Tre s abordagens para a cura da mente Acredito que já mais do que hora de encararmos o fato de que há algo extremamente errado com a família humana e isto já ocorre há muito tempo. Há guerras e boatos de guerra por todo lado; a cobiça governa a economia mundial. Os ricos ficam cada vez mais ricos e seu número diminui cada vez mais, enquanto a maioria de nós mergulha cada vez mais fundo na pobreza e na desesperança. Ansiedade, depressão e transtornos do humor devastam a experiência de vida humana por toda parte. Se você é um ser humano, é muito provável que sofra de pelo menos um dos muitos distúrbios psicológicos definidos na literatura profissional, que estão por volta de trezentos atualmente. Se você é um ser humano, é muito provável que tenha tentado ou pensado em suicídio como uma solução para o sofrimento psicológico em algum momento de sua vida. Em seres humanos entre as idades de 11 e 44 anos, suicídio é uma das três principais causas de morte em todo o mundo, e tentativas de suicídio são até 20 vezes mais freqüentes do que suicídios consumados. É óbvio que há algo muito errado conosco. Até agora, nós conhecemos apenas duas abordagens para lidar com este enorme fardo de miséria. A primeira abordagem A primeira abordagem é de longe a mais comum. Ela busca mudar a
natureza percebida de experiências perturbadoras e de pensamentos sobre elas através de uma variedade de meios. Esses meios incluem esforços psicológicos e espirituais para modificar a natureza das experiências e dos pensamentos, ou para mudar a nossa relação com eles através de técnicas como acolhê-los, vivê-los plenamente, perceber que eles não são verdadeiros, dissolvê-los com atenção concentrada, entender as suas causas, dentre outras. Drogas, psicoterapia, práticas espirituais e edificantes promessas de transcendência e transformação estão incluídas nesta primeira abordagem. Também está incluída nesta primeira abordagem a sede de riqueza, fama e poder que move mesmo os mais ricos, adulados, glorificados e poderosos dentre nós a buscar incessantemente ainda mais riqueza, fama e poder. Embora a maioria de nós tenha experiência direta da impotência dos meios ativos da primeira abordagem para propiciar satisfação, o nosso medo de exposição e nosso isolamento uns dos outros nos impedem de compreender a inutilidade desses métodos tão apreciados. Eu experimentei vários destes métodos e não encontrei nenhuma satisfação com eles. A segunda abordagem A dissociação é o cerne da segunda abordagem. Ela toma a forma de uma retirada da vida, ao nos deixar cair no abraço de um deus, ou através da adoção de entendimentos e práticas que visam extinguir a experiência de vida de uma vez por todas, embora os pulmões continuem a respirar o ar e o coração continue a bombear o sangue. Alguns dos antigos ensinamentos espirituais esotéricos nos instigam-nos a ver a vida e todos os seus incontroláveis altos e
baixos, a dor e o prazer, o tédio e a estupidez, como essencialmente inexistentes. Eles nos aconselham a descobrir que também somos essencialmente inexistentes. Insistem que evitemos qualquer relação com os pensamentos e as experiências dolorosas, e nos oferecem práticas desenvolvidas com o objetivo de permitir a retirada total da própria vida, que eles vêem como irremediavelmente quebrada e sem conserto. Nos milhares de anos em que essas ideias estiveram ao nosso dispor, muito poucas pessoas conseguiram abandonar a vida desta maneira. Eu também tentei essa abordagem de todo coração e não encontrei paz duradoura na mesma. A religião, por outro lado, aconselha-nos a suportar a miséria da vida e, em troca, nos oferece o abraço de um deus benevolente e a promessa de uma vida após a morte e o paraíso para os fiéis merecedores. Fui criado em uma família extremamente religiosa, e isso não me ajudou em nada. A terceira abordagem O ato de olhar que oferecemos é uma terceira abordagem para a miséria psicológica da vida humana. É muito novo e tem muito pouco a recomendá-lo além do fato de que funciona. Ele não oferece transcendência, bem-aventurança, nem uma fuga dos problemas e das dificuldades da vida. Ele não produz doces experiências nem uma profunda compreensão da natureza das coisas. A verdade é que ele não oferece nada do que nos condicionamos a imaginar como a libertação dos problemas da vida. Em vez disso, ele considera o problema como puramente psicológico e produz uma transformação fundamental da nossa relação com a vida ao destruir a causa subjacente da psicologia danificada, que é o
medo invisível e irracional da própria vida. Nesta abordagem, tudo que é necessário é tentar de todo coração mover a sua atenção para a experiência sensorial direta da sensação de ser você, o que você chamaria de eu. Neste ato de olhar, o que você está procurando é o simples mim-mesmo de você. Você não está buscando os pensamentos que passam por você, as emoções que se desenrolam dentro de você, nem as sensações que aparecem e desaparecem dentro de você. Você é isso que está sempre aqui. Todo o resto, os pensamentos, as emoções e as sensações vêm e vão em você. Depois de realizar o ato de olhar para si mesmo, nada mais precisa ser feito. Esse simples ato de olhar para dentro de si mesmo automaticamente dissolve o fundo de ansiedade, desconfiança e insatisfação que é a experiência de vida para a maioria de nós. Não há necessidade de tentar permanecer ou descansar em si mesmo. O momento do olhar é muito breve, tão breve que dificilmente você o perceberá. Você pode realizar este simples ato de olhar para si mesmo sempre que se lembrar. Com o tempo, seu relacionamento com a vida vai mudar. Coisas que costumavam deixá-lo louco não vão ter mais o mesmo efeito em você. Padrões neuróticos de comportamento e reações autodestrutivas às circunstâncias serão substituídos por comportamentos e reações não-destrutivos e mais positivos. A distância entre você e sua vida lentamente vai desaparecer e um novo tipo de intimidade com a sua vida começará a surgir. Simples demais, bom demais para ser verdade? Pode parecer que sim, mas milhares de pessoas em todo o mundo já experimentaram o
poder que tem este simples ato de transformar nossa relação com a própria vida que, se antes era caracterizada pela alienação, desconfiança e medo, agora é uma imersão total e natural no deslumbramento contínuo da vida. Para mais informações sobre como olhar para si mesmo, visite nosso web site em JustOneLook.org. Lá você vai encontrar áudios, vídeos e textos gratuitos que lhe darão toda a orientação necessária. Você pode ler sobre as experiências de olhadores em todo o mundo em nossos fóruns de discussão. Clique aqui para ir para os fóruns da Comunidade Just One Look (Apenas um olhar). Leia algumas das centenas de depoimentos que recebemos sobre os efeitos deste olhar na vida das pessoas. Clique aqui para ir à nossa página de depoimentos. John Sherman 1 de março de 2014 JustOneLook.org