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Transcrição:

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA PRODUTIVIDADE DA SOJA O objetivo deste experimento foi avaliar a resposta do programa nutricional via foliar recomendado pela microquímica na cultura da soja em Lucas do Rio Verde, MT. O experimento foi instalado nas dependências da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde, localizada entre as coordenadas geográficas 13 00 27 S - 55 58 07 W e 12 59 34 S - 55 57 50 W, com altitude média de 387 metros, no município de Lucas do Rio Verde - MT, em um LATOSSOLO VERMELHO Amarelo Distrófico, em semeadura direta sob palhada residual da cultura de milho safrinha. A análise química do solo foi realizada na profundidade de 0-0,2 metros e os resultados podem ser observados na Tabela 1. Tabela 1. Análise química do solo. ph P K Ca+Mg Ca Mg Al H H+Al Mat.Org CTC (T) Saturação de Bases (V) CaCl 2 mg/dm 3 cmol/dm 3 g/dm 3 cmol/dm 3 % 5,4 11,3 52,0 4,1 2,5 1,6 0,0 4,2 4,2 3,7 8,4 50,2 Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. Cada parcela possuía 10 linhas de plantio por 5,0 metros de largura, totalizando 22,5 m² por parcela. Os tratamentos empregados no experimento estão descritos na Tabela 2. Tabela 2. Descrição dos tratamentos utilizados no experimento com a aplicação de programa nutricional via foliar na cultura da soja em Lucas do Rio Verde, MT, 2014 Dose L/ha Época de Aplicação Testemunha x x SYMBIO 1,5 R1 BIOMOL 0,3 V4 KALIBRE 1,5 R2 VORAX 0,05 R1 BIOMOL-SYMBIO-VORAX-KALIBRE 0,25-1,5-0,05-1,5 V4-R1-R1-R2 *produtos recomendados pela empresa Microquímica. O plantio da cultivar de soja TMG 132 RR foi realizado no dia 09/10/2013 no espaçamento de 0,45 metros entre linhas com adubação de 400 kg ha -1 do formulado 06-30-16 no sulco de semeadura e 100 kg ha -1 de KCL a lanço em pós-emergência da cultura. A área do experimento foi cultivada nos dois 1 S o j a - 2 0 1 3 / 2 0 1 4

21-30 21-31 21-30 21-31 21-31 21-28 Precipitação (mm) 05 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NUTRICIONAL DA MICROQUÍMICA NA CULTURA DA SOJA EM últimos anos com rotação soja/milho. Os dados de precipitação ocorridos entre os meses de setembro de 2013 a março de 2014 estão apresentados na Figura 1. 400,0 350,0 352,0 300,0 250,0 216,0 200,0 150,0 100,0 66,4 113,8 105,4 104,8 80,6 170,6 110,0 93,0 142,4 68,8 135,4 126,0 117,6 157,8 50,0 0,0 11,6 22,4 Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Decêndio (somatório de dez dias/mês) Figura 1. Precipitação ocorrida nos decêndios compreendidos entre os meses de setembro de 2013 a fevereiro de 2014 com acumulado de 2.194,6 mm no período. Fundação Rio Verde, 2014. O controle de plantas invasoras foi realizado com duas aplicações de glifosato na dose de 2,0 L ha -1. Para o controle de pragas foram realizadas duas aplicações de Curyom na dose de 0,3 L ha -1, duas aplicações de Engeo Pleno na dose de 0,3 L ha -1 e três aplicações de Tiger 100 EC na dose de 0,3 L ha -1 do produto comercial. Para o controle de doenças foi realizado três aplicações de PrioriXtra na dose de 0,3 L ha -1, sendo em R1, 14 dias após a primeira aplicação e 15 dias após a segunda aplicação. A amostragem foliar para análise do teor de macro e micronutrientes no tecido foliar da soja foi realizada quando a cultura se encontrava em R1. Após serem coletadas, as amostras foram lavadas em água destilada, acondicionadas em sacos de papel e secas em estufa de ventilação forçada por 48 horas com temperatura média de 65 C, para posterior envio ao laboratório de análises. Para comparativo dos resultados obtidos utilizou-se os padrões recomendados pela Embrapa, 1998 (Tabela 3). 2 S o j a - 2 0 1 3 / 2 0 1 4

