Trabalho Individual Final (TIF) Ação: C523A-14_15. Avaliação das aprendizagens dos alunos refletir sobre as práticas avaliativas

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Trabalho Individual Final (TIF) Ação: C523A-14_15. Avaliação das aprendizagens dos alunos refletir sobre as práticas avaliativas Turma 1 Formador - Joaquim Morgado Formanda Cristina Maria Sereno Augusto de Albuquerque Entidade formadora Centro de Formação de Associação das Escolas de Matosinhos Local Escola Secundária João Gonçalves Zarco, Ginásio/Auditório Data 06/04/2015

ÍNDICE Apresentação... 3 Desenvolvimento... 4 Conclusão... 6 Cristina Albuquerque 2/6

APRESENTAÇÃO Este trabalho enquadra-se no âmbito da ação de formação Avaliação das aprendizagens dos alunos e tem como objeto uma reflexão sobre as práticas avaliativas, tendo em conta os normativos, se estas satisfazem ou não este processo e até que ponto o aluno é o principal ator do mesmo. A finalidade é poder melhorá-las recorrendo a técnicas e metodologias que vão de encontro a uma avaliação criterial e formativa. A metodologia usada foi um percurso feito ao longo de várias sessões, com discussão e partilha de ideias, no seguimento das várias tarefas suscitadas. Cristina Albuquerque 3/6

DESENVOLVIMENTO Esta ação de formação sobre avaliação deu-nos a conhecer a legislação em vigor e permitiu-nos discutir, clarificar e repensar o seu significado, a forma de avaliar a aprendizagem dos alunos, como e com que finalidade. Discutimos a importância da melhoria deste processo, no pressuposto da necessidade de uma uniformização de linguagem para este fim. As questões/tarefas abordadas, ao longo das sessões, levaram-nos a refletir sobre os temas a seguir desenvolvidos. Contrariamente à prática normativa, anteriormente predominante nas nossas escolas, verifica-se uma tendência para a predominância da avaliação criterial, contínua e sistemática, uma vez que o processo tem em vista sobretudo a melhoria permanente do aluno e a sua ação quotidiana na prossecução dos seus objetivos definidos. A avaliação é (deve ser) centrada no aluno, daí a importância da avaliação diagnóstica que pode ser um indicador precioso para professor, aluno, encarregado de educação e escola. Ao professor permite situar-se em relação à turma, bem como identificar as suas dificuldades e reformular estratégias e práticas letivas em função das mesmas. Portanto, este tipo de avaliação deveria ser feito antes da elaboração das planificações. Ao aluno e encarregado de educação permite identificar as dificuldades diagnosticadas e à escola promover a criação de condições para o sucesso, nomeadamente a inclusão de alunos em turmas de nível. Isto não significa que a avaliação normativa tenha desaparecido, pois ela está presente, por exemplo, nos exames e na avaliação diagnóstica, feita no início de cada ciclo e do ano letivo (em algumas escolas), com vista à seriação de candidatos para a constituição de turmas. Isto leva-nos ao conceito de avaliação formativa a qual tem por função orientar e regular o processo, visa melhorar qualitativamente a aprendizagem, envolve a recolha sistemática de dados e exige uma dimensão reflexiva. Esta reflexão deve permitir ao professor obter um feedback, de forma a poder adaptar o ensino às caraterísticas individuais dos alunos e a estes proporcionar uma autoavaliação, uma autorreflexão e um autocontrolo que lhes permitam monitorizar e encontrar o caminho para a sua aprendizagem. Através do conhecimento dos seus erros, os alunos procuram uma forma de os resolver, cabendo ao professor fornecer-lhes as condições favoráveis para tal Avaliação Regulada. Como exemplo, podemos mencionar o instrumento de avaliação Questão-Aula feito ao longo do ano e antes dos testes. Testes, Grelhas de observação, Entrevistas, Questionários, Escalas de graduação, Relatórios, Listas de verificação, Questões-Aula, Mapas de conceitos e Portfólios, são alguns exemplos de instrumentos de avaliação. Os testes são o instrumento mais comummente utilizado para avaliar as aprendizagens, pois as Cristina Albuquerque 4/6

