PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CAMPUS POÇOS DE CALDAS Departamento de Relações Internacionais

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Transcrição:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CAMPUS POÇOS DE CALDAS Departamento de Relações Internacionais CONFERÊNCIA DAS PARTES PARA A CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA (CDB COP13) DE 2016 MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONSERVAÇÃO À DIVERSIDADE BIOLÓGICA Gabriela Bidóia Bressani Guia de Estudos sobre o tema do comitê do 2º MINIONU campus Poços de Caldas-MG, a ser realizado em 2017. Poços de Caldas MG 2017 0

Sumário 1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO... 2 2. APRESENTAÇÃO DA EQUIPE... 3 3. INTRODUÇÃO... 5 4. APRESENTAÇÃO DO TEMA E A CDB COP 13... 6 4.1. O Protocolo de Cartagena... 8 4.2. O Protocolo de Nagoya... 9 4.2.1. O Plano de Ação Estratégica de Biodiversidade... 11 4.2.2. As Metas de Aichi... 11 5. O COMITÊ... 12 6. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS PAÍSES... 13 6.1. México... 13 6.2. Brasil... 14 6.3. Cuba... 14 6.4. Malta... 14 6.5. EUA (Observador)... 15 6.6. Alemanha... 15 7. QUESTÕES PARA DEBATE... 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 16 1

1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO O MINIONU refere-se ao Modelo Intercolegial das Nações Unidas realizado pela PUC-MG e pelo Departamento de Relações Internacionais. Esse projeto consiste na preparação de alunos do curso de Relações Internacionais para receber estudantes do Ensino Médio e Superior para que estes desenvolvam debates e discussões em simulações de temas das Nações Unidas. Sendo este um projeto de extensão universitário pedagógico, o MINIONU permite que os estudantes tanto os que estão engajados no projeto quanto os que serão recebidos desenvolvam sua capacidade de percepção e expansão de conhecimento, pois irão estudar sobre um determinado tema que estará em voga na conjuntura internacional e discutir a posição de países neste tema o que aumentará seu interesse e conhecimento por certas áreas. Além do aprimoramento acadêmico que o projeto proporciona, há também uma maior interação entre os estudantes, que poderão conversar com os membros do projeto e conhecer outras pessoas que farão parte do mesmo comitê escolhido. Os estudantes serão os delegados, ou seja, representarão um país e a posição deste em determinado tema e irão discutir para chegar a uma proposta de resolução para os tópicos a serem definidos pelo comitê. A expectativa para o projeto é enorme, pois os preparativos já estão ocorrendo para que o evento seja uma ótima experiência para todos, além de ser lembrado como algo bom e de inserção do aluno do cenário internacional. Para ficar mais por dentro dos acontecimentos do projeto, bem como datas e atualizações do mesmo é só acompanhar nas redes sociais Facebook e Blogs além de poder contatar-nos em casos de qualquer dúvida. Os links seguem abaixo: Facebook: https://www.facebook.com/minionupcaldas/ Blog do Projeto: http://minionu.pucpcaldas.br/ Blog do Comitê: https://2minionucdbcop13.wordpress.com/ E-mail do Comitê: minionucdbcop13@outlook.com/ 2

