RECURSOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA O ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO: REVISÃO INTEGRATIVA

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RECURSOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA O ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO: REVISÃO INTEGRATIVA Elaine Cristina da Silva 1 Eugênia Larissa Cardoso de Andrade Rocha 2 Rita de Cássia Gomes Araújo 3 Alba Maria Bomfim de França 4 Enfermagem ciências biológicas e da saúde ISSN IMPRESSO 19801785 ISSN ELETRÔNICO 23163143 RESUMO Diante do fenômeno natural que é o nascimento, processo natural que marca a vida de uma mulher, demonstrado nos mais variados estudos que a dor que o acompanha é uma experiência subjetiva e complexa. Teve como objetivo analisar as produções científicas relacionadas aos recursos não farmacológicos para o alívio da dor no trabalho de parto. A busca dos artigos foi realizada em três bases de dados eletrônicas da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Base de dados de Enfermagem (), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde () e Medical Literature Analysis and Retrieval System online (MEDLINE). Foram incluídos 7 artigos, oriundos de estudos realizados no Brasil, no período de 2011 a 2015. Os resultados demonstraram a predominância da massagem como prática eficaz no alívio da dor durante o trabalho de parto, seguido do banho de aspersão que não teve o resultado almejado isoladamente, entre outros recursos utilizados nãofarmacológicos de alívio da dor. Concluiuse que esses recursos alternativos são excelentes para a redução de intervenções medicamentosas, a maioria dos métodos apresentados nos artigos é de simples aplicabilidade e possibilitam a participação ativa do acompanhante durante o trabalho de parto. DESCRITORES Trabalho de Parto. Assistência ao parto. Dor do Parto. Estratégias de Enfrentamento. Enfermagem Obstétrica. Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

124 Cadernos de Graduação ABSTRACT It was an integrative review that aimed to contribute to the assistance to the parturient in the moment of pain and discomfort generated by the uterine contractions during the process of parturition, worked on the nonpharmacological resources for the relief of labor pain, contributing with the team Wellproven procedures, thus avoiding unnecessary interventions. The search for articles was carried out in three electronic databases of the Virtual Health Library (VHL). The results demonstrated the predominance of massage as an effective practice in pain relief during labor, followed by the sprinkler bath that did not have the desired outcome alone, among other nonpharmacological resources used for pain relief. It was concluded that these alternative resources are excellent for the reduction of drug interventions, most of the methods presented in the articles are simple to apply and allow the active participation of the companion during labor. KEYWORDS Labor. Midwifery. Labor Pain. Adaptation Psychological. Obstetric Nursing. 1 INTRODUÇAO O nascimento é um processo natural que marca a vida de uma mulher e de todos que de maneira direta ou indireta estão envolvidos, mas ao longo do tempo tem sido verificada uma excessiva medicalização neste processo, tendo grande influência no contexto sociocultural em que está inserido, sem que se verifiquem ganhos na qualidade da assistência nem significativa redução dos índices de mortalidade materna e perinatal (DODOU et al., 2014). Um conceito de saúde que considere na consciência plena de cidadania dos indivíduos exige novos ordenamentos culturais, contribuindo assim para a humanização do nascimento, os profissionais de saúde, por sua vez, atuam como facilitadores nesta transição, inseridos no processo de desenvolvimento humano e na vida em sua plenitude. O modelo vigente de assistir essas mulheres tem usado uma prática excessiva de intervenções, desrespeitando a fisiologia do parto e desviando o foco das necessidades da mulher, além de interferir na história pregressa familiar, pois deixa de ser centralizado na pessoa, com suas crenças e valores passados de gerações, o que pode gerar o comportamento passivo da mulher (SODRÉ; MERIGHI; BONADIO, 2012). Para Malheiros e outros autores (2012) a humanização da assistência em saúde as parturientes, surge como uma opção para modificar o cenário existente no âmbito do parto fisiológico, que demanda de grandes mudanças nos diversos estágios que o compõem, à exemplo da dificuldade do não uso de recursos não farmacológicos no trabalho de parto e da falta de qualidade nos serviços de saúde. Humanizar significa Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

