HEI - HOTEL EDUCATIONAL ENGLISH : ensino de Língua Inglesa para Hotelaria suportado por um assistente inteligente



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Transcrição:

IV Congresso RIBIE, Brasilia 1998 HEI - HOTEL EDUCATIONAL ENGLISH : ensino de Língua Inglesa para Hotelaria suportado por um assistente inteligente Ivete Alves Luciane Kolberg Lucia Maria Martins Giraffa Eunice Polonia ialves@music.pucrs..br lkolberg@music.pucrs..br giraffa@inf.pucrs..br epolonia@orion.ufrgs..br Instituto de Informática PUCRS Av. Ipiranga 6681 prédio 30, bloco IV Porto Alegre, RS Brasil 90610-900 Fone: + 55 51 339-1511 Ext. 3211/Fax: + 55 51 339-1564 Este artigo apresenta a descrição e funcionamento do software educacional denominado HEI - HOTEL EDUCATIONAL ENGLISH, sistema para suporte ao ensino da língua inglesa na área de hotelaria. O texto contém algumas considerações a cerca do referencial teórico utilizado no trabalho envolvendo as áreas de: Informática na Educação (Softwares Educacionais), Inteligência Artificial (Sistemas Tutores Inteligentes), Hipermídia (Hipertextos e Multimídia), ensino da língua inglesa (aplicado à hotelaria e algumas considerações finais. Área de Concentração: Inteligência Artificial e Educação, Ensino da Língua Inglesa. 1. Introdução O uso de softwares educacionais como ferramenta de apoio ao processo de ensinoaprendizagem vêm crescendo ao longo dos últimos anos e sua aplicação pode ser observada em todas as áreas do conhecimento. Ao mesmo tempo que se difundem essas novas ferramentas se constata que existe uma carência de títulos para muitas áreas do conhecimento, apesar da grande oferta de títulos que se encontra no mercado, fato este comprovado pelas ofertas que aparecem nas revistas especializadas e nos classificados dos grandes jornais, bem como nas feiras e eventos especializados. Se observarmos algumas subáreas específicas, tal como o ensino de inglês para hotelaria, esta constatação se torna ainda mais evidente. A restrição na oferta de programas para suporte ao ensino de inglês para hotelaria, a existência de um trabalho voltado para o desenvolvimento de uma metodologia específica para o ensino de inglês para esta área, desenvolvido pela Profa. Eunice Polônia e o interesse da professora em desenvolver um software onde pudesse trabalhar alguns aspectos do ensino da língua inglesa que os meios tradicionais, por ela utilizados não ofereciam foram as motivações deste projeto. Este artigo está dividido em sete itens onde são apresentadas a contextualização do HEI na área de Informática na Educação (Software Educacionais), o projeto do ambiente de ensino-aprendizagem computadorizado e algumas considerações finais sobre os

resultados obtidos e os trabalhos futuros que serão desenvolvidos a partir desta implementação. 2. Software Educacional Segundo Valente [VAL 91], a implantação da Informática na Educação consiste basicamente de três ingredientes: o computador, o software educativo, e o professor treinado para o uso do computador na sala de aula. O software educativo tem tanta importância quanto os outros ingredientes, pois sem ele o computador jamais poderá ser utilizado como ferramenta educacional. Conforme Giraffa e Viccari [VIC 96], o software educacional é um programa que visa atender necessidades e possui (ou deve possuir) objetivos pedagógicos. Todo o software pode ser considerado educacional, desde que sua utilização esteja inserida num contexto e numa situação de ensino-aprendizagem, onde existe uma metodologia que oriente todo o processo. O desenvolvimento de um software educacional deve contar com profissionais das áreas de educação e informática, pois é importante levar-se em conta o que o software se propõe a ensinar e como isso é feito. Segundo Valente [VAL 89], ao se fazer um software educativo devem ser levados em conta alguns aspectos: deve existir uma interação entre o usuário e o sistema, o diálogo entre eles deve ser o mais amigável possível; o controle do programa deve ser do aluno; o tratamento do erro deve existir; a programação deve ser sólida e efetiva; deve existir uma boa documentação, que seja clara e abundante. Segundo Franciosi [FRA 96], desenvolver um software educacional não se constitui em uma tarefa trivial e está associada a um grupo de trabalho de características inter e multidisciplinares. Pode-se, então, subdividir essa tarefa em três etapas: planejamento, projeto e desenvolvimento. O planejamento deve priorizar a definição do problema, o desenvolvimento da estratégia de solução e o plano de desenvolvimento. As falhas nessa etapa podem ser apontadas como a principal causa de atrasos no cronograma de desenvolvimento, aumento excessivo de custo e baixa qualidade do software. Não há fórmula mágica ou receita para elaborar um projeto de software. Projetar um software é um processo criativo que pode ser dirigido ou guiado, mas nunca reduzido a um algoritmo meramente procedural. Na fase de desenvolvimento do projeto translada-se a especificação do projeto para um programa. O objetivo principal do desenvolvimento é escrever o código fonte e a documentação interna. Analisando o histórico e as taxonomias dos softwares educacionais os programas do tipo CAI (Computed Aided Instruction) que foram as primeiras modalidades de software educacional e utilizam a teoria comportamentalista como modelo teórico. O modelo de ensino se baseia em instrução programada. Os CAI são oriundos da área de Educação e

seu projeto apresenta uma estrutura única e com o conhecimento representado de forma algorítmica. A utilização das técnicas de IA e a tentativa de fazer com que o software deixe de ser um mero virador de páginas eletrônico 1 e se torne um elemento mais ativo no processo de interação com o aluno fez surgir os ICAI. Segundo [COS 97], com a incorporação de recursos de IA e os resultados da psicologia Cognitiva, os CAI dão origem aos sistemas ICAI (Intelligent Computed Aided Instruction). Ao examinarmos a literatura da área observamos que não existe um consenso a respeito da taxonomia dos ICAI, uma razão disto é que a origem de tais sistemas não é a área de Educação e sim a Ciência da Computação onde não se tem uma teoria geral para explicar o processamento da informação humana e representá-la na máquina [NUN 93]. Segundo [KNE 88] existem 3 tipos de ICAI: Sistemas Tutores Inteligentes - com uso do diálogo socrático (o aluno aprende através de perguntas indiretas), considerando o nível de compreensão do aluno; Sistemas de Treinamento Inteligente - baseiam-se no desempenho individual do aluno e fornecem conselhos para o desempenho em uma área específica; Ambientes de Ferramentas Inteligentes que trabalham junto com o usuário. [CLA 87] e [FIS 90] consideram os ICAI e os STI como sendo a mesma modalidade de software, ou seja, são sinônimos. [PIN 95] faz uma divisão do STI baseado nas considerações de [CLA 87] e divide os Sistemas Tutores Inteligentes em Tutores Inteligentes e Assistentes Inteligentes. Os Assistentes Inteligentes são Sistemas Tutores Inteligentes implementados em microcomputadores e que utilizam uma estratégia não-invasiva, ou seja, não interferem na dinâmica do aluno e o número de intervenções é pequeno e acontece para dar apoio ao aluno na forma de observações e/ou dicas. As taxonomias de software educacionais devem ser atualizadas em função do grande uso de técnicas de IA nos softwares educacionais, e segundo [GIR 97] uma taxonomia que representasse as categorias dos softwares educacionais poderia ser assim resumida: CAI Tutoriais Exercício-prática Demonstração Jogos e Simulação Micromundos ICAI Sistemas Especialistas Sistemas Tutoriais Inteligentes Tutores Inteligentes 1 Este termo virador de páginas eletrônico aparece com freqüência na literatura da área e é utilizado como uma crítica aos programas CAI que apenas usam o meio eletrônico para fazer o mesmo que era realizado no papel. Sem nenhum ganho significativo a nível de ensinoaprendizagem. Constitui-se num jargão da área de informática Educativa ou Informática na Educação.