2. APRESENTAÇÃO DA EQUIPE O comitê atual sobre a CDB COP 13 é formado por um Diretor-Geral e três Diretores-Assistentes que auxiliam o Diretor, além de possuir voluntários de logística que ajudarão na organização do evento antes e no dia para que ele ocorra da melhor maneira. Os diretores deixaram um recado para vocês, futuros delegados! Os recados seguem abaixo. Gabriela Bressani, Diretora-Geral Olá, pessoal! É com imenso prazer que venho dar boas vindas aos delegados e delegadas do 2º MINIONU em Poços de Caldas. Eu me chamo Gabriela, sou diretora desse comitê ambiental maravilhoso e vou contar um pouco da minha trajetória no MINIONU a vocês. Bem, eu comecei em 2015 como delegada da Hungria em um comitê sobre a Conferência de Paris de 2007 e foi aí que eu tomei amor pelo MINIONU. Em 2016 fui diretora assistente do comitê sobre a Liga dos Estados Árabes e tive a certeza que queria continuar no MINIONU. Em 2017 sou diretora do comitê CDB COP 13 que busca medidas de conservação da biodiversidade um tema que deve ser muito discutido em meio às agendas internacionais. Espero que vocês tenham uma experiência maravilhosa e acumulem bastante conhecimento com o MINIONU, pois esse projeto conta com uma equipe acadêmica e de diretores assistentes maravilhosos! Estou ansiosa para conhecê-los e, é com seriedade, que digo: sejam bem vindos ao nosso comitê! Descobriremos qual será a resolução final para preservar e conservar a biodiversidade mundial! Ícaro Faustino, Diretor-Assistente Olá delegados, meu nome é Ícaro Faustino, sou graduando do 5º período de Relações Internacionais e sou Diretor Assistente deste comitê, que tratará das questões ambientais voltadas para a Diversidade Biológica. Esta é a terceira vez que participo do MINIONU, sendo que antes de ocupar este cargo já exerci outras funções dentro deste projeto: em 2015 tive a experiência de ser Delegado da França na Conferência de Paris; e no ano de 2016, tive a oportunidade de ocupar o cargo de Diretor de Comitê da mesma Conferência 3

em que fui delegado no ano anterior, que se debateram as Medidas de Combate ao Recrutamento de Crianças Soldados. E neste ano serei Diretor Assistente, tendo como propósito auxiliar vocês no debate sobre as questões ambientais do nosso planeta e também obter conhecimentos sobre esta questão que muito é muito importante para as Relações Internacionais. Dessa forma, venho através desta carta desejar boas vindas a todos vocês e qualquer dúvida ou questionamento sobre o nosso comitê, não hesitem em nos contatar. Aguardo todos vocês em nosso comitê no 2º MINIONU Poços de Caldas. Até lá! Marianny Franco, Diretora-Assistente Olá! Meu nome é Marianny Franco, sou Diretora Assistente do Comitê COP 13 CDB. Trataremos de um assunto muito importante, que diz respeito à biodiversidade do nosso planeta. É um grande orgulho pra mim poder participar novamente deste projeto tão enriquecedor, tanto para nós, graduandos de Relações Internacionais, quanto para jovens do ensino médio que se importa com questões internacionais e que almejam participar do projeto! Tive um grande prazer de fazer parte da 1ª edição do MINIONU em Poços de Caldas, onde fui Diretora de Comitê do CPAR 2007, e foi uma experiência maravilhosa pois, aprendi muito sobre a estrutura de uma organização internacional, como são realizadas as conferencias que nos representam grandes importâncias e avanços mundiais, e em termos pessoais, uma grande experiência como trabalhar em equipe com os meus colegas e com os jovens do meu Comitê. Espero que todos nós possamos obter ainda mais aprendizado, e sobretudo se dedicar para mais um bom trabalho no MINIONU! Até breve pessoal! Contamos com a preparação de todos!!! Paula Miranda, Diretora-Assistente Olá, queridos delegados!!! Sou a Paula Miranda, estou cursando o segundo semestre de Relações Internacionais e minha trajetória no MINIONU de Poços de Caldas começou ano passado, quando participei como voluntária 4

