RELATÓRIO COMPLEMENTAR DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO. sobre a oportunidade e condições da oferta pública geral e obrigatória de aquisição

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Transcrição:

RELATÓRIO COMPLEMENTAR DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO sobre a oportunidade e condições da oferta pública geral e obrigatória de aquisição das acções da BRISA AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. lançada pela TAGUS HOLDINGS

BRISA 2 001 Introdução: Objecto do Relatório Complementar Na sequência da revisão dos documentos da oferta pública de aquisição preliminarmente anunciada pela Tagus S.à r.l (o Oferente ) e que serviram de base à elaboração do Relatório do Conselho de Administração sobre a oportunidade e condições da oferta, aprovado no dia 23 de Abril de e divulgado no dia 24 de Abril de nos sítios da internet da Brisa (www.brisa.pt) e da CMVM (www.cmvm.pt) (o Primeiro Relatório ), o Conselho de Administração da Brisa vem, ao abrigo do artigo 181.º do Código dos Valores Mobiliários, apresentar o seu relatório complementar, incidente sobre as alterações promovidas pelo Oferente aos documentos da oferta pública geral e obrigatória de aquisição das acções da Sociedade, lançada pela TAGUS HOLDINGS S.à r.l. (a Oferta ), designadamente o respectivo Prospecto e Anúncio de Lançamento. O presente Relatório Complementar serve como complemento ao Primeiro Relatório. Ambos os relatórios devem ser lidos de forma articulada e conjugada, actualizandose o Primeiro Relatório, nas matérias abaixo identificadas, com o teor do presente Relatório Complementar. Assim, aquando da ponderação acerca da aceitação ou rejeição da Oferta, aconselhase os Senhores Accionistas a considerar o parecer constante do Primeiro Relatório, com o complemento do presente Relatório Complementar, sem prejuízo do juízo personalizado, a realizar por cada Accionista, no âmbito do respectivo processo de tomada de decisão.

3 BRISA 002 Comentários às alterações promovidas às condições da oferta 2.1. Aumento da contrapartida oferecida 2.2. Condições da retirada da Oferta O Conselho de Administração nota que o montante da contrapartida da Oferta foi aumentado de EUR 2,66 por acção para EUR 2,76 por acção. Face ao contexto actual, o Conselho de Administração é do entendimento que a contrapartida da Oferta continua a inserirse dentro de um intervalo razoável de valor intrínseco da Sociedade. Este aumento da contrapartida contribui para a confluência com os interesses dos accionistas e, nesse sentido, deve ser relevada como um elemento positivo. Não obstante o aumento do montante da contrapartida, o Conselho de Administração é do entendimento que se mantêm integralmente pertinentes as conclusões e recomendações do Conselho de Administração no Primeiro Relatório quanto ao preço da Oferta. Designadamente, o Conselho de Administração continua a recomendar que cada accionista tome a sua decisão quanto à venda ou manutenção das acções com base nos próprios objectivos de investimento e respectivo horizonte temporal. No anúncio preliminar da oferta, foram elencados diversos factos que, a ocorrerem, determinariam a extinção do acordo acionista constitutivo da obrigação de lançamento de oferta. Trata-se de um aspecto reformulado nos novos documentos da oferta. Designadamente, foi esclarecido que com a enunciação de tais factos, a Oferente pretendeu tornar cognoscível para os destinatários da Oferta as circunstâncias ou pressupostos em que a Oferente fundou a decisão de celebrar o Joint Venture Agreement e o Acordo Acionista e que a constituiu no dever de lançamento da Oferta. Os documentos da oferta reforçaram ainda que caso venham a ocorrer factos ou a ser praticados actos desconformes com os pressupostos constantes do Anúncio Preliminar, a Oferente reserva-se o direito de, designadamente, requerer à CMVM a modificação ou revogação da Oferta por alteração das circunstâncias, nos termos do artigo 128.º do Código dos Valores Mobiliários. O esclarecimento de que a falta de verificação dos pressupostos que fundaram a decisão de celebrar o Joint Venture Agreement e o Acordo Accionista não conduzirá automaticamente

BRISA 4 à retirada da oferta e que antes determina a sujeição da mesma ao escrutínio da CMVM aumenta a previsibilidade e segurança quanto à condução da oferta até final. Assinala-se, ainda, a manifestação da intenção do Oferente de mitigar o impacto das referidas limitações à distribuição de dividendos ao nível da Brisa Concessões Rodoviárias, S.A. Neste sentido, esta clarificação merece ser saudada como positiva. 2.3. Política de dividendos No âmbito dos planos estratégicos do Oferente para a Brisa, é de assinalar a maior concretização da política de dividendos a adoptar na Brisa após a conclusão da Oferta. Dado que a aprovação da política de dividendos constitui uma competência dos accionistas, o Conselho de Administração saúda a maior clarificação desta vertente dos planos estratégicos do Oferente, que contribui para tornar mais esclarecidas as decisões a tomar pelos investidores no âmbito da oferta pública de aquisição. Designadamente, os documentos da oferta referem que se pretende que a Brisa retome a distribuição de dividendos na medida do possível, ainda que sem ter como baliza uma percentagem fixa dos lucros ou um montante visado relativamente a ou ao longo de um certo período. Adicionalmente, é indicado que a disponibilidade da Brisa para prosseguir a política de distribuição de dividendos pode vir a ser afectada em virtude dos actuais termos e condições de financiamento da Brisa Concessões Rodoviárias, S.A., os quais prevêem limitações à distribuição de dividendos por esta sociedade.

5 BRISA 003 Outros aspectos da Oferta não revistos Todos os aspectos constantes dos documentos da oferta não acima referenciados e que não foram objecto de modificação não justificam qualquer alteração adicional ao conteúdo do Primeiro Relatório, mantendo-se as considerações, opiniões, recomendações e entendimentos aí expressos sobre as condições originárias da Oferta, sujeitos às mesmas advertências e avisos prévios aí efectuados. 004 Aprovação do Relatório Complementar O presente Relatório Complementar foi aprovado por unanimidade na reunião do Conselho de Administração realizada para esse efeito a 13 de Julho de. Todos os Administradores estiveram presentes na reunião, com exepção de um Administrador.

Brisa Auto-Estradas de Protugal, S.A. Sociedade aberta Sede: Quinta da Torre da Aguilha Edifício BRISA, São Domingos de Rana, Cascais Capital Social: 600,000,000.00 Número único de pessoa colectiva 500048177 Conservatória do Registo Comercial de Cascais download da app em: