Recuperação Judicial de Empresas LEI 11.101/2005



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Nota do autor, xv. 6 Nome Empresarial, Conceito e função do nome empresarial, O nome do empresário individual, 49

Transcrição:

Recuperação Judicial de Empresas LEI 11.101/2005

INDICE Relevância da Lei 11.101/2005 O significado de recuperar uma empresa Recuperações Judicial e Extrajudicial de empresas Vantagens e desvantagens Meios e órgãos da Recuperação Judicial Como deve proceder o empresário-devedor no processo de Recuperação Judicial Aspectos contábeis e econômico-financeiros da Lei de Recuperação Judicial Relevância da Administração e do Administrador Mitos e Verdades sobre Recuperação Judicial Dicas para o Planejamento Estratégico

Relevância da Lei 11.101/2005 Ela busca a solução de conflitos privados, salvaguarda empresas e procura dar especial atenção a finalidade social, manutenção de empregos, sustentabilidade econômica e geração de riquezas ao País.

O significado de recuperar uma empresa O significado de recuperar uma empresa é muito mais amplo do que parece. Significa a completa reorganização econômica, administrativa e financeira da atividade privada. Na prática, muitas vezes o empresário construiu a empresa com esforço e competência, mas não conseguiu superar determinadas dificuldades. Isso acontece devido a: A. redução no poder de compra e de venda; B. por falta de planejamento em relação à carga tributária e burocracia excessiva; C. relação com empregados repleta de preconceitos e potencialmente conflitante; D. a empresa está sustentada por uma legislação trabalhista defasada, dentre outros problemas.

O significado de recuperar uma empresa O ciclo de vida das empresas é graficamente representado assim:

O significado de recuperar uma empresa Em geral, é possível se recuperar uma organização, mas esta é uma tarefa que o empresário não pode realizar sozinho. A recuperação da empresa, na maioria das vezes, atravessa um cenário com as seguintes características: A. insolvência ou pré-insolvência; B. desordem administrativo-financeira; C. baixa moral dos funcionários; D. sérios problemas tributário-fiscais; E. incapacidade de geração de valor.

O significado de recuperar uma empresa Nesse novo cenário econômico, haverá forte mudança de paradigmas para a empresa e para o empresário. Da mesma forma, os credores (Fisco, bancos, comércio, indústria e trabalhadores) deverão reformular profundamente seus conceitos acerca da preservação da empresa, do emprego e do bom nível de produção, e os colocar como objetivos a serem valorizados novamente.

Recuperações Judicial e Extrajudicial de empresas Recuperação Judicial é uma medida legal destinada a evitar a falência. Ela proporciona ao empresário devedor a possibilidade de apresentar aos seus credores, em juízo, formas para quitação do débito. Recuperação Extrajudicial, como o próprio nome diz, ocorre fora do judiciário. Com ela, o empresário devedor poderá negociar diretamente com seus credores sem a participação do juiz, hipótese em que é elaborado um acordo que poderá ou não ser homologado por este.

Recuperações Judicial e Extrajudicial de empresas

Vantagens e desvantagens Na Recuperação Extrajudicial, temos um instituto que propicia uma nova solução. Nela, o devedor negocia diretamente com os credores, e o Plano de Recuperação vai para a Justiça apenas para ser homologado. É um procedimento muito mais rápido e financeiramente mais atrativo que a Recuperação Judicial. Ela é uma solução menos burocrática, mais rápida, amigável e que promove maior proximidade entre o devedor e os credores. Se três quintos dos credores assinarem o plano, os demais são obrigados a aceitá-lo;

Vantagens e desvantagens

Vantagens e desvantagens A Recuperação Judicial, por sua vez, tem aplicação mais onerosa que a anterior. Sua principal vantagem é proporcionar ao devedor a chance de envolver maior número de credores e apresentar um plano de recuperação que, efetivamente, possa ser cumprido e evite sua falência. Outra vantagem é a ampliação da possibilidade de manutenção dos postos de trabalho. Esse fator é capaz de sensibilizar a sociedade sobre a importância da manutenção de uma empresa viável economicamente, assim como aumentar a possibilidade de recuperação do crédito pelos credores. Na Recuperação Judicial, o controle fica com o Judiciário ( mais especificadamente, com o juiz da recuperação), além do Administrador Judicial, nomeado por ele para fiscalizar o processo de recuperação. Também envolve a figura do Comitê de Credores e a Assembleia Geral dos credores. Há, também, efetiva participação do Ministério Público, que atua como fiscal da Lei.