de Comitê. Esse ano, estaremos juntos no comitê ambiental, que tratará sobre as medidas de proteção e conservação à diversidade biológica, tema essencial para o futuro da riqueza e diversidade natural do nosso planetinha, não é mesmo? Espero que estejam tão entusiasmados quanto nós para chegarmos a possíveis resoluções e que sejam muito bem sucedidas. Nós, da equipe do comitê, já estamos trabalhando muito para esse sucesso e aguardamos ansiosamente a chegada de vocês. Abraços e até o grande dia!!! 3. INTRODUÇÃO Uma das principais dificuldades que o homem vem enfrentando com o decorrer do tempo é como desenvolver o mundo de modo econômico sustentável, vindo a proteger os recursos genéticos, naturais, biológicos e de segurança alimentar que a Terra nos oferece para que as gerações futuras possam desfrutar de um ecossistema com maior diversidade biológica (GONZALES-ARRUTI, 2015). Os problemas relacionados à biodiversidade e meio ambiente vêm tomando uma enorme importância na agenda internacional de diversos países, que cada vez mais tentam alcançar metas e assinar protocolos para proteger os recursos naturais e ecossistemas (GONZALES- ARRUTI, 2015). É nesse quadro de busca pela preservação da biodiversidade da Terra que a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizou, em 1992 no Rio de Janeiro, uma reunião que tinha por objetivo marcar a forma de como o homem vê sua relação com o planeta, ou seja, naquele momento percebeu-se que era necessário conciliar o desenvolvimento social e econômico com os recursos disponíveis na natureza (SENADO FEDERAL 2017). Essa reunião ficou conhecida como Cúpula da Terra ou Rio92 e foi, além de um antecedente para a Convenção da Diversidade Biológica, a reunião com o maior número de chefes de Estado em que 179 países participaram com o intuito de reconhecer o conceito de desenvolvimento sustentável e como conter a degradação ambiental (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS, 2017). Uma das discussões que também moveu esse antecedente da Convenção da Diversidade Biológica foi o fato de que se os países subdesenvolvidos quisessem se desenvolver nos mesmos moldes dos países ricos, não haveriam 5

mais recursos naturais disponíveis sem que isso causasse danos extremamente graves à diversidade biológica e ao meio ambiente (SENADO FEDERAL, 2017). Foi então que, na Rio92, ficou decidido que os países emergentes deveriam receber apoio tanto financeiro quanto tecnológico para se desenvolverem de maneira sustentável, já que os países desenvolvidos eram os grandes responsáveis pelos danos da biodiversidade e do meio ambiente (IPEA, 2009). Durante a Rio92 foram assinadas uma série de Convenções e Agendas, como por exemplo, a Agenda 21 1 e a principal Convenção para o desenvolvimento do tema deste comitê: a Convenção sobre a Diversidade Biológica, que tem como objetivo principal conservar e preservar a biodiversidade, o uso sustentável e garantir a divisão justa e equitativa de benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos além de assinaturas dos Protocolos de Cartagena e Nagoya (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS, 2017). 4. APRESENTAÇÃO DO TEMA E A CDB COP 13 A Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) foi aberta para assinatura durante a Rio92, em 1992. Em 28 de dezembro de 1993, 90 dias após a 30ª ratificação, a CDB entrou em vigor e essa Convenção representa um enorme passo em busca do desenvolvimento sustentável (CDB, 2017). Além do desenvolvimento sustentável, a CDB busca promover o uso sustentável dos recursos da Terra e empreender a divisão justa e equitativa dos benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos (CDB, 2017). Dentro da Convenção há um corpo denominado Conferência das Partes (COP), responsável por fazer reuniões periodicamente para discutir alguns temas propostos pela agenda de conservação e preservação da biodiversidade. As Partes são os países colocando sua posição em relação a determinado tópico da agenda. Até hoje, foram realizadas 13 reuniões, ou seja, 13 COPs para a CDB. A COP simulada nesse comitê será a 13ª, que teve sua reunião feita em 2016 no México mais precisamente, em Cancun com o 1 De acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Brasil (2017), a Agenda 21é um documento de planejamento para que construa sociedades sustentáveis com diferentes bases geográficas. Essas bases geográficas devem conciliar algumas metodologias, como por exemplo, a proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica (MMA, 2017). 6

