Imagens na Emergência Leandro de Castro Sales Dezembro/2015
Caso Clínico 1 ü Paciente M.S.C.F., 63 anos, feminino, chega o pronto-atendimento hospitalar (PAH) apresentando desconforto respiratório. Os socorristas que a transportaram não conseguiram obter nenhuma informação sobre a história médica anterior, porém trouxeram a sacola de medicações da paciente. Uma dessas medicações era a Furosemida. Na chegada ao PAH, a paciente encontrava-se alerta, porém só consegue responder o que lhe perguntam frases curtas devido à intensa dispneia. Ao exame estava dispneica, em franca insuficiência respiratória, com tiragem intercostal, retração de fúrcula esternal e respiração abdominal. Apresentava distensão venosa jugular bilateral. Na ausculta pulmonar evidenciava-se estertores em ambos os campos pulmonares e na ausculta cardíaca evidenciava-se RCR, 3T, BNF, s/s. Apresentava edema tibial 3+/4+. A pressão arterial era de 220/112 mmhg, frequência cardíaca de 145 bpm, frequência respiratória de 36 irpm e SpO2 de 93% (FiO2 = 100%).
Caso Clínico 2 ü Paciente J.D.S.A, 59 anos, masculino, chega ao prontoatendimento hospitalar (PAH) às 11h apresentando paralisia do lado direito e afasia. A esposa do paciente relata que seu estado de saúde era normal há 1 hora, quando ela ouviu um grito vindo do banheiro e, ao caminhar até lá, encontrou o marido desacordado no chão. Ao chegar no PAH, o paciente foi monitorizado e um acesso venoso foi estabelecido. Sua temperatura era de 36,8º C, a pressão arterial de 169/83 mmhg, a frequência cardíaca de 86 bpm, respiratória de 20 irpm e glicemia capilar de 112 mg/dl. Ao exame físico, paciente encontrava-se com olhar fixo preferencialmente à esquerda e é verbalmente irresponsivo, embora atenda a comandos simples, como levantar o polegar esquerdo. Exame neurológico evidenciou paresia em dimídio direito, com reflexos tendíneos profundos diminuídos e insensibilidade ao toque ipsilateral. ECG de entrada = 11 (AO= 3;RV= 2;RM= 6).
Caso Clínico 3 ü Paciente J.E.R., 80 anos, masculino, admitido no prontoatendimento hospitalar (APH) com quadro de distensão abdominal dolorosa associada à ausência de evacuação há 5 dias e parada de eliminação de flatos há 2 dias. Refere história de tratamento cirúrgico para CA de cólon há 6 anos. Ao exame, paciente alerta, verbalizando, desidratado e desorientado. Exame físico cardiopulmonar normal. Abdome distendido, doloroso à palpação superficial difusamente, palpação profunda dificultada pela dor, porém sem sinais de irritação peritoneal. Ruídos hidroaéreos ausentes. Presença de massa palpável em quadrantes superior e inferior esquerdo, de consistência endurecida, porém sem maiores detalhes devido à palpação dolorosa.
Caso Clínico 4 ü Paciente M.F.C.C., 82 anos, feminino, é transferida de uma casa de repouso para o pronto-atendimento hospitalar (PAH) por apresentar febre alta e falta de ar. Segundo relatos da equipe de cuidadores, a paciente está com tosse produtiva há 3 dias, com secreção amarelada e fétida, apresentando há 4 horas dispneia de moderada intensidade e rebaixamento do sensório. O início do quadro veio acompanhado de febre intermitente, por volta de 39,5º C. Ao exame, ela está sonolenta, respondendo lentamente aos comandos. Encontrava-se com pele e mucosas ressecadas e febril ao toque. Na ausculta pulmonar evidenciou-se roncos expiratórios em terços médios e inferior do hemitórax direito. A ausculta cardíaca era fisiológica, porém taquicárdica. Os sinais vitais incluíam temperatura de 38,9º C, frequência cardíaca de 112 bpm e respiratória de 29 irpm, SpO2 de 91% (FiO2 = 31%) e pressão arterial de 130/85 mmhg. Paciente não apresentava edema de extremidades.
Caso Clínico 5 ü Paciente R.C.F.B., 26 anos, masculino, deu entrada no prontoatendimento hospitalar (PAH) trazido pela vizinhança em estado de sonolência, confuso, com náuseas e vômitos há, pelo menos, 2 horas. Os acompanhantes relatam que o paciente sofreu uma queda da própria altura após alta ingestão de bebidas alcoólicas por ser etilista crônico, batendo com a cabeça no poste. Com o evento, o paciente perdeu a consciência momentaneamente, recuperando-a em questão de poucos minutos, referindo pequena dor no local da contusão, sem procurar atendimento médico no momento. Passaram 12 horas do ocorrido até o momento do atendimento. Ao exame, paciente obnubilado, desorientado, com ECG = 12 (AO= 3;RV= 4;RM= 5). Presença de equimose em região temporal direita. Demais parâmetros do exame e sinais vitais dentro da normalidade.