Fluxo da Recuperação Judicial, para melhor entendimento

Meios e órgãos da Recuperação Judicial Na Recuperação Judicial, a empresa que a requerer passará por um exame de viabilidade efetuado pelo Judiciário, em função da importância social, da mão-de-obra e tecnologia empregadas, do volume do ativo e passivo, do tempo de existência da empresa e de seu porte econômico. O objetivo desse processo é a reorganização da empresa. Para isso, é necessária a atuação de órgãos específicos, como Assembleia Geral dos credores, Administrador Judicial e Comitê.

Meios e órgãos da Recuperação Judicial Dentre os meios possíveis, estão, a título exemplificativo: a) cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade; b) constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente; c) alteração do controle societário; d) substituição, total ou parcial, dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos; d) concessão aos credores de direito de eleição, separado de administradores, e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; e) aumento de capital social; f) redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva, dentre outros meios.

Como deve proceder o empresário-devedor no processo de Recuperação Judicial Dentre os deveres do empresário-devedor, está o de apresentar em juízo os meios pelo qual pretende sair da crise, o que será demonstrado através do chamado Plano de Recuperação. Uma vez ingressado o pedido em juízo, o devedor não poderá desistir da recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na Assembleia Geral de Credores. O Plano de Recuperação Judicial é um estudo realizado junto à devedora, que tem o objetivo de analisar a empresa como um todo, identificando pontos forte e fracos, sugerindo mudanças que levem a empresa a ter sucesso na recuperação.

Aspectos contábeis e econômico-financeiros da Lei de Recuperação Judicial Contabilidade: é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. Por meio da contabilidade, é possível analisar a situação econômica das empresas. Os indícios de dificuldades e insolvência normalmente são verificados mediante análise dos demonstrativos contábeis. Balanço: é a demonstração sintética do estado patrimonial de uma empresa ou de uma entidade, através de seus investimentos e da origem desses investimentos. Balanço especial: é o balanço levantado para determinada finalidade e em data específica, tais como no caso de dissolução de sociedades e na instrução do pedido de Recuperação Judicial. Demonstração de resultados: é utilizada para oferecer uma ordem lógica para a análise de fenômenos patrimoniais. Ou seja, no caso de demonstrações de resultado, será sempre um quadro que analisa a apuração de lucro, custos e receitas.

Aspectos contábeis e econômico-financeiros da Lei de Recuperação Judicial Laudo econômico-financeiro: é o relatório técnico onde serão avaliadas as condições pretéritas, atuais e futuras da empresa, sua viabilidade mercadológica, dentre outros fatores. Deve ser feita por economista e/ ou administrador, tendo como base a contabilidade real da empresa. Laudo econômico-financeiro: é o relatório técnico onde serão avaliadas as condições pretéritas, atuais e futuras da empresa, sua viabilidade mercadológica, dentre outros fatores. Deve ser feita por economista e/ ou administrador, tendo como base a contabilidade real da empresa. Laudo de avaliação dos bens do ativo: é o relatório técnico que visa a valorar os bens constantes do ativo da empresa - conjunto de valores que expressa o investimento, ou as aplicações de capital, sendo a parte positiva do patrimônio.

Relevância da Administração e do Administrador Administração é toda a tomada de decisão, sobre recursos disponíveis, que trabalha com e através de pessoas para atingir objetivos. Caracteriza-se pelo gerenciamento de uma organização, levando em conta as informações fornecidas por outros profissionais, pensando previamente nas consequências de suas decisões.

