SAÚDE NA TERCEIRA IDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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- Madalena Bergmann Jardim
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1 SAÚDE NA TERCEIRA IDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA Vanessa Stéffeny dos Santos Moreira 23, Ana Caroline Martins 1, Shirley R. Macedo 1, Maria Widilânia V. dos Santos 1, Grayce Alencar Albuquerque 24. Correspondência para: Palavras-chave: Idoso. Qualidade. Vida. Envelhecimento. 1 INTRODUÇÃO O crescimento da população idosa é uma realidade nas estatísticas em todo o contexto brasileiro e mundial, sendo o envelhecimento um processo gradual e evolutivo de indivíduos que ao longo do tempo passam de um estado natural e fisiológico do organismo para uma adaptação a condições físicas do próprio corpo devido ás necessidades do avanço da idade. Os declínios relacionados ao avanço da idade e as dificuldades do envelhecimento são muito reais, envolvendo perdas nos domínios físico, cognitivo e social. As dificuldades do envelhecimento, entretanto, não são a única dificuldade, o outro lado envolve crescimento, vitalidade, esforço e contentamento (BALTES; CARTEN-SEN, 2000). Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE, 2010), apresenta que o Brasil possui um crescimento na participação da população de idosos com 65 anos ou mais, que eram de 4,8 % em 1991, passando a 5,9% em 200 e chegando a 7,4% em 2010, fazendo-se necessário políticas de saúde que melhorem as expectativas de vida dessas pessoas, tentando minimizar as dependências de familiares, profissionais do cuidado e casa de apoio, deixando assim esses idosos cada vez mais independentes e capazes de desenvolver ações corriqueiras. 23 Discentes da Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN) 24 Docente da Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN)
2 Os idosos que envelhecem de forma bem-sucedida são aquelas que apresentam um baixo risco de doença e incapacidades (que apresentam, por exemplo, fatores de estilo de vida saudáveis, tais como dieta adequada, ausência do hábito de fumar e prática de atividades físicas) que estão utilizando ativamente habilidades de resolução de problemas, conceitualização e linguagem; que estão mantendo contatos sociais e estão participando em atividades produtivas (voluntariado; trabalho remunerado ou não remunerado). (HOOYMAN; KIYAK, 2001) Salienta-se que, grande parte do mundo desenvolvido o processo de envelhecimento humano ocorreu paralelo aos crescimentos socioeconômicos, o que permitiu uma estrutura organizada para oferecer serviços especializados em saúde e bem-estar aos idosos (OMS, 2005). Isso possibilitou aos idosos envelhecer com qualidade de vida e com atenção de profissionais qualificados para intervenções especializadas junto a estes atos sociais (KALACHE; KELLER, 2000). De acordo com as informações supracitadas, o presente artigo objetiva analisar as politicas de saúde voltadas aos idosos, mediante a melhoria na expectativa de vida e na qualidade de vida. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Desta forma teve-se como objetivo da revisão realizar busca de artigos publicados entre os anos 2000 a 2014, na base de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo) utilizando Decs: Saúde, terceira e idade. Os artigos selecionados seguiram os seguintes critérios de inclusão; a) Artigos originais; b) Estudos escritos em Português e c) artigos com texto completo disponível online. A escolha do período baseou-se em um comparativo de informações e nos avanços que se teve até os dias atuais sobre a expectativa e estilo de vida dos idosos. Nesse sentido, foram selecionadas 12 (doze) publicações na base de dados SCIELO, perfazendo um total de 08 (oito) artigos explorado.
3 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Apesar do envelhecimento da população mundial, a pesquisa no campo do envelhecimento bem sucedido ainda é escasso. As pesquisas encontradas sobre envelhecimento são mais voltadas às questões do idoso institucionalizado; violências e abandono do idoso; situação social do idoso no Brasil e como vive o idoso brasileiro. O peso assistencial ainda é preponderante e o notável grau de desarticulação dentro do sistema de saúde dificulta a operacionalização de qualquer lógica baseada em uma avaliação capaz de abranger os múltiplos aspectos da vida do idoso (VERAS; CALDAS, 2004). Os fatos e as evidências apontam urgência de mudanças no cuidado à população idosa. Os modelos vigentes se mostram ineficientes e de alto custo. Assim, tornam-se necessários novos métodos de planejamento e gerência, pois a prestação dos cuidados reclama estruturas criativas e inovadoras, com propostas de ações diferenciadas, de modo que o sistema ganhe eficiência e o idoso possa usufruir integralmente os anos proporcionados pelo avanço da ciência (LIMA; VERAS, 2003). A organização Mundial da Saúde (OMS) define que o eixo principal da atenção ao idoso não pode ser simplificado pelo mero assistencialismo. Os países precisam desenvolver políticas amplas e intersetoriais que procurem assegurar o envelhecimento saudável. Embora, no Brasil, algumas políticas venham sendo implementadas para valorizar as pessoas idosas como cidadãs, é fato que elas enfrentam várias situações de exclusão, pois a cultura brasileira associa velhice à dependência física, às doenças, à inutilidade (BRÊTAS, 2005). Dessa forma, a organização do sistema para uma eficiente atenção à população idosa afigura-se como um dos principais desafios que o setor saúde tem que enfrentar o mais rápido possível.
4 4 CONCLUSÕES Com bases nas literaturas consultadas, percebe-se a necessidade de ações e politicas que visem o idoso como prioridade, de modo com que a terceira idade tenha uma assistência adequada e uma melhor qualidade no tempo restante de vida. Os profissionais da saúde devem reforçar a importância do cuidado com o idoso tanto na vida acadêmica e profissional por meio da educação permanente, visando suas especificidades e multidimensionalidade. Sabe-se que o envelhecimento necessita ser compreendido de uma forma interdisciplinar, tanto pelo o individuo como pelos os familiares e pela a sociedade. Para que se possa trabalhar com politicas adequadas, evitando o desgaste familiar e a busca por instituições de longas permanências. REFERÊNCIAS BALTES, M. M.; CARTENSEN, L. L. The pro-cess of successful aging. In: MARKSON, E. W.; HOLLIS-SAWYER, L. A. Intersections of aging:readings in social gerontology. Los Angeles: Roxbury, p HOOYMAN, N. R.; KIYAK, H. A. Social gerontology: a multidisciplinary perspective. 6. ed. Allyn and Bacon, KALACHE, A., & KELLER, I. (2000). The greying world: A challenge for the 21st century. Science Progress, 83(1), VERAS RP, CALDAS CP. Promovendo a saúde e a cidadania do idoso: o movimento das universidades da terceira idade. Cien Saude Coletiva. 2004;9(2): DOI: /S
5 LIMA COSTA MF, VERAS RP. Saúde pública e envelhecimento. Cad Saude Publica. 2003;19(3): ORGANIZAÇÃO MUNDIAL da SAÚDE. Envelhecimento ativo: um marco para elaboração de políticas. Rio de Janeiro; [acesso em: 01/04/07] Disponível em: BRÊTAS AC. Políticas públicas de saúde para o envelhecimento: a ousadia de cumprir a lei. Revista de Ciências da Saúde da UFSC. 2005;24(1/2):51-55.
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