POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO

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Transcrição:

Junho/2016. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO Versão: 01 Revisada: Compliance Aprovação: Mario Celso Coutinho de Souza Dias Presidente 30/06/2016

1 OBJETIVO A Política de Gestão de Risco tem como objetivo definir os parâmetros a serem utilizados para o monitoramento, mensuração e ajustes contínuos dos riscos à gestão das carteiras de valores mobiliários pela SENSO CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS S/A ( SENSO ). 2 RISCOS A gestão de carteiras de valores mobiliários está exposta a diversos tipos de riscos. Esses devem ser identificados para serem aplicadas as ações necessárias para evitar ou diminuir a perda do capital investido. 2.1 Risco de mercado Advém das flutuações nos preços dos ativos das carteiras de valores mobiliários. Ocorrem por diversos motivos, em especial as alterações políticas, econômicas e fiscais, o nível de crédito e a liquidez dos mercados onde são transacionados. Quando esses fatores se alteram de forma não esperada, podem provocar rápidas e fortes oscilações nos preços, trazendo volatilidade e possibilidades de perdas aos investidores. 2.2 Risco de Liquidez A redução das negociações de ativos que integram as carteiras de valores mobiliários pode ocorrer por questões inerentes ao próprio ativo ou do mercado onde é negociado. Nessas condições, a necessidade de venda de ativos pode se dar em níveis de preços desfavoráveis, gerando impactos negativos aos investidores. 2.3 Risco de crédito e contraparte Ocorre no não cumprimento das obrigações de pagamento de principal e juros das dívidas emitidas por empresas que façam parte da carteira de valores mobiliários. 2.4 Risco de derivativo A utilização de derivativos para o adequar as estratégias envolvendo os ativos de referência podem trazer benefícios, como hedge e redução da volatilidade. Entretanto, pela sua estrutura de precificação, como costumam ser mais voláteis que os mercados à vista. Essas variações podem resultar em perdas maiores que as esperadas para as carteiras de valores mobiliários.

2.5 Risco de concentração Quando a carteira de valores mobiliários tem concentração em poucos ativos, fica exposta às possíveis variações abruptas de preços desses ativos. No caso de ativos de dívidas, há a possibilidade de default. Ambos fatores de risco podem trazer perda aos investidores. 2.6 Risco sistêmico ou de regulação Alterações abruptas ou importantes na política econômica, monetária, fiscal, incluindo os originados no exterior e que interfiram na economia brasileira, bem como eventos políticos e sociais podem impactar os mercados financeiros. Alterações na legislação, regulamentação e normas que regem a economia também influenciam no ambiente de negócios. Os preços dos ativos poderão ser afetados, podendo gerar diminuição da rentabilidade e até perda de capital pelos investidores. 2.7 Risco Operacional É a possibilidade de perdas derivadas de falha, deficiência, inadequação ou não cumprimento de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. 3 GERENCIAMENTO DOS RISCOS Exceto quanto ao Risco Operacional que é monitorado pela área de Risco e Compliance, os impactos dos demais riscos acima apontados são gerenciados pela área de Gestão de acordo com padrões de riscos compatíveis com as características de cada carteira. 3.1 Risco de Mercado Antes da compra de qualquer ativo para as carteiras de valores mobiliários é estabelecida a perda máxima que será tolerada. Caso esse valor seja atingido, o ativo será retirado da carteira. Esses valores são definidos pela área de Gestão em função das características de cada ativo e das condições do mercado, principalmente da volatilidade. Esses valores são acompanhados em tempo real pela área de Gestão, através de uma ferramenta desenvolvida para esse fim. Assim que atingidos são emitidas as ordens para a mesa de operações para a saída do ativo.