Relevância da Administração e do Administrador Dentro das características primordiais da Administração existem o planejamento, a organização, a direção e o controle. A partir desse entendimento, é possível definir suas principais funções: A. fixar objetivos; B. analisar e conhecer os problemas; C. solucionar os problemas; D. organizar e alocar os recursos - tanto financeiros, quanto tecnológicos e humanos; E. liderar - comunicando, dirigindo e motivando as pessoas; F. negociar; G. tomar decisões; H. controlar - mensurando e avaliando.

Relevância da Administração e do Administrador O bom desempenho da administração depende de um Administrador profissional capacitado, que tenha visão holística sobre cada departamento da organização característica que o torna apto a tomar decisões a partir de uma visão sistêmica e global da situação que administra, como nos mostra o fluxograma a seguir:

Mitos e Verdades sobre Recuperação Judicial 1- Recuperação Judicial é o mesmo que concordata. Mito. O instituto da Recuperação Judicial é muito diferente da Concordata. Nesta última, as condições de pagamento das dívidas eram pré-estabelecidas dentro da lei, não poderiam ser contemplados deságios, prazos elásticos, amortizações esporádicas, escalonamento de pagamento, entre outros. A Recuperação Judicial é aberta e quem decide se aceita ou não a proposta é a maioria simples dos credores (50% + 1 voto) presentes na data da Assembleia Geral de Credores. 2- O empresário perde o controle da empresa. Mito. Este é um dos principais receios dos donos de negócios em crise para poderem se decidir pela Recuperação Judicial. O juiz responsável pela Recuperação Judicial da empresa nomeará uma pessoa de sua confiança para administrar o processo e recolher periodicamente as informações financeiras e operacionais da empresa, bem como elucidar possíveis conflitos impetrados por credores questionando a classe ou valor de seus créditos dentro do processo. Essa pessoa possui o título de Administrador Judicial. Apesar do título, esse administrador não entrará na gestão do negócio.

Mitos e Verdades sobre Recuperação Judicial 3- O empresário que solicita a proteção da lei de Recuperação Judicial para sua empresa é um caloteiro e quer prejudicar seus credores. Mito. A maioria absoluta das empresas que entram em Recuperação Judicial têm como principal objetivo superar uma crise financeira aguda e manter o máximo possível de postos de trabalho. 4- O juiz pode, quando a empresa apresentar o pedido de Recuperação Judicial e a documentação inicial, julgar que o negócio é inviável e decretar a falência da empresa. Mito. Para o Juiz acatar ou não o pedido de proteção da lei de Recuperação Judicial por uma empresa solicitante, a análise que será feita é apenas documental. Se toda a documentação descrita no artigo 51 da lei 11.101/2005 estiver completa, o Juiz concederá o pedido de Recuperação à empresa, pois não se avalia a viabilidade econômica e financeira nem julga o Plano de Recuperação Judicial apresentado pela empresa. Quem aprova ou rejeita um Plano de Recuperação Judicial são os credores da empresa sujeitos à Recuperação, desde que o Plano apresentado não infrinja qualquer artigo da lei.

Mitos e Verdades sobre Recuperação Judicial 5- Toda a dívida da empresa está sujeita à Recuperação Judicial. Mito. Existem dívidas que não se sujeitam à Recuperação Judicial, das quais vale destacar: - Dívida fiscal; - Leasing; - Adiantamentos de contratos de Câmbio (ACC e ACE) por conta de exportações; - Contratos que estabeleçam reserva de domínio ao vendedor; 6- Empresas em Recuperação Judicial têm um programa de parcelamento da dívida tributária diferenciada. Verdade para a dívida tributária federal. Em meados de 2014 foi aprovado uma linha de parcelamento de dívidas tributárias federais para empresas em Recuperação Judicial em até 84 parcelas crescentes e sem pagamento inicial de entrada para adesão. Para as demais dívidas, estaduais e municipais, ainda não existe nenhuma lei que regule.

