PARECER CONSOLIDADO DA COOPERATIVA. Cooperativa de Credito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha-Sicredi Pioneira RS

Documentos relacionados
Plano Anual de Auditoria Interna

Análise Financeira Sicredi Alto Jacuí RS RELATÓRIO DE ANÁLISE FINANCEIRA MENSAL

DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL

BRB ANUNCIA RESULTADOS DO 1T17

Relatório de. Gerenciamento de Riscos. Pilar III. Junho, 2015.

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS, DA APURAÇÃO DO MONTANTE DOS ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO E APURAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA

Estrutura de Gerenciamento de Risco De Crédito

BRB ANUNCIA RESULTADOS DO 1S17

BRB ANUNCIA RESULTADOS DO 3T18

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E ADEQUAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS

Gerenciamento de Riscos 2014 Relatório Quantitativo

S.A.R Sistema de Avaliação de Risco Manual de Instruções do Rating

Estrutura de Gerenciamento de Risco De Crédito

RELATÓRIO DE AUDITORIA COOPERATIVA


A Rodobens adota os seguintes fundamentos na prática da gestão integrada de riscos:

Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito

GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL

SUMÁRIO. 1. Objetivo Estrutura do Gerenciamento de Riscos...03

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO (Em reais)

BRB ANUNCIA RESULTADOS DE 2016

Gerenciamento de Riscos 2013 Relatório Quantitativo

RELATÓRIO DE ANÁLISE FINANCEIRA MENSAL SICREDI COOPERAÇÃO RS/SC

R$ mil 100 %

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2017

Política - Gerenciamento do Risco Operacional dos Fundos de Investimento Geridos pelo Sicredi

Segmentação e gestão integrada de riscos para S3, S4 e S5: supervisão e visão da indústria

1º Fórum FGCoop. O Papel da Fiscalização com enfoque no Segmento de Cooperativas de Crédito. Gustavo Martins e Harold Espínola

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Pilar 3. 3º Trimestre 2014

WESTERN UNION CORRETORA DE CÂMBIO S.A. E BANCO WESTERN UNION DO BRASIL S.A. ( WU BRASIL )

1º FÓRUM FGCOOP MONITORAMENTO DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO

MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS AGOSTO

Em sua estrutura de gerenciamento de risco, o Banco Ford atende aos requerimentos da Resolução 3.988/2012, com:

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

CARTA DE REPRESENTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

CARTA ANUAL DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Banco Industrial do Brasil S.A. Gerenciamento de Riscos de Capital

Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco Operacional -

Relatório de. Gerenciamento de Riscos. Pilar III - 1T16. Março, 2016

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Pilar 3. 2º Trimestre 2015

COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, DA EDUCAÇÃO, PEQ.EMPR.,MICROEMPR.E MICROEMPREEND.DO NORTE PAULISTA - SICOOB UNIMAIS NORTE PAULISTA

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS MANUAL PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS FEVEREIRO

Divulgação de Resultados 1T18

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO

BRB ANUNCIA RESULTADOS DO 1T18

Circular 3678/2013 Aspectos Quantitativos. Data Base Março/ Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) em R$ mil

Earnings Release 1T14

MANUAIS DE CONTROLES INTERNOS COOPERICSSON DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO DOS FUNCIONÁRIOS DA ERICSSON

3º Trimestre Confidencial

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Banco Safra S.A. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco Operacional -

Vamos juntos fazer a diferença na evolução do Sicredi? Assembleia Sicredi 2017

BRB ANUNCIA RESULTADOS DO 1T16

Circular 3678/2013 Aspectos Quantitativos. Data Base Junho /17 1. Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) em R$ mil

33/81/ /196/ 128/128/ 128 1º Trimestre 70/133/ /218/ /190/ /231/ /231/ 246

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Pilar 3. 4º Trimestre 2014

Manual de Compliance e Controles Internos Compliance

Sumário do Resultado 1S17

GRUPO AGIPLAN. Relatório Anual 31 de dezembro de 2013 e de Conta com a gente.

Sumário do Resultado 2T18

Circular 3678/2013 Aspectos Quantitativos. Data Base Março/16 1. Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) em R$ mil

Resultados Consolidados 1º Semestre de Diretoria de Relações com Investidores Gerência de Relações com Investidores Agosto/2018

Relatório de Gestão de Risco. Relatório de Gestão de Riscos

RESOLUÇÃO Nº 4.588, DE 29 DE JUNHO DE 2017 CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DO CAPITAL. Março de 2013.