título principal de Fórum de Integração da Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade para o Bem-Estar (CDB, 2017). Um fator relevante que torna necessária a criação de Conferências dentro da CDB é o fato de que discussões sobre a preservação da biodiversidade 2 mundial vêm se tornando cada vez mais algo a ser debatido pelos países, uma vez que os recursos naturais da Terra vitais à nossa sobrevivência estão se tornando cada dia mais escassos devido às ações humanas, o crescimento desenfreado do desenvolvimento dos países e o gasto irracional de nossos recursos além das mudanças climáticas, que também contribuem para a perca da diversidade biológica mundial (FERREIRA; SERRAGLIO, 2016). A 13ª COP deu um importante passo ao integrar a biodiversidade em diversos setores, como por exemplo, vida marinha, pesqueira, flora, fauna, saúde humana e biologia sintética (CDB, 2017). Outra importância da CDB é sua agilidade em fazer com que os países implementem logo as Metas de Aichi em seus territórios, para que assim a preservação da biodiversidade ocorra de maneira mais eficaz com resultados rápidos e positivos ao longo dos anos (WWF, 2016). Em 2016, o México deu uma declaração em relação a 13ª Conferência das Partes na Convenção da Diversidade Biológica (CDB COP 13) e colocou seu papel como um dos atores internacionais mais relevantes na reunião de discussão. Entre essas declarações estão: é necessário e essencial que vivemos em harmonia com a Terra como uma condição de bem-estar que depende da nossa conservação e preservação da biodiversidade e dos serviços do ecossistema; demonstração da preocupação com os impactos negativos na biodiversidade 3 ; necessidade de mudar o comportamento e atividades humanas para que possa haver proteção da biodiversidade e a necessidade de se aumentar os esforços para que tenha a implementação efetiva do Plano Estratégico para a Biodiversidade, das Metas de Aichi e dos Protocolos de Cartagena e Nagoya, bem como facilitar conciliações com outras 2 Biodiversidade consiste em diversidade de espécies seja fauna ou flora -, diversidade de habitat, recursos genéticos e a natureza como um todo em sua dinâmica. Atualmente, a biodiversidade mundial está sendo ameaçada pela degradação dos habitats e espécies (BIODIVERSITY IN GOOD COMPANY, 2016). 3 Esses efeitos negativos são causados pela degradação dos ecossistemas, bem como as mudanças insustentáveis dos recursos da Terra, exploração ilegal e excessiva dos recursos naturais, contrabando de espécies, alterações climáticas e poluição do ar, terra e água (CANCUN DECLARATION, 2016). 7

iniciativas propensas a preservar a diversidade biológica em fóruns internacionais 4 (CANCUN DECLARATION, 2016). Após a explicação do conteúdo geral do comitê a partir de suas principais abordagens CDB e COPs é necessária a explicação dos protocolos relativos à temática de Biodiversidade, como o Protocolo de Cartagena e Nagoya, o Plano de Ação Estratégica de Biodiversidade e as denominadas Metas de Aichi. 4.1. O Protocolo de Cartagena Uma das declarações do México para a COP 13 é a necessidade de aumentar seus esforços para implementação mais do que efetiva do que os protocolos dizem e, nessa seção será apresentado e explicado o Protocolo de Cartagena extremamente relevante para a CDB. O Protocolo de Cartagena foi o primeiro acordo suplementar da CDB, adotado em 2000. Esse protocolo tem como principal abordagem a Biossegurança, sendo adotado então o nome de Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (PCB) (MMA, 2017). De acordo com Burnquist e Simões (2010), o principal objetivo do PCB é estabelecer algumas diretrizes para controlar o movimento entre fronteiras de organismos vivos modificados (OVM); além desse objetivo, o PCB visa definir normas para o transporte, manuseio, identificação e uso dos OVM. Já, de acordo com a WWF (2016), o PCB busca proteger a biodiversidade dos possíveis riscos potenciais decorrentes dos OVM pela moderna biotecnologia (WWF, 2016). O PCB entrou em vigor no ano de 2003 e, com isso, os países que estão sujeitos às regulamentações do PCB são os que contém carregamentos de OVM o que não deixa de ser uma biodiversidade destinados ao uso de laboratórios, à liberação de sementes no meio ambiente e à alimentação humana e animal feita por esses OVM (BURNQUIST; SIMÕES, 2010). A COP 13 exige que a implementação desse protocolo seja feita de maneira rápida, pois apesar de já ter entrado em vigor, o PCB não foi colocado 4 Esses fóruns internacionais precisam estar relacionados à temática da diversidade biológica com o desenvolvimento sustentável do comércio, agricultura, marinha e turismo (CANCUN DECLARATION, 2016). 8