05 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NUTRICIONAL DA MICROQUÍMICA NA CULTURA DA SOJA EM Tabela 3. Valores de referência dos teores foliares de nutrientes considerados adequados para a cultura da soja. Macronutrientes Teor (g kg -1 ) Micronutrientes Teor (mg kg -1 ) Nitrogênio 45,1 55 Boro 21 55 Fósforo 2,6 5 Cobre 6 14 Potássio 17,1 25 Ferro 51 350 Cálcio 3,6 20 Manganês 21 100 Magnésio 2,6 10 Zinco 20-50 Enxofre 2,1-4 Molibdênio Sem informação Fonte: EMBRAPA, 1998. Em pré-colheita foi realizada a contagem do estande final de plantas em 4 metros lineares em cada parcela. A altura de inserção da primeira vagem e altura de plantas foram realizadas em duas plantas de cada parcela, para posterior cálculo da média por tratamento. A colheita da parcela foi realizada de forma manual, sendo colhido todo o material das duas linhas centrais da parcela e o material colhido foi então trilhado em equipamento especifico para posterior leitura de umidade, pesagem de mil grãos e peso total da parcela. Os resultados foram convertidos em unidade de área com umidade padrão de comercialização de 13%, posteriormente foram submetidos à análise de variância e a comparação de médias pelo Teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade através do programa computacional Assistat 7.6 Beta (Silva et al. 2009). Resultados e Discussão Não foram observadas diferenças estatísticas para o teor de macronutrientes no tecido foliar da soja (Tabela 4). Todos os tratamentos testados apresentaram teores de N abaixo do recomendado conforme Embrapa, 1998. O tratamento com aplicação de SYMBIO na dose de 1,5 L ha -1 apresentou teor de potássio abaixo do limite inferior mínimo. Tabela 4. Teor de macronutrientes no tecido foliar da soja em função dos tratamentos testados em Lucas do Rio Verde, MT, 2014. Fundação Rio Verde, 2014. N P K Ca Mg S g kg -1 TESTEMUNHA 41,2 3,8 17,5 9,2 5,4 2,2 SYMBIO (1,5 L/ha - R1) 41,7 3,7 17,0 8,5 5,1 2,3 BIOMOL (0,3 L/ha - V4) 41,9 3,7 17,5 9,1 5,2 2,3 KALIBRE (1,5 L/ha - R2) 42,4 3,7 17,3 8,9 5,2 2,2 VORAX (0,05 L/ha - R1) 41,0 3,7 17,8 8,9 5,9 2,3 BIOMOL+SYMBIO+VORAX+KALIBRE 40,5 3,6 17,5 9,0 5,4 2,2 Médias 41,4 3,7 17,4 8,9 5,4 2,2 Coeficiente de Variação (%) 4,0 4,0 5,2 7,1 7,0 8,3 *Médias seguidas por letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si pelo Teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade 3 S o j a - 2 0 1 3 / 2 0 1 4

05 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NUTRICIONAL DA MICROQUÍMICA NA CULTURA DA SOJA EM Verificou-se diferença nos teor de Cobre no tecido foliar da soja em função dos tratamentos (Tabela 5) e os maiores valores foram observados no tratamento testemunha e com a aplicação de 0,05 L ha -1 de VORAX no estádio R1 da soja. A aplicação de BIOMOL na dose de 0,3 L ha -1 apresentou teor de Manganês abaixo do recomendado assim como a testemunha, considerando o valor mínimo ideal para a cultura da soja, conforme Embrapa, 1998. Os demais micronutrientes ficaram dentro da faixa considerada ideal para a cultura da soja. Tabela 5. Teor de micronutrientes no tecido foliar da soja em função dos tratamentos testados em Lucas do Rio Verde, MT, 2014. Fundação Rio Verde, 2014. B Cu Fe Mn Zn mg kg -1 TESTEMUNHA 26,8 6,4 a 112,7 19,6 32,3 SYMBIO (1,5 L/ha - R1) 23,5 5,8 b 107,8 27,0 30,7 BIOMOL (0,3 L/ha - V4) 24,9 5,8 b 102,9 19,6 33,8 KALIBRE (1,5 L/ha - R2) 28,7 5,5 b 105,4 24,5 33,6 VORAX (0,05 L/ha - R1) 28,8 7,2 a 112,7 22,1 33,2 BIOMOL+SYMBIO+VORAX+KALIBRE 25,9 5,5 b 100,5 24,5 29,9 Médias 26,4 6,0 107,0 22,9 32,2 Coeficiente de Variação (%) 19,4 11,3 16,2 18,9 7,8 *Médias seguidas por letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si pelo Teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. Não foram observados efeitos significativos dos tratamentos para as variáveis de altura de inserção da primeira vagem (AV), altura de plantas (AP), peso de mil grãos (PMG) e população final de plantas (POP), conforme a Tabela 6. A não observância de efeitos sobre estas variáveis pode estar relacionado com as características genéticas do material utilizado no ensaio. Tabela 6. Altura de plantas (AP), altura de inserção da vagem (AV), peso de mil grãos (PMG) e população final de plantas (POP) em função dos tratamentos empregados. Fundação Rio Verde, 2014. AP AV PMG POP cm g pl ha -1 TESTEMUNHA 48,4 10,1 166,6 304.166 SYMBIO (1,5 L/ha - R1) 46,9 9,6 169,0 344.444 BIOMOL (0,3 L/ha - V4) 48,5 9,6 173,3 312.500 KALIBRE (1,5 L/ha - R2) 47,6 10,1 166,9 297.222 VORAX (0,05 L/ha - R1) 45,6 9,1 169,0 283.333 BIOMOL+SYMBIO+VORAX+KALIBRE 47,9 9,6 168,6 277.777 Média 47,5 9,7 168,9 303.240 Coeficiente de Variação (%) 8,3 15,4 4,5 12,7 *Médias seguidas por letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si pelo Teste de Skott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. 4 S o j a - 2 0 1 3 / 2 0 1 4

