VANDERLEI SOARES MOYA Diretor Técnico de Departamento de Saúde Grupo Normativo de Auditoria e Controle de Saúde GNACS Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo
1983 Criado o Sistema de Assistência Médico Hospitalar da Previdência Social SAMHPS Implanta a AIH para simplificar a auditoria As principais ações de controle executadas eram baseadas na revisão de prontuários, das GIH (AIH) e GAP ( BPA), para as quais desenvolveram sistemas de informação o sistema foi voltado para o controle, principalmente de custos priorizando a informação da produção de forma quantitativa e financeira
REGRAS Laudo Técnico: o preenchimento do código do PROCEDIMENTO SOLICITADO poderá ser feito no faturamento do hospital,desde que haja supervisão de um médico. Permanência a Maior : o número de dias que o paciente permaneceu internado, além do dobro da média de permanência.
Faz tempo... A AIH será preenchida obrigatoriamente a máquina. Não poderá haver qualquer tipo de rasura...
Aumento da complexidade da assistência O sistema tem que dar conta das novas informações Novas regras para faturamento de novos procedimentos Sistema de informação voltado para gestão Gestão necessita informação de qualidade PARA ONDE CAMINHAR? FATURAMENTO INFORMAÇÃO?
COMO DAR CONTA? INFORMAÇÃO QUALIFICAR FATURAMENTO CONTROLAR REGRAS EXCEÇÃO
ARMADILHA nº 1 PERDER O FOCO = POR QUE? O ESPÍRITO DA REGRA : a essência. O QUE ESTÁ SENDO NORMATIZADO? Será a INFORMAÇÃO? MAS PARA QUE QUEREMOS uma INFORMAÇÃO LIMITADA pela REGRA?
EXEMPLO : LEITOS 1990= Anotar o quadrículo referente à CLÍNICA a que se destina o paciente Tratamento clínico ( grupo 03 ) em leito cirúrgico: Qual a informação? É necessário que possa ser informado em que clínica o paciente realmente ficou internado (leito) e não informar o leito que o sistema permite
Exemplo de regra com exceção e exceção com regra 03.01.06.001-0 - DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA PEDIATRICA Idade : até 19 anos ( é pediatria? ) Pode usar leito de clínica e ser acompanhado pelo clínico.???????
DESAFIO EXCLUIR compatibilidade para o ATRIBUTO LEITO *! * quando não houver habilitação
Por falar em exceção: 03.03.16.002.0 TRATAMENTO DE INFECCOES ESPECIFICAS DO PERIODO PERINATAL Idade Mínima:0 meses Idade Máxima:49 anos Leitos Obstétricos Clínico Pediátricos
CID P
Freqüência por Especialide/leito segundo Proced realizado Proced realizado Obstétricos Clínico Pediátricos Total 0303160020 TRATAMENTO DE INFECCOES ESPECIFICAS DO PERIODO PERINATAL 271 107 2537 2915 Total 271 107 2537 2915 Banco de dados da AIH, Estado de São Paulo, 2009
Mas então... O QUE ESTÁ SENDO NORMATIZADO? FATURAMENTO? PARA QUE QUEREMOS NORMATIZAR O FATURAMENTO? FACILITAR O CONTROLE? REGULAR? AUDITORIA FISCALIZATÓRIA, CARTORIAL E NORMATIVA e POUCO ASSISTENCIAL
ARMADILHA nº2 SE SÓ PODE O QUE ESTÁ NA TABELA ENTÃO... O QUE ESTÁ NA TABELA PODE! MAS QUEM CONTROLA? O PRÓPRIO SISTEMA?