As operações de saídas de ativos em função das perdas máximas atingidas podem gerar desenquadramentos das carteiras, de acordo com a legislação pertinente e vigente. A mesma ferramenta emite um alerta caso ocorra a necessidade de alocação em ativos para a carteira voltar ao enquadramento. Todo o sistema de gerenciamento é feito em tempo real. 3.2 Risco de Liquidez A liquidez das carteiras de valores mobiliários é necessária para atender aos pedidos de resgates dos investidores. Também é levado em consideração o tempo provável de entrada e saída de posições em ativos pouco líquidos, que podem gerar desajustes em movimentos de resgates mais expressivos. Esse risco é acompanhado em conjunto pelas áreas de Risco, Compliance. A escolha dos ativos a serem incluídos nas carteiras leva em consideração o volume financeiro negociado e o número de negócios diários. Esses parâmetros são avaliados em função da liquidez geral do mercado e reavaliados mensalmente. É vedada as operações com ativos que não atendam às condições de liquidez desejadas para o momento do mercado. 3.3 Risco de crédito e contraparte Para mitigar o risco de crédito somente são considerados elegíveis para a inclusão nas carteiras de valores mobiliários aqueles definidos como risco soberano, basicamente os títulos públicos federais ou em bancos com grau de investimento definidos por agências de rating. 3.4 Risco de derivativo Somente são permitidas as operações com opções de ativos negociados na BOVESPA, envolvendo obrigatoriamente o ativo objeto. Não são permitidas o lançamento de opções à descoberto. O acompanhamento é realizado pela área de Risco e Compliance. 3.5 Risco de concentração A administração de uma carteira de valores mobiliários exige uma diversificação necessária para mitigar os riscos de variações fortes dos ativos. A determinação da participação máxima de ativos é baseada em função da liquidez do ativo e de seus fundamentos econômico e financeiros. O limite máximo de concentração de um único ativo é de 25% do total da carteira. Somente em situações especiais, derivadas de movimentação de cotistas poderão ser consideradas exceções.

A ferramenta de controle em tempo real utilizada para a gestão de risco de mercado é utilizado para o acompanhamento desse fator de risco. 3.6 Risco sistêmico ou de regulação O acompanhamento desse risco se dá pela avaliação das alterações da legislação, regulamentos e normas, diretamente pela área jurídica da SENSO. 3.7 Risco operacional A área de Risco e Compliance identifica os riscos operacionais através das seguintes etapas: (i) Identificação (prováveis eventos que possam resultar em perdas); (ii) Avaliação (grau de perda referente a possibilidade de ocorrência de eventos que possam ocorrer em risco) ; (iii) Ação (Plano de Ação para mitigar e controlar o evento, evitando sua repetição) e (iv) Reporte (comunicar aos envolvidos na execução da Política de Gestão de Risco os resultados do gerenciamento dos riscos operacionais). 4 LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS RISCOS Na administração dos Clubes de Investimentos em Ações, que têm limites de exposição de ações estabelecidos em legislação e no Estatuto, são considerados o percentual mínimo de 67% para aplicações em ações e os limites de exposição definidos no gerenciamento de risco de concentração. Para as Carteiras administradas, que não têm valores mínimos a serem aplicados em ações, considera-se conjuntamente os limites definidos pelo gerenciamento de risco de concentração e liquidez. Os limites de exposição aos riscos são avaliados diariamente, pela área de Back-Office em conjunto com a área de Gestão. 5 ORGANOGRAMA E ATRIBUIÇÕES DA GESTÃO DE RISCOS E COMPLIANCE A gestão de riscos é de responsabilidade da Área de Risco e Compliance, gerida por um Diretor estatutário e têm as seguintes atribuições e responsabilidades:

Supervisionar a implementação, aplicação e eficácia dos procedimentos e controles internos necessárias para o fiel cumprimento dessa Política de Gestão de Risco; Acompanhar e adequar os processos de gerenciamento de riscos em função das alterações da legislação pertinente; Monitorar os riscos a que estão expostos as carteiras de valores mobiliários, de acordo com suas respectivas política de investimentos; Manter informada diariamente a área de Gestão dos resultados de seus informativos e alertas referentes as exposições dos riscos de cada carteira, cobrando e conferindo a imediata regularização de quaisquer desajustes encontrados; O Diretor responsável pela gestão de riscos deve: verificar o cumprimento da Política de Gestão de Risco; encaminhar relatório de exposição de risco de cada carteira de valores mobiliários sob gestão para as pessoas indicadas na política de gestão de riscos em frequência, no mínimo mensal; O Gestor responsável pelos recursos de terceiros, deve pautar sua atuação para evitar os riscos previstos nessa Política e tomar as providências necessárias para a efetiva regularização de quaisquer desajustes apontados pela área de Risco e Compliance. A Política de Gestão de Risco será revista anualmente e avaliada quanto à sua adequação.