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Transcrição:

fls. 129 Registro: 2016.0000213417 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação / Reexame Necessário nº 1030636-45.2015.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO e Recorrente JUÍZO DE OFÍCIO, é apelado HAROLDO TOMAS. ACORDAM, em do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores OCTAVIO MACHADO DE BARROS (Presidente) e JOÃO ALBERTO PEZARINI. São Paulo, 17 de março de 2016 CLÁUDIO MARQUES RELATOR Assinatura Eletrônica

fls. 130 VOTO Nº 7052 Órgão Julgador: Apelação nº 1030636-45.2015.8.26.0053 Apelantes: Prefeitura Municipal de São Paulo e Juízo Ex officio Apelado: Haroldo Tomas Comarca: São Paulo APELAÇÃO e Reexame Necessário MANDADO DE SEGURANÇA ITBI Imóvel arrematado em leilão extrajudicial. Base de cálculo. Valor da Arrematação. Fato Gerador. Registro de transmissão do bem imóvel. Recursos não providos. Trata-se de recurso de apelação interposto pela Prefeitura Municipal de São Paulo nos autos do mandado de segurança impetrado por Haroldo Tomas contra ato coator do Sr. Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Município de São Paulo. O juízo a quo na r. sentença exarada às págs. 67/70 concedeu a segurança para o fim de determinar que o cálculo do ITBI incidente sobre o imóvel do impetrante, cadastrado sob o nº 167.032.0011-3, tome por base o valor da negociação do bem, porque superior ao valor venal do imóvel estabelecido para fins de IPTU, bem como para determinar que a impetrada abstenha-se de impor encargos moratórios anteriores ao registro do título translativo da propriedade. Custas pela impetrada, sem honorários. Em suas razões de apelação (págs. 85/102), a Municipalidade de São Paulo sustentou que a base de cálculo do imposto seria o valor venal do imóvel, conforme estabelecido nos artigos 38 do CTN e 7º da Lei Municipal 11.154/91 com a nova redação e acréscimos introduzidos pela Lei nº 14.256, de 29/12/06, ou seja, o valor pelo qual o bem ou direito seria negociado à vista, em condições normais de mercado, ou seja, condições usuais de livre negociação existentes diante de mercado estável. Afirmou ser devida a incidência dos acréscimos pecuniários, quais sejam, multa e juros moratórios, tendo em vista que o pagamento do tributo (ITBI) se deu após o prazo previsto na Lei Municipal 11.154/91. A hipótese comporta reexame necessário, nos termos do art. 14, 1º, da Lei Federal nº 12.016/209. O recurso foi recebido processado e contrariado. É o relatório. APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO Nº 1030636-45.2015.8.26.0053 - SÃO PAULO 2

fls. 131 Cuida-se de mandado de segurança impetrado com vistas a se ajustar a base de cálculo do ITBI que recai sobre o registro de imóvel arrematado em leilão extrajudicial, bem como a excluir os encargos de inadimplência. Incialmente, sem fundamento as alegações da apelante quanto à ausência de interesse de agir e de prova pré-constituída. Isso porque, o impetrante demonstrou nos autos o valor da transação do imóvel, além do valor venal utilizado na base de cálculo do IPTU. No que tange à base de cálculo do ITBI no caso de arrematação do imóvel, a questão é regulada pelo Código Tributário Nacional que, em seu artigo 38, estabelece que o ITBI tem como base de cálculo o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Isto posto, tratando-se de aquisição de bem imóvel por arrematação deve ser considerado como base de cálculo o valor atingido em leilão extrajudicial, que é o valor da aquisição. Nesse sentido, segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a arrematação representa a aquisição do bem alienado judicialmente, considerando-se como base de cálculo do ITBI aquele alcançado na hasta pública (REsp nº 1.18.65/RS). Por sua vez, entende-se que a transmissão da propriedade de bem imóvel apenas se configura juridicamente com o registro do título translativo ou seja, o contrato de compra e venda perante o Cartório de Registro de Imóveis. Tal entendimento baseia-se nos termos do artigo 35, inciso I, do Código Tributário Nacional e do artigo 1.245, caput e parágrafo 1º, do Código Civil, segundo o qual a propriedade é transferida mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis e, caso não se efetive o registro, o alienante continuará a ser havido como dono do imóvel. Desse modo, tratando-se de arrematação, a transmissão da propriedade do imóvel só ocorrerá após o pagamento integral do preço, com o registro da referida carta no cartório competente. A respeito, colaciona-se decisão do Superior Tribunal de Justiça: TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. SÚMULA 7/STJ. IMÓVEL ALIENADO JUDICIALMENTE. VALOR VENAL CORRESPONDENTE AO VALOR DA ARREMATAÇÃO. CRITÉRIO PARA CÁLCULO DO ITBI. VALOR DA ARREMATAÇÃO. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que, via de regra, aferir a adequação da via eleita, bem como a existência ou não de direito líquido e certo que ampare a ordem mandamental, demanda a incursão no conjunto fático-probatório dos autos, providência vedada pela Súmula 7/STJ. APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO Nº 1030636-45.2015.8.26.0053 - SÃO PAULO 3