ANÁLISE DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Manual de regras, procedimentos e controles internos ICVM 558/15

Circular 3678/2013 Aspectos Quantitativos. Data Base Junho/ Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) em R$ mil

COOPERTEL DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E DE 2006 E O PARECER DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) 2018

RELEASE DE RESULTADOS 1T17

Sumário do Resultado 4T16

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS, DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO E ADEQUAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2016

BALANÇO PATRIMONIAL

Orientações para elaboração do Descritivo Sobre Aspectos Relevantes de Controles Internos - Circular Bacen 3.467/09

RELEASE DE RESULTADOS 1T16

Divulgação de Resultados. caixa.gov.br

Circular 3678/2013 Aspectos Quantitativos. Data Base Setembro/18 1. Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) em R$ mil

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2004

Sumário do Resultado 3T17

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob)

RELATÓRIO DE RISCOS E DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO 1º SEMESTRE 2016 TURISCAM CORRETORA DE CÂMBIO LTDA

Circular 3678/2013 Aspectos Quantitativos. Data Base Setembro /17 1. Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) em R$ mil

Sicredi Pioneira RS Nova Petrópolis, uma história centenária de cooperativismo e desenvolvimento. Márcio Port

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Sistema GIR Fevereiro/2018

Política de Estrutura. de Gerenciamento de Capital

Plano de Benefícios pepsico

Banco do Brasil: Destaques

COOPERATIVA ECM DOS SERVIDORES UNESP - COOPUNESP

Estrutura de Gerenciamento de Capital

Transcrição:

PARECER CONSOLIDADO DA COOPERATIVA CNPJ: 91.586.982/0001-09 Cooperativa de Credito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha-Sicredi Pioneira RS Ano-base: 2016 Sumário Executivo A Cooperativa foi fundada em 28 de dezembro de 1902, é uma entidade Cooperativa de responsabilidade limitada, com sede, administração e foro jurídico em Nova Petrópolis - RS. A definição de área de ação está circunscrita em 21 municípios, todos no estado do Rio Grande do Sul. Está estruturada em uma Superintendência Regional SUREG com estrutura própria e 38 agências, com previsão de abertura de duas agências novas no exercício de 2017. O quadro funcional é composto de 511 colaboradores. Os recursos administrados correspondem a R$ 2,6 bilhões que representam 6,7% em relação à Central Sicredi Sul, apresentou resultados no ano de R$ 31,8 milhões com aproximadamente 108 mil associados, constituindo capital social de R$ 164 milhões e patrimônio líquido de R$ 299 milhões. A Cooperativa está enquadrada em todos os indicadores definidos pelo Conselho Monetário Nacional e nos definidos pelo Sistema Sicredi, exceto nos indicadores internos índice de eficiência e cobertura. Na análise dos níveis e da qualidade dos controles internos da Cooperativa estes estão razoáveis considerando o conjunto das avaliações efetuadas no exercício. A análise dos processos de gerenciamento de riscos da Cooperativa é considerada razoável, apresentando 66% de controles considerados efetivos nas Matrizes de Processos e Riscos auditadas, devendo manter acompanhamento constante dos controles considerados não efetivos para mitigação dos riscos apresentados. Não identificamos ocorrências ou processos em curto ou médio prazo que possam colocar em risco a continuidade da Cooperativa tanto operacional como financeiramente.

I. Políticas Institucionais A Cooperativa está adequada às Políticas Sistêmicas, não possuindo políticas locais que infrinjam aos normativos gerais definidos pelo Sistema Sicredi. II. Governança A Filiada possui Diretoria Executiva estruturada, assim como os conselhos de Administração e Fiscal e cada entidade atua com a devida segregação de atividades. A atuação destas estruturas está adequada, conforme constatado nas atas de suas reuniões. A estrutura de Governança da Cooperativa está assim constituída: III. Exposição a Riscos Em relação à Cooperativa, verifica-se que apresenta adequada exposição aos riscos de: a) Liquidez: a entidade apresenta indicador de liquidez médio de 2,71, sem empréstimos de liquidez tomados no período; b) Crédito: nas verificações realizadas constatou-se que a entidade mensura de forma adequada o risco de crédito em sua carteira;

c) Operacional: as perdas operacionais no exercício correspondem a 239 incidentes no montante de R$ 2.349.284, representando 7% resultado do exercício; d) Mercado: na base de atuação da Cooperativa não ocorreram fatos relevantes que afetem o mercado local. IV. Situação Econômico-Financeira Em dezembro de 2016 a Cooperativa está enquadrada nos indicadores operacionais definidos pelo Conselho Monetário Nacional e nos indicadores internos definidos pelo Sistema Sicredi, exceto nos indicadores internos índice de eficiência e cobertura. A concentração do maior devedor no exercício de 2016 ficou na média de 3,19 % e os dez maiores devedores em 18,54%, demonstrando a pulverização da carteira de empréstimos.