ARMADILHA nº 3 ACREDITAR QUE O QUE TEM COMPATIBILIDADE TEM CRÍTICA SUFICIENTE PARA REALIZAR O CONTROLE E AUDITORIA se o sistema permite... CONJUNTIVITE VIRAL...INTERNA??? 0303010193
EXEMPLO : CID PROCURAR PROCEDIMENTO PELO CID GRAVIDEZ ECTÓPICA ERISIPELA
GRAVIDEZ ECTÓPICA Proced realizado Freqüência 0301060010 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA PEDIATRICA 1 0301060070 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA CIRURGICA 17 0301060088 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA MEDICA 54 0407040161 LAPAROTOMIA EXPLORADORA 144 0409060232 SALPINGECTOMIA UNI / BILATERAL 581 0409060240 SALPINGECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA 14 0409060259 SALPINGOPLASTIA 8 0409060267 SALPINGOPLASTIA VIDEOLAPAROSCOPICA 4 0409070106 COLPOTOMIA 1 0411020048 TRATAMENTO CIRURGICO DE GRAVIDEZ ECTOPICA 1464 0411020056 TRATAMENTO DE OUTROS TRANSTORNOS MATERNOS RELACIONADOS PREDOMINANTEMENTE A GRAVIDEZ 2 0415010012 TRATAMENTO C/ CIRURGIAS MULTIPLAS 37 0415020034 OUTROS PROCEDIMENTOS COM CIRURGIAS SEQUENCIAIS 3 Total 2330
ERISIPELA Proced realizado Freqüência Permanencia 0301060010 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA PEDIATRICA 19 21 0301060070 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA CIRURGICA 15 32 0301060088 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA MEDICA 149 269 0303010037 TRATAMENTO DE OUTRAS DOENCAS BACTERIANAS 753 6670 0303080060 TRATAMENTO DE ESTAFILOCOCCIAS 986 7005 0303080078 TRATAMENTO DE ESTREPTOCOCCIAS 2281 14100 Total 4203 28097 ESSÊNCIA= GRUPO DE DOENÇAS RELACIONADAS
Então para que compatibilizar CID? Garantir qualidade de informação? Qual informação: Como, Por que ou quantos? ARMADILHA nº 4
DOENÇAS GLOMERULARES 03.03.15.002-5 - TRATAMENTO DE DOENCAS GLOMERULARES
COLPOTOMIA 04.09.07.010-6 - COLPOTOMIA N211Cálculo uretral O001Gravidez tubária O002Gravidez ovariana Z302Esterilização
DESAFIO CONSTRUIR COMPATIBILIDADE DE FATO PARA OS PROCEDIMENTOS QUE, TECNICAMENTE, POSSAM ESTAR DIRETAMENTE RELACIONADOS. PROTOCOLOS DESCRIÇÃO RESPONSABILIZAR QUEM INFORMA.
COLERA Freqüência por Grupo Hospitais segundo CID10 Princ 4 Dig CID10 Princ 4 Dig Filantropicos Municipais Privados Total A00.0 Colera dev Vibrio cholerae 01 biot cholerae 138 19 0 157 A00.1 Colera dev Vibrio cholerae 01 biot El Tor 1 0 0 1 A00.9 Colera NE 96 7 2 105 Total 235 26 2 263
E LUMBAGO? Secundário? Qual o principal? Manual : melhor não ter. Por que não manter como procedimento principal? Internação desnessária? Informação qualifica a assistência? ARMADILHA nº 5
LUMBAGO 0301060010 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA PEDIATRICA 45 0301060070 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA CIRURGICA 281 0301060088 DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA MEDICA 1653 0303040068 TRATAMENTO CONSERVADOR DA DOR REBELDE DE ORIGEM CENTRAL OU NEOPLASICA 1873 0303040270 TRATAMENTO DE POLIRRADICULONEURITE DESMIELINIZANTE AGUDA 132 0303130024 ATENDIMENTO A PACIENTE SOB CUIDADOS PROLONGADOS POR ENFERMIDADES CARDIOVASCULARES 1 0308040015 TRATAMENTO DE COMPLICACOES DE PROCEDIMENTOS CIRURGICOS OU CLINICOS 637
MAIS EXCEÇÕES QUE REGRAS ARMADILHA nº 6 FICAR REFÉM DAS EXCEÇÕES: EXEMPLO : PERMANÊNCIA Se não atingiu o tempo mínimo terá crítica A não ser que foi transferido ou óbito.
Muito já se fez! Agora é hora de buscar construir um sistema com regras claras e com menos exceções, voltado para trazer uma informação fidedigna, porém qualificada, que permita mostrar a assistência como se dá e não como deveria se dar, sem ilusões.
DESAFIO Controlar os serviços prestados ao SUS pelos diversos prestadores para além do sistema de informações. Avaliar os resultados que a prestação de serviços assistenciais têm causado na população assistida. Qualificar a informação mais que auditar pagamentos, oferecendo ferramentas para uma gestão com qualidade.
vsmoya@saude.sp.gov.br EU NUNCA APRENDI NADA COM QUEM SEMPRE CONCORDOU COMIGO NILS BÖHR