Cadernos de Graduação 125 proporcionar um atendimento de qualidade a essas mulheres, dando a devida atenção obstétrica com base na humanização do parto e nascimento. Visto que o Programa de Humanização no PréNatal e Nascimento (PHPN), que foi implantado em 2000, o Ministério da Saúde reafirma a filosofia que deve nortear a assistência obstétrica em todo Brasil, reconhecendo a necessidade do vínculo profissional com cada mulher e da percepção de suas necessidades, sendo o parto realizado com o mínimo de intervenções, lembrandose de que o excesso de tecnologia não implica qualificação ou segurança da prática clínica, diferentemente do que muitas vezes ocorre, com modismos incorporados de maneira avassaladora antes mesmo de ter sua eficácia testada por meio de estudos controlados. É necessário reconhecer que a parturiente é a condutora do processo e não a conveniência do sistema (MALHEIROS et al., 2012). Com isso o estudo pretendeu responder a pergunta de pesquisa: Quais são as evidências científicas sobre o uso dos recursos não farmacológicos (RNFs) durante o trabalho de parto para o alívio da dor? Diante disso, o objetivo desta revisão é analisar as produções científicas relacionadas aos recursos não farmacológicos para o alívio da dor no trabalho de parto e contribuir na assistência à parturiente no momento da dor e do desconforto durante o trabalho de parto. 2 METODOLOGIA O estudo vigente caracterizase como revisão integrativa, método que tem por objetivo reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre um determinado tema, de forma sistemática e ordenada em seis etapas, tornandose um meio que permitenos o aprofundamento do conhecimento por meio da realização de síntese de diversos estudos publicados (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Estabelecer essas etapas é de uma relevante importância para o bom direcionamento do estudo. A primeira consiste na formulação da hipótese ou questão norteadora, sendo a seguinte: quais são as evidências científicas sobre o uso dos recursos não farmacológicos (RNFs) durante o trabalho de parto para o alívio da dor? A segunda etapa é a busca na literatura, onde foram definidas como fonte de busca três bases eletrônicas de dados: Base de dados de Enfermagem (), Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde () e Medical Literature Analysis and Retrieval System online (MEDLINE). A terceira etapa onde se tem a categorização dos estudos utilizou os seguintes descritores: Trabalho de Parto, Assistência ao Parto, Dor do Parto Estratégias de enfrentamento e Enfermagem Obstétrica (de acordo com os DeCS Descritores em Ciências da Saúde e a utilização do operador booleano AND), resultando nas seguintes combinações: Trabalho de Parto AND Assistência ao Parto, Dor do Parto AND Estratégias de enfrentamento e Trabalho de Parto AND Enfermagem Obstétrica. Na seleção das literaturas para compor a quarta etapa que se define a avaliação dos estudos, foram definidos como critérios de inclusão artigos em língua portugue Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

126 Cadernos de Graduação sa, com publicação nos anos entre 2011a 2015, que descrevessem sobre os recursos não farmacológicos no alívio da dor no trabalho de parto e disponibilidade da publicação na íntegra, os critérios para exclusão foram: produções duplicadas e publicações que não atendiam ao objeto do estudo. Para análise dos dados utilizouse um instrumento elaborado pelos pesquisadores e aplicado para cada artigo da amostra final desta revisão, foi construído um quadro que continha variáveis consideradas pertinente como: nome do artigo, ano de publicação, periódico/base de dados que foram encontrados, método aplicado, nível de evidência científica e o resultado principal relacionado aos recursos não farmacológicos para o alívio da dor no trabalho de parto, constituindo a quinta etapa. Na sexta etapa foi definida a síntese do conhecimento/apresentação da revisão. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 218 artigos foram encontrados com tema relevante ao objeto de estudo, após a leitura dos títulos foram selecionados 82, em seguida foi realizada a leitura do resumo onde foram selecionados 39 e após a leitura na íntegra foram escolhidos 18 artigos, pois estes respondiam a pergunta da questão norteadora,que após serem excluídas as repetições restaram 7 artigos (TABELA 1). Tabela 1 Número de artigos encontrados segundo bases de dados e critérios para seleção 2016 Estratégia de busca Trabalho de Parto AND Assistência ao Parto Dor do Parto AND Estratégias de enfrentamento Trabalho de Parto AND Enfermagem Obstétrica Bases de dados MEDLINE MEDLINE MEDLINE Total de artigos encontrados 69 62 3 1 1 37 44 1 Após leitura Títulos Resumos Na íntegra 30 19 2 16 15 13 11 1 7 7 Total Total (sem repetição) Fonte: Dados da pesquisa (2016). NOTA: Sinal convencional utilizado: Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento 4 5 5 5 18 07 Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