ILE Assistentes Inteligentes Os ILE (Intelligent Learning Environment) ou Sistemas Tutores Cooperativos ou Sistemas de Aprendizagem Social surgiram como uma combinação de aspectos das modalidades ITS e Micromundos. Os micromundos surgiram na década de 60 através dos trabalhos de Papert [PAP 85, Apud in GIR 95] e se caracterizaram por ser uma proposta contrária aos CAI, onde o ambiente permite que o aluno trabalhe de forma diversificada, segundo seu próprio ritmo e ainda permite que ele construa sua solução utilizando recursos de programação inerentes ao ambiente. Um exemplo clássico é o LOGO desenvolvido por Seymour Papert do MIT (Massachusset Institute of Technology). Este se baseia na proposta de aprendizagem de Jean Piaget, onde a ênfase da aprendizagem está na construção do conhecimento por parte do aluno e não na mera transmissão de conhecimentos, como ocorre na categoria CAI. Os ICAI utilizam técnicas de IA para analisar os padrões de erro, analisar o estilo e a capacidade de aprendizagem do aluno e, oferecer instrução especial sobre o conceito em que o aluno está apresentando dificuldade [SAV 91]. Além do mais a comunicação pode realizar-se com um conjunto mais ou menos amplo de linguagem natural. Os sistemas computacionais que utilizam técnicas de IA no seu projeto, sejam eles de que modalidade for, constituem-se objeto de pesquisa da área de AI-ED (Artificial Intelligence in Education) Segundo [VAL 91], na categoria de ferramentas de ensino/aprendizagem, o computador não é mais o instrumento que ensina o aluno, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador. Segundo Valente [Apud in GIR 96], a existências destas diferentes classificações tem por objetivo atender diferentes interesses educacionais e econômicos. A decisão por uma ou outra modalidade deve levar em consideração a diversidade de variáveis que atuam no processo ensino-aprendizagem. Se isto for feito, o computador poderá ser um importante aliado deste processo ensino-aprendizagem. Apesar da diversidade das taxonomias encontradas na literatura o que se observa é a necessidade de identificarmos qual a modalidade que desejamos implementar e consequentemente os pressupostos psico-pedagógicos que estão por trás de toda a proposta do software. O HEI se enquadra na modalidade ensino assistido por computador do tipo Assistente Inteligente e utiliza interfaces que procuram diminuir a sobrecarga cognitiva do aluno ao utilizar o programa, de maneira que ele possa trabalhar num ambiente mais acessível e que seja o mais adaptado possível às suas necessidades. 3. Sistemas Tutores Inteligentes Os STI - Sistemas Tutores Inteligentes são software educacionais oriundos da Inteligência Artificial, os quais buscam estudar a simulação de certos aspectos da inteligência humana, com o auxilio do computador. Segundo Lermen [LER 94], esta

