TRANSFERÊNCIA DE PACIENTE INTERNA E EXTERNA
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- Francisca Barreto Santarém
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1 1 de 8 Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 25/11/ Proposta inicial LCR, DSR,MGO 1 Objetivo Agilizar o processo de transferência seguro do paciente/cliente, para os setores Intra- Hospitalar e Extra-Hospitalar. 2 Abrangência Unidades de internação, Pronto Atendimento, UTI, Centro Cirúrgico e Hemodinâmica. 3 Referências Normativas Não se aplica. 4 Descrição A busca da qualidade na medicina atual tem, entre objetivos, assegurar ao paciente cada vez melhores condições de assistência, diagnósticas e terapêuticas. Com isto, o fluxo de pacientes pode ser feito sem prejudicar seu tratamento, ou seja, deve ser indicado, planejado e executado minimizando o máximo dos possíveis riscos para a transferência.
2 2 de 8 TRANSFERÊNCIA INTRA HOSPITALAR Define-se como transferência intra hospitalar, transferência temporária ou definitiva de pacientes por profissionais da saúde dentro do ambiente hospitalar. Didaticamente, podemos dividir em quatro tipos a transferência intra-hospitalar: 1. Transferência, sem retorno do paciente, para fora da área de tratamento intensivo (UTI,Centro Cirúrgico e Sala de Recuperação Pós-Anestésica): envolve a transferência dos pacientes com alta médica da sala de recuperação pós-anestésica ou da UTI. Aqui a decisão de alta da unidade é a razão da transferência; portanto, assume-se a responsabilidade de que o quadro clínico está estável e o paciente está apto a ingressar em unidades de menor complexidade. Consequentemente, seu transporte será de pequeno risco. Normalmente, não é necessária a presença de médico neste tipo de transporte, porém a maioria dos hospitais, por recomendação do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), exige a presença de pelo menos um técnico de enfermagem durante o trajeto. 2. Transferência em um único sentido de um paciente para uma área de cuidados intensivos: envolve o transferência de pacientes da sala de emergência (clínica ou de trauma) ou enfermaria para a UTI ou para o Centro Cirúrgico. Deve sempre ter o acompanhamento médico, e ser realizado, idealmente, após ressuscitação inicial e estabilização do paciente, a menos que haja risco iminente de vida. Os cuidados serão, dentro do possível, uma extensão dos cuidados iniciais: suporte ventilatório, hemodinâmico e avançado de vida. 3. Transferência da UTI para o Centro Cirúrgico, com retorno à UTI: a necessidade de intervenções cirúrgicas em qualquer segmento do corpo torna necessário a transferênciado paciente crítico, mantendo o mesmo nível de cuidados no trajeto e dentro do Centro Cirúrgico. Tais procedimentos devem ter uma indicação precisa e em tempo, num acordo entre o cirurgião e o intensivista, ambos responsáveis pelo paciente. Alguns procedimentos cirúrgicos podem ser realizados à beira do leito, dentro da UTI, mas estes só estão indicados se a equipe assumir que o risco da transferência é maior que o deles. Neste tipo de transporte há a necessidade da presença do médico, porém não há nada redigido que indique qual profissionalseja o plantonista da UTI, cirurgião ou anestesiologista, deva responsabilizar-se por este deslocamento. Recomenda-se, então, que o acompanhamento seja feito pelo médico responsável pelo paciente na unidade de origem, ou seja, pelo intensivista ou pelo cirurgião no deslocamento ao centro cirúrgico e pelo anestesiologista ou cirurgião no sentido inverso, já que estes estão mais familiarizados com as últimas alterações observadas no quadro clínico do paciente nestes dois diferentes momentos.
3 3 de 8 4. Transferência não-crítica: são incluídos aqui os deslocamentos não-emergenciais e rotineiros, inclusive o de pacientes a serem submetidos a cirurgias eletivas, da unidade de internação ao centro cirúrgico. TRANSFERÊNCIA EXTRA HOSPITALAR Define-se por transferência extra hospitalar, a transferência sem retorno de centros de menor para outros de maior complexidade: inclui os pacientes em vários estágios de gravidade, que são levados para realizarem tratamento definitivo em hospitais especializados, permanecendo internados neles definitivamente. O local de origem, geralmente não possui os recursos para manter o suporte de vida e o tratamento do paciente devendo este ser transferido emantido até o fim de seu tratamento. Para realizar transferência de um paciente é preciso haver motivos justificados, ao tempo que o médico deve certificar- se da existência de vaga para formalizar o pedido. O médico deve ainda observar as condições clínica mais adequada, checando se os sinais vitais estão estáveis, se não há processos infecciosos graves e se não há risco iminente de morte. A decisão de transferir um paciente deve ponderar os benefícios dos riscos potenciais. A necessidade de cuidados adicionais relacionados a tecnologia ou ao grau de especialização necessário ao tratamento, é a razão prioritária para a transferência de pacientes. Os riscos devem ser minimizados através de um planejamento criterioso, qualificação de profissionais e escolha de estrutura hospitalar apropriados. PROCEDIMENTOS DE TRANSFÊRENCIA Certificar-se da transferência através do encaminhamento de aviso de transferência (movimentação do paciente), horário e disponibilidade do leito. Em transferênciasextra hospitalares certificar se de que a solicitação para transferência está com todos os dados do paciente carimbado e assinado pelo médico assistente; Preparar o paciente para a transferência, orientando-o e separando suas roupas e demais pertences; Observar as medicações administradas antes da transferência, checar o horário e certificar- se dos medicamentos que deverão ser encaminhados com o paciente; Anotar na prescrição do paciente: hora, condições do paciente e para onde foi transferido, não deixando de assinar;
4 4 de 8 Transferir o paciente com o prontuário ou laudo médico, pertences e resultado de exames. Em caso de transferência extra- hospitalar, enviar a ultima prescrição pois o contato médico já foi feito e informar os últimos cuidados que já foram prestados e os que ainda deverão ser realizados. INFORMAÇÕES DE ENFERMAGEM PARA A TRANSFERÊNCIA Motivo da transferência; Data e horário; Unidade de destino ou Hospital de destino; Setor de destino; Procedimento/cuidados realizados( punção de acesso venoso, instalação de oxigênio, sinais vitais, etc.). 5 Fluxograma Não se aplica 6 Descrição de Responsabilidades Médico Pronto Atendimento avalia a necessidade da transferência e solicita a enfermagem documentos necessários para a transferência se for interna como solicitação de internação cirúrgica ou clínica que deve ser encaminhada ao convênio para aprovação. Para transferência externa solicita a enfermagem a necessidade da transferência, solicita a vaga, ambulância e passa plantão para o médico que estará no destino do paciente, acompanha o paciente até a ambulância que fará o trajeto.
5 5 de 8 Unidades de Internação para UTI e PA para UTI, o médico solicita a transferência a enfermagem, passa o plantão para o médico intensivista e acompanha o trajeto até o setor. UTI para Unidades de internação o médico solicita a transferência a enfermagem. Unidade de internação, UTI e PA em caso de cirurgia de emergência, com risco iminente de morte, solicita a enfermagem a transferência para o centro cirúrgico, preenche o impresso de pedido de cirurgia, solicita materiais e faz relatório médico no impresso receituário médico. Faz contato com o médico do setor de destino e acompanha o paciente até o setor. Unidade de internação para Home Care e Hospital de retaguarda: Realiza a solicitação em impresso próprio, comunica paciente e familiares. Em todos os setores deve ser orientado o paciente e os acompanhantes sobre o motivo e risco da transferência. Evolui em prontuário ou em ficha de atendimento a necessidade da transferência com os motivos e necessidades da transferência. Enfermagem Solicita a vaga através do gerenciamento de acesso/internaçãoao setor de destino, exceto em caso de transferência externa; Preenche formulário de movimentação do paciente para ser encaminhado ao gerenciamento de acesso/internação; Passa plantão para o enfermeiro responsável do setor de destino, orienta paciente e acompanhantes sobre cuidados necessários e como será feita a transferência. Evolui em prontuário a necessidade da transferência e as orientações dadas. Acompanha pacientes críticos em transferências para a UTI, seguindo o protocolo de transporte de pacientes.
6 6 de 8 Central de Guias Encaminha pedido de transferência externa ao convenio, verifica a disponibilidade de vaga no setor de destino, encaminha ao convênio o pedido de ambulância que o médico efetuou. Com a vaga encontrada solicita ao médico plantonista local o contato com o médico da instituição de destino. Internação Verifica a disponibilidade da vaga solicitada e faz as alterações no sistema com a mudança do setor ou transferência externa do paciente. Imprime as etiquetas com o leito correto do paciente em casos de transferência interna e encaminha ao setor de destino. Gerenciamento de acesso Libera quarto/leito para transferência interna Nutricionista Orientação nutricional ao paciente e acompanhantes durante a internação ou antes da transferência, evolui em prontuário e em impresso próprio institucional de orientações diárias. Fisioterapeuta Realiza orientações ao paciente e acompanhantes, evolui em prontuário e em impresso próprio institucional de orientações diárias. Acompanha pacientes críticos da unidade de internação para a UTI. Fonoaudiólogo Realiza orientações fonoaudiólogasao paciente e acompanhantes, antes da transferência, evolui em prontuário e em impresso próprio institucional de orientações diárias. Farmacêutico Realiza orientações farmacológicas ao paciente e acompanhantes, antes da transferência, evolui em prontuário e em impresso próprio institucional de orientações diárias.
7 7 de 8 7 Monitoramento Não se aplica 8 Documentos de Apoio e Registros Documento de prontuário da continuidade da assistência ao paciente Impresso de Transferência do paciente Equipe multidisciplinar : Modelo 142
8 8 de 8 9- Assinaturas Elaboração ELuana Cristina dos Reis Enfermeira Assistencial UI / diurno Daniele S. Rodrigues Enfermeiro Assistencial UI /diurno Maria das G. Oliveira Enfª Educ. Continuada Diretoria Clínico Médico Clínico Geral Diretoria Técnica Gestão da Qualidade Gerência Enfermagem Médico Clínico Geral Gerente de Monitoramento Maria das Graças Oliveira Enfermeira Coordenadora da Educação Continuada
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