respostas são padronizadas. Além de terem caráter sumativo, não deixam de ser formativos, tanto para o aluno como para o professor, pois ambos vão poder refletir sobre os resultados, cabendo ao professor diversificar estratégias em função daqueles, e ao aluno refletir e autoavaliar o seu desempenho. A elaboração de testes, exames e outros instrumentos de avaliação deve ser cuidada, para que as regras sejam cumpridas, conforme a natureza dos itens que os compõem, de forma a não falsear as respostas. Devem diversificar-se os instrumentos de avaliação, uma vez que avaliar não é apenas Saber-Fazer, mas deve envolver também o Saber-Estar e o Saber-Ser. Daí que assume particular importância a avaliação dos objetivos de aprendizagem do domínio das atitudes e valores, não só numa perspetiva formativa, mas também sumativa. Numa sociedade que ainda dá demasiado valor à classificação e às notas, os alunos têm de estar conscientes de que as suas atitudes e valores devem também ser mensuráveis e influir nos seus resultados escolares, contribuindo para uma diminuição da indisciplina na sala de aula, um aumento da responsabilidade e, consequentemente, da própria aprendizagem. A utilização dos variados instrumentos implica sempre a definição objetiva, adequada, eficaz, abrangente e explícita de critérios de avaliação e indicadores (elementos observáveis) que permitam uma avaliação/classificação transparente e inequívoca. Além disso, na classificação final dos dois últimos períodos, é de salientar a importância da atribuição de pesos referentes aos anteriores, uma vez que vai incentivar os alunos a não descurarem o seu percurso, responsabilizando-os mais por um processo progressivo, salvaguardando-os de uma penalização no caso de um acidente de percurso e permitindo observar as suas evoluções. Esses pesos devem ter uma percentagem baixa, pois no caso de um aluno se empenhar muito no período subsequente, pode vir a sentir-se frustrado, se não vir refletido na pauta o seu esforço. Atualmente ainda se confundem os conceitos de avaliação e classificação. A classificação pressupõe sempre uma avaliação, mas o contrário já não é obrigatório. A classificação assume um aspeto mais seletivo e de posicionamento com caráter sumativo. A avaliação deverá incidir sobre a evolução dos alunos ao longo do tempo, numa perspetiva formativa, uma vez que é contínua e sistemática. Porém, os constrangimentos que se colocam aos professores, nomeadamente falta de tempo, excesso de alunos por turma, tarefas burocráticas, cumprimento de programas, avaliações externas, etc., centram a avaliação no conhecimento dos alunos, dificultando assim a prática de uma avaliação formativa na sua dimensão reflexiva, mencionada anteriormente, com todas as suas vantagens. Cristina Albuquerque 5/6

CONCLUSÃO A frequência desta ação abriu-me novos horizontes relativamente ao processo avaliativo, levando-me a considerar a utilização de outros instrumentos de avaliação, para além dos que já utilizo, nomeadamente o mapa de conceitos, com vista a ajudar os alunos a estruturar e organizar ideias, resolver problemas e tomar decisões, bem como listas de verificação, entre outros. Tentarei elaborar os instrumentos de avaliação de acordo com as regras. Continuarei a definir critérios e indicadores de forma clara e objetiva para que a avaliação possa ser transparente para todos os intervenientes no processo. Queria ainda referir que, a forma como o formador conduziu esta ação, sobretudo a síntese das sessões anteriores no início de cada sessão presencial, seguida de partilha de ideias, inicialmente em pequeno grupo, e depois em grande grupo, foi de extrema importância para a prossecução dos objetivos da mesma, pois fomentou o trabalho de grupo, bem como permitiu um repensar de formas e métodos avaliativos. Em suma, o meu parecer, relativamente a esta ação de formação, é bastante positivo, pois considero ter atingido os objetivos da mesma ou seja, Refletir sobre as práticas avaliativas e poder melhorá-las. Cristina Albuquerque 6/6