simulação seria a de um verdadeiro professor (humano) cujo papel seria realizado pela máquina. Os STI tradicionais, geralmente, utilizam o modelo Socrático, para estabelecer a comunicação entre o tutor e o aluno, que prevê situações de diálogos a partir de um fato conhecido pelo aluno, levando-o a aperfeiçoar este conceito através da exploração de contradições e da formulação de inferências corretas a partir do conhecimento inicial. Segundo Viccari [Apud in GIR 95], no processo de ensino através de um STI o aluno aprende fazendo. O sistema não ensina, o aluno é que aprende. Nestes sistemas existe uma interação entre o tutor e o aluno. A iniciativa de ações é trocada facilmente entre ambos, oferecendo um ambiente de diálogo onde o tutor possa monitorar o progresso do estudante. O ensino toma a forma de uma simulação na qual as explicações estão embutidas. O objetivo é proporcionar uma instrução adaptada ao aluno, tanto em conteúdo quanto em forma. O que se pretende é que um STI se comporte o mais próximo de um professor humano, mas ainda estamos longe disso e as razões são as mais diversas, desde limitações a nível de hardware a limitações de modelagem e implementação dos processos cognitivos humanos. Segundo Viccari [VIC 91], um sistema tutor inteligente é um sistema que possui a capacidade de ensinar e aprender. Ou seja, um sistema que possibilita adequar as estratégias de ensino às necessidades de cada aluno a partir da simulação do comportamento de um instrutor humano e da simulação do estado cognitivo do aluno. Para ser inteligente, um tutor deve ser flexível, isto é, ter capacidade para aprender com o meio ambiente e atualizar seu conhecimento. As arquiteturas de STI variam de uma implementação para outra e segundo os autores [BAR 82]; [YAZ 87]; [SEL 88]; [VIC 90]; [OLI 94], possuem uma organização básica com alguns componentes funcionais que podem ser observados na maioria dos casos. Estes componentes básicos são: Modelo do conhecimento - define o conhecimento contido no domínio a ser ensinado; Modelo de aluno - é capaz de definir o conhecimento do aluno em cada ponto durante a instrução; Modelo de tutor - responsável pelas estratégias de ensino-aprendizagem adequadas; Interface com o usuário - permite a interação do estudante com o STI de maneira eficiente. 4. Ensino da língua inglesa para hotelaria O ensino da língua inglesa para hotelaria foi criado inicialmente para as pessoas que fazem parte do quadro de pessoal nos diversos setores de hotéis - reserva, recepção, governança, alimentação e bebidas - mas também pode auxiliar àquelas pessoas que fazem uso dos serviços de hotelaria, ou seja, as que trabalham em restaurantes de hotéis onde a língua inglesa é amplamente utilizada e nos cursos de graduação em hotelaria. Eunice Polônia, autora do livro English For Hotel Personnel, constatou em meados de 1983 a falta de literatura adequada para o ensino da língua inglesa para hotel, pois o

material que havia disponível na época não se adequava a realidade das escolas e o método de ensino adotado na época, não era satisfatório. Sendo professora do curso de hotelaria e necessitando preparar suas aulas com ênfase na comunicação verbal, identificou a necessidade do aprendizado ser realizado de forma setorial e os livros e materiais da época não permitiam este tipo de enfoque. Ao participar de um treinamento para professores brasileiros no Rio de Janeiro, no Teacher Trainning Institute, em 1984, ela e outros professores chegaram a conclusão de que estavam escrevendo e produzindo tanto material que daria para escrever um livro. E então, ao retornar ao Rio Grande do Sul, verificou que possuía material suficiente para editar um livro com as características e metodologia próprias e adequadas ao ensino de inglês para hotelaria. No ano de 1984 escreveu e publicou o English For Hotel Personnel. Hoje, ano de 1997, o livro encontra-se a venda em vários países do mundo inteiro, inclusive na China. Segundo Eunice Polônia, o objetivo principal do ensino da língua inglesa para hotel é ensinar os alunos para ouvir, compreender e falar o idioma inglês fluentemente com os hóspedes. A metodologia utilizada no livro baseia-se em enfatizar a comunicação verbal em cada setor do hotel aumentando o grau de dificuldade a cada passo. A leitura e a escrita existe apenas como um apoio ao aluno. O que realmente importa é que o aluno saiba se comunicar com o hóspede. A questão cultural também é levada em conta, como o hóspede estrangeiro está acostumado a ser tratado, toda formalidade que há para evitar mal entendidos ou situações constrangedoras. O livro facilita a familiarização do aluno com situações e expressões freqüentemente encontradas no dia-a-dia de um hotel. Para Eunice, o software provê flexibilidade para trabalhar a metodologia desenvolvida no seu livro, em diferentes níveis de dificuldade, e ainda permite desenvolver a autonomia do aluno, aspectos os quais ela não consegue obter com os meios tradicionais. 5. O ambiente do HEI O HEI é baseado na arquitetura de um STI tradicional e devido às suas características pode ser considerado como um Assistente Inteligente. A figura 1 apresenta a arquitetura do sistema, onde os módulos tradicionais são incorporados e uma alteração na estrutura dos módulos do aluno e domínio é proposta. Os elementos desta arquitetura são detalhados a seguir: Aluno (usuário) É o usuário que faz uso do sistema. No caso do HEI, são as pessoas que estão ligadas diretamente com o trabalho em hotelaria. Interface A interface é uma das partes mais importantes, pois é através dela que o usuário se comunica com o sistema. A comunicação entre o usuário e o sistema é feita através de botões, sons e imagens. As telas do Sistema HEI têm ícones padrões: ícone que representa o Help é sempre uma Lâmpada amarela ; ícone que representa a saída do programa é uma Porta ; ícone que segue para a próxima página: Flecha para a direita ;