fls. 132 2. É entendimento pacífico deste STJ que, nas hipóteses de alienação judicial do imóvel, seu valor venal corresponde ao valor pelo qual foi arrematado em hasta pública, inclusive para fins de cálculo do ITBI. Precedentes: AgRg no REsp 1.386.560/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/05/2014, DJe 13/05/2014 e AgRg no REsp 1.317.793/MG, de minha relatoria, PRIMEIRA TURMA, julgado em 22/10/2013, DJe 29/10/2013. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 437720 / MG AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2013/0389210-6; Órgão Julgador: Primeira Turma; Ministro Relator: Sérgio Kukina; DJe 24/09/2014) TRIBUTÁRIO. ITBI. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. REGISTRO DE TRANSMISSÃO DO BEM IMÓVEL. 1. Rechaço a alegada violação do art. 458 do CPC, pois o Tribunal a quo foi claro ao dispor que o fato gerador do ITBI é o registro imobiliário da transmissão da propriedade do bem imóvel. A partir daí, portanto, é que incide o tributo em comento. 2. O fato gerador do imposto de transmissão (art. 35, I, do CTN) é a transferência da propriedade imobiliária, que somente se opera mediante registro do negócio jurídico no ofício competente. Precedentes do STJ. 3. Agravo Regimental não provido. (AgRg no AREsp 215273/SP AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2012/0165578-4; Órgão Julgador: Segunda Turma; Ministro Relator: Herman Benjamin; DJe 15/10/2012) Nesse sentido, decisões desse E. Tribunal de Justiça: APELAÇÃO - Ação Declaratória c/c Repetição de Indébito O fato gerador do ITBI surge com a materialização da transmissão da propriedade consubstanciada pelo registro imobiliário do título Incidência do tributo sobre o valor da arrematação - Descabida a cobrança de multa e juros Recurso Provido. (...) Considerar que o fato gerador do ITBI surge com a materialização da transmissão da propriedade consubstanciada pelo registro imobiliário do título, sendo certo, desta forma, que não devem incidir a multa, a correção monetária e os juros cobrados no momento do recolhimento (...) (APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO nº 0045313-73.2010.8.26.0053, Comarca: São Paulo, Relator Maurício Fiorito, São Paulo, 3 de outubro de 2013) APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO Nº 1030636-45.2015.8.26.0053 - SÃO PAULO 4

fls. 133 "Apelação. Mandado de Segurança. ITBI Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos. Sentença que denegou a segurança para manter a cobrança nos moldes exigidos pelo Município. Imóveis adquiridos em hasta pública. Incidência do ITBI sobre o montante da arrematação e não com base no valor venal atribuído pela Municipalidade. Decreto nº 46.228/05 do Município de São Paulo. Afronta ao princípio da legalidade. Inconstitucionalidade declarada pelo Colendo Órgão Especial. Pretensão da cobrança do imposto contando como fato gerador a data da arrematação - Inadmissibilidade - O fato gerador do ITBI só ocorre com a transferência efetiva da propriedade, com o registro no Cartório de Registro de Imóveis Aplicação dos artigos 1227 e 1245 e 1º, ambos do Código Civil. Concessão da segurança para que o tributo seja recolhido apenas no momento do registro da transmissão dos imóveis, calculado com base no montante da arrematação Recurso Próvido" (Apelação sem revisão nº 0002730-39.2011.8.26.0053, Comarca- São Paulo, Relator Roberto Martins de Souza, Data do Julgamento: 12/09/2013) Execução fiscal. Exceção de pré-executividade. ITBI. Extinção do processo executivo sem resolução do mérito. Impossibilidade. A executada, na qualidade de adquirente do bem, é contribuinte do imposto, nos termos do art. 6º, inciso I da Lei Municipal nº 11.154/914. Controvérsia acerca do momento da exigibilidade do tributo. Ocorrência do fato gerador com o registro da transmissão do bem. Entendimento sedimentado no STJ. Nega-se provimento ao recurso. (Apelação nº 9071107-39.2009.8.26.0000; Comarca: São Paulo; Órgão Julgador: 18ª Câmara de Direito Público; Desembargadora Relatora: Beatriz Braga; Data do julgamento: 19/04/2012) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Exceção de pré-executividade. ITBI. Alegação de ilegitimidade e decadência - Julgamento já efetuado pela Turma Julgadora, por votação unânime Autos devolvidos pela Presidência da Seção de Direito Público para adequação as termos do RESP nº 1.225.736- SP Transferência do imóvel decorrente de cisão de empresa Fato gerador do tributo é a transmissão da propriedade do imóvel Precedentes do STJ e STF Impossibilidade de cobrança - Agravo de instrumento provido. (Agravo de Instrumento nº 9031660-15.2007.8.26.0000; Comarca: São Paulo; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Público; Desembargador Relator: Eutálio Porto; Data do Julgamento: 15/09/2011) Desse modo, tem-se indevida a pretensão de cobrança de acréscimos pecuniários (multa e juros moratórios) antes da efetiva transferência da propriedade, a qual se consubstancia no registro imobiliário do título e deve ser calculada com base no montante da arrematação, por conseguinte, de rigor, a APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO Nº 1030636-45.2015.8.26.0053 - SÃO PAULO 5

fls. 134 manutenção da sentença. Diante do exposto, nega-se provimento ao recurso e ao reexame necessário, mantendo-se a r. sentença por seus próprios fundamentos. Cláudio Marques Relator APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO Nº 1030636-45.2015.8.26.0053 - SÃO PAULO 6