SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS. Apresentação : Ailton Barboni

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Transcrição:

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS Apresentação : Ailton Barboni

Contribuinte x Responsável Tributário Contribuinte do imposto é qualquer pessoa física ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Responsável tributário é aquele que a lei tributária obriga ao pagamento do tributo, em nome do contribuinte de fato (Sujeição passiva indireta).

Substituição Tributária (ST) - Conceito Pode ser conceituada como sendo o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços (antecedentes, concomitantes ou subsequentes) é atribuída a outro contribuinte, ou seja, a Lei altera a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária, conferindo a terceiro, que não àquele que praticou o fato gerador diretamente, mas que possui vinculação indireta com aquele que deu causa ao fato gerador do imposto.

Fundamento Legal A emenda constitucional nº. 03/1993 insere da Constituição Federal a possibilidade de Substituição Tributária de operações subseqüentes. O parágrafo 7º. do artigo 150 da Constituição Federal diz: 7º. A Lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurando a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido

Modalidades de Substituição Tributária no ICMS 1 Operações Antecedentes 2 Operações Concomitantes 3 Operações Subsequentes 3.1 Operações Subsequentes-Substit. Tributária 3.2 Operações Subsequentes-Dif. de Alíquotas

Modalidades de Substituição Tributária no ICMS 1 Operações Antecedentes Conhecida também como substituição para trás ou regressiva, essa modalidade ocorre quando o imposto a ser recolhido é proveniente da operação ou prestação de serviço já ocorrida. Nesta hipótese de substituição tributária, a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações anteriores. Nesta espécie se encontra o diferimento do lançamento do imposto. Apenas a última pessoa que participa da cadeia de circulação da mercadoria é que paga o tributo, de maneira integral, inclusive relativamente às operações anteriormente praticadas e/ou seus resultados.

Modalidades de Substituição Tributária no ICMS 2 Operações concomitantes Esta espécie de Substituição Tributária caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação ou prestação de serviço, concomitantemente à ocorrência do fato gerador. Nesta espécie se encontra a Substituição Tributária dos serviços de transportes de cargas.

Modalidades de Substituição Tributária no ICMS 3 Operações subseqüentes A ST em relação às operações subseqüentes ou progressiva caracteriza-se pela atribuição a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS incidente nas subseqüentes operações com a mesma mercadoria, até sua saída destinada a consumidor ou usuário final. (Art. 6º, parágrafo 1º, da Lei Complementar nº 87/96) Nessa hipótese o contribuinte eleito como responsável, a quem chamamos de Substituto Tributário, além de recolher o ICMS da chamada operação própria reterá dos demais contribuintes o ICMS devido pelos fatos geradores que vierem a ocorrer.

Como Funciona a S.Tributária Operações Realizadas Dentro do Estado

Contribuinte Substituto a) Fabricante; b) Importador (paga o ICMS da importação, no desembaraço, se credita e, ao vender, paga o ICMS da sua operação e retém o ICMS das operações subseqüentes); c) Arrematante de mercadoria importada apreendida ou abandonada; d) Estabelecimento Atacadista que receber em transferência de sua filial que fabricou.

Contribuinte Substituído a) Comerciante revendedor (atacadista intermediário e varejista);

Convenio ICMS nº. 92/2015 Alterado pelo Convênio ICMS nº. 52/2017 SEGMENTOS DE MERCADORIAS 01. Autopeças 02. Bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope 03. Cervejas, chopes, refrigerantes, águas e outras bebidas 04. Cigarros e outros produtos derivados do fumo 05. Cimentos 06. Combustíveis e lubrificantes 07. Energia elétrica 08. Ferramentas 09. Lâmpadas, reatores e starter 10. Materiais de construção e congêneres 11. Materiais de limpeza

Convenio ICMS nº. 92/2015 Alterado pelo Convênio ICMS nº. 52/2017 SEGMENTOS DE MERCADORIAS 12. Materiais elétricos 13. Medicamentos de uso humano e outros produtos farmacêuticos para uso humano ou veterinário 14. Papéis, plásticos, produtos cerâmicos e vidros 15. Pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha 16. Produtos alimentícios 17. Produtos de papelaria 18. Produtos de perfumaria e de higiene pessoal e cosméticos 19. Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos

Convenio ICMS nº. 92/2015 Alterado pelo Convênio ICMS nº. 52/2017 SEGMENTOS DE MERCADORIAS 20. Rações para animais domésticos 21. Sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas 22. Tintas e vernizes 23. Veículos automotores 24. Veículos de duas e três rodas motorizados 25. Venda de mercadorias pelo sistema porta a porta

Como Consultar o Convênio ICMS 52/2017? Acesso para pesquisa: www.confaz.fazenda.gov.br

Lembre-se: Produtos sujeitos a Substituição Tributária com retenção antecipada no Estado de São Paulo estão divididos por grupos (cada um em um artigo) e estão listados nos artigos 289 até 313-Z20 do Regulamento do ICMS (Decreto 45.490/2000) Para o produto estar enquadrado na Substituição Tributária de São Paulo deve estar nominalmente citado no seu artigo de referência junto ao respectivo NCM (Classificação Fiscal) (Decisão Normativa CAT nº. 12/2009.

CEST Código Especificador da Substituição Tributária Por meio do Convênio ICMS nº. 92/2015 foi instituído o Código Especificador da Substituição Tributária (CEST). O convênio ICMS nº. 92/2015 foi consolidado pelo convênio ICMS nº. 52/2017. O código CEST tem a finalidade de identificar as mercadorias sujeitas aos regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do ICMS. O código CEST será o mesmo no país inteiro.

CEST Código Especificador da Substituição Tributária O código CEST é composto por 7 (sete) dígitos, sendo que: I - o primeiro e o segundo correspondem ao segmento da mercadoria ou bem; II - o terceiro ao quinto correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem; III - o sexto e o sétimo correspondem à especificação do item.

CEST Código Especificador da Substituição Tributária O Confaz, com base no Convênio ICMS nº. 60/2017, alterou as regras de exigência do código CEST e estabeleceu cronograma com novos prazos que varia de acordo com a atividade do contribuinte. Cronograma de exigência do CEST A indicação do código CEST será obrigatória a partir de: a) 1º de julho de 2017, para a indústria e o importador; b) 1º de outubro de 2017, para o atacadista; e c) 1º de abril de 2018, para os demais segmentos econômicos.

CEST Código Especificador da Substituição Tributária ANEXO II AUTOPEÇAS ITEM CEST NCM/SH DESCRIÇÃO 1.0 01.001.00 3815.12.10 Catalisadores em colmeia cerâmica ou metálica para conversão catalítica de gases de escape de veículos e outros catalisadores 3815.12.90

CEST Código Especificador da Substituição Tributária O código CEST deverá ser informado, individualmente por produto, quando do preenchimento da nota fiscal eletrônica (NF-e), da Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e), ou ainda do cupom fiscal eletrônico (CF-e-SAT) independentemente de a operação, a mercadoria estarem sujeitos ao regime de substituição tributária.

NÃO SE APLICA A S.TRIBUTÁRIA SITUAÇÕES QUE NÃO SE APLICA A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O art. 264 do RICMS/2000 nos traz situações em que, apesar da mercadoria estar sujeita a substituição tributária, não se aplicará a mesma.

Não haverá retenção na fonte (ICMS-ST) quando o Fabricante/Importador vender para: (artigo 264 do RICMS-SP) a) Consumidor Final; b) Adquirente utilizará para integração ou consumo em processo de industrialização; c) Outro fabricante do mesmo produto (mm modalidade e mm artigo); d) Transferência para Filial Atacadista (esta fará a substituição tributária quando vender); e) Estabelecimento paulista, quando a operação subsequente estiver aparada por isenção ou não incidência. f) Estabelecimento ao qual for atribuída, por regime especial, a condição de sujeito passivo por substituição tributária (substituto) Portaria CAT nº. 53/2013. g) Estabelecimento situado em outro Estado.