ícone que volta para a página anterior: Flecha para a esquerda ; ícone que volta para o menu principal do programa: Hotelzinho ; ícone que representa o desempenho por tempo : Cronômetro ícone que representa o assistente Malinha. USUÁRIO INTERFACE MÓDULO TUTOR (Assistente) MÓDULO DO ALUNO FIXO TEMPORÁRIO Exercícios DOMÍNIO Help Figura 1; Arquitetura do HEI

Figura 2: Tela de Abertura Após clicar na tela principal (figura2) o aluno irá para uma tela de entrada do sistema onde deverá informar o seu nome e escolher a modalidade que deseja trabalhar. Os exercícios foram divididos em três categorias: essencial, consolidation e extra. Esta divisão está diretamente ligada a estrutura do trabalho desenvolvido no ensino de língua inglesa e o que faz a diferenciação entre os níveis é a escolha do vocabulário, quanto maior o nível, mais complexo o vocabulário. Os exercício propostos aliam o vocabulário à sua respectiva pronuncia e escrita, associando a forma de escrever, ler e pronunciar determinada palavra ao contexto na qual pode estar inserida. Durante qualquer exercício o aluno poderá também pedir ajuda ao Malinha, o assistente que o auxilia a resolver os exercícios através de dicas diretamente ligadas ao tipo de erro ou dúvida que o aluno possui. Durante toda a execução do HEI o aluno poderá saber o quanto ele acertou e quanto tempo já gastou respondendo os exercícios, para isso bastará clicar no ícone Cronômetro. Módulo Tutor (Assistente) Nesta parte é que é feito o gerenciamento do sistema, que controlará todo o ciclo de execução do sistema, fazendo a manutenção do módulo do aluno e ativando o assistente quando for preciso. Aqui também é controlado todo o fluxo de informação que serão trocados entre os módulos envolvidos diretamente no processo de ensino.