em prática pelos organismos internacionais 5. Na 5ª COP da CDB o PCB foi aberto para assinatura no Kenya e um de seus pontos mais polêmicos é o fato de algumas decisões do PCB estarem ligadas tanto à biodiversidade, quanto ao comércio internacional (BURNQUIST; SIMÕES, 2010). As COPs que discutem os tópicos do PCB, bem como seus conceitos, identificações de OVM e visão dos países perante esse protocolo são chamadas de COP/MOP 6, e na CDB COP 13 terá a MOP 8 (BURNQUIST; SIMÕES, 2010). Segundo o Ministério do Meio Ambiente do Brasil (2017), a adoção do PCB pelas Partes consiste num passo relevante para a criação de um marco normativo internacional que leva em consideração as necessidades de proteção do meio ambiente e da saúde humana (MMA, 2017), bem como o comércio internacional de OVM. Esse PCB tem outro papel muito importante: procura dar suporte às Partes em relação os OVM e facilitam suas trocas de informações (MMA, 2017). Dito isso, é possível perceber que o PCB mostra o equilíbrio entre a conservação da biodiversidade e defesa do fluxo comercial dos OVM. Nas COP/MOP as Partes que participam da reunião analisam os documentos propostos e tomam suas decisões, decidindo se irão implementar e cumprir o PCB (MMA, 2017). Na última COP MOP, ocorrida em Cancun, houve diversos documentos de resoluções, como por exemplo, recursos e mecanismos financeiros, cooperação com outras organizações e convenções e integração entre as Partes nesse protocolo (CDB DECISIONS, 2012). 4.2. O Protocolo de Nagoya Um dos antecedentes desse protocolo que é considerado um dos mais importantes da biodiversidade é, sem sombra de dúvidas, a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável de 2002 7. Em 2004, um grupo de Trabalho Aberto sobre Acesso e Repartição de Benefícios criado no âmbito da 5 Não foi colocado em prática devido ao fato de os países não terem definido ainda como por essas medidas em operação, pois os interesses dos países em relação ao PCB são complexos e diversos (BURNQUIST; SIMÕES, 2010). 6 Meeting of the Parties (CBD, 2017). Reunião entre as Partes durante as COPs no âmbito de Biodiversidade (CBD, 2017). 7 Nessa Cúpula, os governos pediram ações para um regime internacional que promovesse de maneira mais eficaz a repartição justa e equitativa dos benefícios da utilização dos recursos genéticos (SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA, 2012, P. 2). 9

CDB, recebeu uma ordem de negociar sobre esse acesso e repartição, e, após seis anos negociando, foi adotado na CDB COP 10 em Nagoya, Japão o Protocolo de Nagoya sobe Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Derivados (SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA, 2012, P.2). Esse protocolo serve como um tratado internacional complementar à CDB, remete à um de seus objetivos e torna-se relevante para vários setores do comércio envolvidos no uso de recursos genéticos, como por exemplo, indústrias farmacêuticas. Seu princípio de acesso e repartição justa e equitativa de benefícios dos recursos genéticos sustenta a necessidade de um consentimento prévio do país em que o recurso está localizado antes deste ser repartido e acessado (SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA, 2012, P.3). O Protocolo de Nagoya é extremamente importante para a CDB e para as Partes que o ratificaram, pois esse protocolo traz maior transparência e segurança jurídica os países provedores e usuários dos recursos genéticos. Além dessa importância, o protocolo promove o incentivo de pesquisas sobre certos recursos genéticos 8 e a conservação e preservação dos mesmos, o que ajuda na biodiversidade e bem-estar humano (SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA, 2012, P.3). A partir do momento que uma Parte ratifica o protocolo, esta deve adotar algumas medidas a serem seguidas em relação o acesso dos recursos genéticos; essas medidas são, basicamente: consideração da relevância dos recursos genéticos para alimentação e agricultura, criar segurança jurídica e estabelecer clareza nos procedimentos de consentimento prévio (SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA, 2012, P. 4). O Protocolo de Nagoya exige que haja a atualização periódica de suas cláusulas para os termos acordados entre as Partes (SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA, 2012, P. 5). Esse protocolo ainda foi importante na criação do Plano de Ação Estratégica da Biodiversidade e das Metas de Aichi relevâncias atuais discutidas na CDB COP 13 (DICIONÁRIO AMBIENTAL, 2014). 8 Os recursos que levam benefícios a todas as Partes (SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA, 2012, P.3). 10

4.2.1. O Plano de Ação Estratégica de Biodiversidade De acordo com o site Dicionário Ambiental (2014), o Plano de Ação Estratégica de Biodiversidade foi aprovado no contexto do Protocolo de Nagoya, no Japão, na Província de Aichi. Esse Plano tem como objetivo prever o quadro global sobre a biodiversidade e deter a perca da biodiversidade mundial (DICIONÁRIO AMBIENTAL, 2014). Para promover a implementação nacional desse Plano, as Partes que o adotaram devem: rever e atualizar suas estratégias do Plano em matéria de biodiversidade no prazo de 2011-2020; desenvolver metas nacionais utilizando as Metas de Aichi e o Plano como base flexível; utilizar esse Plano para se integrar na biodiversidade de seus projetos nacionais de desenvolvimento e monitorar a implementação das Metas e do Plano em território nacional (NATIONAL IMPLEMENTATION, 2017, P.1). 4.2.2. As Metas de Aichi Com a elaboração do Plano de Ação Estratégica de Biodiversidade, a CDB exigiu que fosse estabelecido conjunto de metas que são objetivos de médio prazo (2011-2020) com 20 preposições e divididas em cinco blocos. Essas metas são o que conhecemos hoje como Metas de Aichi e todos seus objetivos estão voltados para a redução da perca da biodiversidade (MMA, 2017). Os blocos das Metas de Aichi são: 1- abordar as causas subjacentes da perda da biodiversidade através da integração da biodiversidade entre governo e sociedade; 2- reduzir pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o uso sustentável; 3- melhorar a situação da biodiversidade de maneira a proteger seus ecossistemas, espécies e diversidade genética; 4- aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços de ecossistemas para todos; 5- aumentar a implementação por meio do planejamento participativo, capitação e gestão de conhecimento 9 (CBD, 2017). 9 Ver link do site oficial da CDB explicando as Metas de Aichi em detalhes: <https://www.cbd.int/sp/targets/>. 11

Todos esses blocos e metas têm um prazo para ser implementadas e esse prazo é 2011 a 2020. Além desse prazo, as metas poderão estar flexíveis para alterações perante às necessidades das Partes signatárias do Protocolo de Nagoya, do Plano de Ação Estratégica de Biodiversidade e das Metas de Aichi (CBD, 2017). 5. O COMITÊ A CDB COP 13 contará com a participação de 50 membros. Entre esses membros estão presentes Organizações Internacionais Regionais e ONGs, e estas, juntamente aos membros observadores, não poderão votar, ou seja, se declararão apenas presentes. Os membros são: 1. Argentina 24. Catar 2. Brasil 25. Madagascar 3. Bolívia 26. República Democrática do 4. México Congo 5. Cuba 27. África do Sul 6. Peru 28. Líbia 7. Canadá 29. Egito 8. Alemanha 30. Jamaica 9. França 31. ETC Group (ONG) 10. Espanha 32. Estados Unidos da América 11. Itália (Observador) 12. Malta 33. Colômbia 13. Chipre 34. Malásia 14. União Europeia (OIR) 35. Marrocos (Observador) 15. WWF (ONG) 36. Bélgica (Observador) 16. Tuvalu 37. Ucrânia 17. Austrália 38. Croácia (Observador) 18. Rússia 39. Hungria (Observador) 19. Afeganistão 40. Dinamarca 20. China 41. Bahamas 21. Japão 42. Panamá 22. Nepal 43. Costa Rica 23. Iraque 44. Camboja 12