Cadernos de Graduação 127 Os artigos selecionados foram organizados em Quadros para melhor visualização das variáveis de análise (Quadro 1). Onde se contemplaram: o título do artigo, ano de publicação, periódico e base de dados, método aplicado, nível de evidência científica e desfecho. Quadro 1 Aspectos relacionados aos recursos não farmacológicos para o alívio da dor no trabalho de parto Título do artigo Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: revisão integrativa Uso da bola suíça no trabalho de parto Avaliação da efetividade de métodos não farmacológicos no alívio da dor do parto Ano de publicação 2014 2011 2014 Periódico/ base de dados Revista Mineira de Enfermagem Acta Paulista de Enfermagem Revista Rene Método aplicado Revisão integrativa Estudo descritivo e qualitativo Revisão Sistemática Nível de evidência científica VI VI V Desfecho (resultado principal relacionado à sua questão de pesquisa) Métodos associados: massagem lombossacral, exercício respiratório e relaxamento, a hidroterapia e a crioterapia propiciaram a redução dos escores de dor na fase ativa; enquanto que a presença da doula foi considerada importante para a transmissão de segurança e confiança às parturientes. As indicações do uso da bola suíça foram: promover a descida da apresentação fetal (32,4%), relaxamento (19,7%), progressão do parto (17,1%), exercício do períneo (14,5%), alívio da dor (11,8%), benefícios psicológicos e movimentação materna. A massagem, a aromaterapia, o banho de imersão, a acupuntura e a acupressão são eficazes métodos para aliviar a dor no trabalho de parto, pois além de diminuírem a percepção dolorosa, reduzem os níveis de ansiedade e de estresse. Dentre eles o que se mostrou mais eficaz foi a massagem, principalmente quando aplicada na primeira fase do trabalho de parto. Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

128 Cadernos de Graduação Quadro 1 Aspectos relacionados aos recursos não farmacológicos para o alívio da dor no trabalho de parto (continua) Título do artigo Práticas obstétricas na assistência ao parto e nascimento em uma maternidade de Belo Horizonte Ano de publicação 2013 Periódico/ base de dados Biblioteca Digital UFMG Método aplicado Estudo descritivo e exploratório Nível de evidência científica VI Desfecho (resultado principal relacionado à sua questão de pesquisa) Práticas demonstradamente úteis e devem ser encorajadas no trabalho de parto e parto: oferecimento de dieta (55,6%); liberdade de posição e movimento (94,5%); método não farmacológico para alívio da dor (79,2%), sendo banho de chuveiro o mais utilizado; uso de partograma (80%); presença de acompanhante (92,2%); contato precoce cutâneo com o RN (77,5%). Métodos não farmacológicos de alívio da dor durante trabalho de parto e parto 2011 Texto Contexto Enfermagem Revisão Sistemática de estudos descritivos e qualitativos V Os estudos abordaram: mobilidade, hidroterapia, crioterapia, estimulação elétrica transcutânea, técnicas de respiração e relaxa mento. Banho quente de aspersão, exercícios perineais com bola suíça e dor no trabalho de parto 2013 Acta Paulista de Enfermagem Fonte: Dados da pesquisa (2016). Estudo clínico experimental ou de intervenção randomizado. II A utilização associada dos métodos não farmacológicos para alívio da dor, banho quente de aspersão e exercícios perineais com a bola suíça durante a fase de dilatação está relacionada com a redução da dor da parturiente e promoção do conforto materno, quando associados. Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