Na primeira vez em que o aluno entra no sistema ele deve cadastrar-se, informar o seu nome para que sirva de referência para armazenar seu andamento durante o tempo em que ele utilizar o sistema. Logo após ter se cadastrado o aluno passa para a próxima tela onde poderá escolher em qual tipo de exercício iniciará a sessão, mas em qualquer escolha o aluno só tem acesso aos exercícios do nível básico. Se não for a primeira vez que o aluno utiliza o sistema, logo após ele escrever seu nome na tela, o assistente percorrerá o arquivo onde encontra-se o histórico de todos os alunos que já utilizaram o sistema em busca das suas informações. Através do desempenho encontrado (armazenado de forma quantitativamente no arquivo) o assistente verifica se o aluno está apto ou não a passar para o próximo nível segundo os parâmetros estabelecidos pelo especialista. Se o aluno está apto a passar para o próximo nível o assistente o informa desta situação. O HEI usa o modelo de aluno do tipo Estereótipo, pois faz a classificação do aluno em níveis: Essential, Consolidation e Extra. Cada nível possui quatro grupos distintos de exercícios para Vocabulary, Reading e Listening. Ao obter 80% de acertos dentro do tempo estipulado para responder os exercícios do nível em que se encontra o aluno está apto a fazer os exercícios do próximo nível. Se o aluno não obtiver 80% de acertos no tipo de exercício que se encontra e não tiver se esgotado o tempo estimado para resolução, o assistente indicará mais exercícios do mesmo tipo e mesmo nível. Se o aluno resolver sair do sistema é atualizado o arquivo de histórico e impresso o relatório a partir do arquivo de feedback. Os arquivos de feedback armazenarão os resultados em cada exercício enquanto o aluno estiver no sistema. Este módulo seleciona as estratégias de ensino, que são compostas por esquemas de como o conteúdo é apresentado ao aluno. Este módulo também faz a monitoração dos resultados durante o tempo de trabalho do aluno em uma sessão (execução por completo de um conjunto de exercícios que compõem um determinado nível), desde que esta não seja a primeira vez que o aluno está usando o sistema. Para isso quando o aluno usa no sistema o assistente verifica as suas informações, isto é, o número de sessões que ele já fez, em qual nível parou e qual foi o seu desempenho em função do tempo gasto na resolução dos exercícios e do número de acertos obtidos. O assistente verifica então, baseado no conhecimento armazenado na forma de regras, se o aluno pode iniciar outro nível superior ao que ele estava na última vez, ou se deve sugerir ao aluno fazer mais alguns exercícios do mesmo nível em que havia parado. A tabela abaixo mostra o que é analisado do histórico do aluno para direcionar o trabalho: Estratégias de Ensino As estratégias que serão utilizadas irão gerar uma seqüência de táticas de ensino a serem aplicadas, baseadas nas informações sobre o progresso do estudante. É feita a seleção dos tópicos que serão apresentados, em qual ordem e como expô-los. Estas escolhas serão feitas em função do número de sessões e os resultados obtidos.

A estratégia de auxílio ao processo de ensino-aprendizagem que o assistente utiliza é a apresentação de dicas ou conteúdo, subdivididos em pequenos tópicos, com exemplos que podem ser descritivos ou através de figuras. A seleção de conteúdos a serem exibidos ao aluno seguirá algumas regras. Cada vez que o aluno errar a resposta o sistema verificará em que exercício, de que módulo e em qual nível o aluno está. Cada resposta incorreta do exercício poderá indicar se é necessário dar uma dica ou se é necessário mostrar o conteúdo a que se refere o exercício que está sendo feito nesse momento. Se o aluno escolher fazer uma revisão sobre o conteúdo visto da última vez então o sistema mostrará uma série de exercícios de reforço sobre o conteúdo visto anteriormente. O aluno é monitorado pelo sistema para conseguir obter a resposta certa, se houver dúvidas, o sistema dá dicas sobre o conteúdo, por parte do aluno. A cada conjunto de exercícios feitos pelo aluno o sistema mostra os resultados obtidos. A partir desses dados o sistema sugere ou não uma revisão do conteúdo antes do aluno iniciar um novo conjunto de exercícios. Quando o aluno tiver dúvidas sobre o conteúdo poderá também consultar o help (Ajuda) do sistema onde estará detalhada a lição referente aos exercícios praticados por ele nesse momento. O Help estará presente a todo momento nas interfaces através do seu botão. Quando o aluno estiver em um módulo onde tenha aúdio-visual ele poderá ouvir e assistir ao diálogo quantas vezes seja necessário até que ele consiga entender e responder ao exercício correspondente. Módulo do Aluno Neste módulo se encontrará o cadastro do aluno, o seu histórico e um feedback. Uma parte deste é permanente e outra é temporária. Na parte permanente é armazenado o cadastro do aluno com os seus dados pessoais como por exemplo o nome, total de sessões realizadas, exercícios já realizados e total de acertos. Estas informações serão consideradas o histórico do aluno e contem os dados quantitativos da sessão de trabalho do aluno, isto é, em qual nível e módulo o aluno estava, quais os exercícios ele executou, quantos acertos fez e quanto tempo utilizou na execução dos mesmos. Este histórico é armazenado em arquivo e comporá parte do módulo do aluno. O Arquivo de feedback poderá ser impresso e utilizado pelo aluno e ou professor para analisarem o seu desempenho e o tipo de dificuldades encontradas ao longo da sessão. Base de Conhecimento Nesse módulo estará a representação do conteúdo a ser ministrado ao aluno. Esta base é criada com o auxílio da especialista e não poderá ser alterada pelo usuário e nem pelo especialista.

