O pós-moderno
Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas na ciência, na arte e nas sociedades avançadas desde 1950. A arquitetura é o seu primeiro reflexo e também a computação. A Pop Art nos anos 60, consolida o espírito pós-moderno que permeia a filosofia durante os 70, como crítica da cultura ocidental. E amadurece hoje, inserindo-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência (ciência + tecnologia invadindo o cotidiano com desde alimentos processados até microcomputadores), sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural. Jair Ferreira dos Santos, O que é pós-moderno?
A vida se fragmenta desordenadamente em imagens, dígitos, signos - tudo leve e sem substância como um fantasma. Nenhuma revolta. Entre a apatia e a satisfação, você dorme.
É o tempo da informação e do niilismo, do desinteresse pela seriedade modernista em troca de uma missão mais divertida e individualista. O pós-modernismo é típico das sociedades pós-industriais baseadas na informação - EUA, Japão e centros europeus.
A vida se espetaculariza e assim vivemos o hiper-real que nos fascina porque é o real intensificado na cor, na forma, nas propriedades, é um quase sonho. Foto do produto e o produto real.
O hiper-real transforma o mundo num espetáculo que deve nos seduzir, caso contrário perdemos o interesse pela notícia.
Na pós-modernidade, matéria e espírito se esfumam em imagens, em signos, em dígitos num fluxo acelerado. É a lógica da velocidade.
Compra-se um produto mais pelas suas qualidades agregadas, signos, design do que propriamente o objeto. Compra-se um estilo de vida. O pós-modernismo é um ecletismo, uma mistura várias tendências e estilos sob o mesmo nome. Ele não tem unidade, é aberto, plural.
O mundo se pulveriza em signos, o planeta é uma rede pensante, enquanto o sujeito fica um nó de células nervosas a processar mensagens fragmentárias. É o tempo eletrônico que comanda a vida no mundo. Vivemos a lógica da corrida.
Arte e tecnologia criam uma estética autônoma. David Byrne desenvolve um site-specific, a idéia é transformar o edifício em uma escultura massiva de som onde os visitantes são convidados a entrar e participar.
Caravaggio, Narciso, óleo sobre tela 1571, 110 x 92 cm, Khvoshinski, 1916 Vivemos o tempo da cultura narcisista em que o tempo é fluído e instantâneo. É uma revolução individualista que gera novas atitudes como apatia, indiferença, sedução, hedonismo.
Hipermídia é o hipertexto - os arquivos hipermídia ligam-se não somente a outros fragmentos de texto, mas também a outras formas de mídia, som, imagem. A hipermídia combina hipertexto com multimídia.
Projetando formas atraentes, embalagens apelativas, o design estetiza (embeleza) o cotidiano saturado por objetos.
É nesse contexto que o design gráfico contemporâneo se desenvolve. Nos anos 80 os projetos gráficos tornam-se mais ousados surgindo novas Tendências de modo a atender públicos variados.
David Carson explode no mercado com seu design singular, autoral e casual style.
Revista Emigré Patrick Negel
Negel possui um certo retrô
É o paradigma da ilegibilidade
A tipografia adquire novos significados
Arnaldo Antunes David Carson
O mundo se pulveriza em signos, o planeta é uma rede pensante, enquanto o sujeito fica um nó de células nervosas a processar mensagens fragmentárias. É o tempo eletrônico que comanda a vida no mundo. Vivemos a lógica da corrida. a vida no ambiente pós-moderno é um show constante de estímulos desconexos onde as vedetes são o design, a moda, a publicidade, os meios de comunicação. Projetando formas atraentes, embalagens apelativas, o design estetiza (embeleza) o cotidiano saturado por objetos. Vai-se ao hipermercado, onde a mercadoria é o espetáculo, para passear, e comprar A moda e a publicidade, por sua vez, têm por missão erotizar o dia-a-dia com fantasias e desejos de posse
Na arquitetura a função passou a obedecer a forma e a fantasia e os arquitetos vão buscar referências no passado, afim de criar uma arquitetura que reflita as diversas culturas. O ornamento é recuperado e também seus valores simbólicos como as colunas gregas, que são mesclados aos materiais pós-industriais. Por ex um portal barroco com vidros fumé Nietzsche - o primeiro a desconstruir os valores ocidentais Os filósofos pós-modernos não querem restaurar os valores antigos, mas desejam revelar sua falsidade e sua responsabilidade nos problemas atuais O homem hedonista - busca a moral do prazer (não de valores), a satisfação do aqui e agora - é sua filosofia portátil. E a paixão por si mesmo, a glamurização da sua auto-imagem pelo cuidado com a aparência e a informação pessoal, o entregam a um narcisismo militante. É o neo-individualsmo decorado pelo narcisismo.