RECOMENDAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE FORRAGEIRAS EM PROPRIEDADES RURAIS EM ANASTÁCIO MS RESUMO

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¹ Bacharelando em Agronomia DCA/IFMG/Bambuí ² Prof. DSc. Forrragicultura e Pastagens Orientador DCA/IFMG/ Bambuí

Transcrição:

RECOMENDAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE FORRAGEIRAS EM PROPRIEDADES RURAIS EM ANASTÁCIO MS Wyverson Kim Rocha Machado 1 ; Pedro Nelson Cesar do Amaral 2 UEMS/UUA Caixa Postal 351, 79200-000 Aquidauana MS, E-mail: kim_wyverson@hotmail.com 1 Bolsista do PIBEX/UEMS/FUNDECT, MS, Brasil. 2 Orientador, Professor do curso de Zootecnia da UEMS, Unidade Universitária de Aquidauana. RESUMO O Brasil possui uma área total de pastagens de 172,3 milhões de hectares, a pastagem é a fração mais econômica da alimentação, é produzida na fazenda e pode ser consumida diretamente pelos animais, pois fornece proteínas, energia, minerais e vitaminas em proporções adequadas a nutrição. O fato de ter muita forragem de boa qualidade em uma época do ano e pouca forragem de má qualidade em outra época faz com que o produtor tenha grandes prejuízos, para isso é imprescindível à conservação de forragem para serem utilizadas no período de estiagem ou seca. O objetivo desse trabalho foi buscar a interação da universidade com a comunidade externa, buscando conhecer e compreender o perfil das propriedades de Anastácio-MS, realizando ações, discussões para procurar definir estratégias viáveis para melhoria na propriedade. O experimento foi realizado nas propriedades rurais no município de Anastácio, no período de agosto de 2013 a julho de 2014, para a difusão de conhecimento foi realizado explicações teóricas e confecção de materiais didáticos sobre conservação de forragem. Realizada as visitas técnicas nas doze propriedades, na qual apenas cinco se enquadraram no projeto. Nas propriedades enquadradas, foram realizadas visitas semanais, onde foram levadas informações sobre conservação de forragem e algumas tecnologias. As propriedades após as visitas, apresentaram melhoria na produção e qualidade das forragens, duas das cincos propriedades realizou o plantio de capineiras para futuramente realizar ensilagem das mesmas. Conclui-se, que os produtores realizavam um manejo inadequado, o que resultava em baixas produções e os mesmos não realizavam a conservação de forragem para ser utilizada na época seca, porém todos eles foram bastante receptivos as informações passadas, entretanto, alguns não implantaram os métodos de conservação por questões financeiras, mas com tudo isso gerou uma boa troca de conhecimento e experiência. Palavras-chave: Pastagens. Interação. Conservação. INTRODUÇÃO O Brasil é um país que possui vasta extensão territorial e um clima privilegiado para o crescimento de plantas herbáceas, cujas condições são excelentes para um bom desenvolvimento da pecuária. Assim, formando boas pastagens, tornando melhor opção para alimentação do rebanho oferecendo todos os nutrientes necessários para um bom desempenho produtivo (PUPO, 1979). De acordo com estimativas do Censo Agropecuário Brasileiro, o de

2006 (IBGE, 2007), a área total de pastagens (naturais e plantadas) no Brasil é de 172,3 milhões de hectares. Uma característica importante da pecuária brasileira é ter a maior parte do rebanho sendo criado a pasto (DIAS-FILHO, 2014). O Brasil, por ser um país de predominante clima tropical, apresenta um alto potencial para produção forrageira, no entanto, essa produção é caracterizada por períodos de máxima e mínima produção, disponibilidade e qualidade da forragem no período das águas, e baixa disponibilidade e péssima qualidade de forragem respectivamente, contribuindo para períodos de ganho de peso animal intercalados com períodos de perda de peso ou estabilização do crescimento (MOREIRA et al., 2003). Segundo Souza (2008) a queda da produção forrageira no período de seca resulta em decréscimo no desempenho animal, com consequente aumento na idade de abate, queda na taxa de desfrute do rebanho e na lucratividade final da propriedade, além do comprometimento da qualidade das carcaças produzidas. O fato de se ter muita forragem de boa qualidade numa época do ano e pouca forragem de má qualidade em outra época faz com que o produtor tenha grandes prejuízos em seus rebanhos com perda de peso, aumento da mortalidade, baixa produção de carne e leite e baixa produtividade. Neste quadro torna-se imprescindível a conservação de forragem de alta qualidade produzida na época das chuvas para ser utilizada no período de estiagem ou seca, sendo uma das maneiras de se conservar esta forragem é sob a forma de silagem (PEREIRA, 2008). Outra forma de produzir forragem durante o período da seca é com a confecção de fenos o que resulta em eficiente utilização deste recurso forrageiro para suprir as deficiências quantitativas e qualitativas na seca (REIS et al, 2001). O uso de silagem é uma prática comum na produção de ruminantes no Brasil, como forma de utilização do excedente da produção forrageira do período chuvoso para reduzir o problema de escassez de alimento no período seco (ALVAREZ et al., 2006). A fenação é um dos mais versáteis sistemas de conservação de forragem, pois pode ser armazenado por longos períodos com pequenas alterações no valor nutritivo, e pode ser produzido e utilizado em grande e pequena escala, pode ser colhido armazenado e fornecido aos animais manualmente ou num processo inteiramente mecanizado, e pode atender o requerimento nutricional de diferentes categorias animais (REIS et al, 2001). Objetivou-se com este trabalho buscar a interação entra a universidade e a comunidade externa, através das ações na área de produção de forragem, buscando conhecer e compreender o perfil das propriedades em Anastácio-MS, realizando ações, discussões para procurar definir uma estratégia viável para melhoria das condições que serão observadas.

MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado nas propriedades rurais no município de Anastácio MS, no período de agosto de 2013 a julho de 2014. Foi realizado o levantamento estrutural, físico e econômico das propriedades por meio de questionários aplicados aos produtores, sendo este elaborado com a ajuda do professor-orientador, Este questionário foi utilizado durante as visitas nas propriedades para abordar as dificuldades, gerando um banco de dados. Com esse banco de dados foi realizada a seleção das propriedades que se enquadravam no programa. Para difusão do conhecimento foram realizadas explicações teóricas, como dia de campo, palestras, reuniões, entre outros abordando recomendações de técnicas de conservação de forragem e sua importância na nutrição dos animais. Realizou-se a confecção de material didático que foi distribuído aos produtores, como pôster, folders, apostilas para a difusão das tecnologias a serem implantadas nas propriedades. RESULTADOS E DISCUSSÃO Inicialmente foram realizadas as visitas para fazer o levantamento estrutural, físico e econômico das propriedades do município de Anastácio MS, esse levantamento foi realizado com a ajuda de um questionário, para abordar as dificuldades. Foram visitadas doze propriedades, das quais apenas cinco se enquadraram no projeto. Estas propriedades foram classificadas de pequeno e médio tamanho. Nas propriedades enquadradas foram realizadas visitas semanais aos produtores para avaliar a situação da propriedade e foi verificada que todas elas apresentavam algum estagio de degradação, com pouca produção e com pouca qualidade, portanto, antes de instalar qualquer meio de conservação de forragem, deveria melhorar a qualidade do pasto. Primeiramente foi realizada a coleta de amostra de solo, com auxilio de um trado de rosca, e posteriormente encaminhada para um laboratório especializado. Com os resultados das análises, foram recomendadas algumas as soluções como: escolha da cultivar certa para a região, manejo correto dessa cultivar, adubação, plantio na época correta, melhoria no manejo da pastagem e dos animais e, além disso, conscientizando os produtores a usar corretamente o solo e a forragem. Após a melhoria na produção, foram inferidas informações sobre conservação de pastagem e sua correta utilização. Verificou-se que em algumas propriedades, os produtores realizaram o plantio de capineiras, como o Pennisetum purpureum cv. Napier e Saccharum

officinarum - cana-de açúcar, para futuramente realizar o processo de ensilagem das mesmas, utilização sob pastejo ou através de realização de corte e posterior fornecimento aos animais. Figura 1. Pastagem no inicio do projeto Figura 2. Plantio de cv. Napier para ensilar CONCLUSÃO Conclui-se, que muitos produtores desenvolvem um manejo inadequado, resultando em baixa produção de forragem e conservação das mesmas. Os produtores participantes foram todos bastantes atenciosos e receptivos as informações passadas, porém alguns não implantaram as recomendações por questões financeiras, mas, mesmo assim, o contato gerou uma troca de conhecimento e experiência. AGRADECIMENTOS À UEMS, pela bolsa concedida e à FUNDECT-MS, pelo apoio financeiro.

REFERÊNCIAS ALVAREZ, C.G.D.; VON PINHO, R.G.; BORGES, I. D. Avaliação de características bromatológicas da forragem de milho em diferentes - densidades de semeadura eespaçamentos entre linhas. Revista Ciência e Agro tecnologia, Lavras, v.30, n.3, p.409-414, Mai./Jun., 2006. DIAS-FILHO, M.B. Diagnóstico das pastagens no Brasil / Moacyr Bernardino Dias-Filho. Belém, PA : Embrapa Amazônia Oriental, 2014. IBGE. Censo agropecuário 1920/2006. Até 1996, dados extraídos de: Estatística do Século XX. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. Disponível em: < http://seriesestatisticas.ibge. gov.br/>. Acesso em: 22 ago. 2013. MOREIRA, B. F. et al. Suplementação com sal mineral proteinado para bovinos de corte mantidos em pastagem de estrela roxa no final do verão. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 25, n. 1, p. 185-191, 2003. PEREIRA; R.G.A.; et al; Processos de ensilagem e plantas a ensilar. Porto Velho, RO: Embrapa Rondônia, 2008. 13 p. PUPO, N.I.H.. Manual de pastagens e forrageiras: formação, conservação, utilização. Campinas-SP: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1979. REIS, R.A., MOREIRA, A.L., PEREIRA, M.S. Técnicas para produção e conservação de fenos de forrageiras de alta qualidade. In: SIMPÓSIO SOBRE PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE FORRAGENS CONSERVADAS. 2001, Maringá. Anais... Maringá. 2001. 319p. SOUZA, A. A. Suplementação de bovinos durante o período de transição. Protéico ou energético? Consultor, Campo Grande. MS, 2008. Disponível em: < http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/nutricao/suplementacao-de-bovinos-durante-operiodo-de-transicao-proteico-ou-energetico-49926/>. Acesso em: 08 out. 2014.