Produtividade (sc ha -1 ) 05 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NUTRICIONAL DA MICROQUÍMICA NA CULTURA DA SOJA EM A aplicação de SYMBIO (1,5 L ha -1 ) e a combinação dos produtos BIOMOL, SYMBIO, VORAX e KALIBRE (0,25-1,5-0,05-1,5) não apresentaram diferenças estatísticas em relação à testemunha e tiveram as menores produtividades observadas no ensaio (Tabela 7 e Figura 2). As aplicações isoladas de BIOMOL (0,3 L ha -1 aplicado em V4), KALIBRE (1,5 L ha -1 aplicado em R2) e VORAX (0,05 L ha -1 aplicado em R1) apresentaram maiores produtividades em relação aos demais tratamentos. Tabela 7. Produtividade da soja em função dos tratamentos testados em Lucas do Rio Verde, MT. Fundação Rio Verde, 2014. kg ha -1 PRODUTIVIDADE sc ha -1 TESTEMUNHA 3.589,8 b 59,8 b SYMBIO (1,5 L/ha - R1) 3.571,3 b 59,5 b BIOMOL (0,3 L/ha - V4) 4.218,2 a 70,3 a KALIBRE (1,5 L/ha - R2) 4.098,2 a 68,3 a VORAX (0,05 L/ha - R1) 4.218,7 a 70,3 a BIOMOL+SYMBIO+VORAX+KALIBRE 3.738,7 b 62,3 b Média 3.905,8 65,1 Coeficiente de Variação (%) 7,8 7,8 *Médias seguidas por letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si pelo Teste de Skott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. 70,0 65,0 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 59,8 b 59,5 b 70,3 a 68,3 a 70,3 a 62,3 b Figura 2. Avaliação do efeito do programa nutricional foliar na produtividade da soja em Lucas do Rio Verde, MT. Fundação Rio Verde, 2014. 5 S o j a - 2 0 1 3 / 2 0 1 4

Considerações Finais 05 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NUTRICIONAL DA MICROQUÍMICA NA CULTURA DA SOJA EM Todos os tratamentos testados apresentaram teores foliares de N inferiores ao recomendado para a cultura da soja. As aplicações isoladas de BIOMOL (0,3 L/ha), KALIBRE (1,5 L/ha) e VORAX (0,05 L/ha) no estádio recomendado, incrementaram a produtividade em 16,4% em relação a testemunha sem aplicação. A aplicação combinada dos produtos testados não proporcionou acréscimo na produtividade da cultura da soja em Lucas do Rio Verde, MT. Referências Bibliográficas EMBRAPA-Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Recomendações técnicas para a cultura da soja na região central do Brasil 1998/99. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1998. 182p. SILVA, F. de A.S.; AZEVEDO, C.A.V. de, Principal Components Analysis in the Software Assistat- Statistical Attendance. In: World Congress on Computers in Agriculture, 7, Reno-NV-USA: American Society of Agricultural and Biological Engineers, 2009. 6 S o j a - 2 0 1 3 / 2 0 1 4