Cadernos de Graduação 129 Para Dodou e outros autores (2014), analisando as ações voltadas à humanização do parto e nascimento, podemos refletir sobre a assistência obstétrica realizada no passado, quando as intervenções eram realizadas em menor quantidade. O atual autor traz também em seu estudo, uma das muitas tarefas do profissional na assistência obstétrica, sendo essa uma das mais importantes durante o trabalho de parto, que é dá suporte à mulher e condições de tolerância à dor e ao desconforto. Para tal, uma variedade de técnicas nãofarmacológicas de alívio da dor durante o trabalho de parto vem sendo difundida, diminuindo os métodos farmacológicos. A análise dos estudos selecionados nesta revisão integrativa indica que, apesar de haver necessidade de incremento das pesquisas relacionadas ao tema, existe respaldo científico para a utilização de recursos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto. A seguir, os aspectos científicos relacionados aos diferentes recursos e a viabilização de sua implementação na prática são discutidos. O refinamento da amostra foi de artigos de publicação nacional, sendo (01) no nível de evidência II, (02) no nível de evidência V e (03) no nível de evidência VI. Quanto ao ano de publicação, os artigos foram publicados nos últimos cinco anos e todos eles foram realizados no Brasil, o que indica um aumento recente das pesquisas, envolvendo a temática estudada. A Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal traz em seu protocolo que, é de livre escolha da parturiente os recursos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto, visto que as opções são diversas, entre as tantas comprovadas cientificamente (BRASIL, 2016). As pesquisas sobre os RNFs selecionados por meio dos descritos, base de dados e questão norteadora nesta revisão integrativa resultaram em sete agrupamentos, concentrando em cada um os RNFs relacionados entre si. Mafetoni (2014) traz, em seu estudo, vários RNFs para mostrar a eficácia de cada um, entre eles a eletroestimulação transcutânea (EET), que se usada na primeira fase do trabalho de parto a tolerância à dor aumenta. Assim também como o exercício respiratório, a deambulação ou mudança de posição se mostraram importantes nesse momento de dor, ele também traz a massagem, a hidroterapia, a Crioterapia e assistência de doulas. Durante a fase ativa do TP, os usos associados desses RNFs se mostraram eficazes. A técnica de exercício respiratório isolada foi significativa na redução da dor. O acompanhamento da doula demonstrou a grande importância na assistência à parturiente, tanto no conforto físico como psicoemocional. Silva e outros autores (2011) incorporam em seu estudo a entrevista de 31 enfermeiras e mostram a importância do uso da bola suíça no TP de quem utilizou o recurso. Foram selecionadas algumas indicações para o uso da bola, que foram: auxiliar na descida da apresentação fetal, promover o relaxamento e aliviar a dor. As contra indicações da bola foram: existência de intercorrência obstétrica (síndrome hipertensiva da gestação ou descolamento prematuro de placenta), e no caso da mulher ser grande multípara. Osório, Júnior e Nicolau (2011) reúnem os Recursos Não Farmacológicos (RNFs) mais avaliados nos estudos abordado por eles, que foram massagem e aromaterapia, ambos estudados em quatro estudos, seguidos do banho de imersão e musicoterapia, em três. Além destes, a hipnose, acupuntura, acupressão e a estimulação elétrica Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

130 Cadernos de Graduação transcutânea foram exploradas em dois estudos. A Massagem foi efetiva na redução da dor em todas as fases do trabalho de parto e as mulheres ainda demonstraram maior satisfação com o alívio da dor. O autor supracitado, continuando a falar na aromaterapia, foi eficaz apenas nas nulíparas que relataram uma redução na percepção da dor, onde se reduziu a ansiedade e o medo. Com o Banho de imersão, houve uma redução de forma significativa na taxa de analgesia epidural/espinal, contudo não há evidência de redução da intensidade da dor. Na musicoterapia não houve evidência na redução da dor, porém houve a necessidade de introdução de outros métodos de alívio da dor após a intervenção. No uso da Acupuntura, Acupressão, Hipnose e Eletroestimulação Transcutânea, o alívio da dor e a diminuição da ansiedade foram observadas apenas nos grupos que receberam acupuntura ou acupressão. Sousa (2013) correlaciona o banho de chuveiro ou imersão, a massagem e as técnicas de respiração e relaxamento. Com a água, a mulher relaxa, diminuindo assim a sensação de dor e, consequentemente, sua ansiedade, caindo os níveis de adrenalina. A redução dos níveis desse hormônio desencadeia um aumento na produção endógena de ocitocina, oferecendo possibilidades para que o TP possa se desenvolver de forma rápida, embora não tenha sido feita análise estatística para comprovação. No estudo de Silva, Strapasson e Fischer (2011) verificouseque as técnicas de respiração e relaxamento muscular foram as mais incidentes, seguidas de massagens e mobilidade, exercícios na bola suíça, movimento articular geral, mobilidade pélvica, uso do cavalinho ou cadeira, deambulação e posturas verticais. Reis e colaboradores (2015) trouxeram em seu estudo a Deambulação, Banho de aspersão, Bola suíça, Massagem e o Agachamento. Dentre as práticas de alívio da dor, o banho de aspersão foi o mais utilizado, contudo, não foi avaliado em que fase do trabalho de parto esse método foi empregado. Os métodos não farmacológicos possibilitam, na medida do possível, a substituição dos anestésicos e analgésicos durante o trabalho de parto, acarretando, consequentemente, menos intervenções. Barbieri e outros autores (2013) em estudo demonstraram que a utilização de intervenções não farmacológicas para alívio da dor durante a fase ativa do trabalho de parto, como o banho de aspersão de forma isolada e o uso deste com a bola suíça de forma combinada reduziu a intensidade da dor referido pelas parturientes, promoveu o relaxamento e a diminuição da ansiedade. Ambos os recursos mostraramse como práticas seguras, promoveram o conforto e bem estar às parturientes e estimulam seu uso. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta revisão integrativa permitiu dar visibilidade às produções brasileiras sobre os recursos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto. Evidenciouse que o ano de 2011 teve maior número de publicações sobre a temática, bem como a região sul do Brasil é a maior produtora destas pesquisas e as terapias mais aplicadas nos estudos são as massagens e banho de aspersão. Esses recursos alternativos são excelentes para a redução de intervenções medicamentosas, a maioria Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

