CORPORATE GOVERNANCE E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL NO ESPAÇO LUSÓFONO

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ISCTE Brings Us Together 2015 Parcerias, Governo, Sociedade e Mercado CORPORATE GOVERNANCE E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL NO ESPAÇO LUSÓFONO José Esperança Jorge Lengler

AGENDA Corporate governance no mundo A influência dos sistemas legais Corporate Governance: no contexto global no espaço lusófono em Portugal e no Brasil Conclusões

CORPORATE GOVERNANCE O problema de agência Separação entre gestão e propriedade CONFLITO PREDOMINANTE ENTRE: ACCIONISTAS E GESTORES Dispersão da propriedade Concentração da propriedade CONFLITO PREDOMINANTE ENTRE: ACCIONISTAS MAIORITÁRIOS E MINORITÁRIOS Os gestores participam no capital

A INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS LEGAIS Origem legal dos diferentes países Fonte: Wikipedia

A INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS LEGAIS Protecção dos investidores e credores País Origem Legal (1) Direitos dos credores (2) Divulgação (3) Nível de Protecção de Investidores (NPI) Responsabilidades dos directores (4) Facilidade dos accionistas em lançar acções judiciais Angola DCF 4 5 6 6 5,7 Austrália DC 9 8 2 7 5,7 Brasil DCF 3 6 7 3 5,3 Cabo Verde DCF 2 1 5 6 4,0 Finlândia DCE 7 6 4 7 5,7 França DCF 7 10 1 5 5,3 Alemanha DCA 7 5 5 5 5,0 Índia DC 8 7 4 7 6,0 Japão DCA 7 7 6 8 7,0 Moçambique DCF 2 5 4 9 6,0 Portugal DCF 3 6 5 7 6,0 Espanha DCF 6 5 6 4 5,0 Suécia DCE 5 8 4 7 6,3 Reino Unido DC 9 10 7 7 8,0 EUA DC 8 7 9 9 8,3 Média Países de DC (15 países) 7,8 7,6 6,2 7,5 7,1 Média Países de DCF (22 países) 4,2 5,7 4,6 5,9 5,4 Média Países de DCA (6 países) 6,6 4,8 4,5 5,5 4,9 Média Países de DCE (4 países) 7,0 7,0 4,8 7,0 6,3 Total 5,9 6,3 5,1 6,4 6,0 Fonte: Doing Business Indexes, 2010. www.doingbusiness.org Média Total NPI (5)

CORPORATE GOVERNANCE NO CONTEXTO GLOBAL Capitalização bolsista das 1500 maiores empresas (valor > 1bilhão + informação sobre salários) 21% 9% 4% Países de direito comum (n=1115) Países de direito civíl francês -(n=281) Países de direito civíl 66% germânico (n=111) Países de direito civíl escandinavo (n=79) Fonte: Boardex e Datastream

TAXA DE PARTICIPAÇÃO NO MERCADO DE CAPITAIS Australia Reino Unido Nova Zelândia Japão Dinamarca Estados Unidos da Améria Canada Suécia Noruega Filândia Suiça Irlanda França Portugal Holanda Hong Kong Taiwan Grécia Alemanha Singapura Itália Austria Bélgica India Sri Lanca Turquia 0.000 0.050 0.100 0.150 0.200 0.250 0.300 0.350 0.400 0.450 Taxa de participação dos investidores no mercado de capitais

CORPORATE GOVERNANCE NO CONTEXTO GLOBAL Concentração média da propriedade 70 60 58 Percentagem do maior accionista 50 40 42 36 35 34 34 34 31 30 29 29 28 27 26 26 25 24 23 23 30 20 20 20 19 17 17 17 13 12 11 10 9 10 0

CORPORATE GOVERNANCE NO CONTEXTO GLOBAL Concentração média da propriedade 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 100 100 Percentagem de empresas com accionista com controlo > 20% 75 72 69 67 63 63 60 59 51 50 50 50 47 47 44 43 39 37 33 33 26 23 16 14 10 7 0 0

CORPORATE GOVERNANCE NO CONTEXTO GLOBAL Conselhos de administração País de origem Peso médio do Empresas PE= PCA Idade média género masculino (#) (%) PCA PE PCA PE Países de Direito Comum 1115 50% 65 55 97% 97% Países de Direito Civil Francês 281 36% 63 55 96% 99% Países de Direito Civil Germânico 111 28% 62 54 98% 97% Países de Direito Civil Escandinavo 79 1% 61 51 95% 96% Total 1586 43% 64 55 97% 97%

CORPORATE GOVERNANCE NO CONTEXTO GLOBAL Remuneração média do PE 7 Remuneração Total ( Milhões) 6 5 4 3 2 1 0

CORPORATE GOVERNANCE NO CONTEXTO GLOBAL Remuneração média do PE 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Remuneração Variável (%)

CORPORATE GOVERNANCE NO ESPAÇO LUSÓFONO Contexto económico e legal Panorama económico-social Portugal Brasil Angola Cabo Verde Moçambique PIB de 2009 (milhões de USD) 227,68 1.573,41 69,07 1,55 9,79 PIB per capita 2009 (USD) 21.903 8.230 4.081 3.064 428 Variação do PIB (2010) 1,4% 7,5% 7,4% 5,1% 5,8% IDH (2010) 0,795 0,699 0,403 0,534 0,284 Índice de protecção aos investidores (2010) 6,0 5,3 5,7 4,0 6,0

CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Dimensão e performance das empresas Variável Médias Brasil(59) Portugal(45) Brasil/Portugal T-test para a igualdade de médias Diferença de Sig. médias Capitalização Bolsista ( M) 12131,86 1707,66 7,10 10424,20 *** Activo total ( M) 26228,96 7935,45 3,31 18293,51 ** Volume de Negócios ( M) 6893,30 612,15 11,26 6281,15 *** Empregados 22936,86 6529,07 3,51 16407,80 *** Retorno do Activo 8,39 2,47 3,40 5,92 *** Tobin s Q 1,66 0,85 1,95 0,81 *** Idade da empresa 42,85 49,13 0,87-6,29 Alavancagem Financeira 0,38 1,90 0,20-1,52 Fonte: Datastream

CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Concentração da propriedade Variável Brasil Portugal Peso médio das acções preferenciais (%) 31 1 HHI medido pela % de capital 0,18 0,29 HHI medido pela % de votos 0,33 0,29 % de votos detida pelo maior accionista 47,93 46,8 % de empresas com accionista com controlo (>20%) 66,1 73,1

CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Identidade dos accionistas 80% 70% 67% 60% 50% 44% 40% 30% 20% 10% 0% Empresas familiares 22% 7% Empresas estatais 15% 13% 15% 9% Empresas de capitais dispersos Empresas de capitais institucionais dispersos 3% 4% Miscelaneous 19% 29% Accionista com controlo = PE Brasil Portugal

Frequência Absoluta CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Dimensão dos Conselhos de Administração Brasil Média: 9 Mín: 5 Máx: 16 Portugal Média:10 Mín: 3 Máx: 27 Dimensão do Conselho de Administração

CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Independência do Conselho de Administração Serviços públicos (Utilities) Telecomunicações Materiais Básicos 100% 80% 60% 40% 20% 0% Bens de consumo Serviços Tecnologia Financeira Petróleo e gás natural Brasil Indústrias de transformação Portugal

CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Características do Conselho de Administração Variável Brasil Portugal CA Peso do género feminino 0,06 0,06 Idade média 57,37 55,53 Peso dos estrangeiros 0,11 0,10 PCA Peso do género feminino 0,07 0,02 Idade média 60,15 62,78 Peso dos estrangeiros 0,10 0,04 PE Peso do género feminino 0,02 0,02 Idade média 53,44 55,08 Peso dos estrangeiros 0,02 0,00

CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Comissões especializadas Auditoria Governo Societário Nomeações Remuneração Risco Sustentabilidade 31% 29% 31% 18% 8% 24% 4% 25% 13% 17% 42% 69% Portugal Brasil

CORPORATE GOVERNANCE EM PORTUGAL E NO BRASIL Variável Práticas de remuneração N Total ( milhares) Variável (%) Brasil Portugal Brasil Portugal Brasil Portugal Conselho de Administração 59 45 176 218 19 32 Administradores Executivos 59 45 721 447 42 43 Remuneração média do PCA 23 28 180 361-29 Remuneração média do PE 26 42 712 648-51 Apesar da componente variável da remuneração ser maior no Brasil, a sensibilidade desta à performance da empresa (medida pelo ROA) é maior em Portugal.

SÍNTESE E CONCLUSÕES Os países lusófonos já incorporaram as principais normas de governação; Os quadros legais dos países lusófonos são bastante semelhantes entre si; Portugal e o Brasil têm maior concentração da propriedade e menor remuneração variável e total que a maioria dos outros países, incluindo os de direito civil francês; Os mercados de capitais só têm dimensão no Brasil e em Portugal, mas há estruturas em fase de arranque em Cabo Verde, Moçambique e Angola; Predomina o modelo da concentração de capital, em todos os países, de natureza familiar e estatal; As remunerações médias dos executivos são mais elevadas no Brasil que em Portugal, reflectindo a maior dimensão e rendibilidade em 2009;

RECOMENDAÇÕES A governação empresarial beneficiaria da introdução de: Maior nível de independência dos CAs; Introdução de mais comissões especializadas (nomeações e auditoria, remunerações (Brasil); Redução do mecanismo de emissão de acções sem direito a voto (Brasil); Eliminação das barreiras ao direito de voto dos pequenos accionistas (Portugal); Reforço da participação directa dos accionistas nas decisões incluindo remuneração de gestores (say on pay), sobretudo em Portugal Dinamização de bolsas menos exigentes, com maior impacto nos mercados emergentes, que permitiriam o melhor acesso a capitais próprios e a saída de investidores e empreendedores em empresas recentes e de menor dimensão; As grandes empresas beneficiariam em se internacionalizar e cotar nas bolsas de outros países lusófonos obtendo: Diversificação do risco operacional; Acesso diversificado a mercados de capitais; Baixos custos de adaptação legal e contextual.

CONTEXTO ECONÓMICO País passou por mudanças de redemocratização e económicas que atraíram players globais nas duas últimas décadas Potencialização de uma massa emergente de consumidores antes excluídos do mercado de consumo O modelo de crescimento foi fundamentado na exportação de commodities e expansão do mercado interno O papel da oferta de crédito Segmentos emergentes do mercado doméstico

AMBIENTE DE NEGÓCIOS ATUAL Recessão impulsionada por redução da demanda e desinvestimento de players globais Ambiente de negócios fortemente desfavorável e controlador

AMBIENTE DE NEGÓCIOS DESFAVORÁVEL Obstáculos à atuação das empresas País caiu 5 posições em 2015: de 111º a 116º/189* Tempo necessário para constituição de uma empresa: 11 etapas ou 83 dias Com isto, o país ocupa o 174º lugar* No caso de construção de instalações físicas, como edifícios e fábricas, a exigência é de mais de um ano (426 dias) 169º* posição no ranking Tributação sacrifica empresários: * Banco Mundial Em três níveis, falta unificação O processamento do impostos (processar, declarar e recolher) ocupa 2.600 horas (108 dias) das empresas 178º 21 vezes mais horas para cumprir os impostos que em outros países da OCDE