Pontos Importantes Fique Atento Sugestões de observações na NF e Pedido Para as situações em que a operação esteja contida no artigo 264 sugerimos fazer constar declaração quanto as situações tanto no pedido de vendas, bem como no campo de informações complementares da nota fiscal. Exemplo de declaração: O adquirente declara : Mercadoria destinada a integração em processo de industrialização. Não aplicada a ST nos termos do artigo 264 Inc.I do RICMS- SP/2000

Base de Cálculo da S. Tributária Operações Antecedentes e Concomitantes: Valor da Operação. Operações Subsequentes: Mercadoria com preço final a consumidor autorizado ou fixado por autoridade competente.(produtos tabelados por órgão do governo. Preço sugerido pelo fabricante ou importador (tabela de fábrica ex: veículos, cigarros, sorvetes); Média ponderada dos preços a consumidor final (Fazenda e fabricante chegam a um consenso, sendo editada uma portaria CAT com a lista de preço dos produtos ex: Port.CAT 63/2013-bebidas alcoólicas;

Base de Cálculo da S. Tributária Operações Subsequentes: Preço praticado pelo sujeito passivo incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao adquirente acrescido da margem de valor agregado ou índice de valor adicionado setorial

Base de Cálculo da S. Tributária IVA-ST-Índice de Valor Adicionado Setorial MVA-ST-Margem de Valor Adicionado Setorial Margem de valor agregado obtida em pesquisas de mercado que estima o acréscimo de valor que a mercadoria terá até a venda ao consumidor final. Para os produtos sujeitos a ST a partir de 2008 o IVA- ST será fixado por portaria CAT.

Exemplo de Cálculo da S. Tributária Substituto do R.P.A. A título de exemplo temos a seguinte situação: Venda realizada por um fabricante de autopeças (Substituto) do R.P.A. a um comerciante revendedor (Substituído) dentro do território paulista. Valor dos produtos = R$ 10.000,00 IPI de 20% = R$ 2.000,00 Frete (FOB) = R$ 1.000,00 IVA-ST estimado para Autopeças = 40% Alíquota interna do ICMS = 18%

Exemplo de Cálculo Autopeças Valor dos Produtos (Preço de fábrica)...10.000,00 + IPI... 2.000,00 + Frete ( inclusive frete FOB)... 1.000,00 = Valor da Operação 13.000,00 + Margem de lucro IVA-ST(40%)...5.200,00 = Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.)... 18.200,00 Vlr ICMS Apurado na Operação (18% sobre 18.200).. 3.276,00 - ICMS da Operação própria (18% x 10.000)... (1.800,00) = ICMS Retido por S.Tributária...1.476,00

Exemplo de Cálculo da S. Tributária Substituto do Simples Nacional A título de exemplo temos a seguinte situação: Venda realizada por um fabricante de autopeças (Substituto) do Simples Nacional a um comerciante revendedor (Subtituído) dentro do território paulista. Valor dos produtos = R$ 9.000,00 IPI =????? Frete (FOB) = R$ 1.000,00 IVA-ST estimado para Autopeças = 40% Alíquota Interna do ICMS = 18%

Exemplo de Cálculo Autopeças SN a partir Ago/2009 Valor dos Produtos (Preço de fábrica)...9.000,00 + IPI...(SN recolhe o IPI no Das) 0,00 + Frete ( inclusive frete FOB)... 1.000,00 = Valor da Operação 10.000,00 + Margem de lucro IVA-ST(40%)... 4.000,00 = Preço Varejo (Base Cálculo da S.T.)... 14.000,00 Vlr ICMS apurado na operação (18% sobre 14.000)... 2.520,00 -ICMS da operação própria (18% sobre 9.000)...(1.620,00) - = ICMS Retido por S.Tributária...900,00 Substituto do SN a partir de Ago/2009 retém o ICMS-ST e repassa ao Estado. Compensa a alíquota ref. a aplicação da carga tributária sobre a Op.Própria. No recolhimento do DAS recolhe a parcela relativa ao ICMS da Op.Própria.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS CONVÊNIOS E PROTOCOLOS Nas operações interestaduais, para que haja a aplicação da substituição tributária, é necessário que o Estado remetente e o Estado destinatário sejam signatários de acordo firmado através de Convênio ou Protocolo.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS CONVÊNIO São atos assinados por todos os representantes dos Estados e do Distrito Federal, que deliberam sobre a concessão de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação que terão aplicação no âmbito interno de cada ente federativo e também no âmbito interestadual. Se a operação de Substituição Tributária é definida por convênio sabemos que o tratamento será igual para todo o território nacional.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS PROTOCOLO São atos assinados apenas por alguns Estados, para determinar a aplicação de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação nas operações e prestações internas e interestaduais. Sendo assim, para cada operação Interestadual, haverá a necessidade de se pesquisar a existência ou não de protocolo. Existindo protocolo deveremos analisar com detalhe o acordo firmado entre os Estados.