Além do conteúdo, ele também tem todos os conjuntos de exercícios que deverão ser realizados pelo aluno em cada nível e as formas de resolução dos mesmos. O conteúdo teórico é utilizado para compor o help do sistema o qual poderá ser acionado pelo aluno, em qualquer ponto do sistema ou ativado pelo assistente. 6. Considerações Finais Durante todo o desenvolvimento do projeto tivemos oportunidade de realizar um trabalho onde a cooperação foi essencial para conseguirmos alcançar os objetivos proposto. Ampliamos nosso conhecimento na área de Informática na Educação e descobrimos o quanto é importante a ajuda do especialista na área afim para que possamos desenvolver um bom trabalho. A interação com o especialista ocorreu através de várias reuniões onde trocamos idéias sobre como selecionar os exercícios, como avaliar o aluno e como poderíamos dar um feedback de tudo isto para o usuário de nosso sistema. Tivemos oportunidade de aprender mais a respeito de Sistemas Tutores Inteligentes, tipos de arquiteturas, vantagens e desvantagens de seu uso. Durante a pesquisa sobre STI tivemos dificuldades em encontrar um modelo que suprisse as nossas necessidades para a modelagem do HEI. Foi preciso pesquisarmos e lermos muito a respeito de software educacionais, procuramos em diversas fontes tais como: biblioteca central da PUCRS, IPCT da PUCRS e INTERNET literatura para embasarmos o nosso trabalho. Foram muitos trabalhos de conclusão, teses e sites onde encontramos uma diversidade enorme de tópicos sobre software educacionais que tivemos que ler e selecionar os textos que poderiam nos ajudar. Ainda estudamos sobre Hipermídia, Multimídia e Hipertexto, pois a tendência de uso destes recursos em software educacionais é uma realidade. Através deste aprendizado descobrimos que a ferramenta ToolBook Multimídia foi de imenso valor para o desenvolvimento do HEI. A ferramenta engloba recursos de multimídia, hipertexto e hipermídia e possui um nível de complexidade moderado e permite sua utilização por profissionais que não sejam programadores. A documentação final do software contém, além do manual do usuário, uma espécie de guia para os professores utilizarem o HEI numa situação de ensino-aprendizagem real, isto é, em sala de aula. Outra intenção do grupo é validar o HEI através de uma avaliação que permita identificar os aspectos positivos e negativos do ambiente e permitir que versões futuras do sistema incorporem melhorias e diminuam algumas restrições inerentes a todos os protótipos. Um instrumento para validá-lo através da sua aplicação em duas situações com grupos de controle (com e sem o uso do HEI) está em fase final de elaboração e conta com a ajuda de uma especialista de Educação. Segundo [GIR97], para projetar e desenvolver um bom software educacional devemos compor uma equipe interdisciplinar que trabalhe de forma cooperativa. Sem esta diversidade não se pode garantir a qualidade técnica e a qualidade pedagógico ao mesmo tempo.

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