45. Cabo Verde 46. Angola 47. Camarões 48. Singapura 49. Conservation International (ONG) 50.Chile De acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Brasil (2016), os principais itens contidos na pauta da CDB COP 13 é avançar na implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 e avançar nas Metas de Aichi (MMA, 2016). Algumas Partes, nessa COP 13, irão abordar diálogos internacionais sobre a relação economia de ecossistemas e biodiversidade: essa relação é importante para promover certa ligação sobre os pontos certos de cada país para a consideração da biodiversidade; ainda nesse âmbito relacional, há a atuação do setor privado (MMA, 2016). O objetivo da CDB COP 13 é discutir a implementação e lições aprendidas com o Sistema de Contas Econômicas Ambientais da ONU 10 (MMA, 2016). Outro objetivo dessa COP é realizar discussões sobre a contribuição dos ecossistemas para a economia dos países Parte da CDB (MMA, 2016). 6. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS PAÍSES Abaixo é possível perceber a posição dos principais países na CDB COP 13 realizada no México, porém com o tempo será enviado ao Blog do comitê a lista de dossiê de cada país membro da COP 13 e mais complementação sobre os principais países, bem como os protocolos assinados por eles e detalhes de sua biodiversidade. 6.1. México País sede da 13ª COP para a biodiversidade, o México vem desenvolvendo caráter significativo nessa agenda. Seu desenvolvimento de Estratégias Estaduais de Biodiversidade tem sido promovido para melhorar o conhecimento humano sobre o assunto e melhorar as capacidades 10 Tem o objetivo de realizar relações com as metodologias da ONU e é coordenado pelo PNUMA em parceria com a CDB (MMA, 2016). 13

institucionais no planejamento e gerenciamento da conservação da biodiversidade. Nessa COP o México irá promover ações para apoiar mais o Plano Estratégico 2011-2020 e as Metas de Aichi; irá promover a integração do uso sustentável em programas e políticas setoriais e intersetoriais que focam na agricultura e aquicultura. Amostras de exemplos de histórias que obtiveram sucesso no uso sustentável em programas setoriais também serão usadas pelo México nessa COP. 6.2. Brasil País que possui maior diversidade biológica no mundo, o Brasil é um dos países latinos que adotou a Estratégia Nacional de Biodiversidade e possui diversos instrumentos legais para prevenir sua diversidade biológica, além de ter atividades que facilitam a implementação das Metas de Aichi (BRAZIL OVERVIEW, 2017). O objetivo desse país na CDB COP 13 é buscar resultados que melhore a diversidade biológica e ambiental e relacionar esse processo com melhorias econômicas. 6.3. Cuba Esse país possui uma vasta diversidade biológica de ecossistemas. São mais de 40 tipos variando entre áreas áridas, semi-áridas, florestas tropicais e montanhas. Não muito diferente dos outros países, a diversidade biológica de Cuba vem sendo ameaçada pela ação humana decorrente do intenso turismo e natural, fazendo com que cada vez mais essa diversidade diminua. A temática de preservação à diversidade biológica em Cuba vem sendo integrada pela implementação de programas nacionais e atividades públicas. São diversos os programas nacionais que Cuba vai discutir na CDB COP 13, como por exemplo, o Plano Turquino que protege o desenvolvimento nas montanhas e, o Programa Nacional para Conservação, que é um plano de ação que visa combater a desertificação em algumas áreas em Cuba (CUBA OVERVIEW, 2017). 6.4. Malta 14

Localizado no centro do Mediterrâneo, esse arquipélago é composto por três ilhas. Com uma população densa, a Ilha de Malta visa a total conservação de sua diversidade biológica e ecossistema, uma vez que toda a população precisa dos recursos naturais e a demanda por estes vem crescendo. A Ilha vem dotando diversas atividades para cumprir as Metas de Aichi até 2020 e irá levar para a CDB COP 13 a necessidade de que haja cooperação entre as Partes para que seu ecossistema permaneça com grande diversidade. 6.5. EUA (Observador) Esse grande país hegemônico do Sistema Internacional entrará na CDB COP 13 como membro observador, ou seja, só poderá participar das discussões colocando seu posicionamento, porém não poderá votar nas propostas de resoluções. Apesar de terem assinado o Acordo de Paris sobre as Mudanças Climáticas, os EUA ainda são bem cético da defesa e prevenção tanto às mudanças climáticas, quanto à diversidade biológica, pois sua legislação é bem rígida quando se trata de assuntos ambientais e esse país não possui o menor interesse em ratificar certos acordos com essa problemática, uma vez que visa seu crescimento. 6.6. Alemanha Após a adoção do Protocolo de Nagoya em 2010, a Alemanha demonstra grande empenho em implementar e ratificar esses protocolos, desenvolvendo atos de execução tanto à níveis da EU, quanto à nível interno. Um exemplo é a alteração da sua Lei de Patentes para a inclusão de exigências de informações sobre a origem geográfica dos recursos genéticos. Em 2013, foi publicado o primeiro relatório do Governo Federal sobre a consecução dos objetivos e a implementação das medidas no âmbito da Estratégia Nacional para a Biodiversidade. Na Zona Econômica Exclusiva da Alemanha (12-200 milhas náuticas), o Governo alemão notificou a Comissão Europeia de dez zonas de proteção marinha no Mar do Norte e no Mar Báltico em 2004. Além disso, atualmente existem 134 Paisagens Nacionais (14 Parques Nacionais, 16 Reservas da Biosfera e 104 Parques Naturais) que prevêem a conservação e o uso sustentável da biodiversidade (por exemplo, 15

