gás perante as organizações internacionais incluindo a Organização Marítima Internacional, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), a Convenções Regionais do Mar e outros grupos sob a égide das Nações Unidas. Em nível regional, a OGP é a representante da indústria perante o Parlamento, a Comissão Europeia e a OSPAR Comissão para o Atlântico Nordeste. O papel da OGP é igualmente importante ao promulgar as melhores práticas, especialmente nas áreas e saúde, segurança, meio ambiente e responsabilidade social. International Petroleum Industry Environmental Conservation Association (IPIECA) (Associação Internacional da Indústria do Petróleo para a Conservação Ambiental) A IPIECA é a única associação global representativa da indústria do óleo e gás (tanto no segmento upstream como no downstream) essencialmente sobre os assuntos ambientais e sociais, incluindo a resposta ao vazamento de óleo; mudança climática global; combustíveis; biodiversidade, responsabilidade social e relatórios de sustentabilidade. Fundada em 1974 após a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), a IPIECA proporciona o principal canal de comunicação com as Nações Unidas. Os Membros da IPIECA são originários de companhias privadas e estatais bem como de associações regionais, nacionais e internacionais. Os associados cobrem a África, América Latina, Ásia, Europa, o Oriente Médio e América do Norte. Por meio de um Fórum de Avaliação de Assuntos Estratégicos, a IPIECA auxilia também seus membros para identificar questões emergentes globais e avaliar seus impactos potenciais sobre a indústria do óleo. O programa da IPIECA suporta totalmente o desenvolvimento internacional destas questões, servindo como fórum para discussões e cooperações, envolvendo a indústria e as organizações internacionais.