Responsabilidade pelo Recolhimento Convênio ICMS nº. 52/2017 A cláusula oitava do Convênio ICMS 52/2017, estabelece que o contribuinte remetente que promover operações interestaduais com bens e mercadorias especificadas em convênio ou protocolo que disponha sobre o regime de substituição tributária será o responsável, na condição de sujeito passivo por substituição (substituto tributário), pela retenção e recolhimento do ICMS relativo às operações subsequentes devido à Unidade Federada de destino, mesmo que o imposto tenha sido retido anteriormente. A cláusula também faz referência à atribuição da responsabilidade pelo recolhimento do valor correspondente ao diferencial de alíquotas, tratando-se de mercadorias ou bens destinados ao uso, consumo ou ativo imobilizado do destinatário..

Responsabilidade pelo Recolhimento Convênio ICMS nº. 52/2017 O 2 da cláusula oitava estabelece que a responsabilidade é atribuída ao destinatário de bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária, inclusive o varejista, quando o remetente, sujeito passivo por substituição, não efetuar a retenção ou efetuar retenção a menor do imposto (salvo disposição em contrário prevista na legislação da unidade destinatária).

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS Normas Aplicáveis a Substituição Tributária O contribuinte substituto (Remetente) observará as normas da legislação da unidade de destino da mercadoria para o cálculo e recolhimento do ICMS-ST. Exemplo: O contribuinte paulista, ao remeter mercadorias sujeitas à substituição tributária para o Estado do Paraná, deverá observar as disposições da legislação paranaense, no que se refere à alíquota interna do produto, base de cálculo, margem de valor agregado e demais normas aplicáveis ao recolhimento do ICMS-ST.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS Normas Aplicáveis a Substituição Tributária - MVA-Ajustada Na saída de mercadoria sujeita a substituição tributária, destinada a outra unidade da federação, cuja saída interna seja tributada com alíquota superior a alíquota interestadual, o contribuinte paulista (RPA) deverá utilizar para cálculo da substituição tributária a MVA- Ajustada.

Como Calcular a MVA-Ajustada Na saída de mercadoria destinada a outra unidade da federação, cuja saída interna seja tributada com alíquota superior a alíquota interestadual, o estabelecimento paulista (RPA) deverá utilizar para cálculo da substituição tributária a MVA-Ajustada, calculada pela seguinte fórmula: MVA-ST Ajustada = [(1+MVA-ST original)x(1 ALQ Inter)/(1 ALQ intra)]-1 Onde: a) MVA-ST Original é a margem de valor agregado aplicável na operação; b) ALQ inter é a alíquota interestadual aplicável à operação; c) ALQ intra é a alíquota interna ou carga tributária efetiva aplicável à mercadoria no estado de destino; Nota: Se o remetente for do Simples Nacional o cálculo será realizado considerando a MVA original Fonte : Convênio ICMS nº. 35/2011

SAÍDAS PARA OUTROS ESTADOS COM PROTOCOLO OU CONVÊNIO UTILIZAÇÃO DA MVA ORIGINAL PARA REMETENTE DO SIMPLES NACIONAL O contribuinte paulista, optante pelo Simples Nacional que, na condição de substituto, realizar operações sujeitas ao regime de substituição tributária para outro Estado que mantenha convênio ou protocolo com o Estado de São Paulo, passam a adotar, para efeito de determinação da base de cálculo da ST, os percentuais de MVA-ST Original estabelecidos em Convênio ou Protocolo ou na legislação da unidade federada destinatária da mercadoria. Base legal: Convênio ICMS nº. 35/2011, consolidado pelo Convênio ICMS nº. 52/2017.

Forma de Recolhimento do ICMS-ST Substituto Inscrito na UF de Destino Poderá ser concedida inscrição do contribuinte substituto no cadastro da SEFAZ do Estado destinatário. Concedida a inscrição, o seu número deverá ser informado em campo específico da NF-e. O imposto retido pelo substituto deverá ser recolhido por meio de apuração mensal e recolhido nos prazos estabelecidos no protocolo/convênio.

Recolhimento Prazos Convênio ICMS nº. 52/2017 A cláusula décima quinta do Convênio ICMS 52/2017, definiu os prazos para recolhimento do ICMS devido por substituição tributária, nas operações interestaduais em que o remetente esteja inscrito como substituto tributário na Unidade da Federação de destino. CONTRIBUINTES INSCRITOS NA UF DE DESTINO DA OPERAÇÃO O vencimento do imposto devido por substituição tributária será, conforme o regime de tributação do sujeito passivo por substituição quando este for inscrito no cadastro de contribuinte do ICMS da Unidade Federada de destino, nos seguintes prazos: Regime de tributação Normal de Apuração Simples Nacional Prazo dia 9 do mês subsequente dia 2 do segundo mês subsequente

Forma de Recolhimento do ICMS-ST Substituto não Inscrito na UF de Destino O imposto retido pelo contribuinte substituto deverá ser recolhido por meio de Guia Nacional de Recolhimentos de Tributos Estaduais-GNRE em favor do Estado destinatário, em relação a cada operação, por ocasião da saída da mercadoria, devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria. Deverá ser utilizada GNRE específica para cada convênio ou protocolo sempre que o contribuinte substituto operar com mercadorias sujeitas ao regime de ST regido por normas diversas.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS Mercadorias destinadas a Uso Consumo ou Imobilizado Diferencial de Alíquotas do ICMS Todos os contribuintes do ICMS são obrigados a recolher o ICMS relativo à diferença existente entre a alíquota interna (praticada no Estado destinatário) e a alíquota interestadual nas seguintes operações e prestações: a) Entrada de mercadorias de outra UF destinadas a uso e consumo; b) Entrada de mercadorias de outra UF destinadas ao ativo imobilizado; c) Entrada de prestação de serviço de transporte interestadual cuja prestação tenha iniciado em outra UF referente à aquisição de materiais para uso e consumo ou para o ativo imobilizado; Somente existirá diferencial de alíquotas a ser recolhido caso o percentual da alíquota interna seja superior ao da alíquota interestadual.

OPERAÇÕES INTERESTADUAIS Retenção do Diferencial de Alíquotas do ICMS Quando a mercadoria está sujeita a substituição tributária e o substituto (remetente) faz uma operação interestadual destinada a contribuinte de outro Estado que irá utilizar a mercadoria para uso e consumo ou imobilizado(usuário final), havendo acordo entre os Estados (Protocolo ou Convênio), o remetente deverá reter e recolher o Diferencial de Alíquotas a que estaria sujeito o contribuinte destinatário.

Novas Regras para o Cálculo do Diferencial de Alíquotas estabelecidas a partir de 2016

Retenção do Diferencial de Alíquotas do ICMS Conforme disposto nas legislações internas de diversos Estados (ex: Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pará, Goiás), o ICMS devido a título de diferencial de alíquotas será calculado segundo as normas estabelecidas na legislação de cada Estado. Estas legislações determinam que o diferencial de alíquotas seja apurado por meio de uma fórmula em que o ICMS deva compor a base de cálculo do DIFAL.

Retenção do Diferencial de Alíquotas do ICMS Operações com o Estado do Rio Grande do Sul Conforme disposto na legislação interna do Estado do Rio Grande do Sul o ICMS devido a título de diferencial de alíquotas será calculado de acordo com a seguinte fórmula: Valor da operação ICMS origem ICMS devido = { --------------------------------------------- 1 Alíquota Interna do ICMS x Alíquota Interna do ICMS } ICMS Origem Base Legal no Rio Grande do Sul : Artigo 37 Parágrafo único Alínea A do Livro III do RICMS-RS (Decreto 37.699/1997) que remete aos artigos 16 e 18 do livro I do RICMS-RS combinado com a Instrução Normativa RE nº 39/2016 com vigência a partir de 01 de agosto de 2016.

Nova Regra para o Cálculo do Diferencial de Alíquotas estabelecida pelo Convênio ICMS nº. 52/2017

Cálculo do DIFAL - Nova Regra Convênio ICMS nº. 52/2017 Uma das principais inovações estabelecidas pelo Convênio ICMS 52/2017 foi o regramento específico para o cálculo do valor devido a título de diferencial de alíquotas, tratando-se de operações com bens e mercadorias submetidos ao regime de substituição tributária, destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado do contribuinte adquirente. O Convênio ICMS 52/2017 não só traz uma fórmula específica para o cálculo do ICMS devido a título de diferencial de alíquotas (cláusula décima quarta, inciso II), como também estabelece expressamente que o valor do diferencial de alíquotas compõe sua própria base de cálculo (cláusulas décima segunda e décima terceira).

Cálculo do DIFAL Fórmula de Cálculo Convênio ICMS nº. 52/2017 A cláusula décima quarta estipula, em seu inciso II, a fórmula para obtenção do valor a ser recolhido por substituição tributária, a título de diferencial de alíquotas (ICMS ST DIFAL): ICMS ST DIFAL = [(V oper - ICMS origem) / (1 - ALQ interna)] x ALQ interna - (V oper x ALQ interestadual) a) "ICMS ST DIFAL": valor do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na unidade federada de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual; b) "V oper": valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros;

Cálculo do DIFAL Fórmula de Cálculo Convênio ICMS nº. 52/2017 c) "ICMS origem": valor do imposto correspondente à operação interestadual, destacado no documento fiscal de aquisição. Na hipótese em que o remetente for optante pelo Simples Nacional, deverá ser deduzido, a título de ICMS da operação própria, o resultado da aplicação da alíquota interestadual estabelecida pelo Senado Federal; d) "ALQ interna": alíquota interna estabelecida na Unidade Federada de destino para as operações com o bem e a mercadoria a consumidor final, inclusive o adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS destinados ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza; e) "ALQ interestadual": alíquota estabelecida pelo Senado Federal para a operação.

Fundo de Combate a Pobreza Convênio ICMS nº. 52/2017 Em algumas Unidades da Federação, é cobrado um adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS em relação a determinadas mercadorias, com destinação específica para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, conforme autorizado pelo artigo 82, 1, do ADCT da Constituição Federal. Em tais casos, deverá ser somado à alíquota interna o adicional para fins do cálculo do imposto a recolher em favor da Unidade da Federação de destino.

Mercadorias já alcançadas pela Substituição Ressarcimento do Imposto Regra geral o contribuinte paulista (substituído) recebe as mercadorias com o imposto já retido e recolhido pelo contribuinte substituto. Caso esta mercadoria seja objeto de nova operação interestadual sujeita a substituição tributária, o remetente que der a nova saída deverá reter e recolher o imposto devido por ST. Com isso este estabelecimento será tributado duas vezes sobre a mesma operação. Para regularizar essa duplicidade de tributação, o contribuinte paulista que der nova saída interestadual de mercadoria já alcançada pela substituição tributária, terá direito ao ressarcimento do imposto retido na operação anterior.

Mercadorias já alcançadas pela Substituição Ressarcimento do Imposto Substituído do R.P.A. Se o contribuinte for do R.P.A terá direito ao ressarcimento do imposto retido da operação anterior (operação própria + substituição tributária). O ressarcimento não impedirá o aproveitamento do crédito, quando admitido, do imposto incidente sobre a operação própria, mediante lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos", com a expressão "Crédito relativo à operação própria do substituto".

Mercadorias já alcançadas pela Substituição Ressarcimento do Imposto Substituído do Simples Nacional Se o contribuinte for do Simples Nacional terá direito ao ressarcimento somente do imposto retido por ST. Base Legal: Portaria CAT nº.17/1999 e Portaria CAT nº 158/2015

ANTECIPAÇÃO TRIBUTÁRIA Nos termos do artigo 426-A do RICMS-SP, o contribuinte localizado neste Estado que receber mercadorias relacionadas nos artigos 313-A à 313-Z20 do RICMS-SP, destinadas a comercialização, diretamente de outro Estado sem a retenção antecipada do ICMS por inexistência de Protocolo ou Convênio, por ocasião da entrada no território paulista, deverá efetuar antecipadamente o recolhimento: a) do imposto devido pela própria operação de saída da mercadoria; b) em sendo o caso, o imposto devido pelas operações subsequentes, na condição de sujeito passivo por substituição. Base Legal art. 426-A do RICMS/2000

Como Funciona a Antecipação Tributária

Produtos Sujeitos à Antecipação A antecipação se aplica somente às mercadorias sujeitas à substituição tributária constantes nos artigos 313-A á 313-Z20 do RICMS-SP/2000. Fique Atento!!! A partir de 01/01/2016 foram incluídos e excluídos diversos produtos no regime de ST em cumprimento ao disposto na LC nº. 123/2006, LC nº. 147/2014 e no Convênio ICMS nº. 92/2015 consolidado pelo Convênio ICMS nº. 52/2017. Dentre as mercadorias excluídas temos: Bicicletas, Brinquedos, Produtos de colchoaria, Instrumentos Musicais, Produtos fonográficos.