turismo sustentável, outro objetivo da NBS de 10% de ecoturismo na Alemanha até 2020). Juntas, estas grandes áreas protegidas cobrem aproximadamente um terço da superfície da Alemanha. 7. QUESTÕES PARA DEBATE Qual decisão deve ser tomada caso não haja uma decisão da maioria em implantar as Metas de Aichi para a conservação da diversidade biológica? Qual é o melhor e mais eficaz meio de se conservar a diversidade biológica respeitando os Projetos Nacionais das Partes envolvidas na discussão? Como criar mais medidas além Metas de Aichi para que a perca da diversidade biológica seja diminuída? o O prazo para que as Metas de Aichi sejam cumpridas 2011 a 2020 deve ser prorrogado? Os protocolos de Nagoya e Cartagena bem como seus respectivos conteúdos são eficazes na conservação da biodiversidade? o Os países considerados megadiversos devem ser responsáveis pelo restante dos países participantes da COP 13? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Pedro. Rio-92: mundo desperta para o meio ambiente. IPEA: Desafios do Desenvolvimento. Edição 56, ano 7, 2009. Disponível em: <http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=23 03:catid=28&Itemid=23>. Acesso em: 12/04/2017. Biodiversity in Good Company (2016). Mainstreaming the Topic of Biodiversity in Corporate Sustainability Management. Disponível em: 16

<http://www.business-andbiodiversity.de/fileadmin/user_upload/documents/die_initiative/zentrale_dokum ente/161115_standpunktepapier_en_doppel.pdf>. Acesso em: 14/04/2017. BURNQUIST, Heloisa Lee; SIMÕES, Débora da Costa. Impactos Potenciais do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança nas Exportações Brasileiras de Soja. Revista de Economia e Sociologia Rural. Vol.48 nº 2. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-20032010000200002>. Acesso em: 14/04/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2012). About the Protocol. Disponível em: <http://bch.cbd.int/protocol/background/>. Acesso em: 14/04/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2017). Aichi Biodiversity Targets. Disponível em: <https://www.cbd.int/sp/targets/>. Acesso em: 15/04/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2016). Cancun Declaration on Mainstreaming the Conservation and Sustainable Use of Biodiversity for Well-Being. Disponível em: <https://www.cbd.int/cop/cop- 13/hls/cancun%20declaration-en.pdf>. Acesso em: 14/04/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2017). Country Profiles. Disponível em: <https://www.cbd.int/countries/>. Acesso em: 15/04/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2016). Decisions. Disponível em: <https://www.cbd.int/decisions/mop/?m=mop-08>. Acesso em: 14/04/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2017). History of the Convention. Disponível em: <https://www.cbd.int/history/>. Acesso em: 14/04/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2017). Meetings of the COP- MOP. Disponível em: <http://bch.cbd.int/protocol/cpb_mopmeetings.shtml>. Acesso em: 01/05/2017. CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (2017). Strategic Plan for Biodiversity. Disponível em: <https://www.cbd.int/doc/strategic-plan/2011-2020/aichi-targets-en.pdf>. Acesso em: 15/04/2017. 17

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