Cadernos de Graduação 131 dos métodos apresentados nos artigos é de simples aplicabilidade e possibilitam a participação ativa do acompanhante durante o trabalho de parto. Foram encontrados diferentes RNFs e o uso dos mesmos tem crescido e novos estudos procuram melhores evidências para sua utilização como estratégia de alívio da dor. Novas pesquisas que envolvam os RNFs são necessárias para dar o suporte clínico do seu uso, bem como pesquisas que foquem a preferência das parturientes nessas estratégias, imprescindíveis para ampliar a humanização e a qualidade na assistência ao parto. Além dos recursos não farmacológicos de alívio da dor durante trabalho de parto estarem englobados com as políticas de humanização, possibilitam às mulheres a redução do medo, a autoconfiança e a satisfação. Em face ao exposto, sugerese que os profissionais de saúde adotem uma postura centrada e capaz de compartilhar do mundo da dor e deste momento de medo e ansiedade, promovendo bemestar, empoderando a mulher, designandolhe a implementação de seu plano de parto. REFERÊNCIAS BARBIERI, Márcia et al. Banho quente de aspersão, exercícios perineais com bola suíça e dor no trabalho de parto. Acta Paulista de Enfermagem. São PauloSP, v.26. p.478484, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v26n5/a12v26n5. pdf>. Acesso em: 20 out. 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal, Relatório de recomendação. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUSCONITEC. 381p., janeiro de 2016. DODOU, Hilana Dayana et al. A contribuição do Acompanhante para a Humanização do Parto e Nascimento: Percepções de Puérperas. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, FortalezaCE v.18, abrjun. 2014. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/ean/v18n2/14148145ean18020262.pdf>. Acesso em: 14 out. 2016. GAYESKI, Michele Edianez; BRÜGGEMANN, Odaléa Maria. Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: uma revisão sistemática. Texto Contexto Enfermagem, FlorianópolisSC; v.19, p.774782, outdez. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v19n4/22.pdf>. Acesso em: 18 out. 2016. MAFETONI, Reginaldo Roque Antonieta; SHIMO, Keiko Kakuda. Métodos não Farmacológicos para Alívio da Dor no Trabalho De Parto: Revisão Integrativa. REME Revista Mineira de Enfermagem, Porto AlegreRS, v.18, p.505512, abrjun. 2014. Disponível em: <http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/942>. Acesso em: 19 out. 2016. Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br

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Cadernos de Graduação 133 Data do recebimento: 6 de dezembro de 2016. Data da avaliação: 7 de janeiro de 2016. Data de aceite: 2 de fevereiro de 2017. 1Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes de Alagoas UNIT/AL. Email: elainecamille@hotmail.com. 2 Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes de Alagoas UNIT/AL. Email: lary.genia@gmail.com. 3 Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes de Alagoas UNIT/AL. Email: ritaifal@hotmail.com. 4 Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes de Alagoas UNIT/AL. Email: albambf@hotmail.com.. Ciências Biológicas e de Saúde Unit Aracaju v. 4 n. 1 p. 123134 Maio 2017 periodicos.set.edu.br