Mitos e Verdades sobre Recuperação Judicial 7- Quando o Juiz aprova o pedido de Recuperação Judicial todas as ações de execução civeis são interrompidas. Verdade. Ao ter a Recuperação Judicial deferida pelo juiz, todos os credores sujeitos a ela deverão se submeter à lei específica e cessam-se todas as execuções existentes contra a empresa. 8- Não existe prazo fixo máximo legal para pagamento da dívida. A empresa e seus credores é que deverão entrar em consenso. Verdade. A proposta de pagamento pode contemplar carência, taxa de juros menores do que as praticadas pelo mercado, deságios ou quaisquer outras formas de renegociação propostas pela empresa, desde que aprovada por maioria simples (50%+ 1 voto) dos credores de cada classe, em número de credores presentes na Assembleia de Credores e em valor. A regra não vale para as dívidas trabalhistas. O prazo máximo estabelecido pela lei 11.101/2005 para pagamento da classe trabalhista sujeita à Recuperação Judicial é de 12 (doze) meses após a aprovação do Plano de Recuperação Judicial pelos credores.

Mitos e Verdades sobre Recuperação Judicial 9- Dentro da Recuperação Judicial pode-se vender a empresa ou seus ativos sem que seja transferida ao comprador qualquer dívida da empresa em Recuperação Judicial, seja ela trabalhista, fiscal ou com fornecedores. Verdade. Uma das formas previstas em lei para a empresa em Recuperação Judicial conseguir pagar seus credores, em parte ou na sua totalidade, é através da venda de ativos da empresa ou de partes do negócio através de Unidades Produtivas Isoladas (UPI s). Para proceder com qualquer tipo de venda de ativos a empresa precisa, caso o bem esteja gravado por algum credor, da anuência expressa deste credor consentindo a venda do bem. Caso este gravame seja de cunho fiscal, o Juiz responsável pela Recuperação Judicial pode determinar a venda e fazer cancelar a penhora nele incidente. 10- Empresa em Recuperação Judicial não tem crédito junto a instituições financeiras para poder operar o dia-a-dia. Mito. A empresa poderá contar com o apoio de outras instituições financeiras, que na grande maioria das vezes não são os bancos de varejo com as quais ela está acostumada a trabalhar. Existem linhas de FIDC e factorings para desconto de títulos e linhas de fomento que funcionam como empréstimo para capital de giro de curto prazo que possibilitam destravar ou acelerar as vendas e a produção das empresas em Recuperação Judicial.

Dicas para o Planejamento Estratégico 1) Planeje o seu negócio; 2) Mantenha suas informações contábeis, financeiras, e fiscais atualizadas; 3) Avalie seus Custos; 4) Avalie seus concorrentes; 5) Atenção as mudanças do Mercado; 6) Invista em Pesquisa e Inovação; 7) Escute seu cliente; 8) Não espere até gastar ultimo centavo de seu caixa; 9) O concorrente de hoje pode ser o parceiro de amanhã; 10)Procure ajuda;

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. Chico Xavier

Nossos Profissionais Márcio Chagas de Almeida Contador Especialista em Controladoria, Project Specialist PMI Project Managment Institute Membro do IBEF RS (Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros) Executivo Financeiro Banco De Lage Landen Brasil S/A, Participou do projeto de implantação da Joint Venture entre De Lage Landen e AGCO do Brasil Palestrante e Orientador em Negócios e Restruturação de Empresas; Sócio Fundador da SIRFIN CONSULTING SERVICES www.sirfin.com.br marcio.almeida@sirfin.com.br

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Márcio C. de Almeida Gestor Executivo SIRFIN CONSULTING SERVICES Av. Carlos Gomes, 141 - Conj.1202-12º andar Porto Alegre CEP 90.480-003 Brasil Tel: + (55) 51 2102 0337 Fax: + (55) 51 2102 0303 Cel: + (55) 51 8224 0290 Web: www.sirfin.com.br E-mail: marcio.almeida@sirfin.com.br Skype: marciochagasdealmeida