UM ESTUDO SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM ESCOLAS DE MOSSORÓ-RN: APONTAMENTOS E REFLEXÕES.

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Transcrição:

Universidade Federal Rural do Semi-Árido Coordenação Geral de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social http://periodicos.ufersa.edu.br/revistas/index.php/includere ISSN 2359-5566 UM ESTUDO SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM ESCOLAS DE MOSSORÓ-RN: APONTAMENTOS E Valdicleide Rodrigues das Neves Bezerra 1 Maquézia Emília de Morais 2 Maria da Conceição Freitas Moura 3 1- Introdução O presente texto é resultado de inquietações sobre as práticas de inclusão escolar no tocante a experiência ofertada em uma rede pública de ensino e em uma rede privada no munícipio de Mossoró-RN. Sendo a educação dever do Estado e direito de todos, ainda existem muito tabus quanto aos termos, inclusão social e escolar, onde crianças por serem reconhecidas como especiais ainda buscam ser beneficiadas com práticas inclusivas no contexto atual. Destacamos em nosso estudos que, algumas crianças ainda não se reconhecem dentro da educação inclusiva, seja por questões sócio econômica, ou falta de conhecimento pelo fato de desconhecer as Leis educacionais que beneficiam inclusão. Estamos cientes também que ainda existem pais que não aceitam que seus filhos sejam especiais, como é alguns casos de autistas, e isto retarda as famílias que a levarem seus filhos a um acompanhamento clínico e educacional por não aceitarem tal situação. Desse modo, a proposta deste estudo consiste em conhecer o contexto educacional da inclusão escolar tanto no ensino público quanto no privado, para que possamos refletir como vem se consolidando a inclusão na oferta de ensino em Mossoró e as implicações na aprendizagem. Para tanto, temos como objetivo compreender a inclusão de crianças especiais dentre da escola, com ênfase para o autista, atentando para uma inclusão social e escolar. E refletir os modos de assistência escolar no acompanhamento de criança com deficiências. 1 Discente do Curso de Pedagogia da Universidade Potiguar-UNP / Campus Mossoró, valdicleide_rodrigues@hotmail.com. 2 Graduada em Pedagogia. Especialista em Gestão Pública. Mestre em Educação pela UERN. Docente da Universidade Potiguar- UNP/Campus Mossoró. maquezia@hotmail.com 3 UFERSA, Doutora em Agronomia, ceicaomoura@hotmail.com 526

Podemos frisar que a importância do autista a uma inclusão social e escolar, na qual ele venha a ter toda assistência cabível e acompanhamento direto tanto o autista como a família, trabalhando o intelectual e o social no âmbito escolar e familiar. Tais objetivos serão alcançados em uma pesquisa no sistema de ensino da rede pública e no sistema de ensino no setor privado de Mossoró- RN. 2- Metodologia Este estudo foi baseado em uma pesquisa qualitativa, haja vista que lidamos com sujeitos carregados de saberes e que revelam em suas práticas educacionais o lidar e o fazer docente com a educação inclusiva. Para tanto, realizamos uma pesquisa empírica com docentes que trabalham diretamente com práticas inclusivas. Sendo que uma docente atua em uma escola pública e a outra em uma instituição privada. Utilizamos como instrumento metodológico na pesquisa empírica a aplicação de questionários com perguntas objetivas e subjetivas. Esse questionário foi realizado com profissionais da área de educação sendo um professor, um pedagogo da rede pública e privada, e u supervisor e um psicopedagogo também da rede privada. 3. Resultados Segundo Orrú (2012), o autismo é uma palavra de origem grega (outós), que significa por si mesmo é um termo usado, dentro da psiquiatria para denominar comportamentos humanos que se centralizam em si mesmo, voltado para o próprio indivíduo. Mediante isso, precisa se trabalhar o lado social e coletivo do autista, para que venha haver uma interação coletiva. Mediante tal reflexão, buscamos o entendimento da inclusão em Honora, que evidencia que; A inclusão traz um olhar para a mudança, para a adaptação de velhos hábitos e isso faz com que voltemos esse olhar para nós mesmos e para a escola em que estamos trabalhando. Precisamos transformar a realidade da escola, para que possamos trabalhar com diferenças, como a diversidade que isso não seja uma desvantagem, mas um ganho na tentativa de criação de uma sociedade solidária, mas igualitária e com oportunidade para todos. (HONORA, 2008, p. 7). Concordando com o pensamento de Honora, buscamos conhecer as Diretrizes 527

Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, que trata no seu Art. 60 sobre os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público. Paragrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento dos educando com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independente do apoio as instituições previstas nesse artigo.(cne, 2001,p. 13) Segundo Honora (2008) podemos compreender que o cumprimento obrigatório dessa Lei em vigor, aponta a inclusão em outras vertentes. Traz em si o receio do novo, o medo de não estar preparado para receber essas crianças especiais de não saber como agir mediante essa realidade, sabemos que isso é comum e não deve se procurar culpados, pois essa proposta de inclusão no nosso país é recente e temos muito que aprender. A partir destes apontamentos, trazemos as respostas dos entrevistados. Dos profissionais entrevistados 25% responderam que incluir a criança portadora de deficiência em trabalhos realizados na escola é uma das medidas de evitar o bulling, e 75% falaram que a maneira mais eficaz de evita o bulling é trabalhar a socialização, assim como a igualdade na sala de aula. Na pesquisa realizada a instituição privada 100% afirma que há um psicólogo e um psicopedagogo atuante na escola, já na instituição pública 100% afirma que há um psicopedagogo e 0% que há um psicólogo. Na pergunta, o que deve ser feito para o autista se sentir inserido na sala de aula e na escola? 25% responderam que o mesmo deve interagir com professores e colegas da sala. 75% disse que deve levar o autista a participar ativamente das atividades escolar. Como observar a interação do autista em sala de aula? 75% responderam que essa interação se dá por meio de atividades lúdicas, e 25% diz que essa interação se dá por meio de atividade artística. 528

4. Figuras e Tabelas Imagem dos espaços da escola privada. Imagem de atividades da escola privada para a educação inclusiva. Imagem de atividades para educação inclusiva da escola pública. Imagem de atividades para educação inclusiva da escola pública. 5- Considerações finais Mediante a pesquisa realizada, nota-se que a inclusão escolar, não infere apenas em incluir crianças especiais numa sala de aula, e sim da escola em si, estrutura, funcionários em fim é um conjunto de adequações. Nessa perspectiva precisa-se chamar a atenção dos poderes público, assim como da população, para que numa força social, busquem consolidar, de fato, uma inclusão escolar e social para todos. Para tanto, deve se haver mais investimento na formação dos profissionais da escola, sobretudo aqueles que lidam diretamente com práticas inclusivas, para que seja realizado um trabalho eficaz gerando bons resultados. Dessa forma, fica evidente que a inclusão escolar nas instituições públicas e privadas 529

de nossa cidade, mesmo com dificuldades, pois é um trabalho que deve ser realizado em equipe, escola e família, estão sendo desenvolvidas em ambas as escolas. Sendo assim, podemos acreditar que as mesmas estão contribuindo para o avanço da inclusão escolar. 6 - Palavras-chave: Inclusão. Autismo. Educação. Referências BRASIL, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica- CNE.2001, p 13. HONORA, Márcia. Esclarecendo as deficiências. 1º edição. São Paulo: Editora Ciranda Cultural, 2008. P 7. ORRÚ, Silvia Ester. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano escolar. 3, Edição. Rio de Janeiro, RJ: Wak, 2012. 530