Como Calcular o ICMS Antecipado O cálculo da antecipação a ser efetuado pelo contribuinte paulista é semelhante ao cálculo efetuado pelo contribuinte substituto. Deve ser aplicada a alíquota interna do produto sobre o preço varejo da mercadoria ou preço final de venda da mercadoria, deduzindo-se o valor do imposto da operação anterior constante no documento fiscal. Se a mercadoria tiver preço fixado pelo fabricante este deve ser a base de cálculo para o ICMS antecipado. Não havendo preço fixado, aplica-se o IVA-ST sobre o valor da operação (valor da NF + Frete + Seguro + Impostos + outros encargos suportados pelo contribuinte)

Como Calcular o IVA-Ajustado Na entrada de mercadoria proveniente de outra unidade da federação, cuja saída interna seja tributada com alíquota superior a alíquota interestadual, o estabelecimento paulista deverá utilizar para cálculo da antecipação o IVA-Ajustado, calculado pela seguinte fórmula: IVA-ST Ajustado = [(1+IVA-ST original)x(1 ALQ Inter)/(1 ALQ intra)]-1 Onde: a) IVA-ST Original é o IVA-ST aplicável na operação interna; b) ALQ inter é a alíquota interestadual aplicada pelo remetente; c) ALQ intra é a alíquota aplicável à mercadoria no estado de São Paulo; Nota: Se o remetente for do Simples Nacional o adquirente irá fazer o cálculo considerando o IVA original (Base Legal : Convênio ICMS nº. 35/2011 consolidado pelo Convênio ICMS nº. 52/2017)

ENTRADAS DE OUTROS ESTADOS SEM PROTOCOLO OU CONVÊNIO REMETENTE DO SIMPLES NACIONAL UTILIZAÇÃO DO IVA ORIGINAL Quando o Remetente for do Simples Nacional o contribuinte paulista adquirente de mercadoria, optante pelo Simples Nacional ou não, que for responsável pelo recolhimento do imposto devido por ST (antecipação), deverá efetuar o cálculo do ICMS a ser antecipado mediante a utilização do IVA-ST Original, sem a observância do IVA-Ajustado. Base legal Convênio ICMS 35/2011 com vigência a partir de 01/06/2011, consolidado pelo Convênio ICMS nº. 52/2017. Ato declaratório nº. 06/2011

Remetente Optante pelo Simples Nacional Quando o remetente localizado em outro estado for optante pelo Simples Nacional o imposto cobrado na operação será deduzido para fins de cálculo do imposto devido de acordo com o regime de tributação do contribuinte paulista: Contribuinte do R.P.A. a) O contribuinte paulista enquadrado no RPA poderá deduzir o valor do crédito do imposto, desde que indicado no campo de Informações Complementares ou no corpo do documento fiscal. Contribuinte do Simples Nacional b) No caso de adquirente optante pelo SN o valor do ICMS a ser deduzido será o valor resultante da aplicação da alíquota interestadual sobre o valor da operação. Base Legal : Artigo 426-A Parágrafo 3º, Convênio ICMS nº. 35/2011

Recolhimento Pelo Adquirente O valor do ICMS antecipado deve ser recolhido pelo comerciante paulista, seja ele do RPA ou do SN. O ICMS antecipado deve ser recolhido através de GARE-ICMS com o código 063-2 (Outros recolhimentos especiais) A data do recolhimento (vencimento) para empresas do RPA será a data da entrada da mercadoria no território paulista. Para empresas do Simples Nacional a data do recolhimento (vencimento) será o último dia do segundo mês subsequente (Fund. Decr.59967/2013). Para cada nota fiscal, uma GARE-ICMS.

Recolhimento Pelo Remetente O recolhimento poderá ser efetuado pelo remetente da mercadoria, situado em outro Estado, por meio de Guia Nacional de Recolhimentos Especiais (GNRE), com a indicação do código de receita 10008-0 (Recolhimentos especiais). Neste caso será informado o CNPJ e demais dados cadastrais do contribuinte destinatário paulista. No campo relativo às Informações Complementares, deverão ser indicados o número da nota fiscal a que se refere o recolhimento e o CNPJ e dados cadastrais do estabelecimento remetente.

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