Caso Clínico 6 ü Paciente J.A.M.O., 70 anos, masculino, procurou o prontoatendimento hospitalar (PAH) com quadro de dor retroesternal de forte intensidade, de caráter súbito e dilacerante, com sensação de algo rasgando, com irradiação para o dorso (região interescapular), com duração média de 5 minutos, sem fatores desencadeantes ou de melhora, iniciando há 2 horas. Nega quadro semelhante no passado. Refere ser portador de HAS há 10 anos, porém nos últimos 2 anos sem acompanhamento pressórico e controle medicamentoso, e DM há 5 anos. Ao exame, paciente alerta, verbalizando, afebril, acianótico, anictérico, orientado e cooperativo. Na ausculta cardíaca, RCR, 2T, BNF, com sopro diastólico (3+/6+) em foco aórtico. Ausculta pulmonar fisiológica. Os sinais vitais mostraram frequência cardíaca de 115 bpm, respiratória de 22 irpm e pressão arterial de 176/95 mmhg. Pulsos periféricos débeis e assimétricos.
Caso Clínico 7 ü Paciente S.A.S., 34 anos, feminino, deu entrada no prontoatendimento hospitalar (PAH) com história de fortes dores abdominais, iniciada há 2 horas, de início súbito, com dois episódios de lipotimia e síncope. A dor teve início súbito, em cólica, em todo o abdome, sem fatores desencadeantes ou de melhora, sendo uma dor insuportável. Refere uma gestação de 6 semanas em curso. Nega sangramento vaginal. Nega náuseas, vômitos e febre. Ao descobrir a gravidez, logo procurou um obstetra, porém não realizando ainda a USG. Ao exame, paciente alerta, verbalizando, hipocorada (2+/4+), com extremidades frias e bastante ansiosa. Os sinais vitais mostraram frequência cardíaca de 130 bpm, respiratória de 19 irpm e pressão arterial de 86/55 mmhg. Paciente com abdome distendido, difusamente doloroso à palpação, em especial no quadrante inferior esquerdo, com sinais de irritação peritoneal.
Caso Clínico 8 ü Paciente L.S.B., 22 anos, masculino, foi admitido no prontoatendimento hospitalar (PAH) com queixa de intensa dispneia, taquicardia, sudorese, cianose e agitação psicomotora, com quadro de instalação rápida. Paciente foi vítima de acidente automobilístico, colidindo o tórax com a direção do veículo, há 20 minutos. Ao exame, paciente com rebaixamento do sensório, dispneico (40 irpm), com uso de musculatura acessória e respiração abdominal, taquicárdico (158 bpm) e hipotenso (80/45 mmhg). Na ectoscopia evidenciam-se desvio de traqueia e turgência jugular. O exame físico do tórax mostra redução da expansibilidade torácica, hipersonoridade à percussão, abolição do murmúrio vesicular à direita e presença de enfisema subcutâneo à direita.
Caso Clínico 9 ü Paciente A.S.A., 27 anos, feminino, é admitida com queixa de dor lombar esquerda. Paciente refere que, há cinco dias e de forma súbita, apresentou fortes dores, em cólica, na região lombar e flanco esquerdo, com irradiação para região inguinal esquerda, e que a mudança de posição não interferiam com a intensidade da dor. Há dois dias apresentou piora dos episódios dolorosos, com náuseas, vômitos e disúria intensa e urina de cor avermelhada. Refere dois episódios anteriores de dor em cólica com as mesmas características e na mesma localização, sendo uma delas acrescida de urina sanguinolenta. Ao exame físico, paciente alerta, verbalizando, hidratada e normocorada. Os sinais vitais mostraram frequência cardíaca de 120 bpm, respiratória de 16 irpm e pressão arterial de 120/60 mmhg. Exame cardiopulmonar normal. Abdome plano, flácido, indolor à palpação, sem visceromegalias. Giordano positivo à esquerda.
ECG ü Paciente M.A.P.R., 62 anos, masculino, foi admitido na SPCR do HM com dor precordial, em aperto, iniciada há 5 horas, de forte intensidade, com irradiação para face anterior e medial do membro superior esquerdo e dor referida na mandíbula, sem fatores desencadeantes ou de melhora, associado com diaforese, náuseas e vômitos. Nega IAM ou AVC prévios. Nega síncope. Paciente hipertenso e diabético há 8 anos e etilista e tabagista pesado há 48 anos.
Referências Bibliográficas ü ü ü ü TALANOW, R. Radiografia de emergência: manual baseado em casos clínicos Porto Alegre: AMGH Editora, 2012 TOY, E.C.; SIMON, B. Casos clínicos em Medicina de Emergência, 3ª edição Porto Alegre: AMGH Editora, 2014 http:// www.medicinanet.com.br/m/conteudos/revisoes/5730/pneumonia_e_a http:// www.scielo.br/scielo.php?pid=s0100-39842001000200001&script=sci_
Obrigado!