Estrutura de Capital Efetuamos análise do patrimônio e capital da Cooperativa, sua estrutura e concentração em relação ao exercício anterior. Em relação ao capital social, a Cooperativa não atingiu os níveis projetados no planejamento financeiro de R$ 172 milhões. Conforme Resolução CMN 4.434 a Filiada está classificada como Cooperativa Plena e calcula a exigência de Capital pelo Regime Prudencial Completo. No encerramento do exercício apresentou margem de capital no valor de 17,99% do RWA (ativos ponderados pelo risco), superior ao mínimo de 3%, recomendado pelo Sistema, estando enquadrada nos requerimentos mínimos de capital de Basiléia.

Estrutura dos Ativos A carteira de crédito apresentou crescimento de 10% e não atingiu os valores dos créditos totais projetados como meta no exercício de R$ 766 milhões. Os níveis de provisão de crédito são suficientes e o índice de inadimplência considerado satisfatório. Em relação a carteira de crédito, a evolução dos valores em prejuízo de R$ 32 milhões representa 4,29% e o total do prejuízo acumulado 20,16%. Na análise qualitativa da classificação de risco da carteira de crédito da Cooperativa realizada nos trabalhos de Auditoria Indireta e Direta na Cooperativa, verificamos uma amostra quantitativa sobre o total da carteira entre os maiores devedores e demais associados, e consideramos a mesma adequada, pois apresenta um índice de conformidade de 89% da amostra analisada. As diferenças identificadas foram regularizadas no exercício. Métrica utilizada Inadequado Razoável Adequado < 50% de Conformidades Entre 50% e 75% de Conformidades > 75% de Conformidades Exigibilidades / Liquidez A Cooperativa apresentou evolução do saldo das principais contas de exigibilidade no exercício. Em relação ao volume de depósitos, a Cooperativa superou os resultados para os níveis projetados para o exercício de R$ 1,5 bilhões.

Estrutura dos Resultados Consideramos o indicador de eficiência acumulado nos últimos 12 meses como inadequado, tendo por base o resultado obtido pela Cooperativa. Apresentamos os saldos das principais contas que compõem a estrutura dos resultados da Cooperativa. A Cooperativa superou o resultado projetado para o exercício de R$ 26 milhões, realizou pagamento de juros ao capital de R$ 17 milhões, obtendo R$ 31,8 milhões de resultado antes das destinações estatutárias.

V. Sistemas de Controles Internos Na avaliação dos controles internos relacionados à implantação das Matrizes de Risco e Controle, observamos que a Cooperativa desenvolveu as quatro matrizes planejadas para 2016. Nos trabalhos de auditoria interna do exercício, consideramos os controles das matrizes avaliadas como razoáveis, pois 66% dos controles avaliados ou reavaliados foram considerados efetivos. Dos controles avaliados ou reavaliados como não efetivos, 60% são mensurados com impacto e probabilidade Alto no risco residual apresentado. Os níveis de qualidade dos controles internos da Cooperativa avaliados pela Auditoria Indireta e Auditoria Direta foram considerados razoáveis, pois a Cooperativa apresentou uma média de 67% de regularidade nos trabalhos realizados, os quais foram objeto de ações da Cooperativa, a fim de providenciar a regularização e a melhoria dos controles internos.

Métrica utilizada Inadequado Razoável Adequado < 50% de Conformidades Entre 50% e 75% de Conformidades > 75% de Conformidades VI. Atendimento dos Dispositivos Legais e Regulamentares A Cooperativa não apresentou fatos relevantes de não conformidade de atendimento e observação de dispositivos legais ou regulamentares definidos pelos órgãos reguladores internos ou externos. VII. Outras Informações Realizado um trabalho de auditoria especial, por solicitação da Cooperativa, para avaliar indícios de fraude com envolvimento de pessoa ligada. Foram identificadas neste trabalho oportunidades de melhorias em alguns procedimentos, a fim de mitigar riscos relevantes para os processos e rotinas da Filiada. Atenciosamente, Dario Fonseca Junior Supervisor de Auditoria Luciane Solda Auditora II